“Ensino de Linguagem Formal e Informal para o 3º Ano”
Este plano de aula visa desenvolver a compreensão e a prática dos conceitos de linguagem formal e informal na oralidade, abordando tanto contexto escolar quanto cotidiano. Essa temática é essencial para que alunos do 3º ano do Ensino Fundamental possam se expressar de maneira adequada em diferentes situações comunicativas. Ao longo da aula, os estudantes aprenderão a distinguir essas duas formas de discurso, refletir sobre as situações em que cada uma deve ser utilizada e aperfeiçoar suas habilidades de comunicação verbal.
Por meio de atividades práticas e discussões em grupo, as crianças irão criar uma base sólida que as permitirá aplicar esses conceitos em suas vidas diárias, promovendo uma comunicação mais efetiva e consciente. A aula será interativa, utilizando recursos que envolvem jogos e dinâmicas que estimulem a participação ativa de todos.
Tema: Linguagem formal e/ou informal na oralidade
Duração: 50 min
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
Compreender a diferença entre linguagem formal e informal na oralidade e sua aplicação em diversas situações comunicativas.
Objetivos Específicos:
– Identificar e distinguir os contextos onde linguagem formal e informal são apropriadas.
– Produzir e apresentar diálogos que reflitam o uso correto de cada tipo de linguagem.
– Desenvolver a habilidade de escuta ativa e de análise crítica em relação às comunicações que observam em seu cotidiano.
Habilidades BNCC:
– (EF03LP08) Identificar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.
– (EF03LP12) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, entre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
– (EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos.
– (EF35LP21) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Papel e canetas para os alunos.
– Exemplos de diálogos em linguagem formal e informal (impresso ou digital).
– Recursos audiovisuais (se disponíveis, como projetor e computador).
– Cartões com situações de uso de linguagem.
Situações Problema:
– A professora irá apresentar dois diálogos: um formal (entre um aluno e um professor) e um informal (entre amigos durante o recreio) e questionará os alunos sobre as diferenças que percebem.
– Perguntas a serem feitas: “Em qual situação você usaria cada tipo de linguagem?” e “Por que é importante saber a diferença?”
Contextualização:
Iniciaremos a aula discutindo as diversas situações comunicativas que enfrentamos no dia a dia. É fundamental que alunos compreendam que a linguagem não é uma ferramenta única, mas adapta-se a diferentes contextos. Vamos explorar como conversas em sala de aula, no parque ou em casa podem exigir formas diferentes de se expressar.
Desenvolvimento:
– Iniciar a aula com uma breve explicação sobre o que é linguagem formal e informal.
– Criar um quadro no quadro branco dividindo as duas categorias e preenchê-lo com exemplos dados pelos alunos.
– Apresentar os diálogos em grupos e discutir qual tipo de linguagem foi utilizada e por quê.
– Distribuir cartões com situações específicas e pedir aos alunos para decidirem qual tipo de linguagem seria mais apropriado em cada caso.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: “Mude a Linguagem”
– Objetivo: Praticar a transição entre a linguagem formal e informal.
– Descrição: Os alunos receberão diálogos escritos e terão que reescrevê-los utilizando a forma oposta (formal para informal e vice-versa).
– Instruções: Após reescrever, os alunos deverão apresentar suas versões para a turma.
– Materiais: Cópias dos diálogos.
– Adaptação: Para alunos que apresentam dificuldades de escrita, permitir o uso de desenho ou dramatização.
Atividade 2: “Group Talk”
– Objetivo: Fomentar a discussão e a escuta ativa.
– Descrição: Dividir a turma em grupos e instruí-los a discutir uma situação dada, utilizando a forma de linguagem adequada.
– Instruções: Cada grupo deve apresentar suas ideias para a turma, explicando por que escolheram aquela forma de linguagem.
– Materiais: Cartões com as situações.
– Adaptação: Alunos mais tímidos podem apresentar em pares.
Atividade 3: “Teatro de Sombras”
– Objetivo: Incorporar a linguagem oral na prática de forma divertida.
– Descrição: Os alunos devem criar pequenos esquetes que incluem ambos os estilos de linguagem, de modo que um personagem use a linguagem formal e o outro, a informal.
– Instruções: As apresentações podem ser feitas em duplas ou trios, estimulando a inclusão e o trabalho em equipe.
– Materiais: Recursos de arte para a criação dos personagens e cenários.
– Adaptação: Para alunos que tenham dificuldade em escrita, podem usar fantoches ou objetos.
Atividade 4: “Entrevistas”
– Objetivo: Simular situações reais de comunicação.
– Descrição: Os alunos formam duplas, onde um é o entrevistador e o outro, o entrevistado. O entrevistador deve utilizar a linguagem formal para fazer perguntas e o entrevistado pode responder usando a linguagem informal.
– Instruções: Após a atividade, cada aluno irá compartilhar com a turma uma resposta que considerou mais interessante.
– Materiais: Perguntas impressas para ajudar os alunos.
– Adaptação: Dar a opção de escrita de perguntas na lousa para alunos que têm dificuldade em formulá-las.
Atividade 5: “Jogo do Bingo da Linguagem”
– Objetivo: Reforçar os conceitos em um formato lúdico.
– Descrição: Criar cartões de bingo com frases em linguagem formal e informal. Sorteie frases e os alunos devem marcar no cartão correto.
– Instruções: Ao completar a linha, o aluno deve dizer a frase para toda a turma.
– Materiais: Cartões de bingo.
– Adaptação: Usar imagens em vez de texto para alunos com dificuldades de leitura.
Discussão em Grupo:
Reunir a turma e incentivar uma discussão sobre a importância de reconhecer quando e como usar a linguagem apropriada. Perguntar: “Como podemos aplicar isso no nosso dia a dia?” O educador deve direcionar a conversa visando identificar situações onde a linguagem tem um impacto maior na comunicação, como em conversas com professores, pais e amigos.
Perguntas:
– Quais são os principais aspectos que diferenciam a linguagem formal da informal?
– Em que situações você usaria a linguagem formal? E a linguagem informal?
– Como você se sente quando precisa usar a linguagem formal?
– Você notou alguma diferença de reações nas pessoas quando você usa um tipo de linguagem em vez de outro?
Avaliação:
A avaliação será contínua, considerando a participação dos alunos nas atividades, o envolvimento nas discussões e a qualidade dos diálogos produzidos. Os alunos também serão avaliados pela habilidade de adaptar sua fala conforme a situação proposta.
Encerramento:
Finalizar a aula revisitando os conceitos aprendidos, destacando a importância de adaptar a linguagem a diferentes contextos. Incentivar os alunos a se observarem em situações cotidianas e refletirem sobre como estão utilizando a linguagem.
Dicas:
– Mantenha um ambiente acolhedor e aberto para que todos os alunos se sintam à vontade para participar.
– Utilize exemplos do cotidiano dos alunos para tornar a disciplina mais próxima e relevante.
– Estimule o uso de tecnologia, se possível, para gravação de diálogos e apresentações, o que torna a atividade mais atrativa.
Texto sobre o tema:
A linguagem é uma ferramenta poderosa que utilizamos todos os dias, e a forma como decidimos nos expressar pode afetar diretamente como as nossas mensagens são recebidas. A distinção entre linguagem formal e informal é fundamental para uma comunicação eficaz. Por exemplo, em situações formais, como entrevistas ou apresentações escolares, a adoção de uma linguagem mais polida e estruturada é a norma, visando transmitir respeito e profissionalismo. No entanto, no ambiente mais descontraído de uma conversa entre amigos, uma linguagem mais casual e coloquial é geralmente mais apropriada, permitindo que as interações fluam de maneira natural e confortável.
A linguagem formal tende a incluir vocabulário mais elaborado e regras gramaticais mais rígidas, enquanto a linguagem informal muitas vezes incorpora gírias, expressões e uma estrutura menos rígida. Frente a isso, é importante que as crianças aprendam a alternar entre esses modos de comunicação conforme a situação. Essa capacidade não apenas melhora o modo de se comunicar, mas também torna o indivíduo mais versátil em suas interações sociais e profissionais.
Em um ambiente educacional, é fundamental ensinar aos alunos não só a diferença entre as duas formas de linguagem, mas também a importância da escolha consciente de qual delas usar em cada contexto. Por meio de dinâmicas interativas e atividades práticas, é possível cultivar essa habilidade desde cedo. O aprendizado é enriquecido pela observação do ambiente à sua volta – escutando e analisando as interações de adultos e outros alunos, eles começarão a entender quando e como utilizar cada tipo de linguagem, preparando-se para uma vida de comunicação eficaz e respeitosa.
Desdobramentos do plano:
Após a aula, os alunos podem ser incentivados a criar suas próprias entrevistas e diálogos utilizando tanto a linguagem formal quanto a informal em projetos de classe. Essa prática fornece uma excelente oportunidade para aprofundar as habilidades de escrita e fala desenvolvidas na aula. Os alunos podem trabalhar em grupos para criar pequenas peças teatrais ou performances que exploram diversos contextos de uso da linguagem, onde se sintam livres para expressar sua criatividade enquanto praticam a distinção entre os dois estilos.
Além disso, é possível integrar a tecnologia ao aprendizado ao ensinar os alunos a utilizarem gravações em vídeo ou áudio para documentar suas conversas, revisitando essas gravações para analisar e discutir a eficácia de sua comunicação. Essas atividades podem ser feitas em colaboração com outras disciplinas, como a arte ou a tecnologia, demonstrando como a linguagem permeia diferentes aspectos de nossas vidas e educação.
Por fim, é interessante ressaltar que a prática de adaptar a linguagem aos contextos não só melhora a comunicação, mas promove a persistência na busca pela compreensão dos outros e já é uma formação importante para a cidadania e para o convívio social. Assim, a linguagem se transforma em uma ponte entre culturas e gerações, permitindo diálogos e trocas que enriquecem o aprendizado e a convivência.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial que os educadores se sintam capacitados para explorar diferentes metodologias ao abordar este tema, permitindo assim que os alunos se sintam realmente envolvidos e interessados. Criar um ambiente de aprendizado que valorize as falas dos alunos, independentemente da forma utilizada, promoverá a inclusão, incentivando a diversidade linguística presente em nossas comunidades.
Os educadores devem estar atentos ao feedback durante as atividades, tanto em forma verbal quanto não verbal, para ajustar o ritmo e a abordagem da aula às necessidades e interesses dos alunos. Atividades lúdicas e interativas são chaves para manter a motivação alta e, ao mesmo tempo, realizar o ensino de forma rica e dinâmica.
Por fim, ao trabalhar com a diferenciação da linguagem, o professor deve se certificar de que todos os alunos estejam compreendendo os conceitos apresentados, e adaptá-los sempre que necessário para garantir que o aprendizado atenda à diversidade de ritmos e estilos de aprendizagem da turma. Promover um espaço seguro para que a expressão pessoal possa ocorrer através da linguagem é um dos maiores legados que um educador pode deixar.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de fantoches: Os alunos podem criar fantoches e representar diálogos em que um fantoche usa linguagem formal e o outro usa linguagem informal. Essa atividade combina a criatividade com a prática de linguagem, tornando o aprendizado lúdico e divertido.
2. Caça ao Tesouro Linguístico: Criar pistas que contenham situações onde é necessário decidir entre usar linguagem formal ou informal. Alunos devem encontrar pistas pela escola e justificar suas escolhas.
3. Jogo do Telefone Sem Fio: Os alunos formam uma fila e recebem uma mensagem, que devem passar uns aos outros. Ao final, discutir as mudanças na mensagem e como isso se aplica a diferentes estilos de linguagem.
4. Painel de Palavras: Os alunos podem criar um painel colaborativo com palavras e expressões que consideram formais ou informais, ajudando a reforçar o aprendizado por meio da visualização e da prática.
5. Criação de Cartilhas: Os alunos ajudam a criar uma cartilha para novos alunos sobre situações em que devem usar linguagem formal ou informal. Esse exercício incentiva a prática no uso do conhecimento adquirido e gera a sensação de contribuição para a comunidade escolar.
Estas sugestões englobam várias facetas do aprendizado, desenvolvendo a linguagem de forma diversificada e prática, proporcionando um ensino mais dinâmico e enriquecedor.