“Capoeira na Educação Infantil: Brincando e Aprendendo!”

Introdução

O plano de aula proposto visa introduzir os alunos ao fascinante mundo da capoeira, utilizando brincadeiras que envolvam movimento e expressão corporal. A atividade é ideal para crianças pequenas, possibilitando que elas explorem seu corpo de maneira criativa e lúdica, ao mesmo tempo em que aprendem sobre uma das manifestações culturais mais ricas do Brasil. Utilizando agogô e elástico, as crianças podem desenvolver habilidades motoras enquanto brincam, garantindo que a experiência seja não apenas divertida, mas também educativa.

O uso de elementos como o agogo e o elástico vai permitir que os alunos experimentem sons e ritmos, além de aprimorarem a coordenação motora. Esse tipo de atividade é fundamental na educação infantil, pois promove a socialização e a construção de vínculos através da cooperação e do trabalho em grupo. Por meio dessa proposta, as crianças irão descobrir novas formas de se movimentar e se expressar, integrando-se aos diversos aspectos da Capoeira, como musicalidade, ritmo e movimento.

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Tema: Brincando de capoeira
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 2 a 4 anos

Objetivo Geral:

Promover o desenvolvimento motor e social das crianças através da prática lúdica da capoeira, utilizando o agogô e o elástico como instrumentos para expressão corporal e musicalidade.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a expressão corporal e a coordenação motora.
– Estimular a interação social e a cooperação entre os alunos.
– Introduzir a musicalidade e o ritmo por meio do uso do agogô.
– Proporcionar um ambiente de aprendizado que respeite a cultura brasileira.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.

Materiais Necessários:

– Instrumentos de percussão (agogô)
– Elásticos em tamanhos variados
– Colchonetes ou tapetes para proteger o chão
– Espaço amplo e seguro para a movimentação

Situações Problema:

– Como podemos usar o som do agogô para nos movimentar?
– De que maneira o elástico pode nos ajudar a criar novos movimentos na capoeira?
– O que sentimos ao nos movimentarmos em grupo?

Contextualização:

A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura dança, música e arte marcial. É uma atividade que promove a socialização, a coordenação motora e a musicalidade, sendo uma excelente ferramenta para o desenvolvimento das crianças na educação infantil. As brincadeiras a partir da capoeira são uma maneira de resgatar essa herança cultural e adaptá-la ao contexto escolar, tornando-a acessível e divertida para as crianças.

Desenvolvimento:

Inicie a aula apresentando um pouco sobre a capoeira, mostrando aos alunos o agogô e como ele produz som. Demonstre como é possível criar ritmos e sons com os instrumentos, incentivando as crianças a experimentar.

O próximo passo é introduzir o elástico. Peça que as crianças formem um círculo e, com o elástico, façam movimentos juntos, como saltar ou se agachar, em sincronia. Podem inventar uma dança simples que possa ser realizada com os braços e pernas dentro do elástico.

Após essa fase de experimentação, conduza um momento em que as crianças possam criar suas próprias coreografias utilizando os elementos apresentados. Deixe que os alunos tenham liberdade para explorar, sempre supervisionando e orientando as atividades, garantindo a segurança e o respeito mútuo.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Apresentação do Agogô
Objetivo: Familiarizar as crianças com o som e o ritmo.
Descrição: Mostre como tocar o agogô e deixe que cada criança experimente produzir sons.
Materiais: Agogô.
Instruções: Demonstre o instrumento, divida as crianças em grupos para que possam brincar com os sons.

Atividade 2: Dança do Elástico
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora.
Descrição: As crianças formam um círculo e, com o elástico, devem seguir os movimentos solicitados.
Materiais: Elástico.
Instruções: Peça que sigam seus braços e pernas conforme o elástico é movimentado.

Atividade 3: Coreografia Livre
Objetivo: Permitir a criatividade na movimentação.
Descrição: As crianças têm liberdade para criar movimentos que incorporem tanto o agogô quanto o elástico.
Materiais: Agogô e elástico.
Instruções: Deixe que as crianças explorem seus movimentos em grupos.

Discussão em Grupo:

Promova uma reflexão sobre as atividades, perguntando como foi a experiência de tocar o agogô e dançar com o elástico. Questione como eles se sentiram juntos e que novas brincadeiras poderiam inventar.

Perguntas:

– O que você mais gostou de fazer com o agogô?
– Como foi trabalhar em grupo com o elástico?
– O que você sentiu quando estava se movendo?

Avaliação:

A avaliação será contínua e ocorrerá através da observação do envolvimento e participação das crianças nas atividades propostas. O professor poderá notar a evolução na coordenação motora e a disposição para trabalhar em grupo.

Encerramento:

Finalize a aula realizando uma roda de conversa sobre o que as crianças aprenderam. Agradeça pela participação e incentive-as a continuarem explorando essa expressão cultural, falando sobre outras atividades relacionadas à capoeira que podem ser feitas em sala de aula e fora dela.

Dicas:

Utilize músicas de capoeira para enriquecer as atividades e criar um ambiente mais engajador. Cuide para que todos os alunos tenham espaço e que as atividades sejam adaptadas para atender às necessidades individuais. Ofereça diferentes níveis de dificuldade nas atividades para que todas as crianças possam participar confortavelmente, respeitando suas limitações e promovendo a auto-confiança.

Texto sobre o tema:

A capoeira é uma manifestação cultural que mistura dança, luta e música, desenvolvida pelos negros que foram escravizados no Brasil. Ao longo dos anos, essa forma de expressão foi se transformando em um importante símbolo da identidade brasileira. Ao integrar a musicalidade à movimentação corporal, a capoeira se torna uma atividade rica em valores, permitindo que as crianças desenvolvam sua coordenação motora, além de estimular a criatividade e a socialização.

A prática da capoeira na educação infantil promove não apenas o desenvolvimento físico, mas também valores importantes como o respeito, a empatia e a cooperação. Em um mundo onde as interações sociais são cada vez mais mediadas pela tecnologia, trazer atividades que incentivem as relações interpessoais, como a capoeira, é fundamental para o desenvolvimento emocional e social das crianças. É uma forma divertida de unir a saúde e o aprendizado, permitindo que os pequenos aprendam brincando.

Além disso, ao trabalhar com a capoeira, os educadores têm a oportunidade de introduzir as crianças a um pedaço significativo da cultura brasileira, promovendo a valorização da diversidade cultural desde cedo. Por meio das atividades lúdicas, as crianças podem se sentir pertencentes a uma história mais ampla e conectada com suas raízes, entendendo a importância do respeito pelas diferenças e a valorização da herança cultural.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre capoeira pode ser expandido ao longo da semana, oferecendo novas oportunidades para as crianças explorarem a cultura brasileira. Poderíamos, por exemplo, incluir uma sessão de contação de histórias onde as crianças conhecem personagens das tradições afro-brasileiras ou realizar uma atividade de arte onde desenham ou pintam a capoeira e seus elementos. Isso não apenas aprofundaria o entendimento sobre a capoeira, mas também incentivaria a expressão artística e a criatividade.

Outra possibilidade seria reservar um tempo para ensinar algumas músicas tradicionais de capoeira, permitindo que as crianças pratiquem os sons de instrumentos, como o berimbau e os atabaques. Essa abordagem musical pode criar um ambiente festivo e animado, promovendo a conexão dos alunos com a musicalidade da prática. O envolvimento com diferentes elementos da cultura capoeirística também pode desenvolver o senso de pertencimento e comunidade entre as crianças, proporcionando uma experiência educativa holística.

Por último, ao refletir sobre o impacto da capoeira nas crianças, podemos introduzir jogos que incentivem a cooperação e o trabalho em equipe, ampliando ainda mais suas habilidades interpessoais. É uma ótima maneira de promover essas competências no dia-a-dia, assegurando que eles não apenas aprendam sobre a capoeira, mas a vivam em suas interações cotidianas, construindo uma cultura de respeito e empatia.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano, é essencial que o professor esteja aberto a observar como as crianças interagem com os instrumentos e com o corpo dos colegas. A flexibilidade em adaptar as atividades de acordo com as necessidades e as reações dos alunos é crucial para garantir a eficácia do aprendizado e a inclusão de todos. Estimular a participação ativa de cada criança trará benefícios não apenas no aspecto físico, mas também na formação de vínculos afetivos e sociais.

Reforce a importância de celebrar as conquistas de cada aluno, independentemente do seu nível de habilidade, incentivando um ambiente de apoio e encorajamento. Isso ajudará as crianças a desenvolverem sua auto-confiança e a aprenderem que todos têm algo único a contribuir, promovendo o respeito pelas diferenças e a empatia no grupo.

Por fim, incorporar a capoeira nas atividades diárias pode abrir portas para discussões sobre diversidade cultural e herança afro-brasileira, enriquecendo o aprendizado das crianças e proporcionando uma experiência pedagógica vasta e significativa. Promover tais atividades não só diversifica o conteúdo educacional, mas também permite que as crianças se sintam mais conectadas com sua identidade e contexto cultural.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeira do Som: Utilizando panelas e colheres de madeira, faça com que as crianças imitem os sons do agogô. O objetivo é que o aprendizado musical se torne uma brincadeira que combina ritmo e coordenação. Essa atividade pode ser ampliada com uma “banda” de capoeira, onde cada criança escolhe um instrumento.

2. Desenho da Capoeira: Após discutir a capoeira, peça que as crianças desenhem o que aprenderam, seus movimentos e seus instrumentos. Esta atividade estimula o lado artístico e a expressão das vivências, propiciando um momento de reflexão e criação coletiva.

3. Roda de Capoeira: Crie uma roda de capoeira, onde as crianças, em grupos, possam apresentar seus próprios movimentos. Cada grupo pode fazer uma “demonstração” e os colegas podem interagir, dublando sons com seus corpos. Isso promove interação e cooperação.

4. Pintura Coletiva: Em um grande papel no chão, cada criança pode pintar algo que represente a capoeira. Ao final, montar uma exposição que pode ser vista por outros colegas e pais é uma ótima maneira de valorizar o trabalho das crianças.

5. Histórias da Capoeira: Organize uma sessão de contação de histórias onde se relatem as origens da capoeira e personagens importantes. Incluir fantoches e desenvolver um pequeno teatro poderá tornar essa atividade ainda mais divertida e informativa.

Estas sugestões visam dinamizar o aprendizado, incorporando múltiplas formas de expressão e apresentar a rica cultura da capoeira de maneira acessível e interessante para pequenos aprendizes. Assim, através do brincar, os alunos poderão desenvolver-se de modo não apenas físico, mas também emocional e social.

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