“Aprenda e Brinque: Plano de Aula com ‘Morto Vivo’ para Crianças”
A proposta deste plano de aula é proporcionar uma experiência lúdica e educativa através da brincadeira “Morto Vivo”, que além de entreter, possibilita às crianças uma série de aprendizagens significativas. O uso de brincadeiras tradicionais se mostra essencial na educação infantil, uma vez que contribui para o desenvolvimento físico, emocional e social dos pequenos. Ao integrar a atividade de movimento com aspectos de desenvolvimento cognitivo e social, os educadores conseguem promover um aprendizado mais dinâmico e alinhado com as necessidades da faixa etária.
No âmbito deste plano, as crianças, ao participarem da brincadeira “Morto Vivo”, vão explorar suas capacidades motoras, expressar-se de diferentes maneiras e ainda trabalhar em equipe, respeitando turnos e regras. Essa abordagem é fundamental para que a criança compreenda a cooperação e empatia, uma vez que terão que interagir de maneira respeitosa e solidária com seus colegas.
Tema: Brincadeiras Morto Vivo
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Promover a socialização, a atividade física e o desenvolvimento das habilidades motoras nas crianças por meio da brincadeira “Morto Vivo”.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a atenção e o autocontrole nas crianças.
– Estimular a interação e a empatia entre os participantes.
– Desenvolver habilidades motoras grossas e coordenação motora.
– Incentivar a expressão de sentimentos e emoções.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
Materiais Necessários:
– Espaço amplo (pode ser no pátio, sala de aula ou quadra)
– Música animada (para ser utilizada durante a brincadeira)
– Um lenço ou fita para demarcar o espaço de jogo
Situações Problema:
– Como você se sentiu quando a professora disse “parou”?
– O que você achou mais difícil: ficar parado ou se mover?
– Como podemos nos ajudar para que todos consigam participar da brincadeira?
Contextualização:
A brincadeira “Morto Vivo” é uma atividade clássica que combina movimento e interação social. É fundamental na formação das crianças, pois as ensina sobre a importância da cooperação e respeito às regras. Neste jogo, a música e a paragem súbita geram momentos de risadas e também observação dos sentimentos dos outros, promovendo a empatia.
Desenvolvimento:
1. Preparação da sala: Organize o espaço para garantir que todos tenham liberdade de movimento.
2. Explicação da brincadeira: Reúna as crianças e explique como vai funcionar a brincadeira, enfatizando a necessidade de seguir as regras.
3. Início da atividade: Coloque a música animada para tocar e, quando a música parar, instruir as crianças a congelar (morto vivo) até que você diga “vida” novamente.
4. Instrução de movimento: Aumente a complexidade pedindo que as crianças façam gestos ou imitem animais enquanto a música toca, promovendo criatividade e movimento.
5. Finalização: Após algumas rodadas, reúna as crianças para conversar sobre a experiência, enfatizando a importância de seguir regras e respeitar os amigos.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: “Morto Vivo” com variações
*Objetivo:* Desenvolver a percepção corporal e a atenção.
*Descrição e Instruções:* Introduza novas regras, como sinais de mãos ou expressões faciais que as crianças devem seguir quando a música parar. Use música clássica e contemporânea alternadamente para diversificar.
*Materiais:* Música em dispositivos de áudio.
*Adaptação:* Para crianças que têm dificuldade em girar ou se mover, permita que elas façam gestos com as mãos como forma de expressar as emoções.
– Atividade 2: “Morto Vivo – os sons”
*Objetivo:* Estimular a percepção auditiva.
*Descrição e Instruções:* Inicie o jogo de formas variadas, utilizando sons de animais, veículos, ou objetos. As crianças devem imitar o som quando a música para.
*Materiais:* Sons de áudio ou gravações.
*Adaptação:* Use cartões imagens dos sons mencionados. As crianças podem mostrar ao invés de imitar.
– Atividade 3: Desenho do jogo
*Objetivo:* Promover a expressão artística.
*Descrição e Instruções:* Após brincar, pediu que as crianças desenhem o que mais gostaram na brincadeira. Organize um momento para que cada criança compartilhe seu desenho com os colegas.
*Materiais:* Papéis, lápis de cor, e giz de cera.
*Adaptação:* Crie um espaço para incluir uma criança que prefira expressões não verbais, como moldar com massinha.
– Atividade 4: “Descrevendo o movimento”
*Objetivo:* Promover a verbalização e a troca de ideias.
*Descrição e Instruções:* Após o término do jogo, promova uma roda de conversa onde cada aluno relata o que sentiu durante a brincadeira e como era importante respeitar as regras.
*Materiais:* Um cronômetro ou relógio.
*Adaptação:* Para crianças que têm dificuldades, ofereça perguntas direcionadas.
– Atividade 5: Criação de músicas
*Objetivo:* Estimular a criatividade.
*Descrição e Instruções:* Divida as crianças em grupos pequenos e instrua-as a criar uma pequena canção sobre a brincadeira, usando rimas simples.
*Materiais:* Papel e caneta para anotações.
*Adaptação:* Para as mais tímidas, permitir que desenhem a letra ou a ideia enquanto um dos colegas escreve.
Discussão em Grupo:
Promova uma discussão em que as crianças possam expressar suas emoções e pensamentos sobre a atividade, enaltecendo a importância da interação em grupo.
Perguntas:
– O que você mais gostou na brincadeira?
– Como você se sentiu quando parou?
– Que sons conseguiu imitar e como se sentiu ao fazer isso?
Avaliação:
A avaliação será contínua e se dará pela observação dos alunos durante as atividades. O educador deverá avaliar a participação, o respeito pelas regras, a interação e as habilidades motoras apresentadas.
Encerramento:
Finalize a atividade agradecendo a participação das crianças e reforçando a importância do respeito, da amizade e do trabalho em grupo nos jogos, destacando como a união torna as brincadeiras mais divertidas.
Dicas:
– Utilize paradas inesperadas na música para aumentar a atenção das crianças.
– Crie variações e rodadas do jogo em diferentes contextos, como incluir um tema de animal ou cores.
– Assegure que todos os alunos tenham a chance de liderar uma rodada, promovendo a confiança.
Texto sobre o tema:
A brincadeira “Morto Vivo” é uma atividade bastante tradicional em diversas culturas, sendo utilizada como uma forma de aproveitar o tempo de recreação e promover o desenvolvimento integral das crianças. O jogo, além de ser muito divertido, é uma oportunidade de ensinar as crianças sobre disciplina, respeito às regras e aos colegas. Por meio de sinais e paradas súbitas, os participantes aprendem a exercer o autocontrole, um aspecto importante em sua formação.
Quando as crianças brincam de “Morto Vivo”, elas utilizam suas habilidades motoras de forma intensa. Os movimentos, corridas e paradas são fundamentais para o desenvolvimento do corpo, estimulando a coordenação motora e proporcionando uma sensação de liberdade e alegria. As crianças podem expressar suas emoções e sentimentos através da movimentação, permitindo que se conheçam melhor e reconheçam as emoções dos colegas, uma habilidade que se estende além da brincadeira e influencia suas relações na vida cotidiana.
Além das habilidades motoras e emocionais, a atividade proporciona uma rica interação social. O trabalho em equipe, o acolhimento das diferenças e a empatia são valores que são naturalmente cultivados durante a brincadeira. É importante que os educadores tenham um papel ativo, promovendo um ambiente onde todos possam se sentir confortáveis para se expressar e participar, reconhecendo as individualidades de cada criança e respeitando seus limites.
Desdobramentos do plano:
A implementação da atividade “Morto Vivo” pode se desdobrar em diferentes contextos pedagógicos, como a criação de novas brincadeiras que envolvam a regra da paragem e do movimento, sempre alinhadas ao desenvolvimento emocional e motor das crianças. Um trabalho interdisciplinar pode ser explorado, integrando a música à matemática, ao explorar ritmos e contagens. A musicalização pode servir como elemento motivador para manter as crianças atentas e engajadas, uma vez que a música é capaz de alterar o estado emocional e potencializar a vontade de participar.
Outro desdobramento interessante é a criação de uma apresentação onde as crianças podem criar pequenas coreografias ou performances com os movimentos que elas inventaram durante a atividade. Isso não só reforça a noção de grupo e colaboração, mas também auxilia no desenvolvimento da expressão artística e da criatividade. Essa liberdade criativa é fundamental, pois estimula a autoconfiança e o respeito pelas ideias dos colegas.
A ênfase na comunicação e na empatia é outro fator que pode ser explorado, incorporando a leitura de histórias sobre cooperação e amizade. Isso não apenas consolida o conhecimento sobre a importância da convivência respeitosa, mas também cria uma oportunidade para que as crianças compartilhem suas próprias experiências e reflexões sobre a temática da brincadeira, amarrando experiências de vida e aprendizados de forma significativa.
Orientações finais sobre o plano:
Ao realizar a brincadeira “Morto Vivo”, o educador deve estar sempre atento às dinâmicas do grupo, observando as interações e respeitando os limites e características de cada criança. É fundamental proporcionar um ambiente seguro e acolhedor, em que todos sintam-se incentivados a participar de maneira ativa. As adaptações nas regras e abordagens podem fazer parte do processo, garantindo que as crianças se sintam confortáveis e envolvidas na atividade.
É recomendável que ao final da brincadeira, o professor reserve um espaço para que as crianças compartilhem experiências e sentimentos, promovendo assim a expressão verbal e estimulando a linguagem oral. Esse momento de troca é essencial para que as crianças desenvolvam a habilidade de se comunicar de maneira clara e respeitosa, tanto em momentos de descontração quanto em situações mais formais.
Por último, a utilização de recursos visuais, como cartazes ou ilustrações sobre as diferentes emoções, pode enriquecer ainda mais a atividade. Com isso, as crianças podem aprender a associar as expressões corporais com sentimentos, aumentando sua capacidade de compreender e expressar suas emoções de maneira mais rica e variada. A integração dessas estratégias tornará o plano não apenas educativo, mas também profundamente enriquecedor no universo emocional e social das crianças.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Teatro de Mãos: Uma atividade onde crianças encenam historinhas com gestos. A proposta é que criem sons e movimentos, promovendo criatividade e uso do corpo. Um pano ou cartolina pode ser usado como cenário, estimulando a expressão.
– Caça ao Tesouro Sonoro: As crianças devem se mover em um espaço definido seguindo sons. A proposta é que encontrem o “morto vivo” escondido e se juntem a ele, promovendo o movimento e a escuta atenta.
– Desenhos em Movimento: As crianças devem fazer desenhos rápidos em papel enquanto imitam movimentos de animais. Isso integra arte e movimento, facilitando o aprendizado lúdico.
– Música e Movimento: Crie momentos onde as crianças devem improvisar danças e movimentos tocando em diferentes músicas. Isso promove autoconfiança e expressão corporal livre.
– Bingo das Emoções: Um bingo onde os sentimentos são representados por imagens. As crianças devem reconhecer e desenhar ao lado, promovendo a identificação emocional e a interação.
Estas sugestões podem ser adaptadas conforme a idade e interesses dos alunos, sempre buscando integrar aprendizado e diversão de forma inclusiva e respeitosa.