“Desenvolvendo Coordenação Motora Grossa no 4º Ano do Ensino Fundamental”

Neste plano de aula, abordaremos a coordenação motora grossa com alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, usando atividades práticas focadas na exploração do espaço e nas formas de deslocamento. O objetivo é desenvolver a habilidade dos alunos de se deslocar com segurança e criatividade, explorar diferentes formas de movimento e compreender noções espaciais, fundamentais para o seu desenvolvimento motor e social. A prática de atividades físicas não só promove a saúde, mas também contribui significativamente para a socialização e aprendizagem dos estudantes.

A abordagem a ser aplicada no Atendimento Educacional Especializado (AEE) permite que cada aluno, com seu nível de habilidade, possa participar de forma efetiva. Ao focar em atividades lúdicas e práticas, garantimos que os alunos se sintam parte do grupo, almejando uma inclusão real e significativa. Este plano será desenvolvido em uma única aula, mas poderá ser adaptado para sequências de aulas ao longo da semana, conforme necessário.

Tema: Trabalhando a coordenação motora grossa No AEE
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 8 e 9 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o desenvolvimento da coordenação motora grossa dos alunos, através de atividades que estimulem a percepção espacial, equilíbrio e diferentes formas de deslocamento.

Objetivos Específicos:

– Proporcionar atividades que estimulem o deslocamento em diferentes direções (em frente, atrás, em cima, embaixo, etc.).
– Explorar variadas formas de movimentação (pular, saltar, dançar, correr) de modo criativo e colaborativo.
– Incentivar a socialização entre os alunos através de brincadeiras que envolvam coordenação e trabalho em equipe.

Habilidades BNCC:

(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
(EF35EF02) Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana.
(EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.

Materiais Necessários:

– Cordas para pular
– Cones ou marcadores para delimitar espaço
– Bolas de diferentes tamanhos
– Colchonetes ou tapetes macios
– Música para as atividades de dança

Situações Problema:

– Como podemos nos deslocar pelo espaço sem nos esbarrar?
– De que forma podemos brincar juntos usando as habilidades que estão sendo trabalhadas?
– Quais movimentos são mais desafiadores para você?

Contextualização:

As habilidades motoras são essenciais para o desenvolvimento integral da criança. Neste contexto, o trabalho com a coordenação motora grossa permite que os alunos exerçam controle sobre seus movimentos, exercitem a consciência corporal e, consequentemente, melhorem suas interações sociais.

Desenvolvimento:

As atividades serão divididas em três partes: aquecimento, atividade central e resfriamento. Durante o aquecimento, os alunos vão participar de uma roda de conversa sobre a importância do movimento e da atividade física, seguido de uma série de alongamentos e movimentos básicos para preparar o corpo.

Na etapa central, os alunos serão divididos em grupos, onde irão explorar diferentes estaciones montadas contendo os seguintes exercícios:
1. Corda de Pular: Em filas, os alunos devem pular a corda que está sendo girada por dois colegas, alternando os papéis.
2. Percurso com Cones: Os alunos devem percorrer um caminho marcado pelos cones, realizando diversas formas de deslocamento, como correr, saltar e caminhar sobre a linha imaginária que ligará os cones.
3. Brincadeiras com Bola: Usando diferentes tamanhos de bola, as crianças realizarão brincadeiras como “Rodinha de Bolas”, passando a bola umas para as outras sem deixá-la cair.
4. Dança: Com música, os alunos serão orientados a se moviemtarem livremente pelo espaço, dançando e criando seus próprios passos.

Os alunos serão estimulados a se observarem e ajudarem uns aos outros, promovendo a colaboração e a empatia.

No resfriamento, todos os alunos se reúnem em círculo para calçar o tapete, aproveitando um momento de relaxamento e alongamento, enquanto comentam sobre suas experiências durante as atividades.

Atividades sugeridas:

Uma lista detalhada de atividades pedagógicas está alinhada ao objetivo de desenvolver a coordenação motora grossa, explorando a espacialidade e o trabalho em equipe, e será organizada da seguinte forma:

Dia 1: Introdução e aquecimento
Objetivo: Iniciar os alunos na discussão sobre o movimento e a coordenação.
Descrição: Os alunos sentarão em círculo e participarão de uma roda de diálogo. Cada um fará um movimento e todos deverão imitá-los, promovendo consciência corporal.
Materiais: Música leve.
Adaptação: Para alunos com mobilidade reduzida, realizar movimentos sentados.

Dia 2: Atividade da Corda
Objetivo: Desenvolver a coordenação ao pular corda.
Descrição: Depois de um breve aquecimento, os alunos formam filas para saltar.
Materiais: Cordas.
Adaptação: Oferecer cordas maiores ou permitir que alunos experimentem a atividade em duplas.

Dia 3: Percurso com Cones
Objetivo: Trabalhar diferentes formas de deslocamento e percepção espacial.
Descrição: Com um percurso definido, os alunos devem seguir os cones em diferentes locais.
Materiais: Cones.
Adaptação: Para alunos que se sentem inseguros, permitir a alteração do percurso.

Dia 4: Bolas e Grupo
Objetivo: Aprender a trabalhar em equipe e passar a bola.
Descrição: Em círculos, passam a bola e tentam não deixar cair.
Materiais: Bolas.
Adaptação: Para alunos que não podem agachar, permitir a participação em pé.

Dia 5: Dança Criativa
Objetivo: Criar passos de dança usando os movimentos do corpo.
Descrição: Com música, os alunos dançam em grupo.
Materiais: Caixa de som ou rádio.
Adaptação: Estimular a dança sentada, se necessário.

Discussão em Grupo:

Formar pequenos grupos para que os alunos discutam os desafios que enfrentaram durante as atividades e o que aprenderam sobre suas habilidades físicas.

Perguntas:

– Quais foram os movimentos mais fáceis e mais difíceis para você?
– Como você se sentiu ao trabalhar em grupo?
– O que você faria diferente numa próxima vez?

Avaliação:

A avaliação será contínua, através da observação da participação dos alunos, da motivação e do trabalho em grupo. Feedback individual e coletivo será dado, buscando sempre valorizar o esforço e a evolução de cada um.

Encerramento:

Concluir a aula com um momento de reflexão. Os alunos compartilhão suas experiências e o que mais gostaram nas atividades.

Dicas:

– Mantenha um ambiente seguro e acolhedor.
– Utilize músicas animadas para movimentação.
– Respeite o tempo de cada aluno e a sua individualidade.

Texto sobre o tema:

A coordenação motora grossa é uma habilidade crucial para o desenvolvimento infantil. Ela refere-se ao uso de grandes grupos musculares para realizar movimentos, como correr, pular, dançar e manipular objetos. Trabalhar essa habilidade no ambiente escolar, especialmente no AEE, é fundamental, pois permite que as crianças desenvolvam não apenas suas capacidades físicas, mas também sua autoconfiança ao se movimentar em diferentes espaços. Brincadeiras e jogos são formas eficazes de trabalhar essa coordenação, pois permitem que as crianças expressam-se, explorem o espaço e interajam socialmente.

Pensar na coordenação motora não se limita apenas ao campo físico; ela abrange também o entendimento do ambiente ao nosso redor. Quando uma criança se desloca por um espaço, é vital que ela desenvolva a noção de em frente, atrás, em cima, abaixo etc. A prática frequente dessas habilidades ajuda as crianças a se tornarem mais seguras nas suas movimentações, facilitando diversas atividades do dia a dia.

Além disso, o valor do movimento vai muito além do aspecto físico. As atividades físicas promovem a socialização, a interação e o fortalecimento de vínculos sociais. Ao brincar, as crianças aprendem valores de respeito, colaboração e paciência com os outros, elementos essenciais para a formação do cidadão consciente e ativo em sua comunidade. Portanto, promover a coordenação motora grossa no AEE é garantir que as crianças desenvolvam um conjunto de habilidades essenciais para a vida.

Desdobramentos do plano:

A partir do conteúdo trabalhado, o plano pode ser desdobrado em várias ações futuras, como rotinas de movimento, que podem ser inseridas de forma regular no AEE. Isso pode incluir um dia dedicado a atividades ao ar livre, como caminhadas, jogos de equipe, e até mesmo atividades de dança. O envolvimento em eventos esportivos pode elevar o conceito de coesão social e empoderar crianças com diferentes habilidades.

A implementação de sequências pedagógicas focadas em diferentes aspectos da coordenação, como equilíbrio, agilidade e força, permitirá que as crianças enfrentem novos desafios a cada aula. Dessa forma, a criança que tem dificuldade para saltar pode se empenhar em aprimorar esse aspecto com o apoio do educador e dos colegas. Além disso, criar um ambiente que incentiva a experimentação e a autodescoberta fará com que os alunos se sintam mais confiantes ao mobilizar seus corpos.

Finalmente, as experiências práticas no AEE podem ser uma ponte para a integração dos alunos com seus pares mainstream, promovendo a inclusão e a diversidade. Esse desdobramento não apenas reforça as habilidades motoras grossas, mas também forma um ambiente educacional rico e diversificado onde todos são valorizados por suas contribuições singulares.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final do plano, é importante refletir sobre os aprendizados adquiridos e a disposição dos alunos em explorar a coordenação motora grossa. A ideia é que cada criança sinta que fez parte de algo especial, que as aulas foram um espaço seguro para experimentar e aprimorar suas habilidades. O papel do professor é fundamental, pois ele deve incentivar a participação, acolhendo as dificuldades e estimulando os pontos positivos observados em cada aluno.

A personalização da prática é o diferencial que garantirá o sucesso das atividades. Portanto, ouvir os alunos e adaptar a rotina conforme seus interesses e capacidades deve ser uma prioridade contínua. Este mecanismo não só se alinha ao objetivo do AEE, de atender as necessidades específicas de cada aluno, mas contribui também para a construção de um ambiente inclusivo, onde a diversidade é respeitada e celebrada.

Cada aula será uma oportunidade de celebrar pequenas conquistas, para que todos os alunos possam perceber a importância de estarem ativos e engajados, tanto na importância do exercício físico quanto na interação social. Organizar uma apresentação ou um dia de esportes no final do período letivo pode ser uma maneira perfeita de consolidar os aprendizados e incentivar a continuidade dessas práticas também fora das paredes da escola.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Diário do Movimento: Crie diários onde os alunos poderão registrar suas experiências em diferentes atividades físicas e como se sentem em relação a elas. Este exercício também poderá ser adaptado para os alunos que preferem expressar-se através de desenhos.
Caminhada Sensorial: Organize uma atividade onde os alunos caminhem por um percurso com diferentes texturas no chão (tapetes, grama, areia), criando consciência corporal e sensorial.
Jogos de Caça ao Tesouro: Desenvolva um jogo que envolva correr e pular para encontrar pistas escondidas em um determinado espaço, promovendo a movimentação dinâmica e a coordenação.
Dança das Cores: Nesta atividade, diferentes cores significarão diferentes movimentos (ex: azul para pular, vermelho para correr), incentivando a criatividade e a memorização dos movimentos.
Teatro Corporal: Utilize improvisação, onde os alunos devem criar uma história que envolva mis movimento, trabalhando a atuação e a coordenação de forma divertida e lúdica.

Estas atividades foram elaboradas para manter o entusiasmo dos alunos em relação ao aprendizado da coordenação motora, encorajando novas formas de expressão e socialização através do movimento.

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