“Atividade Lúdica: Desenvolvendo a Percepção Tátil nas Crianças”
Esta aula é uma proposta divertida e educativa que visa desenvolver a percepção tátil e a comunicação entre as crianças. Por meio da atividade de identificar objetos dentro de uma caixa sem olhar, os alunos terão a oportunidade de explorar suas habilidades sensoriais enquanto se divertem em um ambiente colaborativo. Além disso, a ação incentiva o cuidado e a solidariedade, promovendo interações saudáveis sempre que as crianças precisam se ajudar para identificar os objetos.
As atividades deste plano são elaboradas para promover o desenvolvimento integral das crianças na Educação Infantil, oferecendo experiências que enriquecem o aprendizado e a socialização. Ao longo da aula, as crianças vão lidar com texturas e formatos variados, assim como estimular a imaginação e a criatividade, refletindo a importância do brincar como ferramenta pedagógica.
Tema: Identificando objetos dentro da caixa sem olhar
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a percepção tátil, a comunicação e a interação social entre as crianças por meio da atividade de identificação de objetos em uma caixa, promovendo uma experiência lúdica.
Objetivos Específicos:
– Fomentar o uso de diferentes sentidos, especialmente o tato, para identificação de objetos.
– Estimular a capacidade de comunicação ao interagir com os colegas durante a atividade.
– Promover o cuidado e a solidariedade entre as crianças, ao ajudarem-se mutuamente.
– Encorajar uma imagem positiva de si ao enfrentar o desafio de reconhecer os objetos.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Materiais Necessários:
– Uma caixa opaca grande o suficiente para acomodar vários objetos.
– Objetos variados com diferentes texturas e formas (por exemplo, bolas, pedaços de tecido, brinquedos de plástico, utensílios de cozinha, etc.).
– Lenços ou fitas para vendar os olhos das crianças (opcional, se a atividade incluir essa variação).
– Almofadas ou tapetes para que as crianças se sintam confortáveis durante a atividade.
Situações Problema:
Dentro da caixa, quais objetos as crianças conseguiriam identificar apenas pelo toque? Quais texturas e formas seriam mais fáceis ou difíceis de reconhecer? A proposta busca instigar a curiosidade e a discussão em grupo.
Contextualização:
A atividade de identificar objetos usando o tato é uma forma excelente de explorar o mundo ao redor de forma sonora e visível. As crianças são naturalmente curiosas e a proposta de brincar com uma caixa misteriosa instiga o desejo de aprender e descobrir. Além disso, ao compartilharem suas experiências e impressões, elas estarão desenvolvendo importantes habilidades sociais.
Desenvolvimento:
Inicie a aula reunindo as crianças ao redor da caixa. Apresente a proposta, explicando que cada uma terá a chance de colocar a mão dentro da caixa e tentar descobrir os objetos sem olhar. É importante criar um ambiente de expectativa e entusiasmo. Destaque a importância de ajudar os colegas durante esta atividade.
Inicie a atividade, permitindo que uma criança de cada vez explore a caixa. Estimule a verbalização de suas descobertas e se as crianças puderem, ajude dando dicas sobre a textura ou forma dos objetos.
Atividades sugeridas:
Dia 1 – Introdução ao toque
Objetivo: Apresentar a proposta da atividade e os objetos que serão utilizados.
Descrição: Explique para as crianças que elas trabalharão com seus sentidos. Mostre os objetos e converse sobre suas características (textura, formato, etc.).
Instruções Práticas: Deixe as crianças tocarem e observarem os objetos antes de ficarem vendadas.
Materiais: Objetos variados, almofadas para conforto.
Dia 2 – Mão na caixa
Objetivo: Realizar a atividade de identificação dentro da caixa.
Descrição: Uma a uma, as crianças colocarão a mão na caixa e tentarão identificar os objetos.
Instruções Práticas: Permita que cada criança compartilhe suas descobertas com os colegas. Caso ajudem-se, destaque o valor da solidariedade.
Materiais: Caixa com objetos, fitas ou lenços para vendar.
Dia 3 – Descrição de objetos
Objetivo: Trabalhar a verbalização e a comunicação.
Descrição: Após interações na caixa, as crianças deverão descrever os objetos que identificaram ao tocar. A atividade pode incluir desenhos dos objetos.
Instruções Práticas: Ajude as crianças a articularem suas ideias.
Materiais: Papel, lápis de cor.
Dia 4 – Criação de histórias
Objetivo: Estimular a imaginação e a criatividade.
Descrição: As crianças contarão histórias sobre os objetos. Quais aventuras podem ter esses objetos?
Instruções Práticas: Ouça e anote as histórias, fomente a troca de ideias.
Materiais: Papel e caneta para anotações.
Dia 5 – Apresentação dos objetos
Objetivo: Finalizar a experiência com uma apresentação dos objetos, reforçando a comunicação.
Descrição: As crianças apresentarão seus desenhos e contarão a história do objeto que escolheram.
Instruções Práticas: Crie um pequeno “show de talentos” onde cada um tem seu momento.
Materiais: Desenhos, objetos para referência.
Discussão em Grupo:
Promova espaços de diálogo onde as crianças possam compartilhar o que aprenderam e como se sentiram durante a atividade. Questione sobre como foi identificar cada objeto e a importância de se ajudarem durante a tarefa.
Perguntas:
– Como vocês se sentiram ao tocar os objetos?
– Qual foi o objeto mais fácil de identificar? Por quê?
– Alguém precisou de ajuda? Como vocês ajudaram seus amigos?
Avaliação:
A avaliação será através da observação e interação das crianças durante as atividades. Verifique a habilidade das crianças em se comunicar, colaborar e expressar suas ideias.
Encerramento:
Finalizar a aula com um momento de reflexão sobre a experiência que tiveram. Perguntar o que aprenderam sobre os objetos e sobre a importância do trabalho conjunto.
Dicas:
Utilize objetos que sejam familiares para as crianças, facilitando o reconhecimento. Explique com clareza os passos para que o entendimento seja total e, caso necessário, reforce as regras de convivência e ajuda mútua.
Texto sobre o tema:
Identificar objetos por meio do toque é uma atividade que promove o desenvolvimento sensorial e a autoestima das crianças, já que elas se tornam mais confiantes nas suas capacidades. Essa atividade simples pode não só melhorar as habilidades motoras finas, mas também gerar um ambiente de empatia e solidariedade. Enquanto tocamos e sentimos os objetos, criamos conexões cognitivas que são fundamentais no desenvolvimento infantil. O tato é um dos sentidos mais primordiais e, ao explorá-lo, as crianças têm a chance de aprender sobre o mundo à sua volta de forma interativa e divertida.
O ato de brincar é, por si só, uma ferramenta educacional poderosa. As crianças se envolvem em experiências sensoriais que ampliam a percepção do mundo e a compreensão de si mesmas em relação ao ambiente. Durante a atividade, a comunicação se torna vital e acaba estreitando laços, pois elas aprendem a descrever e dialogar sobre o que sentem. Essa vivência lúdica representa uma oportunidade de aprendizagem significativa, onde cada toque pode contar uma história.
Além do mais, as interações promovidas através de brincadeiras como essas estabelecem um senso de comunidade entre crianças. Elas aprendem a respeitar e ajudar umas às outras, desenvolvendo não apenas habilidades individuais, mas também coletivas. O reconhecimento da importância do vínculo social e das relações é fundamental, pois assim, cultivamos grupos mais coesos e respeitosos em sala de aula e no cotidiano.
Desdobramentos do plano:
A atividade de identificação sensorial pode ser ampliada através da criação de novos desafios, como fazer blindfolding (vendar os olhos) em diferentes contextos dentro da sala e, assim, instigar o uso de outros sentidos. As crianças podem, por exemplo, tentar identificar cheiros ou sons, diversificando as experiências sensoriais. Também existe a possibilidade de incluir objetos relacionados a temas que estão sendo trabalhados em sala, como animais ou cores.
Outra ideia é realizar uma rotação com objetos que vão além do que a caixa contém. As crianças podem trazer objetos que tenham em suas casas. Assim, além de identificarem esses objetos, elas compartilham um pouco de suas histórias e experiências, promovendo interações mais dinâmicas, além de propiciar a expressão oral. Isso não só garante que a sala de aula seja um espaço enriquecedor, como também aproxima as crianças de suas realidades pessoais.
Por fim, o caminhar por diferentes ambientes, como o parque ou a escola, com a proposta de encontrar e descrever objetos em uma “caça ao tesouro” pode ampliar ainda mais a proposta da atividade. As crianças poderão conectar aprendizado e experiências práticas ao processo de ensino, aproveitando a oportunidade para explorar as diferenças e semelhanças dos objetos encontrados e discutir sobre as propriedades deles.
Orientações finais sobre o plano:
Certifique-se de que a atividade seja conduzida em um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças se sintam livres para explorar e expressar suas inseguranças. A intervenção do professor é vital para criar um espaço de confiança e respeito. Ao promover a noção de cuidado e solidariedade, a proposta não só enriquece o aprendizado, mas também lhe ensina a importância da colaboração.
Além disso, incentive os alunos a se ajudarem durante a atividade, pois essa interação fortalecerá os laços entre eles. Este plano de aula é um convite à construção de um ambiente pedagógico onde o diálogo, a empatia e a partilha são instrumentos de aprendizado.
Por último, sempre esteja atento às dinâmicas do grupo e às interações que surgem durante as atividades. Isso permitirá um ajuste na abordagem conforme a necessidade do grupo em questão, garantindo que todos participem de forma significativa. As experiências práticas são fundamentais na formação das crianças, e a flexibilidade é crucial para adaptar a proposta ao desenvolvimento do grupo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Explorando sons em casa: As crianças podem ficar vendadas e explorar objetos de casa que fazem barulho. Com a ajuda de um adulto, elas devem descrever o som que ouvem e identificar a origem.
2. Caça às Texturas: Organize uma caça ao tesouro onde as crianças devem tocar em objetos ao redor da escola e classificá-los por textura (liso, áspero, macio, etc.).
3. Jogo da Memória Táctil: Ofereça diferentes objetos em uma caixa, e depois de identificá-los, tenha um jogo de memória onde elas deverão relembrar os objetos, estimulando tanto a memória quanto a habilidade tátil.
4. Contando Histórias de Formas: Utilize objetos com formatos diferentes e desafie as crianças a criarem histórias sobre os objetos, estimulando a criatividade e a expressão oral.
5. Atividades com Sensações: Monte uma atividade onde crianças brinquem com diferentes materiais que possuem texturas e formas distintas (areia, água, papel, etc.), promovendo a interação e descoberta através do toque.