“Explorando Formas Geométricas na Natureza e no Cotidiano”
Este plano de aula tem como foco a exploração das formas geométricas na natureza e nos objetos criados pelo homem. O objetivo principal é que os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental reconheçam e estabeleçam conexões entre as formas geométricas e os elementos que os cercam. Ao enfatizar a relação entre o mundo natural e o mundo construído, a aula visa desenvolver não apenas a percepção visual, mas também a habilidade de observar e descrever, características fundamentais na educação matemática e multidisciplinar.
O plano está estruturado de maneira a promover a exploração lúdica e a observação direta, permitindo que as crianças façam descobertas significativas enquanto constroem conhecimento. Através da observação, discussão e atividades práticas, as crianças terão a oportunidade de vivenciar o aprendizado de maneira integral, envolvendo sua criatividade e senso crítico.
Tema: Formas geométricas na natureza e nos objetos criados pelo homem
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 a 8 anos
Objetivo Geral:
Identificar e relacionar as formas geométricas presentes na natureza com os objetos criados pelo homem, desenvolvendo a percepção visual e a capacidade de descrever características geométricas.
Objetivos Específicos:
1. Reconhecer e nomear diferentes formas geométricas, como círculos, quadrados, triângulos, retângulos, entre outras.
2. Comparar e contrastar as formas observadas na natureza com aquelas encontradas em objetos do cotidiano.
3. Desenvolver a habilidade de observar, descrever e criar representações gráficas das formas geométricas.
4. Estabelecer conexões entre o conhecimento matemático e o ambiente ao redor.
Habilidades BNCC:
– (EF02MA14) Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), relacionando-as com objetos do mundo físico.
– (EF02MA15) Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo), por meio de características comuns, em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em sólidos geométricos.
Materiais Necessários:
– Cartolinas coloridas
– Tesoura
– Régua
– Lápis de cor
– Câmera ou celular para fotos
– Objetos de diferentes formas (jogos, brinquedos, livros)
– Materiais naturais (folhas, pedras, flores, se possível)
Situações Problema:
1. O que vemos nas formas geométricas?
2. Como podemos encontrar formas geométricas em nosso cotidiano?
3. Quais aquelas encontrados na natureza se assemelham às que vemos em objetos feitos pelo homem?
Contextualização:
As formas geométricas estão presentes em nosso cotidiano, não apenas em objetos criados pelo homem, mas também na natureza. Por exemplo, uma flor possui formas circulares, um prédio pode ser retangular e uma folha pode ter a forma de um triângulo. Ao observar essas relações, as crianças aprendem a valorizar a matemática como parte do mundo ao seu redor, promovendo um aprendizado mais contextualizado e significativo.
Desenvolvimento:
Iniciar a aula com uma breve apresentação sobre o que são formas geométricas, mostrando exemplos visuais através de imagens projetadas ou recortes. Em seguida, realizar um passeio pelo ambiente escolar ou ao ar livre para que os alunos possam observar as formas geométricas na natureza e nos objetos ao seu redor.
Depois de fazer a observação, reunir as crianças em círculo e discutir as formas que encontraram. Em seguida, cada aluno deve escolher uma forma específica para desenhar ou recortar de cartolina, representando o que observaram, e em outro momento fazer a relação do que escolheram com um objeto.
Atividades Sugeridas:
Dia 1 – Descobrindo as formas
– Objetivo: Reconhecer e nomear formas geométricas.
– Descrição: Apresentar imagens de diferentes formas geométricas e perguntar aos alunos o que eles veem.
– Instruções: Usar um quadro branco para que as crianças desenhem, identificando formas em objetos da sala de aula.
– Materiais: Quadro, marcadores.
– Adaptação: Estimular alunos com dificuldades motoras a desenhar com dedos ou usar adesivos.
Dia 2 – Passeio Observacional
– Objetivo: Identificar formas geométricas na natureza e objetos.
– Descrição: Realizar um passeio em área externa e solicitar que os alunos fotografem ou desenhem formas que encontrarem.
– Instruções: Dividir a turma em grupos e orientar para que observem e anotem.
– Materiais: Câmeras, brochuras.
– Adaptação: Alunos que não podem ir para o exterior podem usar fotos de revistas.
Dia 3 – Criando com formas
– Objetivo: Produzir uma obra de arte usando formas geométricas.
– Descrição: Utilizar recortes de cartolina para criar um painel coletivo que represente as formas observadas.
– Instruções: Os alunos devem unir suas criações de forma colaborativa no painel.
– Materiais: Cartolinas, cola, tesoura.
Dia 4 – Jogo das Formas
– Objetivo: Revisitar o conhecimento de forma lúdica.
– Descrição: Criar um jogo em que as crianças devem encontrar e nomear formas em objetos que trazem de casa.
– Instruções: Os alunos devem explicar como encontraram as formas em casa.
– Materiais: Os próprios objetos trazidos.
Dia 5 – Reflexão e discussão
– Objetivo: Compartilhar descobertas e conclusões.
– Descrição: Conduzir uma discussão sobre o que cada aluno aprendeu.
– Instruções: Fazer perguntas abertas e gerar um debate.
– Materiais: Não necessita de materiais.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão em grupo sobre as descobertas feitas ao longo da semana. Perguntar: “Como as formas geométricas mudam a forma como olhamos para o nosso entorno?” e “Quais formas vocês acham mais interessantes e por quê?”.
Perguntas:
1. Que formas geométricas você conseguiu identificar em nossa atividade?
2. Onde você acha que podemos encontrar formas geométricas no nosso dia a dia?
3. Qual é a forma que mais gostou de trabalhar e por quê?
Avaliação:
A avaliação será realizada de maneira contínua, observando a participação dos alunos nas atividades e debates, a criatividade nas produções artísticas, bem como a capacidade de relacionar as formas geométricas com o mundo ao seu redor durante as discussões.
Encerramento:
Para encerrar, propor aos alunos um pequeno desafio: que cada um pense em um objeto de casa que tenha alguma forma geométrica e compartilhe com o grupo na próxima aula. Isso estimulará a continuidade da exploração fora da sala de aula.
Dicas:
– Estimule a criatividade dos alunos, permitindo que eles escolham as formas que mais gostaram.
– Utilize recursos visuais e táteis para ajudar na compreensão das formas geométricas.
– Esteja aberto a adaptações baseadas no feedback e na participação das crianças durante as atividades.
Texto sobre o tema:
A geometria é um dos ramos mais fascinantes da Matemática, pois está presente em todos os aspectos do nosso cotidiano. Desde as formas que vemos na natureza, como as folhas, flores e até mesmo a estrutura dos animais, até as formas que criamos no nosso dia a dia. A conexão que estabelecemos entre o que é natural e o que é construído pelo homem é fundamental para o desenvolvimento do raciocínio lógico e espacial das crianças.
Ao abordar as formas geométricas, buscamos não só ensinar sobre triângulos, quadrados e círculos, mas também estimular a observação e a apreciação do mundo ao redor. Quando estimulamos as crianças a identificarem estas formas em seu cotidiano, sinalizamos a importância da Matemática além dos números, trazendo-a para a manifestação prática e as experiências vividas. Isso auxilia na formação de cidadãos mais críticos e criativos.
A observação das formas geométricas é uma atividade que une o aprendizado acadêmico e as vivências emocionais dos alunos, permitindo que eles expressem sua individualidade ao perceber o mundo de maneira diferente. Ao entender a geometria como um elemento presente e não apenas como uma disciplina acadêmica, as crianças se tornam mais propensas a ver beleza e lógica em sua interação com o ambiente, promovendo amor pelo conhecimento que é essencial para a vida.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas não se encerram apenas na aula de Matemática; podem ser aproveitadas e ampliadas em outros contextos, como Artes e Ciências. As crianças podem, em futuras aulas, criar esculturas utilizando materiais recicláveis que remetam às formas estudadas, permitindo desenvolver competências de sustentabilidade e criatividade ao mesmo tempo. Essa ampliação pode ser realizada conforme os alunos se interessam por temas específicos que surgem durante as discussões.
Outra possível extensão do plano é a intereção com a Geografia. Ao identificar como diferentes culturas utilizam as formas geométricas em suas construções e artefatos, os alunos se tornam mais conscientes das diversidades culturais e aprendem a respeitar e valorizar as diferenças. Isso incita discussões sobre a importância da preservação do patrimônio cultural e da observação do ambiente de diferentes formas.
Finalmente, a relação com História pode ser explorada ao discutir a origem e a evolução das formas geométricas na arquitetura e arte ao longo do tempo, ajudando as crianças a conectarem períodos históricos específicos às manifestações artísticas que conhecem hoje. Esse foco nas relações interdisciplinares proporciona um aprendizado que é não apenas acadêmico, mas também cultural e social.
Orientações finais sobre o plano:
É vital que o professor esteja preparado para conduzir as discussões de forma dinâmica, criando um ambiente seguro e inclusivo para todas as vozes. Incentivar a participação e o compartilhamento é essencial, assim como reconhecer as diferentes habilidades e ritmos de aprendizagem dos alunos. As adaptações propostas no plano garantem que todos os alunos possam participar efetivamente, considerando suas individualidades.
É também importante ressaltar a necessidade da escolha de um ambiente propício para as atividades que garantam a segurança de todos os alunos, especialmente durante os passeios. Além disso, a interação direta com a natureza é uma oportunidade ímpar para fomentar o respeito e a observação cuidadosa das características do meio ambiente, um aspecto que pode ser reforçado em colaborações com as disciplinas de Ciências e Educação Ambiental.
Para finalizar, incentivar os pais a se envolverem nas atividades propostas em casa ajuda a fortalecer o aprendizado. Compartilhar a relação entre o que a criança aprendeu na escola e as vivências no lar ajuda na conexão e consolidação do conteúdo, tornando-o mais significativo para a criança e criando um ambiente de aprendizado colaborativo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça às Formas: Criar uma corrida na escola onde os alunos precisam encontrar e fotografar ou desenhar várias formas geométricas escondidas ao redor. Esse jogo pode ser dividido em grupos, promovendo trabalho em equipe e habilidades de observação.
2. Construindo com Blocos: Usar blocos de construção, como Lego ou Duplo, para que os alunos criem estruturas que apresentem diferentes formas geométricas, permitindo aprendizagem prática de maneira lúdica.
3. Teatro de Formas: Em grupos, as crianças podem representar diferentes formas geométricas usando seus corpos, criando uma encenação que mostre as características de cada forma (exemplo: ser um triângulo, utilizar as mãos para fazer um círculo).
4. Jogo das Sombras: Criar uma sessão de teatro de sombras, onde as crianças manipulam objetos em formas geométricas e a sua sombra é projetada numa tela. Isso ajudará a ver a relação entre a forma tridimensional e sua representação bidimensional.
5. Artistas Geométricos: Organizar uma aula de artes onde os alunos utilizem formas geométricas para criar obras de arte, podendo usar pintura, colagem e recorte. Estimular a criatividade e permitir a exploração dos conceitos geométricos de forma artística.
Os desdobramentos e as atividades propostas fomentam um aprendizado que transita entre o lúdico e o teórico, consolidando conhecimentos e habilidades essenciais para o desenvolvimento integral dos alunos.