“Aprendendo ‘Em Cima’ e ‘Embaixo’: Atividades Lúdicas para Crianças”
Este plano de aula tem como objetivo explorar os conceitos de “em cima” e “embaixo” com crianças na faixa etária de 2 a 3 anos. O foco está em desenvolver a compreensão espacial delas de maneira lúdica e interativa, promovendo a socialização e a motricidade através de atividades divertidas. As crianças bem pequenas estão em uma fase crucial de desenvolvimento, onde a exploração do espaço ao seu redor é fundamental. Assim, a proposta é mesclar aprendizados com brincadeiras que envolvem movimento, música e interação entre os pares.
A abordagem deste tema deve ser sensível, observando o ritmo e as capacidades de cada criança. É imprescindível que as atividades sejam dinâmicas, permitindo que os pequenos se movimentem e descubram o mundo ao seu redor. Além disso, utilizar recursos visuais e materiais concretos tornará a aprendizagem mais acessível e prazerosa. Este plano de aula abrange diversas habilidades de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo que as propostas estejam alinhadas com as diretrizes educacionais para essa etapa da Educação Infantil.
Tema: Em Cima e Embaixo
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças experiências de aprendizagem que desenvolvam a noção de conceitos espaciais de “em cima” e “embaixo” através de brincadeiras e atividades lúdicas.
Objetivos Específicos:
– Permitir que as crianças identifiquem e diferenciem as posições de “em cima” e “embaixo” em atividades cotidianas.
– Desenvolver a habilidade de movimentação e deslocamento utilizando esses conceitos espaciais.
– Promover a interação social entre as crianças durante as atividades propostas.
– Fomentar a criatividade e a imaginação através de jogos e canções.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”: (EI02EO01), (EI02EO03), (EI02EO04).
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”: (EI02CG02).
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”: (EI02ET04).
Materiais Necessários:
– Almofadas ou colchonetes
– Brinquedos em diferentes tamanhos (grandes e pequenos)
– Caixa de papelão ou recipiente grande (para atividades de “embaixo”)
– Fichas ou imagens que representem coisas que ficam “em cima” e “embaixo”
– Instrumentos musicais simples (como pandeiros ou chocalhos)
Situações Problema:
1. “Onde está o cachorro?”: Apresentar uma figura de um cachorro e perguntar se ele está “em cima” ou “embaixo” da mesa.
2. “O que está dentro da caixa?”: Incentivar as crianças a explorarem o que está em uma caixa, identificando objetos que estão “em cima” ou “embaixo”.
Contextualização:
Iniciar com uma roda de conversa, onde cada criança poderá falar sobre algo que está “em cima” ou “embaixo” de um determinado objeto em sala. Isso ajudará a criar um vínculo entre as experiências individuais e coletivas e permitirá que as crianças se sintam parte do aprendizado.
Desenvolvimento:
1. Apresentação dos conceitos: Utilizar objetos reais, como uma almofada ou um brinquedo, para demonstrar o que está “em cima” e “embaixo”. Pergunte às crianças acerca das posições dos objetos.
2. Brincadeiras Motoras: Organizar uma atividade com a caixa de papelão, fazendo com que as crianças se movimentem, entrando e saindo da caixa, facilitando a compreensão da posição “embaixo”.
3. Canções e Rimas: Cantar músicas que abordem os conceitos espaciais, envolvendo as crianças na criação de ritmos com os instrumentos.
4. Atividade de manipulação: Criar um espaço onde as crianças possam empilhar objetos e, em seguida, descrever onde cada um foi colocado (em cima e embaixo).
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Jogo das Posições
Objetivo: Compreender as noções de “em cima” e “embaixo”.
Descrição: Formar duplas e utilizar brinquedos diversos e almofadas. Uma criança coloca um objeto “em cima” da almofada, enquanto a outra identifica se está “em cima” ou “embaixo”.
Materiais: Brinquedos e almofadas.
Adaptação: Para crianças que tenham dificuldades em movimentar-se, um adulto pode ajudar a posicionar os objetos.
Atividade 2: Caixa Misteriosa
Objetivo: Explorar o conceito de “embaixo” aplicando a habilidade de explorar.
Descrição: Utilizar uma caixa com diferentes objetos. Perguntar “o que está embaixo” e incentivar as crianças a retirarem objetos da caixa e falarem o que é.
Materiais: Caixa de papelão.
Adaptação: Colocar objetos de diferentes texturas para estimular o sentido do tato.
Atividade 3: Música e Movimento
Objetivo: Aumentar a percepção dos conceitos espaciais através do ritmo.
Descrição: Criar uma canção que incorpore ações de “em cima” e “embaixo” enquanto as crianças dançam. Exemplo: “Eu estou em cima da cama, e embaixo da mesa!”
Materiais: Instrumentos musicais simples.
Adaptação: Balões ou objetos leves podem ser usados como instrumentos.
Discussão em Grupo:
Promover um momento onde as crianças possam compartilhar o que aprenderam sobre as posições “em cima” e “embaixo.” Pergunte como se sentiram nas atividades e o que gostaram mais.
Perguntas:
1. O que você coloca “em cima” da mesa?
2. O que você tem “embaixo” de sua cama?
3. Você pode encontrar algo “embaixo” da sua cadeira?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação das crianças nas atividades e sua compreensão dos conceitos. Registre quando uma criança identificar corretamente os posicionamentos “em cima” e “embaixo”.
Encerramento:
Finalize a aula reunindo as crianças e revisando os conceitos aprendidos. Agradeça a participação de todos, incentivando elas a observar elementos em suas casas ou ambientes cotidianos que possam estar “em cima” e “embaixo”.
Dicas:
– Utilize sempre linguagem clara e simples, apropriada ao entendimento das crianças.
– Incentive a brincadeira ao ar livre sempre que possível, para que os conceitos sejam aprendidos através da prática.
– Esteja atento às reações e ao envolvimento de cada criança, adaptando as atividades se necessário.
Texto sobre o tema:
A compreensão de noções espaciais como “em cima” e “embaixo” é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas. Essas pré-noções ajudam a construir a percepção do espaço, através de experiências concretas e vivenciais. Quando propomos atividades que envolvem movimento e interação, contribuímos não apenas para o aprendizado desses conceitos, mas também para a habilidade social e emocional dos pequenos, pois eles aprendem a compartilhar, respeitar regras e se comunicar. O uso de objetos do cotidiano, como caixas e brinquedos, facilita essa compreensão e transforma o aprendizado em algo palpável.
Neste plano, a música desempenha um papel vital. A musicalização na Educação Infantil estimula a criatividade e a expressão individual, além de ser um excelente recurso para facilitar o entendimento de conceitos. Ao associar movimentos com a musicalidade, as crianças tendem a se lembrar e aplicar o que aprenderam com mais facilidade. Além do mais, o ato de cantar e dançar promove a alegria da descoberta.
Portanto, ao trabalhar esses conceitos de “em cima” e “embaixo”, garantimos que as crianças tenham um aprendizado significativo, construindo não apenas a sua autonomia, mas também sua socialização e capacidade de aprender com o outro. A Educação Infantil deve unir saberes de forma divertida, incentivando a curiosidade e a exploração do mundo ao redor.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano permitem expandir o aprendizado dos conceitos de “em cima” e “embaixo” para novas atividades que podem ser realizadas ao longo do tempo. Por exemplo, em atividades futuras, pode-se introduzir a verticalidade, explorando o que fica “acima” e “abaixo”, contribuindo ainda mais para a compreensão espacial das crianças. A prática de jogos de empilhar blocos também pode ser uma excelente forma de aprofundar esse conhecimento, além de desenvolver a coordenação motora fina.
Outro desdobramento interessante é a possibilidade de inserir atividades relacionadas a histórias que abordem esses conceitos. A leitura de livros infantis que se utilizam de ilustrações evidentes e narrativas que falem sobre o que está “em cima” e “embaixo” pode enriquecer ainda mais as experiências da sala. As crianças podem ser incentivadas a expressar suas opiniões sobre as histórias, apontando os elementos “em cima” e “embaixo” nas ilustrações.
Por último, é importante manter sempre uma ligação com a realidade das crianças. Incorporar objetos que elas reconhecem do seu dia a dia vai além do aprendizado, ajudando a criar um vínculo emocional e afetivo com as atividades e, portanto, com os conceitos a serem aprendidos. Cada atividade deve dialogar com a experiência vivida por elas, reforçando o aprendizado através do contexto.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula é uma oportunidade valiosa para conectar conceitos matemáticos básicos a experiências do dia a dia das crianças. Ao trabalhar com noções simples como “em cima” e “embaixo”, os educadores devem sempre considerar o desenvolvimento individual de cada aluno, respeitando seus tempos e modos de aprendizagem. Adaptar atividades para que todos consigam participar, respeitando limitações e habilidades diversas, é fundamental para que a inclusão efetiva aconteça.
Além das atividades práticas, recomenda-se que o ambiente da sala de aula seja propício para a exploração. Materiais variados devem estar sempre à disposição das crianças, permitindo que façam suas próprias descobertas. Um ambiente rico em estímulos visuais, táteis e sonoros facilitará a compreensão dos conceitos trabalhados e promoverá um espaço de aprendizado significativo.
Por fim, os educadores devem estar sempre atentos à observação e à escuta ativa. Os momentos de diálogo e partilha entre as crianças são essenciais para o fortalecimento das relações interpessoais, além de proporcionar um espaço seguro onde elas possam expressar suas ideias e sentimentos. O aprendizado é um processo dinâmico e coletivo, e ao promover um ambiente acolhedor, potencializamos o desejo das crianças de querer aprender e descobrir mais sobre o mundo que as cerca.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Caça ao Tesouro Espacial
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo: Encorajar a exploração do conceito de “em cima” e “embaixo”.
Descrição: Esconder brinquedos pela sala e criar pistas simples, como “procure embaixo da mesa” ou “encontre em cima da estante”. As crianças devem seguir as pistas e procurar pelos objetos.
Materiais: Brinquedos pequenos, fichas com instruções.
Sugestão 2: Oficina de Artes
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo: Criar objetos que representem “em cima” e “embaixo”.
Descrição: Utilizar papéis coloridos e cola para que as crianças possam criar imagens de elementos que ficam “em cima” e “embaixo”.
Materiais: Papéis, tesoura, cola.
Sugestão 3: Jogo do “Eu Vejo”
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo: Estimular a observação e a descrição de objetos.
Descrição: Sentar em círculo e brincar de “Eu vejo com meus olhinhos algo que está em cima”. As crianças devem olhar ao redor e aquecer a própria percepção.
Materiais: Nenhum, apenas objetos ao redor.
Sugestão 4: Construindo Estruturas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo: Fomentar a noção de altura e apoio ao trabalhar com os conceitos de “em cima” e “embaixo”.
Descrição: Usar blocos ou caixas para construir torres e estimular as crianças a colocarem objetos “em cima” e “embaixo” durante a construção.
Materiais: Blocos de montar.
Sugestão 5: Música do Espaço
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo: Integrar movimento com a música.
Descrição: Criar uma canção baseada em movimento onde as crianças imitam ações relacionadas a “em cima” e “embaixo”, como pular para cima ou se agachar para baixo.
Materiais: Instrumentos musicais simples.
Com essas sugestões práticas e interativas, o aprendizado torna-se uma experiência rica e inovadora, garantido que as crianças desenvolvam seus conhecimentos de forma envolvente e divertida.