“Plano de Aula: Explorando o Ecossistema com Bebês”

A elaboração deste plano de aula visa proporcionar uma experiência rica e envolvente para os bebês, permitindo que eles explorem e compreendam as relações existentes no seu ecossistema através do ambiente escolar e da sua moradia. Nesta etapa, o foco é nas interações que os alunos estabelecem com os elementos bióticos, como plantas, seres humanos e animais, além dos elementos abióticos, como ar, água, solo, luz e calor do sol. Enriquecer essa experiência de aprendizagem é essencial para promover o desenvolvimento integral das crianças, respeitando suas necessidades e características.

No decorrer da aula, serão realizadas atividades que envolvem a exploração sensorial e a interação social, permitindo aos bebês perceberem as suas ações e suas consequências nas relações com os outros. O plano está alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo que as habilidades pertinentes sejam trabalhadas de forma significativa e lúdica. É imprescindível que as atividades respeitem o desenvolvimento dos bebês, proporcionando um ambiente acolhedor e desafiador, onde possam se movimentar e explorar as suas possibilidades corporais.

Tema: Ecossistema – ambiente escolar e de origem do aluno (moradia)
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão inicial dos bebês sobre as interações que ocorrem em seu ecossistema, facilitando a percepção dos fatores bióticos e abióticos presentes no ambiente escolar e na moradia.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a exploração sensorial através da interação com plantas, som e texturas.
2. Facilitar a comunicação de emoções e necessidades em relação ao ambiente através de movimentos, gestos e balbucios.
3. Promover o reconhecimento e a expressão das sensações corporais durante as atividades propostas.
4. Incentivar a interação social entre as crianças, expandindo a descoberta do eu e do outro.

Habilidades BNCC:

Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.

Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

Materiais Necessários:

– Variedades de plantas (plantas de pequeno porte em vasos, folhas e flores).
– Água em recipiente.
– Terra em pequenos potes.
– Brinquedos de animais de plástico.
– Tecido de diferentes texturas (liso, áspero, macio).
– Caixa de som com sons da natureza (canto de pássaros, água corrente).
– Papel e giz de cera ou tintas atóxicas.

Situações Problema:

1. Como as plantas podem ajudar a deixar o nosso espaço mais bonito?
2. O que podemos fazer para cuidar das plantas que estão com sede?
3. Que sons os animais fazem e como eles podem nos ajudar na compreensão do nosso lugar no ecossistema?

Contextualização:

Os bebês iniciarão a aula conhecendo a importância das plantas e dos animais em seu ambiente. Por meio de uma pequena conversa, o educador estimulará a curiosidade, fazendo perguntas que incentivem a observação do que os rodeia. A ideia é que cada criança perceba que o meio em que vive possui vida e que as interações podem influenciar o seu bem-estar.

Desenvolvimento:

A aula se desenvolverá em quatro etapas distintas, priorizando a experiência sensorial e a estimulação da interação social.

1. Apresentação das Plantas: O professor mostrará as plantas para as crianças, perguntando o que elas sentem ao tocar as folhas e as flores. Usar diferentes texturas de tecido ajudará a complementar essa experiência sensorial.
2. Exploração com Água e Terra: As crianças poderão sentir a terra e a água. O professor pode fazer uma atividade de molhar as plantas, explicando que elas precisam da água para crescer. Os bebês poderão interagir com a terra de forma sensorial (tocar, moldar).
3. Audição e Imitar Sons de Animais: Com a caixa de som, o educador tocará sons de diferentes animais. Os bebês serão estimulados a imitar os sons e movimentos dos animais, promovendo interação e expressividade.
4. Atividade Criativa: Finalizando, oferecer aos bebês papel e giz de cera ou tintas, permitindo que eles expressem a experiência da aula por meio de traços e marcas.

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Sensorial com Plantas: Propor aos bebês um momento de tocar e cheirar as plantas. O objetivo é despertar a curiosidade através da exploração. O educador deve observar como eles interagem e incentivá-los a expressar o que sentem (cheiro bom, gosto, macio).

Dia 2 – Brincadeira com Água: Criar uma atividade onde as crianças molham as plantas com água. O objetivo é ensinar a importância da água para o crescimento das plantas. As crianças podem usar pequenos regadores.

Dia 3 – Sons da Natureza: Ouvir sons de animais e tentar imitar as variações. O educador pode encorajar as crianças a se movimentarem enquanto imitam os sons.

Dia 4 – Jogo de Texturas: Oferecer diferentes tipos de tecidos para que as crianças possam sentir e explorar. O educador pode perguntar sobre a maciez ou aspereza dos materiais e estimular a interação social.

Dia 5 – Pintura Livre: Propor uma atividade de pintura com tintas atóxicas, enfatizando as cores que veem nas plantas. O foco é liberar a criatividade e a expressividade artística de cada criança.

Discussão em Grupo:

Após cada atividade, é importante reservar um momento para que as crianças compartilhem suas experiências. O professor pode conduzir uma discussão leve, estimulando as crianças a falarem sobre o que gostaram, como se sentiram e o que aprenderam. Esse espaço é fundamental para a troca de impressões e para construir laços.

Perguntas:

1. O que você mais gostou de tocar?
2. Como você acha que as plantas se sentem quando você as rega?
3. Que animal você gostaria de ser? Por quê?
4. O que você acha que a planta precisa para crescer?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá de forma contínua e será realizada através da observação do comportamento e das interações das crianças durante as atividades. O professor deve observar se as crianças estão se comunicando entre si, expressando suas emoções e participando ativamente das atividades. Além disso, deve-se avaliar como cada uma se relaciona com os objetos e o ambiente em que está inserida. Essas informações serão fundamentais para o planejamento das próximas aulas.

Encerramento:

Para finalizar o plano de aula, o educador pode fazer uma roda de conversa, onde as crianças terão a oportunidade de falar sobre o que mais gostaram de fazer. Pode-se também compartilhar um momento de relaxamento, com uma música suave, fazendo uma conexão com a natureza e o tema do ecossistema. Propor um agradecimento às plantas e aos animais pela experiência vivida será uma forma de encerrar a atividade de maneira significativa.

Dicas:

– Utilize elementos do ambiente natural, como folhas secas ou flores para complementar as atividades.
– Propor experiências onde as crianças possam ver o crescimento das plantas ao longo do tempo.
– Buscar integrar a atividade de forma lúdica, garantindo que os bebês se sintam confortáveis e estimulados para explorar novas experiências.

Texto sobre o tema:

Os ecossistemas consistem em uma rede complexa de interações entre os fatores bióticos, como os seres vivos(link: plantas, animais e seres humanos) e os fatores abióticos (aspectos físicos e químicos, como clima, solo, água e luz solar). Para os bebês, o entendimento dessas relações não precisa ser exato, mas sim percebido através de experiências sensoriais e emocionais que os ajudem a formar uma conexão com o ambiente ao seu redor. Ao interagirem com as plantas, os bebês não apenas exploram texturas e odores, mas também desenvolvem um entendimento intuitivo sobre a necessidade de cuidados, como a rega e a proteção contra danos, permitindo que compreendam a fragilidade e a importância das vidas vegetais. Esses primeiros contatos com o meio devem ser sempre realizados de forma lúdica, de maneira que o aprendizado aconteça de forma natural e espontânea.

Além disso, a água é um elemento essencial para a vida que, ao ser utilizada em atividades didáticas, pode proporcionar não apenas a percepção da sua importância para as plantas, mas também para o próprio bem-estar da criança. Já os animais, mesmo que através de brinquedos, podem facilitar a conexão entre as crianças e o mundo vivo, ajudando-as a reconhecer sons, movimentos e características que estabelecem um vínculo maior com a natureza. Promover um ambiente acolhedor e repleto de estímulos positivos é uma maneira de garantir que as crianças se sintam seguras para explorar, interagir e crescer.

O papel do educador é fundamental nessas interações. Como mediador, ele deve proporcionar as condições necessárias para que as crianças sintam curiosidade e estejam dispostas a explorar. Ate a partir do que os bebês expressarem em suas brincadeiras, é possível perceber como compreendem o mundo, suas percepções e sentimentos. Incentivar a exploração do mundo através dos sentidos e, acima de tudo, garantir um ambiente onde o movimento e a livre expressão sejam encorajados permitirá que esses pequenos fiquem mais confortáveis ao longo do processo de aprendizagem.

Desdobramentos do plano:

Após a realização dessa atividade, novas possibilidades de aprendizado podem surgir. Um dos passais importantes é a continuidade das ações que envolvam os cuidados com as plantas. Para isso, o educador pode estabelecer uma rotina em que as crianças participem do cuidado contínuo, como regar as plantas na escola e em casa. Esse cuidado permitirá aos bebês vivenciarem a responsabilidade e a rotina de um ser vivo, compreendendo assim a importância da continuidade no cuidado.

Além disso, pode-se explorar a temática do meio ambiente através de outras práticas, como a conscientização sobre a importância de não jogar lixo no chão e como isso afeta diretamente o nosso ecossistema. Atividades que envolvam reciclagem e reaproveitamento podem ser introduzidas de forma simples, levando em consideração a faixa etária dos bebês. Tais práticas ajudarão a desenvolver a responsabilidade ambiental desde os primeiros anos.

Por fim, outra possibilidade é integrar a temática do ecossistema em projetos maiores que envolvam a comunidade escolar. Armar workshops ou pequenas palestras com os pais sobre como cuidar do ambiente e como as crianças podem contribuir com ações simples em casa e na escola farão com que o aprendizado do ecossistema se estenda para fora das paredes da sala de aula, solidificando assim, os conceitos que foram explorados e promovendo um aprendizado significativo e coletivo.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que durante o desenvolvimento deste plano de aula, o educador fique atento às necessidades de cada criança. Os bebês têm diferentes ritmos de desenvolvimento e modalidades de expressão, por isso é importante ter uma abordagem individualizada. As atividades devem ser flexíveis e adaptáveis, permitindo que cada criança participe de acordo com suas capacidades. O papel do professor é observar, guiar e facilitar as experiências, mas sempre respeitando o espaço e o tempo de cada um.

Além disso, os relacionamentos entre as crianças devem ser continuamente incentivados. A interação social é fundamental para esta faixa etária, e o educador deve criar oportunidades para que as crianças compartilhem experiências e façam descobertas juntas. O convívio social gera segurança e carinho, fatores essenciais para o bem-estar dos bebês.

De forma geral, a abordagem sensorial e lúdica proposta neste plano é fundamental para o aprendizado das crianças pequenas. Estimular a curiosidade e o encantamento é o cerne do desenvolvimento infantil, e ao trabalhar com o tema do ecossistema, o educador consegue proporcionar uma base sólida para a compreensão do meio ambiente, promovendo um vínculo afetivo e de respeito pelas relações que nos cercam.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Exploração Sensorial: Disponibilizar um espaço com diferentes tipos de plantas e permitir que os bebês toquem, sintam o cheiro e, se possível, experimentem algumas partes (como folhas comestíveis). O objetivo é trabalhar a percepção sensorial. As crianças podem também explorar diferentes texturas.

2. Teatro dos Sons: Criar um teatrinho utilizando figurinos de animais e executar uma encenação onde os bebês possam imitar os sons e movimentos. O professor deve ajudar na condução e no incentivo para que todos participem.

3. Jardim Cognitivo: Criar um pequeno jardim em um espaço seguro, permitindo que as crianças ajudem a plantar e cuidar das plantas (mesmo que simbolicamente). Essa atividade promove conexão e responsabilidade.

4. História Interativa: Ler uma história que envolva o tema do ecossistema, envolvendo a participação dos bebês durante a leitura (imitando sons de animais e participando de interações). É uma ótima maneira de estimular a escuta e o interesse pela narrativa.

5. Oficina de Arte Ecológica: Propor uma atividade onde as crianças possam usar folhas secas para criar um mural ou um quadro. Com isso, além de desenvolver a coordenação motora, elas terão a chance de explorar texturas e trabalhar com objetos da natureza de forma lúdica.

Estes planos de aula visam criar um ambiente enriquecedor e significativo para os bebês, onde eles possam explorar, interagir e aprender sobre o ecossistema que os rodeia.


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