“Explorando Formas na Arte: Plano de Aula Criativo para 3º Ano”
O presente plano de aula tem como foco o ensino das formas na disciplina de arte, destinado ao 3º ano do Ensino Fundamental. Essa proposta busca promover o aprendizado significativo por meio da exploração de diferentes formas e suas representações artísticas. Utilizando atividades lúdicas e dinâmicas, os alunos terão a oportunidade de desenvolver não apenas suas habilidades artísticas, mas também a capacidade de observação e criatividade ao transformar elementos do cotidiano em arte.
As atividades propostas estão alinhadas com a BNCC, especificamente com as habilidades voltadas para a disciplina de Arte (EF15AR01, EF15AR02, EF15AR04, EF15AR05, EF15AR06). Ao final do plano, os alunos deverão ser capazes de identificar e criar formas, explorar técnicas de pintura e desenvolver uma percepção estética que valorize a diversidade das manifestações artísticas.
Tema: Forma
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 e 9 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral deste plano de aula é proporcionar aos alunos a oportunidade de explorar e criar utilizando diferentes formas, desenvolvendo sua capacidade de expressão artística e sua criatividade através da pintura e da transformação de elementos naturais em arte.
Objetivos Específicos:
– Reconhecer e identificar formas presentes no ambiente ao redor.
– Experimentar técnicas de pintura utilizando tinta guache.
– Criar obras de arte a partir da transformação de formas geométricas e elementos naturais.
– Trabalhar em grupo, discutindo e colaborando nas atividades propostas.
– Desenvolver a percepção estética e valorizar a diversidade na arte.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
– (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.).
– (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
– (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade.
– (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
Materiais Necessários:
– Tintas guache de várias cores.
– Pincéis de diferentes tamanhos.
– Folhas de papel em branco (A4 ou A3).
– Pedras e folhas coletadas pelos alunos.
– Recipientes para misturar tinta.
– Panos ou toalhas para limpeza.
– Lápis e borracha.
Situações Problema:
– Como podemos transformar um simples quadrado em um animal ou objeto?
– Quais formas podemos identificar nas pedras e folhas que encontramos?
– De que maneira podemos expressar nossas ideias através da pintura das formas?
Contextualização:
Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde os alunos são convidados a compartilhar o que entendem por forma. Mostrar exemplos de formas geométricas e naturais, como quadrados, triângulos e círculos, e relacioná-las com objetos do cotidiano. Após isso, comentar sobre como essas formas podem se transformar em esculturas, desenhos ou pinturas.
Desenvolvimento:
1. Introdução (10 minutos): Apresentar o tema da aula, “Forma”, questionando os alunos sobre o que eles entendem a respeito de forma e exemplos que eles conhecem. Discutir a importância das formas no cotidiano: a forma de uma casa, de um carro, de um animal, etc.
2. Atividade de Coleta (15 minutos): Registrar a saída dos alunos em grupo para coletar pedras e folhas no pátio da escola ou em um espaço verde próximo. Durante a coleta, os alunos devem observar as formas dos itens que estão selecionando.
3. Atividade de Desenho (15 minutos): Cada aluno escolherá uma folha de papel e usará um lápis para desenhar quadrados, triângulos e outras formas geométricas. Em seguida, eles devem transformar esses desenhos em animais ou objetos de sua escolha.
4. Atividade de Pintura (20 minutos): Após desenhar e definir suas criações, os alunos deverão usar as tintas guache para pintar suas pedras e folhas. Eles podem carimbar a tinta com as pedras e folhas em uma folha em branco, criando um efeito artístico.
5. Exposição das Obras (5 minutos): Ao final, formar uma pequena exposição com as obras dos alunos. Cada um poderá explicar sua obra e qual forma utilizou. A troca de ideias é essencial para promover o respeito e a valorização do que cada um trouxe.
Atividades sugeridas:
1. Dia 1: Coleta de Objetos Naturais – Objetivo: Observar e coletar formas. Descrição: Levar os alunos para o pátio da escola ou ao ar livre para coletar pedras e folhas. Adaptar: Para alunos com mobilidade reduzida, permitir que coletam objetos do chão, como folhas, ao invés de se moverem.
2. Dia 2: Desenho de Formas – Objetivo: Criar desenhos a partir de formas geométricas simples. Descrição: Cada aluno fará um desenho em que deve aplicar duas ou mais formas geométricas, como quadrados ou triângulos, e transformá-las em um animal ou objeto.
3. Dia 3: Pintura de Pedras – Objetivo: Experimentar a pintura com guache. Descrição: Usar a pintura guache em pedras, incentivando a mistura de cores. Adaptar: Fornecer tinta em spray para alunos que têm dificuldade em segurar pincéis.
4. Dia 4: Carimbos Naturais – Objetivo: Criar carimbos com folhas e pedras. Descrição: Os alunos aplicarão tinta em folhas e pedras para fazer carimbos em seus papéis. Adaptar: Usar tinta em spray para alunos com habilidades motoras limitadas.
5. Dia 5: Exposição – Objetivo: Expor e compartilhar as criações. Descrição: Promover uma apresentação onde os alunos mostrem suas criações. Adaptar: Dar a opção de apresentar em pequenos grupos ou permitir que eles gravem um vídeo narrando sobre suas obras.
Discussão em Grupo:
Promover um momento de reflexão em grupo, onde cada aluno poderá compartilhar sua experiência durante a aula. Questões como: “O que você mais gostou de fazer?”, “Alguma forma foi desafiadora?”, “Como você se sentiu ao criar sua obra?” são elencadas para estimular o diálogo.
Perguntas:
– Quais formas você conseguiu identificar nas folhas e pedras?
– Como você transformou seu desenho em um animal ou objeto?
– Que técnicas você mais gostou de usar para pintar suas criações?
– Como você escolheu as cores para a sua obra?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua, considerando a participação dos alunos no desenvolvimento das atividades, a criatividade apresentada em suas obras e a capacidade de compartilhar e dialogar sobre seus processos criativos. Feedbacks individuais e em grupo ajudarão a identificar as dificuldades e os progressos de cada aluno.
Encerramento:
Ao final da aula, agradecer a participação de todos e reforçar a importância das formas no nosso cotidiano e na arte. Mostrar como diferentes interpretações e criações podem surgir a partir de uma simples forma. Incentivar os alunos a manterem a criatividade e explorarem ainda mais a arte em suas vidas diárias.
Dicas:
– Estimular a imaginação: Incentivar os alunos a não apenas se limitar às formas mais tradicionais, mas a buscá-las nos elementos que coletaram.
– Incentivar a experimentação: Reforçar sempre que a arte é um espaço livre, onde não existem erros, apenas formas de explorar o que sentem.
– Fomentar o trabalho em grupo: Promover a colaboração entre alunos, ajudando a construir um ambiente de respeito e troca de ideias.
Texto sobre o tema:
As formas são um dos elementos fundamentais das artes visuais. Entender a natureza das formas é essencial para qualquer artista, pois elas são a base de toda a criação artística. Desde as formas geométricas simples até as mais complexas da natureza, cada uma delas carrega uma essência única que pode inspirar e desencadear a criatividade. Dentro do universo das artes, a habilidade de observar e identificar essas formas no cotidiano é um primeiro passo para a construção de um repertório visual rico e diversificado.
No campo da pintura, por exemplo, a aplicação de cores e texturas sobre diferentes formas pode criar um diálogo entre a linguagem visual e as emoções que desejamos transmitir. A experimentação com cores e formas nos permite desvincular-se do que é convencional e adentrar um mundo de possibilidades criativas. Quando as crianças têm a oportunidade de explorar, coletando elementos da natureza, como pedras e folhas, elas não apenas se conectam com o ambiente, mas também contextualizam o que aprendem sobre as formas de maneira prática e eficiente.
Por meio da arte, desenvolvemos não apenas a habilidade técnica, mas também um senso crítico que nos permite observar e interpretar a realidade de diversas maneiras. Simultaneamente, a criação artística estimula a autoexpressão, encorajando os alunos a comunicar suas experiências e visões de mundo de maneira visual. Isso mostra como as formas, em sua diversidade, podem criar um espaço perfeito para a imaginação fluir e para a habilidade artística se solidificar, instigando a curiosidade e o amor pela arte que pode acompanhar os alunos por toda a vida.
Desdobramentos do plano:
A partir desse plano, podemos desenvolver uma série de desdobramentos que ampliam a compreensão dos alunos sobre o tema das formas. Uma possibilidade seria a criação de um mural coletivo, onde os alunos poderiam expor suas obras e refletir sobre a diversidade artística presente no trabalho em grupo, criando assim um espaço de troca e aprendizado. Essa atividade pode também permitir que as crianças aprendam sobre a importância da colaboração e da comunicação efetiva dentro de um grupo.
Além disso, podemos incluir visitas a exposições de arte ou museus que tenham coleções focadas na diversidade das formas e em como a arte contemporânea explora essas questões. Essa experiência oferece aos alunos a oportunidade de ver suas aprendizagens em um contexto mais amplo, conectando-se com a história e a cultura da arte. Ao retornar da visita, uma discussão sobre as obras que mais impactaram os alunos pode contribuir para um aprendizado mais efetivo e significativo.
Por fim, integrar a tecnologia, como o uso de aplicativos de arte digital, pode ser um desdobramento interessante. Os alunos podem explorar as formas de maneira digital, criando suas próprias ilustrações em tablets ou computadores, ampliando ainda mais suas habilidades e a forma como se relacionam com as artes visuais. Isso também alinha o plano de aula com as necessidades atuais e tendências educacionais que incorporam recursos da tecnologia digital na construção do saber.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar este plano de aula, é fundamental que o professor mantenha um espaço aberto para a criatividade e a diversidade de expressões artísticas que os alunos possam trazer. A arte deve ser um reflexo não só do aprendizado de técnicas, mas também da individualidade de cada criança e de suas experiências pessoais. Durante as atividades, é importante dar espaço para interações onde os alunos possam expor opiniões sobre o trabalho do colega, promovendo um ambiente de respeito e troca de saberes.
Além disso, a flexibilidade deve ser um ponto central na execução do plano. Cada turma possui uma dinâmica própria, e é vital que o professor esteja atento às necessidades coletivas e individuais, ajustando as atividades conforme necessário. Algumas crianças podem precisar de mais tempo para desenvolver suas criações, enquanto outras podem avançar mais rapidamente. O desafio do educador é equilibrar essas variáveis, garantindo que todos os alunos desfrutem do processo de criação.
Por último, o uso de recursos visuais e artísticos variados não só enriquece a aula, mas também proporciona oportunidades para que os alunos aprendam de maneiras diferentes. Utilizar música, diferentes materiais e técnicas de arte pode fazer com que a experiência de aprendizado seja mais atraente, apresentando uma conexão emocional mais forte com o que está sendo ensinado. Isso formará a base para futuras explorações na arte e afastará a ideia de que a arte é uma atividade exclusiva para alguns, convidando todos a participarem e a se expressarem.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça às Formas: Os alunos formam grupos e saem em busca de formas geométricas no ambiente escolar, fotografando ou desenhando. O objetivo é identificar a presença de formas simples e complexas no cotidiano. No final da atividade, cada grupo apresenta suas descobertas, promovendo discussões sobre como a geometria está presente na natureza e na arquitetura.
2. Músico das Formas: Criar uma atividade musical onde os alunos devem desenhar formas e, ao mesmo tempo, associar cada uma delas a um som específico. Por exemplo, um quadrado pode representar um som grave, enquanto um triângulo representa um som agudo. No final, formam uma orquestra de formas, onde cada aluno é responsável por tocar um som conforme suas formas são exibidas.
3. Desenho Coletivo: Em folhas grandes de papel, os alunos começam a desenhar uma forma específica. Após um tempo predeterminado, eles passam para o próximo papel e continuam o desenho do colega, assim criando uma obra coletiva. O objetivo é observar como as formas se transformam e se interagem com as diferentes interpretações de cada aluno.
4. Teatro das Formas: Organizar uma peça de teatro onde os alunos representam diferentes formas. Cada forma (triângulo, quadrado, círculo) tem características e personalidades específicas. Os alunos encenam situações baseadas em como as formas interagem umas com as outras, utilizando trajes ou acessórios que representem suas formas.
5. Arte Sustentável: Utilizar materiais recicláveis para a construção de formas em três dimensões. Os alunos podem criar esculturas utilizando garrafas plásticas, papelão e outros objetos. Essa atividade não só promove a arte, mas também a conscientização sobre a sustentabilidade e a importância do reaproveitamento de materiais.
Essas atividades visam promover a autoexpressão, a criatividade e o trabalho em equipe, proporcionando ao aluno não apenas um aprendizado teórico sobre formas, mas também uma vivência prática que pode ser aplicada em diferentes contextos.

