“Produção de Texto: Brincadeiras Populares no Ensino Fundamental”
A proposta deste plano de aula se concentra na temática da produção de texto, com um foco especial na arte do brincar e nas brincadeiras e jogos populares brasileiros. Com uma duração total de 225 minutos, a aula está estruturada para ser realizada no 1º ano do Ensino Fundamental, com crianças com cerca de 6 anos. As atividades propostas estão alinhadas com a leitura e interpretação de imagens, o que permite que os alunos explorem suas próprias experiências e conhecimentos a respeito das brincadeiras do Brasil.
O intuito principal é desenvolver habilidades linguísticas e de produção textual a partir de um tema que é familiar e divertido para os alunos. As brincadeiras e jogos populares são uma parte importante da cultura brasileira e, ao serem abordados, incentivam não só o aprendizado, mas também o engajamento dos estudantes. As atividades foram planejadas para incitar a curiosidade, o trabalho em grupo e a expressão individual, sempre respeitando o aprendizado consciente e lúdico dos alunos.
Tema: Produção de Texto – Brincar é uma Arte: Brincadeiras e Jogos Populares
Duração: 225 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos
Objetivo Geral:
Promover a reflexão sobre a importância das brincadeiras populares e desenvolver a produção de textos a partir dessa vivência, utilizando a leitura de imagens e a escrita de forma criativa.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar aos alunos o reconhecimento da escrita alfabética através da observação da linguagem nas brincadeiras.
– Incentivar a criação de narrativas a partir da experiência com jogos e brincadeiras tradicionais.
– Desenvolver a leitura crítica e a compreensão de diferentes formas de expressão nas brincadeiras.
– Estimular a criação coletiva de textos que relatem e expliquem brincadeiras populares.
Habilidades BNCC:
– (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página.
– (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana.
– (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana.
– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional.
Materiais Necessários:
– Papéis e canetas coloridas
– Imagens de brincadeiras populares (impressões ou projetadas)
– Materiais para elaboração de cartazes (tesoura, cola, papel, canetas)
– Jogos de tabuleiro tradicionais e materiais para jogos (bolinhas, cordas, etc.)
– Quadro branco e marcadores
– Livros ilustrativos sobre brincadeiras e jogos populares.
– Um projetor (opcional) para a apresentação de imagens ou vídeos sobre brincar.
Situações Problema:
– Por que algumas brincadeiras não são mais populares hoje em dia?
– Como podemos recriar brincadeiras tradicionais com um toque moderno?
– Qual é a importância de brincar?
Contextualização:
A cultura brasileira é rica em brincadeiras e jogos populares, muitos dos quais são transmitidos de geração em geração. Estas práticas não são apenas formas de diversão, mas também fazem parte do desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Ao explorar essa temática, os alunos podem conectar suas experiências pessoais com o entendimento do que significa brincar, além de aprender sobre as diferenças culturais e regionais nas brincadeiras.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em três grandes momentos:
1. Introdução às Brincadeiras Populares (60 minutos)
– Inicie a aula com uma roda de conversa sobre as brincadeiras que os alunos conhecem. Pergunte a eles: “Quais brincadeiras vocês mais gostam?” e “Alguém conhece alguma brincadeira que seus pais ou avós também brincavam?”
– Apresente imagens de diversas brincadeiras populares (como o pião, a corda, o jogo de bola, etc.) e promova uma discussão sobre cada uma delas. Pergunte como se brinca, quais os materiais usados e quais as regras de cada jogo.
– Para finalizar, peça para que cada aluno escolha uma brincadeira e desenhe-a no papel. Incentive-o a pensar em como a brincadeira se faz e qual é a sua experiência com ela.
2. Produção de Texto (90 minutos)
– Após a atividade de desenho, forme grupos e peça que, coletivamente, elaborem um título e um texto simples que descreva a brincadeira que escolheram. Incentive os alunos a usarem a imaginação, incluindo elementos como o que pode acontecer durante a brincadeira e as emoções que sentem.
– Os grupos devem apresentar seus textos para a turma. Eles podem decorar cartazes com as informações e ilustrações sobre a brincadeira.
– Para ajudar na estruturação, faça algumas perguntas: “Qual é o nome da brincadeira?”; “Como se joga?”; “Quantas pessoas podem brincar?”; “Onde costuma se brincar?”.
3. Apresentação e Reflexão (75 minutos)
– Organize uma exposição dos cartazes produzidos pelos grupos. Cada grupo deve apresentar sua brincadeira para os colegas, promovendo uma troca de ideias sobre as diferentes experiências de cada um.
– Após as apresentações, conduza uma discussão reflexiva sobre a importância de preservar as brincadeiras e jogos populares e sobre como elas ajudam a manter viva a cultura. Pergunte: “Como podemos manter vivas essas brincadeiras para as próximas gerações?”
Atividades sugeridas:
1. Desenho das Brincadeiras (60 minutos)
– Objetivo: Estimular a criatividade e o reconhecimento de práticas culturais.
– Descrição: Cada aluno desenha uma brincadeira popular.
– Instruções: Fornecer materiais de desenho e orientar a atividade com perguntas sobre a brincadeira escolhida.
– Materiais: Papéis, lápis, canetas coloridas.
2. Criação de Texto Coletivo (90 minutos)
– Objetivo: Desenvolver a produção textual em grupo.
– Descrição: Os alunos escrevem juntos um texto sobre a brincadeira.
– Instruções: Facilitar o processo de escrita com orientações e sugestões, criando um ambiente de colaboração.
– Materiais: Papel grande, canetas para escrita, imagens para ilustrar.
3. Exposição de Cartazes (75 minutos)
– Objetivo: Promover a oralidade e apresentação em grupo.
– Descrição: Apresentar cartazes para a turma e fazer a troca de ideias.
– Instruções: Organizar um espaço na sala e cada grupo apresenta suas criações.
– Materiais: Cartazes, espaço na sala.
Discussão em Grupo:
Incentive conversas abertas e inclusivas onde todas as opiniões são valorizadas. Use questões para guiar a discussão e abordar a importância das tradições em brincadeiras, promovendo a escuta ativa entre os alunos.
Perguntas:
– Que brincadeiras você conhecia quando era mais novo?
– Como você se sente ao brincar com seus amigos?
– Qual é a brincadeira que você mais gostaria de aprender a jogar?
– Que elementos de uma brincadeira a tornam divertida ou chata para você?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, observando a participação, o envolvimento nas atividades e a produção textual realizada pelos alunos. Também será levado em conta o trabalho em grupo e como conseguiram colaborar nas discussões e apresentações.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma breve reflexão sobre o que foi aprendido e a importância do brincar. Incentivar os alunos a compartilharem suas impressões sobre a aula e a representatividade das brincadeiras em suas vidas. Considere uma atividade relaxante, como um momento de contação de histórias sobre brincadeiras, relacionadas ao tema.
Dicas:
– Diversifique imagens e jogos apresentados para incluir representações regionais.
– Estimule a criatividade ao permitir que os alunos incluam elementos novos nas brincadeiras.
– Utilize a tecnologia de forma moderada, como vídeos ou músicas de brincadeiras populares, para dinamizar a aula.
Texto sobre o tema:
O brincar é essencial para a infância. Uma parte importante do desenvolvimento humano, o atinge em várias dimensões: social, emocional e cognitiva. Brincar não é apenas uma forma de passar o tempo, mas sim uma maneira de explorar o mundo. No Brasil, as brincadeiras populares são uma forma da cultura se manifestar e se perpetuar. Muitas vezes, as brincadeiras do passado são esquecidas, mas elas trazem lições valiosas e ajudam a construir laços afetivos. É essencial que as crianças tenham a oportunidade de conhecer essas práticas, pois elas representam não apenas diversão, mas também contos de uma realidade que pode ser muito rica em aprendizado e experiências.
Essas brincadeiras muitas vezes envolvem elementos do cotidiano, como materiais simples para serem criados ou recrutam habilidades específicas que as crianças podem explorar de diferentes maneiras. Ao ensinar brincadeiras populares, os educadores têm a chance de gerar um espaço para que os alunos desenvolvam habilidades artísticas e apreciem a cultura local, respeitando diferentes formas de expressão e manifestando a diversidade que compõe a sociedade brasileira.
O papel do educador em ambientes onde o brincar é incentivado é fundamental. A valorização de práticas lúdicas na sala de aula apura a sensibilidade das crianças para com o outro e com o mundo ao seu redor. Com a sociedade em constante mudança e a tecnologia cada vez mais presente, resgatar as brincadeiras, adaptá-las e compartilhá-las com os alunos é uma maneira de celebrar a cultura local e proporcionar experiências significativas. Brincar, nesse contexto, se torna um ato artístico e educativo, reafirmando a sua importância na formação de crianças mais conscientes e criativas.
Desdobramentos do plano:
Através deste plano de aula, potenciais desdobramentos podem incluir a continuidade do aprendizado sobre culturas. Ao explorar as brincadeiras populares e suas histórias, os alunos podem ser incentivados a entrevistar seus familiares sobre as brincadeiras que eles praticavam na infância e assim construir um registro que una essas memórias pessoais ao conhecimento cultural coletado em aula. Os alunos podem criar um livro de memórias de brincadeiras, onde cada um poderá incluir textos e ilustrações sobre as experiências de brincar em família, estimulando a escrita e a história oral.
Ademais, há também um amplo espaço para o desenvolvimento de um projeto interdisciplinar envolvendo artes, onde os alunos poderão criar representações artísticas das brincadeiras estudadas. Eles poderiam fazer maquetes, bonecos ou até mesmo coreografias que representem essas tradições. Deste modo, matemáticas e ciências podem ser incorporadas quando os alunos envolvem medições, pesos e diferentes materiais para concretizar suas ideias criativas.
Por último, a proposta de incluir as novas tecnologias nas brincadeiras também pode ser uma extensão interessante. Os alunos poderiam gravar vídeos das brincadeiras ensinadas ou criar podcasts, promovendo uma plataforma onde as brincadeiras são apresentadas ao mundo. Essas iniciativas demonstrariam não apenas o conhecimento do conteúdo abordado, mas também a habilidade de trabalhar colaborativamente e de comunicar-se de forma criativa.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, é vital que o educador se mantenha aberto a fluidez das ideias e ao engajamento dos alunos. As propostas de brincadeiras e discussões podem e devem ser ajustadas com base no nível de interesse e participação da turma. Ter flexibilidade permitirá que a aula se desenvolva de uma forma rica e significativa, garantindo que todos os alunos se sintam incluídos e valorizarão sua própria cultura e as dos colegas.
Além disso, é recomendável criar um ambiente seguro onde as crianças possam se expressar livremente. As dinâmicas de grupo e as discussões devem facilitar a escuta ativa e o respeito pelas ideias dos outros. Incentivar a participação é fundamental para a construção de um ambiente de aprendizado produtivo.
Por fim, lembre-se de que o principal objetivo é que as crianças se divirtam enquanto aprendem. Através dessas atividades lúdicas, os alunos perceberão que a educação pode ser um espaço de criatividade, diversão e aprendizado significativo. Portanto, ao final deste processo, o ideal é conseguir que cada criança leve para casa não apenas novas aprendizagens, mas também boas memórias sobre a cultura do brincar.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches sobre Brincadeiras
– Objetivo: Estimular a criatividade e o trabalho em equipe.
– Descrição: Criar fantoches representando diferentes brincadeiras.
– Materiais: Meias, tesoura, colas, materiais recicláveis.
– Passo a passo: Cada grupo cria seu fantoche e, no final, encena uma cena onde a brincadeira é apresentada.
2. Contação de Histórias através de Desenhos
– Objetivo: Incentivar a expressão artística e a comunicação.
– Descrição: Cada aluno desenha cada parte de uma história em grupos.
– Materiais: Papéis, lápis coloridos.
– Passo a passo: Ao final, cada história é contada utilizando os desenhos como suporte visual.
3. Caça ao Tesouro das Brincadeiras
– Objetivo: Promover o trabalho em equipe e o raciocínio lógico.
– Descrição: Criar pistas relacionadas a diferentes brincadeiras.
– Materiais: Papel, canetas e alguns objetos para serem encontrados.
– Passo a passo: Os alunos, organizados em grupos, formam pistas para encontrar tesouros na escola.
4. Roda de Música Infantil sobre Brincadeiras
– Objetivo: Estimular a musicalidade e a memória.
– Descrição: Criar canções sobre diferentes brincadeiras.
– Materiais: Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores).
– Passo a passo: Cada grupo elabora sua música e apresenta para a turma.
5. Confecção de Jogos de Tabuleiro Artesanais
– Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e o trabalho em equipe.
– Descrição: Criar jogos de tabuleiro com regras próprias.
– Materiais: Caixa de papelão, papel, canetas, dados.
– Passo a passo: Cada grupo cria seu tabuleiro e compartilha com os colegas, jogando juntos.
Essas sugestões lúdicas são projetadas para serem inclusivas, divertidas e educativas, adaptáveis a diferentes perfis de alunos e capazes de estimular o aprendizado de forma colaborativa.

