“Explorando o Nojo: Atividades Sensoriais para Bebês de 2 Anos”
A proposta deste plano de aula tem como intuito explorar o tema do nojo na faixa etária de bebês, especificamente crianças de 2 anos. Nesta fase da educação infantil, é fundamental que os educadores proporcionem experiências que ajudem os pequenos a reconhecerem e expressarem suas emoções. O nojo é uma emoção básica que pode surgir em diferentes contextos, como em situações de alimentação ou contato com texturas desconhecidas, e trabalhar essa emoção pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional da criança.
Iniciamos com atividades que propõem a interação dos bebês com o ambiente e com os outros, além de incentivarmos a exploração de diferentes texturas e odores que podem evocar a sensação de nojo. Através de estimulações sensoriais, os educadores poderão promover um ambiente acolhedor, onde as crianças se sintam seguras para explorar suas emoções e seus limites.
Tema: O Nojo
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão e a expressão da emoção do nojo em situações cotidianas, desenvolvendo habilidades de comunicação, interação e exploração sensorial nos bebês.
Objetivos Específicos:
– Estimular os bebês a comunicarem suas sensações de forma verbal ou não verbal ao se depararem com estímulos considerados “nojentos”.
– Proporcionar experiências sensoriais que ampliem a percepção sobre diferentes texturas, odores e materiais.
– Fomentar a interação entre as crianças, encorajando momentos de brincadeira e exploração em grupo.
Habilidades BNCC:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
– (EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Materiais Necessários:
– Objetos com diferentes texturas (por exemplo: borracha, algodão, plástico bolha).
– Alimentos com odores variados (como limão, cebola, açúcar).
– Recipientes para misturas (tigelas, copos plásticos).
– Materiais de arte (tintas, pincéis, papéis).
– Livros ilustrados sobre emoções.
Situações Problema:
– “O que você sente quando toca em algo que é pegajoso ou liso? Você gosta ou não gosta disso?”
– “Como você se sente quando cheira um alimento forte? Vamos explorar juntos?”
Contextualização:
O nojo é uma resposta emocional comum que pode se manifestar em diversas situações, especialmente na infância, quando as crianças estão descobrindo o mundo à sua volta. Compreender essa emoção ajuda os bebês a expressarem suas preferências e limitações em relação a estímulos sensoriais. Integrando atividades lúdicas e criativas, os educadores poderão criar um espaço seguro para que as crianças se sintam à vontade para investigar seu próprio corpo e suas reações.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula com a exploração livre de diferentes objetos que trazem sensações variadas. Como os bebês podem ter dificuldades em articular suas emoções, incentivaremos a comunicação não verbal, encorajando-os a expressarem-se através de gestos, expressões faciais e sons.
Os educadores deverão observar as reações das crianças, incentivando conversas sobre as emoções que surgem ao manusear os materiais. Após esta fase de exploração, passaremos para um momento de contação de histórias que envolvam o tema do nojo, utilizando livros ilustrativos que trazem imagens de situações relacionadas a essa emoção. As crianças poderão apontar as figuras e expressar, através de gestos, o que sentem.
Atividades sugeridas:
1. Exploração de Texturas:
– Objetivo: Estimular a percepção do toque e de sensações.
– Descrição: Disponibilizar diferentes objetos com texturas variadas. Após a exploração, pergunte como cada um fez se sentir.
– Instruções Práticas: Organizar os bebês em círculo e colocar os objetos no centro. Incentivar a exploração orientando os que estão mais hesitantes.
– Materiais: Objetos com texturas variadas, como borracha, algodão e lã.
2. Mini Cozinha do Nojo:
– Objetivo: Explorar odores e discutir reações.
– Descrição: Apresentar alimentos conhecidos e outros com cheiros fortes, como cebola ou limão.
– Instruções Práticas: Faça a apresentação dos alimentos, incentivando as crianças a cheirar e expressar suas reações.
– Materiais: Tigelas com diferentes alimentos e aventais.
3. Brincadeira da Pintura:
– Objetivo: Trabalhar a expressão motora e a criatividade.
– Descrição: Em uma folha grande, as crianças poderão pintar usando os dedos, incluindo elementos “nojentos” como tinta marrom que representa chocolate derretido.
– Instruções Práticas: Mostrar como usar os dedos para colorir e explorar a pintura manual.
– Materiais: Tintas, pincéis, papéis.
4. História do Nojo:
– Objetivo: Desenvolver a escuta e a expressão.
– Descrição: Ler uma história divertida que envolva situações de nojo, fazendo pausas para as crianças interagirem.
– Instruções Práticas: Convidar as crianças a repetirem sons ou gestos dos personagens.
– Materiais: Livros ilustrados sobre emoções.
5. Jogos de Imitar:
– Objetivo: Promover a movimentação corporal e a socialização.
– Descrição: Os educadores podem fazer gestos que imitam reações de nojo.
– Instruções Práticas: Convidar as crianças para imitarem os gestos, promovendo um ambiente de riso e descontração.
– Materiais: Espaço livre para movimento.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, vamos reunir as crianças para discutir o que elas sentiram. Promover uma roda de conversa onde cada uma pode compartilhar como foi tocar, cheirar ou brincar com os materiais, criando um ambiente de empatia e escuta entre os pequenos.
Perguntas:
– O que você sentiu quando tocou na coisa?
– Você gostou ou não gostou do cheiro do alimento?
– Você se lembra de uma coisa que te deu “nojo”?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua e observacional. O educador deve prestar atenção nas reações e expressões das crianças durante as atividades. A capacidade de se comunicar e interagir com os colegas será um indicador importante do aprendizado e da compreensão das emoções.
Encerramento:
Finalizaremos a aula com uma atividade de relaxamento, onde as crianças poderão deitar em um espaço acolhedor, ouvir músicas suaves e refletir sobre as sensações vivenciadas ao longo da aula.
Dicas:
É importante usar a linguagem simples e acessível, sempre atenta às respostas e reações das crianças. Estimular o compartilhamento de experiências de forma lúdica pode ajudar na construção de um espaço seguro para que os bebês se expressem. Lembre-se de que, nesta fase, a repetição e a constância nas experiências são essenciais para o aprendizado.
Texto sobre o tema:
O nojo é uma emoção vital que resulta de uma interação complexa com o ambiente. Em bebês de 2 anos, o nojo pode se manifestar quando entram em contato com alimentos ou texturas novas. Essa emoção é fundamental para o desenvolvimento, pois atua como uma espécie de “mecanismo de defesa”, ajudando as crianças a evitarem substâncias ou objetos potencialmente perigosos. Através do ensino das emoções, os educadores têm a oportunidade de guiar as crianças em como expressar o que sentem, e isso não é apenas importante para o desenvolvimento emocional, mas também para a interação social.
Durante os dois primeiros anos de vida, o cérebro da criança passa por intensas transformações. À medida que as redes neuronais se desenvolvem, as crianças começam a categorizar suas experiências, o que inclui aprender que certos cheiros, sabores e texturas podem ser “nojentos”. Esse processo pode ser alimentado através das atividades lúdicas propostas, onde a exploração sensorial é incentivada e as crianças estão em um ambiente seguro. Assim, o papel dos educadores torna-se fundamental para ajudar as crianças a se familiarizarem com suas emoções, traduzindo nojo em aprendizado e crescimento social.
Através de histórias e diálogos simples, as crianças podem aprender a verbalizar suas experiências com o nojo. Esse aspecto do ensino necessário para o desenvolvimento emocional é um elemento-chave na formação da identidade social e emocional dos bebês. Trabalhar com essa emoção também permite que os educadores introduzam o tema da empatia, ajudando as crianças a entender que cada um tem suas preferências e aversões. Assim, ao se deparar com o nojo, as crianças são incentivadas a reconhecer não só suas emoções, mas também a respondê-las de maneira respeitosa e compreensiva.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ser desdobrado em uma série de atividades que podem ser realizadas ao longo de semanas, permitindo que os bebês possam revisitar e aprimorar suas habilidades de expressão emocional. O tema do nojo pode ser integrado a outros campos de experiência, como respeitar as diferenças nas preferências de cheiro e paladar entre os colegas, ampliando a conscientização sobre o espaço de convivência. Ao oferecer diferentes experiências e situações, os educadores criam um ciclo de aprendizado contínuo, no qual as crianças podem explorar suas próprias reações e aprender a respeitar as dos outros.
Além disso, é possível criar ambientes de exploração sensorial que incentivam a interação não só entre os bebês, mas também com seus cuidadores. Outra possibilidade é a inclusão de histórias que abordam outras emoções, ampliando a faixa do aprendizado emocional. Essas histórias podem ser lidas em conjunto, promovendo a escuta ativa e a reflexão em grupo, essencial nesta fase de desenvolvimento não apenas emocional, mas também social.
Por último, integrar o tema do nojo a momentos de celebração, como um piquenique ao ar livre, pode ser uma maneira divertida de articular os ensinamentos em um contexto prático. Aliar momentos de fruição e descoberta com o aprendizado emocional fortalece o desenvolvimento das crianças em suas relações interpessoais, permitindo que elas se sintam mais confiantes e disponíveis para explorar emoções e expressões.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar com bebês de 2 anos, é crucial que os educadores busquem intencionalmente construir um espaço que priorize a segurança emocional. O reconhecimento e a expressão de cada emoção, incluindo o nojo, devem ser tratados com leveza e naturalidade. A repetição das atividades e abordagens diversificadas asseguram um engajamento contínuo das crianças, promovendo uma vivência de aprendizado rica e significativa.
Além disso, as interações não verbais serão fundamentais para o entendimento e o aprendizado. Os educadores podem usar gestos, expressões faciais e brincadeiras para fomentar essa comunicação. Compreender que a expressão de emoções não se limita apenas à verbalização é primordial para o desenvolvimento integral das crianças nesta faixa etária.
Por fim, um espaço que valoriza as descobertas e as expressões individuais dos bebês garante um ambiente de aprendizado positivo. Essa abordagem centrada na emoção não somente auxilia na construção da autoestima, mas também na formação de laços afetivos duradouros, fundamentais para o desenvolvimento emocional e social saudável dos pequenos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira da Textura: Para crianças de 2 anos, procure coletar itens de texturas diferentes e permita que toquem, sintam e expressem suas reações.
– Objetivo: Ampliar a percepção sensorial.
– Materiais: Pequenos pedaços de tecido, texturas de papel, borracha e espuma.
– Como Fazer: Coloque os itens sobre uma mesa e peça para cada criança tocar em pelo menos três itens antes de discutir o que sentiram.
2. Alimentação Criativa: Utilize alimentos que podem causar diferentes reações, como limão ou azeitona.
– Objetivo: Incentivar a exploração de sabores.
– Materiais: Frutas e alimentos variados.
– Como Fazer: Ofereça pequenos pedaços para que experimentem e conversem sobre como cada um sente o sabor na boca.
3. Dança do Nojo: Fazer uma dança que imita as ações de nojo.
– Objetivo: Permitir a expressão corporal da emoção.
– Materiais: Música animada.
– Como Fazer: Propor que as crianças dancem imitando gestos divertidos, como se estivessem longe de algo que representa nojo.
4. Pintura de Sentimentos: Utilizando tinta de diferentes cores, as crianças podem criar desenhos que expressem o que sentem.
– Objetivo: Trabalhar a criatividade e autoexpressão.
– Materiais: Tintas, pincéis e papel grande.
– Como Fazer: O professor pode pedir para que as crianças pintem como se sentiram em relação a diferentes objetos ou experiências ao longo do dia.
5. Ruído do Nojo: Explorar sons que podem ser gerados por situações ‘nojentas’ usando objetos do dia a dia.
– Objetivo: Associar sons a emoções.
– Materiais: Instrumentos musicais simples ou objetos do cotidiano.
– Como Fazer: Propor que ao tocar um instrumento, façam expressões de nojo e conversem sobre que sons podem ser “nojentos”.
Esse foco lúdico e educativo permite um aprendizado emocional responsável, ajudando as crianças a explorarem suas experiências cotidianas e a compreenderem suas emoções de maneira rica e significativa.

