“Brincando com Formas: Aprendizado Lúdico para Crianças”
Introdução: O plano de aula proposto, intitulado “Brincando com formas”, visa promover o aprendizado de crianças de 4 a 5 anos através de atividades lúdicas e interativas que estimulem a percepção e a identificação de formas geométricas. Ao longo de 2 horas de aula, as crianças terão a oportunidade de explorar e reconhecer as diversas formas ao seu redor, desenvolvendo habilidades essenciais que vão além do conteúdo formal por meio de uma abordagem que favorece o aprendizado significativo e a interação social. A atividade também enfoca a integração entre as áreas de conhecimento, promovendo o desenvolvimento integral das crianças.
Neste sentido, o plano visa atender ao mais amplo espectro de competências, alinhando-se com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), promovendo habilidades sociais, cognitivas e motoras ao reduzirem a rigidêz do aprendizado tradicional e criando um ambiente que valoriza as relações interpessoais e a expressão criativa. A atividade propõe um espaço seguro para a experimentação, a criatividade e a cooperação, onde as crianças têm voz ativa em seu aprendizado enquanto exploram as formas de forma divertida e engajante.
Tema: Brincando com formas
Duração: 2 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a oportunidade de reconhecer, nomear e explorar diferentes formas geométricas, desenvolvendo a percepção visual e habilidades sociais por meio de atividades lúdicas e interativas.
Objetivos Específicos:
– Identificar e nomear formas geométricas como círculos, quadrados e triângulos.
– Desenvolver a coordenação motora através da manipulação de objetos.
– Fomentar a interação e o trabalho em equipe durante as atividades.
– Expressar e comunicar ideias sobre formas de maneira verbal e não verbal.
– Criar associações entre formas geométricas e objetos do cotidiano.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET05) Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças.
Materiais Necessários:
– Cartões coloridos ou papel em formato de diferentes formas geométricas (círculos, quadrados, triângulos).
– Materiais de artesanato, como tesouras, colas, lápis de cor e canetinhas.
– Caixa de objetos que representem culturas diferentes, como brinquedos ou utensílios.
– Fita adesiva para marcação no chão.
– Música animada para dança.
– Folhas de papel para desenho.
– Livros ilustrados que mostrem formas geométricas.
Situações Problema:
– Como podemos encontrar formas geométricas em nosso dia a dia?
– Quais formas você consegue ver ao olhar para a sala de aula?
– Como você se sente ao brincar com essas formas?
– Você pode criar algo novo usando as formas que temos aqui?
Contextualização:
As formas geométricas estão presentes em diversos elementos do cotidiano e são fundamentais para o desenvolvimento do raciocínio lógico das crianças. Por meio de um ambiente lúdico, podemos estimular o reconhecimento e a exploração dessas formas, destacando a importância de perceber o que nos cerca e a conexão entre diferentes matérias de arte, matemática e comunicação. As atividades envolvem movimentação e interação, proporcionando novas experiências que enriquecem a formação integral das crianças.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em duas partes de 1 hora cada. A primeira parte focará no reconhecimento e na exploração das formas, enquanto a segunda parte consistirá em atividades criativas para aplicação do conhecimento adquirido.
1. Exploração das Formas (1 hora)
a. Comece a aula chamando as crianças para um círculo e apresente formas geométricas com cartões coloridos. Pergunte se elas conhecem essas formas e libere um tempo para que toquem e se familiarizem com cada uma.
b. Organize uma busca ao redor da sala onde as crianças devem identificar objetos de cada forma apresentada. Converse sobre o que elas encontraram e estimule as crianças a trabalhar em grupos.
c. Ao final da busca, elenque as formas que encontraram e peça que desenhem o que mais gostaram em suas folhas de papel.
2. Atividade Criativa (1 hora)
a. Em grupos, as crianças utilizarão os materiais de artesanato para criar colagens que representem diferentes formas e seus contextos no cotidiano. As colagens devem refletir a vivência das crianças com essas formas, podendo utilizar também fotos ou desenhos de objetos que encapsulem a forma que trabalharam.
b. Cada grupo apresentará suas colagens, expressando suas ideias sobre as formas utilizadas e o que elas representam.
c. Se sobrar tempo, termine a aula com uma música onde as crianças poderão dançar e expressar movimentos inspirados nas formas aprendidas.
Atividades Sugeridas:
1. Caça às Formas
– Objetivo: Reconhecer formas no ambiente.
– Descrição: As crianças deverão procurar objetos que correspondem às formas geométricas que foram apresentadas.
– Instruções práticas: Formar grupos de trabalho, fornecer um cartaz com as formas a serem encontradas e deixar claro o tempo limite. Sugestões de adaptação: para alunos mais tímidos, permitir que busquem com um parceiro.
– Materiais sugeridos: Cartaz com formas e objetos que podem ser encontrados.
2. Arte das Formas
– Objetivo: Criar arte usando diferentes formas.
– Descrição: As crianças usarão papel recortado e colagem para criar um mural coletivo que inclua as formas.
– Instruções práticas: Orientar os alunos a discutir em grupo quais formas querem incluir e documentar verbalmente o significado que cada um confere. Sugestões de adaptação: oferecer modelos de arte para crianças que têm mais dificuldade em iniciar.
– Materiais sugeridos: Papel folhas coloridas, cola, tesoura.
3. Dança das Formas
– Objetivo: Expressar-se através de movimentos que imitam formas.
– Descrição: As crianças serão incentivadas a criar uma dança para representar suas formas.
– Instruções práticas: Apresentar uma música animada e encorajar as crianças a se moverem, imitando as formas geométricas através da dança. Sugestões de adaptação: para crianças com mobilidade reduzida, permitir movimentos sentados.
– Materiais sugeridos: Música animada.
4. Histórias de Formas
– Objetivo: Criar narrativas usando formas geométricas.
– Descrição: As crianças contarão uma história que envolva as formas que aprenderam.
– Instruções práticas: Auxiliar os alunos na estruturação das histórias e incentivá-los a incluir diálogos entre formas. Sugestões de adaptação: permitir que desenhem a história em vez de contá-la verbalmente.
– Materiais sugeridos: Folhas de papel e lápis.
5. Teatro das Formas
– Objetivo: Estimular a interpretação e a comunicação.
– Descrição: As crianças representarão uma pequena peça onde cada uma será uma forma geométrica e terá um papel na história coletiva.
– Instruções práticas: Encorajar a participação de todos e dar espaço para liberdade na criação de personagens. Sugestões de adaptação: permitir a utilização de fantoches para as crianças que preferem não se apresentar.
– Materiais sugeridos: Máscaras de papel ou bonecos de formas.
Discussão em Grupo:
Organize um momento de reflexão após as atividades para que as crianças possam compartilhar suas experiências e aprendizados. Pergunte como se sentiram ao explorar as formas e qual forma foi sua favorita e por quê. Isso promoverá o respeito pelas ideias dos outros e também ajudará os alunos a se expressarem melhor.
Perguntas:
– Quais formas você encontrou durante a caça às formas?
– Como você se sentiu ao criar sua colagem?
– Qual forma você gostaria de levar para casa?
– De que forma você se expressou durante a dança?
– Como podemos usar as formas em jogos no playground?
Avaliação:
A avaliação se dará a partir da observação das interações dos alunos, da participação nas atividades e da capacidade de expressar suas ideias sobre as formas. O professor pode registrar notas sobre quais crianças participaram mais ativamente e quais puderam trabalhar em equipe. Além disso, a criação das colagens servirá como um indicativo de compreensão do que aprenderam.
Encerramento:
No final da aula, reúna as crianças novamente em círculo. Agradeça a participação de cada um e forneça feedback positivo sobre o que cada grupo apresentou. Enfatize a importância de reconhecer as formas em nosso cotidiano e a habilidade de criar a partir delas. Proponha que no próximo encontro, possamos explorar novas formas de interagir e aprender juntos.
Dicas:
– Mantenha um ambiente lúdico e acolhedor, onde as crianças se sintam seguras para expressar suas ideias.
– Esteja atento ao tempo, mas permita um espaço flexível para as interações acontecerem.
– Use recursos visuais e sonoros para engajar ainda mais os alunos. Visualizar as formas no meio de brincadeiras e ao ar livre pode ser muito enriquecedor.
– Leve em consideração as individualidades das crianças ao propor tarefas e atividades, garantindo que todos tenham a oportunidade de participar e expressar-se.
Texto sobre o tema:
As formas geométricas são uma parte fundamental da aprendizagem na educação infantil, não apenas por suas aplicações matemáticas, mas também por seu potencial em desenvolver habilidades cognitivas e sociais nas crianças. Desde o momento em que uma criança começa a brincar com blocos de construção, até quando observa a arquitetura ao seu redor, as formas geométricas estão sempre presentes em suas vidas. Através do jogo e da interação, os pequenos aprendem a reconhecer, classificar e relacionar estas formas com o cotidiano, estabelecendo conexões que irão fundamentar seu aprendizado futuro.
Quando promovemos a exploração lúdica das formas, não estamos somente ensinando o que são quadrados ou círculos; estamos também incentivando um ambiente de colaboração e criatividade. Através da interação em grupo para encontrar objetos em formas ou ao criar suas próprias produções artísticas, as crianças não apenas apreendem o conteúdo, mas também aprendem a dialogar, ouvir e respeitar as ideias dos colegas. A arte das formas se torna, assim, um veículo de comunicação que transcende palavras, permitindo que suas emoções e ideias sejam expressas de maneira livre e autêntica.
Esse processo de ver o mundo através das formas dá não somente uma nova perspectiva, mas também auxilia no desenvolvimento da alfabetização visual das crianças. Facilitar a percepção de seu entorno, com foco nas formas ao seu redor, ajuda as crianças a se tornarem mais observadoras e críticas. Esse olhar atento irá contribuir significativamente na construção do conhecimento e na maneira como interagem com o mundo, permitindo um aprendizado significativo ao longo de suas vidas. É nosso papel, enquanto educadores, assegurar que esses vínculos de aprendizagem sejam semeados de maneira criativa e engajadora.
Desdobramentos do plano:
A proposta de trabalhar com o tema “Brincando com formas” pode ser desdobrada em diversas outras atividades e contextos. Primeiramente, é possível explorar as formas em combinação com cores e texturas, permitindo que as crianças desenvolvam habilidades artísticas mais complexas. Ao introduzir as cores nas atividades, cada forma pode ganhar uma nova identidade, estimulando a criatividade e a percepção estética. Além disso, essa abordagem pode ser utilizada para introduzir conceitos de mistura de cores, promovendo aprendizado interligado não apenas das formas, mas também do conhecimento sobre as cores primárias e secundárias.
Outro desdobramento interessante seria a criação de um passeio externo, onde as crianças podem observar as formas na natureza e na arquitetura da cidade. Essa atividade proporcionaria uma rica experiência sensorial, afunilando o olhar das crianças para aspectos visuais que muitas vezes são ignorados. Observar a natureza e estruturas arquitetônicas, depois discutir em grupo sobre as formas que encontraram, enriquece a experiência e permite que compartilhem suas descobertas, ampliando assim sua capacidade de comunicação e socialização. Essa prática pode ser muito benéfica também na construção do respeito ao meio ambiente.
Por fim, a implementação de uma exposição das produções das crianças em um espaço da escola pode oferecer uma valorização do trabalho realizado. A exposição pode ser uma oportunidade para promover um evento em que as famílias sejam convidadas, propiciando um diálogo entre a escola e a comunidade. Durante o evento, os alunos podem compartilhar o que aprenderam sobre formas, apresentando seu trabalho e as descobertas que fizeram. Essa ação promove a autoestima, ao mesmo tempo em que reforça o aprendizado significativo que foi construído em sala de aula, mostrando que suas ideias e expressões são importantes e merecem ser reconhecidas.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final de um planejamento como o “Brincando com formas”, é essencial refletir sobre as expectativas e significados que se deseja transmitir às crianças. Toques de ludicidade, segurança e respeito devem ser enfatizados durante todas as atividades, para que as crianças possam se sentir encorajadas a desenvolver novas habilidades e a expressar suas emoções livremente. Essa abordagem permite que as crianças não apenas aprendam sobre matemática, mas também desenvolvam habilidades sociais essenciais como empatia, cooperação e comunicação.
A implementação do plano deve ser flexível, considerando as reações e o interesse das crianças ao longo das atividades. Cada grupo possui suas particularidades, e adaptar a proposta às necessidades e ritmos do grupo é fundamental para garantir que todos os alunos estejam engajados e motivados. Assim, a observação do comportamento e o feedback das crianças durante as atividades contribuem significativamente para ajustar a prática educativa e para