“Projeto de Artes para Crianças: Criatividade com Sandra Guinle”
A elaboração de um plano de aula que envolva o entendimento das artes e da criatividade é de extrema importância na Educação Infantil. Neste contexto, a proposta de um projeto com enfoque em Sandra Guinle, uma renomada artista, poderá proporcionar um aprendizado significativo para as crianças pequenas, estimulando sua expressão artística e o desenvolvimento de habilidades essenciais de interação e comunicação. Além de enriquecer o repertório cultural dos alunos, a atividade promete ser divertida, lúdica e acessível, permitindo que cada aluno se expresse de maneira única.
A duração do plano é de 50 minutos, ideal para manter a atenção e o engajamento do grupo de crianças de 4 anos. Através de atividades dinâmicas, o rendimento social e emocional das crianças será potencializado, promovendo a empatia, a cooperação, e o autocuidado durante todo o processo criativo. Isso possibilitará que as crianças não apenas desenvolvam seu lado artístico, mas também que construam relações saudáveis e respeitosas entre si.
Tema: Projeto de Artes Sandra Guinle
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência significativa em Artes, onde as crianças possam criar livremente, comunicando suas ideias e sentimentos de maneira artística, inspiradas na obra de Sandra Guinle.
Objetivos Específicos:
1. Estimular a expressão individual por meio de atividades artísticas.
2. Promover a valorização das características pessoais e do coletivo.
3. Fomentar a cooperação e a empatia entre as crianças.
4. Desenvolver o interesse por diferentes formas culturais e artísticas na criação.
5. Incentivar a observação e o registro das experiências artísticas realizadas.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em atividades artísticas.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
Materiais Necessários:
1. Papéis em diversas texturas e cores (papel sulfite, papel crepom, papel de seda).
2. Tintas atóxicas e pincéis variados.
3. Materiais para colagem (tesoura sem ponta, cola, botões, tecidos).
4. Equipamentos de som para tocar músicas inspiradoras.
5. Câmera fotográfica ou smartphone (para registrar o processo).
Situações Problema:
– Como podemos expressar o que sentimos através da arte?
– Quais cores utilizamos para retratar nossas emoções?
– Como nossas colaborações podem se juntar para criar uma única obra de arte?
Contextualização:
A arte é uma forma poderosa de comunicação e expressão. As crianças, ao interagirem com artistas como Sandra Guinle, têm a oportunidade de explorar suas emoções e ideias com maior liberdade. A proposta de atividades que envolvem a expressão artística tornará o ambiente mais acolhedor e estimulante, favorecendo o desenvolvimento das relações interpessoais e a autoexpressão.
Desenvolvimento:
Iniciar a atividade com uma breve apresentação sobre a artista Sandra Guinle, mostrando algumas de suas obras de arte, que podem ser acessíveis e visivelmente atraentes para as crianças. Em seguida, propor um momento de escuta e observação, solicitando que as crianças compartilhem o que veem e sentem ao olhar as obras. Após essa interação inicial, as crianças serão convidadas a criar suas próprias obras de arte, incentivando o uso de diferentes materiais e técnicas.
Atividades sugeridas:
Ao longo da semana, as atividades artísticas poderão se desdobrar nos seguintes passos:
Dia 1: Apresentação e Exploração
Objetivo: Introduzir a obra de Sandra Guinle e promover a observação.
Descrição: O educador deve apresentar imagens da artista e incentivar o diálogo sobre cores e formas.
Instruções Práticas: Utilize um quadro magnético ou um mural para expor as obras, permitindo que as crianças toquem os materiais (papéis, tintas).
Materiais: Imagens impressas, papéis de diferentes texturas.
Adaptação: Para crianças com dificuldade na fala, propor que desenhem o que sentiram ao observar.
Dia 2: Criação da Obra Coletiva
Objetivo: Fomentar a cooperação.
Descrição: As crianças formarão pequenos grupos para criar uma obra coletiva.
Instruções Práticas: Distribuir papéis grandes e tintas, encorajando a colaboração entre os grupos.
Materiais: Lonas grandes, tintas, pincéis.
Adaptação: Oferecer papéis menores para crianças que preferem trabalhar sozinhas.
Dia 3: Registro da Criação
Objetivo: Estimular o relato da experiência.
Descrição: Cada grupo apresentará sua obra e explicará o que a inspirou.
Instruções Práticas: O professor fará os registros das falas e envolverá todos nas apresentações.
Materiais: Câmera fotográfica, caderno para anotações.
Adaptação: Usar tecnologia como tablets para gravações de áudio das apresentações.
Dia 4: Movimento e Expressão
Objetivo: Integrar gestos e movimentos nas artes.
Descrição: Propor uma aula de dança, onde poderão expressar suas emoções através do movimento.
Instruções Práticas: Utilize músicas que remetam às artes, estimulando a improvisação dos movimentos.
Materiais: Música, espaço amplo e seguro para as crianças dançarem.
Adaptação: Criar variações das danças para aqueles que têm limitações motoras.
Dia 5: Reflexão e Fechamento
Objetivo: Fortalecer a compreensão do aprendizado da semana.
Descrição: Encerrar com um círculo de conversa sobre as experiências vividas.
Instruções Práticas: Propor que cada criança fale ou desenhe algo que aprendeu e compartilhou.
Materiais: Papéis e lápis de cor.
Adaptação: Para as crianças que se sentirem mais à vontade, podem usar recursos visuais para a fala.
Discussão em Grupo:
Propor um momento para as crianças compartilharem o que sentiram ao longo da semana. Questione sobre suas cores favoritas, o que mais gostaram de criar, e se mudaram alguma percepção sobre a arte.
Perguntas:
1. Quais cores utilizamos nas nossas obras?
2. O que você sentiu ao dançar e expressar suas emoções?
3. Como podemos trabalhar juntos para criar algo bonito?
Avaliação:
A avaliação poderá ser feita de forma contínua, observando a participação, a expressão e a cooperação entre as crianças. Os registros das obras e as conversas ao final de cada atividade servirão como suporte para analisar o envolvimento de cada um na prática artística cotidiana.
Encerramento:
Finalize a sequência com uma apresentação das obras para outros grupos da escola ou pais, promovendo um ambiente de celebração da criatividade. Este fechamento reforçará a noção de comunidade e união entre os educandos.
Dicas:
1. Utilize diferentes linguagens para se comunicar com as crianças, combinando verbal e não-verbal.
2. Incentive sempre a colaboração e o respeito durante as atividades.
3. Esteja atento às necessidades emocionais das crianças e crie um ambiente seguro.
Texto sobre o tema:
No campo da Educação Infantil, a arte desempenha um papel fundamental no desenvolvimento integral das crianças. Ao explorar os conceitos de cores, formas e expressões, os alunos entram em contato com as diversas formas de expressar suas emoções e ideias, desenvolvendo assim uma maior autopercepção. A artista Sandra Guinle, conhecida por suas obras que mesclam técnica e sentimento, pode inspirar as crianças a serem criativas enquanto reconhecem a beleza do mundo à sua volta.
A importância do registro visual não deve ser subestimada, pois ele permite que as crianças compreendam e internalizem as experiências vividas, além de servirem como um meio de comunicação com o mundo. Os processos de criação são justamente esses caminhos que favorecem a interação social, proporcionando a oportunidade de ver o que é feito: a criação coletiva é um maravilhoso exercício de cooperação e empatia, pois permite que cada criança sinta-se parte de algo maior.
Por fim, é necessário considerar que o desenvolvimento artístico não está somente nas obras criadas, mas também nas vivências, nos sentimentos compartilhados e nas historias contadas. O entendimento da arte como um vetor de aprendizado torna os momentos de criação ainda mais valiosos, pois amplia as fronteiras do conhecimento e da experiência emocional, promovendo a autoconfiança e o respeito por diferentes formas de ver o mundo.
Desdobramentos do plano:
Além das atividades propostas, o plano pode ser desdobrado em outras direções conforme o avanço e o interesse das crianças. Uma possibilidade é a organização de uma exposição das obras criadas, convidando outros alunos da escola, familiares e até mesmo a comunidade local. A exposição deve ser um espaço de celebração das criações coletivas e individuais, permitindo que as crianças falem sobre suas obras e experiências, contribuindo para o seu desenvolvimento da autoconfiança e habilidades de comunicação.
Outra possibilidade é a continuação do projeto através de uma visita a um espaço cultural, como um museu ou galeria de arte. Essa experiência proporcionaria novos aprendizados e a possibilidade de vivenciar formas de arte diferentes. Um envolvimento com artistas locais que possam compartilhar suas experiências e práticas também seria enriquecedor, criando uma imersão na cultura artística da região, além de despertar o interesse dos alunos em diversas formas de expressão.
Finalmente, as experiências vividas podem ser documentadas em um livro de registro, onde as crianças possam fazer seus desenhos, colagens e relatos. Esse material poderá ser um recurso de consulta para futuras projetos, bem como uma forma de relembrar e valorizar as experiências vividas em artísticas, cultivando um repertório cultural desde a primeira infância até a idade adulta.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano, o educador deve sempre estar atento às dinâmicas do grupo, promovendo um ambiente acolhedor e respeitoso. A flexibilidade é uma habilidade crucial, pois adaptar as atividades às necessidades individuais dos alunos pode resultar em experiências de aprendizado mais significativas. É importante que as crianças se sintam livres para expressar suas ideias e sentimentos no ambiente de aprendizado.
Outro ponto a ser considerado é a valorização do processo de criação e não apenas o produto final. À medida que as crianças se envolvem nas atividades artísticas, o foco no momento de criação, na troca de ideias e no contato direto com a arte é altamente recomendável. Cada risada, cada conversa e cada olhar que compartilham são parte vital do aprendizado.
Por fim, ao final do projeto, um momento de reflexão sobre o que aprenderam e o que gostariam de explorar no futuro proporcionará um fechamento significativo, orientando as próximas etapas pedagógicas. Assim, prepara-se o terreno para novas aventuras educativas, sempre com um espírito de colaboração e aprendizado mútuo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça às Cores: Propor que as crianças saiam para explorar o ambiente ao redor da escola em busca das diferentes cores que podem encontrar na natureza ou na arquitetura. Cada criança deverá registrar suas descobertas em um diário de cores que poderá ser em formato de colagem ou desenho ao retornarem para a sala.
2. Dia das Sombras: Criar artes com sombras usando luz natural em um dia ensolarado. As crianças podem contornar as sombras de objetos trazidos por elas (brinquedos, lanches) ou até mesmo de seus próprios corpos. Esse registro permitirá que elas explorem a relação entre luz e forma de uma forma lúdica.
3. Teatro de Fantoches: Com materiais simples e recicláveis, como meias, as crianças poderão criar fantoches inspirados em figuras de suas histórias preferidas. Podem apresentar pequenas encenações, integrando a arte da interpretação ao aprendizado.
4. Plantando Cores: Organizar uma atividade onde cada criança pode plantar florzinhas ou sementes específicas em copos recicláveis e decorá-los com tinta. Essa atividade ensina sobre natureza e ciclo de vida, promovendo arte através da jardinagem.
5. Música e Movimento: Realizar momentos de dança e movimento, onde as crianças podem expressar suas emoções ao som de diferentes gêneros musicais. Haverá o estímulo à criatividade ao criar novos passos e gestos que representem sentimentos, permitindo um espaço seguro para a autoexpressão.
Este conjunto de atividades não apenas alinha-se ao tema de arte, mas também reforça o desenvolvimento das habilidades fundamentais da BNCC, potencializando a experiência lúdica e educativa das crianças pequenas na Educação Infantil.