“Plano de Aula: Explorando o Grafismo Indígena com Crianças de 3 Anos”
A elaboração deste plano de aula tem como foco o tema grafismo indígena, proporcionando uma experiência educativa rica e significativa para crianças da faixa etária de 3 anos. Essa abordagem busca não apenas desenvolver o conhecimento sobre a cultura indígena, mas também explorar a criatividade e a expressão artística dos pequenos, respeitando suas particularidades e promovendo a convivência harmoniosa em grupo.
Durante a semana, as atividades foram pensadas para que as crianças possam vivenciar e experimentar diferentes aspectos relacionados ao grafismo indígena, sendo uma oportunidade de interação com a história e o modo de vida dos povos originários. O plano dará destaque às habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo que as atividades sejam coerentes e que promovam o desenvolvimento integral das crianças.
Tema: Grafismo Indígena
Duração: 5 Dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 Anos
Objetivo Geral:
Estimular a expressão artística e o conhecimento cultural das crianças através da exploração do grafismo indígena, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais, motoras e criativas e respeitando as características de cada aluno.
Objetivos Específicos:
– Promover a interação social respeitando as diferenças entre os colegas.
– Estimular a criatividade e a capacidade de expressão com o uso de diferentes materiais.
– Desenvolver a coordenação motora fina através de atividades artísticas que envolvem traçar, rasgar e colar.
– Enriquecer o vocabulário das crianças, integrando novas palavras e expressões sobre a cultura indígena.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, entre outros.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Materiais Necessários:
– Papéis de diferentes texturas e cores.
– Tintas (guache, aquarela).
– Pincéis e esponjas.
– Argila ou massa de modelar.
– Materiais recicláveis (caixas, garrafas, jornais).
– Livros ilustrados sobre a cultura indígena.
– Imagens de grafismos indígenas para inspiração.
Situações Problema:
– Como podemos representar os grafismos indígenas utilizando diferentes materiais?
– Quais cores e formas lembram os grafismos que vemos?
– De que maneira podemos compartilhar nossos trabalhos e mostrar o que aprendemos?
Contextualização:
Os grafismos indígenas são expressões artísticas que trazem significados profundos sobre a cultura, a história e as tradições dos povos indígenas. Neste plano, as crianças serão introduzidas a essas formas de arte através de interações lúdicas, contando histórias que os integram a essa rica cultura e permitindo que percebam a importância da valorização da diversidade.
Desenvolvimento:
Durante a semana, serão realizadas diversas atividades, todas com o foco na exploração do grafismo indígena. As atividades envolvem tanto práticas artísticas quanto discussões em grupo, permitindo que as crianças compartilhem suas experiências e reflexões sobre o que aprenderam.
Atividades sugeridas:
Dia 1 – Introdução aos Grafismos Indígenas
Objetivo: Apresentar às crianças o conceito de grafismo indígena e suas particularidades.
Descrição: Ler um livro ilustrado que mostre diferentes grafismos indígenas. Após a leitura, conversar sobre as imagens e as cores utilizadas.
Instruções: Incentivar as crianças a descreverem as imagens e o que elas representam. Para isso, utilize imagens impressas para que elas possam manusear e observar os detalhes.
Materiais: Livros ilustrados sobre grafismos indígenas, imagens impressas.
Adaptação: Para crianças que apresentem dificuldade em se expressar verbalmente, utilizar materiais visuais para que possam apontar as imagens que mais chamam sua atenção.
Dia 2 – Criando Grafismos com Tintas
Objetivo: Desenvolver a habilidade motora fina e a criatividade.
Descrição: As crianças experimentarão fazer seus próprios grafismos utilizando tintas e pincéis sobre papel de diferentes texturas.
Instruções: Propor que as crianças criem padrões e formas que lembram os grafismos indígenas. Incentivar a mistura de cores e a exploração das texturas do papel.
Materiais: Papéis de diferentes texturas, tintas, pincéis, aventais.
Adaptação: Para crianças que sentirem dificuldade com pincéis, disponibilizar esponjas ou os dedos para pintura.
Dia 3 – Grafismos com Materiais Recicláveis
Objetivo: Incentivar a criatividade e a reutilização de materiais.
Descrição: As crianças usarão materiais recicláveis para criar obras inspiradas nos grafismos indígenas.
Instruções: Apresentar os materiais e incentivar as crianças a montar suas obras, ajudando a colar e organizar os itens.
Materiais: Caixas, garrafas, jornais, cola, tesouras adequadas para a faixa etária.
Adaptação: Oferecer assistência adicional para crianças que podem ter dificuldade em manusear as tesouras.
Dia 4 – Movimento e Dança dos Grafismos
Objetivo: Incorporar o movimento e a expressão corporal na arte.
Descrição: As crianças aprenderão uma dança com gestos que podem representar as formas e as histórias dos grafismos indígenas.
Instruções: Usar a música para criar um ambiente de dança, incentivando as crianças a se moverem e a imitar formas que observaram nos grafismos.
Materiais: Música tradicional ou que lembre o tema, espaço amplo para dança.
Adaptação: Conduzir as crianças em movimentos mais simples, caso haja limitações físicas.
Dia 5 – Exposição dos Trabalhos e Celebrando a Diversidade
Objetivo: Promover a socialização e o compartilhamento das produções artísticas.
Descrição: Organizar uma pequena exposição dos trabalhos realizados ao longo da semana. As crianças poderão apresentar suas criações para os colegas e interagir sobre o que aprenderam.
Instruções: Criar um espaço na sala de aula para a exposição e convidar outras turmas para visitarem e conhecerem o trabalho dos alunos.
Materiais: Todos os trabalhos artísticos produzidos ao longo da semana.
Adaptação: Incentivar as crianças a falarem em grupo menor, se sentirem mais confortáveis.
Discussão em Grupo:
Ao final da semana, promover um momento de discussão onde as crianças podem compartilhar o que mais gostaram nas atividades, suas criações e o que aprenderam sobre a cultura indígena. Perguntar sobre as diferenças que elas notaram entre cada grafismo e como se sentiram fazendo suas próprias obras.
Perguntas:
– O que você mais gostou de fazer esta semana?
– Quais cores e formas você usou nas suas criações?
– O que você aprendeu sobre os grafismos indígenas?
– Como você se sentiu quando estava fazendo a sua arte?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma informal, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades, suas interações sociais e a expressão de suas emoções e pensamentos ao longo da semana.
Encerramento:
Finalizar a semana com uma pequena celebração, destacando a importância da cultura indígena e como suas expressões artísticas podem ser únicas e significativas. Reforçar que cada um é especial e que a arte é uma forma de expressar nossa individualidade e coletividade.
Dicas:
– Incentivar a colaboração e o trabalho em grupo, promovendo o respeito pelas criações dos colegas.
– Utilizar momentos do cotidiano para discutir a cultura indígena, aproveitando situações que surjam naturalmente.
– Explorar diferentes recursos de arte ao longo do ano, aprofundando o conhecimento sobre diversas culturas.
Texto sobre o tema:
Os grafismos indígenas são muito mais do que simples desenhos; eles representam uma linguagem artística que comunica histórias, crenças e identidades culturais dos povos originários do Brasil. Com seus padrões coloridos e formas variadas, essas expressões artísticas estão intrinsecamente ligadas ao cotidiano, às tradições e às práticas espirituais. Ao abordar o tema dos grafismos, estamos também trazendo à tona a importância da valorização dessa cultura, que muitas vezes é esquecida ou pouco discutida em nossas escolas.
O grafismo, que pode ser encontrado em cerâmicas, pinturas corporais e até nas vestimentas, carrega significados profundos que refletem a relação dos indígenas com a natureza, com os ancestrais e com o mundo ao seu redor. Ao apresentar esses conceitos para crianças pequenas, é fundamental usar uma abordagem que não só informe, mas que também encante e inspire, utilizando cores, sons e formas que estimulem a criatividade e a imaginação.
Ao longo deste plano, as crianças terão a oportunidade de não apenas conhecer, mas também vivenciar a arte indígena de forma prática. Isso possibilitará que eles expressem suas emoções e percepções sobre o tema, enquanto desenvolvem suas habilidades motoras e sociais. É um exercício de respeito e aprendizado, uma forma de conectar a infância à rica diversidade cultural do nosso país e promover um ambiente de tolerância e solidariedade desde cedo.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano de aula podem ser amplos e abrangem diversos aspectos da educação infantil. A partir da experiência com grafismos indígenas, é possível desenvolver outras atividades que conectem as crianças ainda mais com a cultura local, como visitas a exposições de arte indígena ou encontros com artistas que utilizam esses grafismos em suas obras. Essa aproximação pode enriquecer o aprendizado e fazer com que as crianças conheçam histórias vivas sobre as tradições indígenas.
Além disso, ao explorar ferramentas de leitura e escrita, os educadores podem incentivar as crianças a contar e registrar suas próprias histórias inspiradas nos grafismos que criaram. Assim, a linguagem é ampliada, e a criança desenvolve um interesse genuíno por narrativas e narradores, tanto orais quanto gráficos. O trabalho em grupo e a comunicação se tornam essenciais, promovendo o desenvolvimento da fala e da escuta, respeitando as opiniões e as individualidades de cada criança.
Por fim, pode-se expandir o tema para envolver noções de respeito e cuidado com a natureza. Os grafismos frequentemente refletem a relação da cultura indígena com o meio ambiente, o que possibilita diálogos sobre sustentabilidade e a importância do respeito às diferenças. As crianças podem ser convidadas a participar de um projeto de plantio, onde cada uma irá criar um grafismo que represente o que ela mais ama na natureza, unindo arte, cuidado e consciência ambiental.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que o educador esteja atento às reações e ao envolvimento das crianças durante as atividades. A escuta ativa é fundamental para compreender o que elas estão vivenciando e sentindo em relação ao material apresentado. É preciso criar um ambiente que valorize as expressões individuais e facilite a troca de experiências, sempre promovendo um clima de respeito e solidariedade entre todos.
Outro ponto a ser ressaltado é a importância de adaptar as atividades para cada grupo de crianças, respeitando as habilidades e limitações de cada uma. O professor deve estimular a participação de todos, instigando o interesse e a motivação de acordo com os seus ritmos e particularidades. Criar espaços de confraternização e diálogo sobre o que foi aprendido é crucial para fortalecer os laços entre os alunos.
Por fim, ao abordar a temática do grafismo indígena, é essencial que a educação vá além da simples apresentação de informações. Deve-se buscar a formação crítica e consciente, onde as crianças aprendem a reconhecer e respeitar a diversidade cultural, se tornando cidadãos mais empáticos e socialmente responsáveis. O grafismo se torna um meio poderoso para que as crianças expressem suas próprias histórias e identidades, ao mesmo tempo que celebram a multiculturalidade presente em nosso país.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Sons da Natureza: Crie um ambiente que lembre a floresta, utilizando objetos como folhas secas, pedras e gravetos. As crianças podem manipular os objetos e criar sons, enquanto discutem a importância da natureza para os povos indígenas.
* Objetivo: Explorar a sonoridade e a relação com a natureza.
* Materiais: Objectos naturais, gravação de sons de floresta.
* Passos: Incentivar as crianças a explorar e criar uma orquestra natural com os objetos.
2. Dança Indígena: Apresentar às crianças uma dança indígena simples, onde elas possam imitar gestos e movimentos enquanto uma música tradicional toca.
* Objetivo: Conectar movimento e cultura, estimulando a expressão corporal.
* Materiais: Música tradicional indígena.
* Passos: Criar um círculo e incentivar as crianças a se movimentar livremente, imitando elementos da dança.
3. Jogo da Memória com Grafismos: Criar cartas com diferentes grafismos indígenas e propor um jogo da memória.
* Objetivo: Trabalhar a memória visual e o reconhecimento dos grafismos.
* Materiais: Cartas ilustradas.
* Passos: Formar duplas e seguir as regras do jogo, incentivando a cooperação.
4. Mural de Grafismos: Organizar uma atividade onde as crianças, em grupos, possam criar um mural com os grafismos que aprenderam.
* Objetivo: Promover o trabalho em equipe e a expressão artística.
* Materiais: Papéis, tintas, pincéis e outros materiais artísticos.
* Passos: Dividir as crianças em grupos e orientá-las a criar uma parte do mural.
5. Natureza em Forma de Arte: Solicitar que as crianças colem elementos da natureza (como folhas e flores) e façam grafismos com eles.
* Objetivo: Estimular a criatividade utilizando materiais naturais.
* Materiais: Elementos naturais coletados, papéis.
