“Plano de Aula: Brincadeiras Populares para o 1º Ano”
O plano de aula sobre brincadeiras populares oferece uma rica oportunidade de exploração cultural, social e motoras para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. A proposta integra elementos pedagógicos essenciais, como atividades práticas, jogos tradicionais e o incentivo ao trabalho em equipe, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos. Além disso, esta aula permitirá que as crianças vivenciem momentos de interação, aprendizado e diversão através de brincadeiras que fazem parte da cultura brasileira.
Neste plano, abordaremos atividades com materiais simples e acessíveis, como o elástico, a corda e as corridas de saco, que estimulam não somente a atividade física, mas também a socialização e a integração de valores como respeito, cooperação e empatia. Assim, as brincadeiras populares servem de ponte para o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais, alinhadas às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Tema: Brincadeira Popular
Duração: 2 horas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 09 anos
Objetivo Geral:
Promover a vivência de brincadeiras populares, incentivando o desenvolvimento motor, social e cognitivo dos alunos, além de resgatar aspectos culturais das interações em grupo.
Objetivos Específicos:
– Promover a prática de brincadeiras populares, como elástico, pula corda e corrida do saco.
– Estimular a socialização, o trabalho em equipe e a respeito entre os colegas durante as atividades.
– Desenvolver a coordenação motora e o raciocínio lógico por meio de jogos e dinâmicas.
– Identificar e discutir as origens culturais das brincadeiras, promovendo um entendimento de suas funções sociais.
Habilidades BNCC:
– Ensino de Educação Física:
(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular.
(EF12EF02) Explicar as brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional.
(EF12EF03) Planejar estratégias para resolver desafios em brincadeiras e jogos.
(EF12EF04) Colaborar na proposição de alternativas para a prática de brincadeiras e jogos na escola.
Materiais Necessários:
– Elástico longo
– Corda (para o pula corda)
– Sacos grandes (para corrida do saco)
– Cones ou marcas para demarcar áreas
– Balde ou caixa para guardar os materiais
Situações Problema:
– Como podemos jogar juntos respeitando as regras?
– O que você sentiu ao participar das brincadeiras em grupo?
Contextualização:
As brincadeiras populares fazem parte da cultura e história social de diferentes povos ao redor do mundo. No Brasil, são frequentemente associadas às interações que promovem socialização e desenvolvimento. Vamos explorar estas brincadeiras e entender como elas podem nos ensinar sobre a cooperação, o respeito e a diversão.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento da aula se dará em três etapas principais:
1. Apresentação e Contextualização (30 minutos):
– Iniciar a aula com uma pequena conversa sobre as brincadeiras que os alunos conhecem.
– Compartilhar breves histórias sobre a origem destas brincadeiras e sua importância cultural.
2. Brincadeiras Práticas (1 hora):
– Dividir a turma em grupos pequenos para a realização das atividades: elástico, pula corda e corrida do saco.
– As brincadeiras devem ser orientadas e supervisionadas para garantir a segurança e o engajamento de todos.
3. Reflexão e Discussão (30 minutos):
– Reunir a turma novamente para uma roda de conversa onde cada grupo compartilha suas experiências e sensações ao realizar as brincadeiras.
– Refletir sobre o que aprenderam e como estas brincadeiras podem ser transformadas em momentos de cooperação e amizade.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Elástico
Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e coordenação.
Descrição: Dois alunos seguram o elástico nas pernas, enquanto os demais pulam.
Instruções:
– Formar duplas para segurar o elástico.
– As demais crianças devem pular ao som de uma música, respeitando os níveis de dificuldade (baixos, médios, altos).
Materiais: Elástico.
Adaptação: Reduzir o número de participantes, se necessário, para garantir a inclusão de todos.
Atividade 2: Pula Corda
Objetivo: Estimular o ritmo e a coordenação.
Descrição: Um aluno pula a corda, enquanto os outros devem contar os saltos.
Instruções:
– Organizar a turma em filas.
– Cada criança terá uma chance de pular a corda, enquanto os outros contam.
Materiais: Corda.
Adaptação: Permitir que os alunos que não conseguem pular também possam segurar a corda e ajudar a contar.
Atividade 3: Corrida do Saco
Objetivo: Trabalhar a agilidade e a força.
Descrição: Corrida em sacos entre duas linhas marcadas.
Instruções:
– Distribuir os sacos para os alunos.
– Organizar equipes e realizar uma corrida.
Materiais: Sacos grandes.
Adaptação: Permitir que alunos com dificuldades motoras participem de forma criativa, incentivando a inclusão.
Discussão em Grupo:
Promover a discussão sobre o que cada um mais gostou nas brincadeiras, os desafios e como se sentiram em relação aos outros. As reflexões devem girar em torno da importância da convivência e da expressão emocional durante as atividades.
Perguntas:
– Quais habilidades você achou que desenvolveu durante as brincadeiras?
– Como podemos resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras?
– O que você aprendeu sobre a colaboração ao jogar com seus amigos?
Avaliação:
A avaliação será realizada através da observação da participação e do engajamento dos alunos durante as brincadeiras, considerando a interação e o respeito entre os colegas. Perguntas reflexivas após as atividades também auxiliarão na avaliação do impacto da aula.
Encerramento:
Ao final da aula, será feita uma roda de conversa para que os alunos compartilhem suas percepções sobre as brincadeiras e suas aprendizagens. O educador pode plantar a semente da reflexão sobre formas de trazer as tradições populares para o cotidiano da sala de aula e como isso pode fortalecer as relações interpessoais.
Dicas:
É importante garantir um ambiente seguro para as atividades. Verificar se os materiais estão em boas condições e que o espaço é adequado para a realização das brincadeiras. Incentivar a participação de todos, respeitando o ritmo e as habilidades de cada aluno, é fundamental para que todos se sintam incluídos e acolhidos.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras populares são manifestações culturais que atravessam gerações e se fazem presentes nas mais diversas comunidades. Esses jogos têm como função não apenas entreter, mas também ensinar. Elas promovem a socialização, a cooperação e a resolução de conflitos entre as crianças. Muitas dessas práticas vêm sendo passadas de pais para filhos, mantendo viva a cultura popular de cada região.
Aprender brincando é uma das formas mais eficazes de garantir que o conhecimento seja absorvido de maneira lúdica. Além disso, a prática de jogos e brincadeiras em grupo fortalece laços de amizade e empatia, uma vez que as crianças aprendem desde cedo a importância do trabalho em equipe e do respeito ao próximo. Cada momento de brincadeira é uma oportunidade de aprender sobre si mesmo e sobre o outro, desenvolvendo habilidades sociais que farão diferença no futuro.
Por último, numa sociedade em que o digital tem ganhado cada vez mais espaço, resgatar as brincadeiras populares é essencial. Elas possibilitam experiências de aprendizado que econômicas e que promovem também o bem-estar emocional. Reforçar esses pontos durante as aulas contribui para a formação integral dos alunos e para a construção de um ambiente escolar saudável, acolhedor e inclusivo.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre brincadeiras populares resgata a cultura e a história das comunidades, promovendo uma compreensão mais ampla sobre a importância do respeito às diferenças e às tradições. O desdobramento desta aula pode ser a criação de um projeto que envolva diversas outras brincadeiras conhecidas pelos alunos, fazendo uma pesquisa a respeito de seus relatos familiares e do que cada brincadeira representa na história da cultura popular.
A convivência que as brincadeiras proporcionam podem ser um ponto de partida para a criação de um circuito de jogos na escola, onde as crianças possam trazer suas próprias experiências e introduzir novas dinâmicas de interação. Adicionalmente, este plano pode ser ampliado para uma semana de atividades culturais, onde os alunos possam explorar outras manifestações artísticas relacionadas, como danças, canções e narrativas orais que acompanham cada uma das brincadeiras.
Por fim, ao desenvolver competências como a cooperação, o respeito mútuo e a criatividade, as crianças não apenas internalizam os ensinamentos sobre as brincadeiras, mas também aperfeiçoam habilidades que serão valiosas ao longo de sua formação acadêmica e social. Uma proposta contínua de abordagens como essa contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos em suas interações diárias.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que ao longo das atividades, o educador mantenha um diálogo aberto e respeitoso com os alunos. A comunicação clara sobre as expectativas e a importância das regras ajudará a manter a ordem e a segurança durante as brincadeiras. O professor deve sempre estar atento às dinâmicas de grupo e ser um mediador na resolução de possíveis conflitos que possam surgir.
Incentivar a autonomia dos alunos é crucial. Essa abordagem permite que eles experimentem as brincadeiras de forma independente, promovendo ainda mais a confiança e o espírito comunitário. Ao final da aula, encoraje os alunos a continuarem explorando os jogos em casa, compartilhando com familiares e amigos, criando laços e expandindo o que aprenderam.
Por último, a inclusão de outras disciplinas, como História e Artes, na dinâmica das brincadeiras pode enriquecer ainda mais a experiência, proporcionando uma visão multidisciplinar do aprendizado. Conectar a experiência lúdica com o mundo real e seu contexto social é essencial para que os alunos compreendam a relevância de suas vivências e o papel que desempenham como cidadãos em construção.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Brincando de Histórias
Objetivo: Conectar a brincadeira à narrativa e à oralidade.
Descrição: Cada aluno traz uma história sobre uma brincadeira de sua infância que tenha significado para ele.
Materiais: Nada além do espaço e a vontade de compartilhar.
Modo de Condução: Após uma roda de conversa, os alunos se agrupam em duplas para narrar suas histórias e, em seguida, podem representar as cenas das histórias de forma lúdica.
Sugestão 2: O Viveiro de Brincadeiras
Objetivo: Criar um espaço para o aprendizado de diferentes brincadeiras populares.
Descrição: Cada grupo de alunos deve trazer uma brincadeira de sua cultura e organizá-la.
Materiais: Materiais simples relacionados a cada brincadeira (cordas, elásticos, sacos etc.).
Modo de Condução: Após uma semana de prática, realizar um evento em que cada grupo explique e demonstre uma brincadeira, compartilhando sua história.
Sugestão 3: Mapa das Brincadeiras
Objetivo: Aprender sobre a geografia da cultura popular.
Descrição: Criar um mapa que indique as diversas brincadeiras populares do Brasil, utilizando imagens ou desenhos.
Materiais: Papel, lápis de cor e mapas.
Modo de Condução: Os alunos podem apresentar seu mapa e explicar as características das brincadeiras de cada região.
Sugestão 4: Dança e Movimento
Objetivo: Ampliar a experiência lúdica através da dança.
Descrição: Os alunos aprenderão danças relacionadas às brincadeiras, promovendo exercícios de ritmo e coordenação.
Materiais: Música dançante e espaço amplo.
Modo de Condução: Divida a turma em grupos e ensine coreografias simples, permitindo que eles inovem em sua própria interpretação com movimentos que imitam as brincadeiras.
Sugestão 5: Criação de Jogos
Objetivo: Estimular a criatividade e o trabalho em equipe.
Descrição: Em grupos, os alunos devem criar uma nova brincadeira, combinando elementos de jogos que aprenderam.
Materiais: Papel e caneta para anotar as regras, além de materiais para a brincadeira.
Modo de Condução: Após criar a brincadeira, cada grupo a apresenta à turma, explicando suas regras e permitindo que todos experimentem juntos.
Essas sugestões lúdicas são projetadas para manter a diversidade do aprendizado e a integridade cultural das brincadeiras, tornando o aprendizado ainda mais significativo e interativo.


