“Plano de Aula: Coerência e Coesão Textual no 6º Ano”
O plano de aula a seguir foi elaborado para oportunizar aos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental uma reflexão aprofundada sobre a coerência e a coesão textual nas narrativas. Ao desenvolver essa temática, pretende-se não apenas aprimorar as habilidades de escrita dos estudantes, mas também estimular um olhar crítico sobre as produções textuais, conforme os preceitos da BNCC. Este plano inclui atividades que promovem a análise linguística, incentivando os alunos a identificar e aplicar os conceitos de coerência e coesão em suas criações textuais, além de trabalharem em colaboração e fomentar discussões em grupo.
Tema: Coerência e Coesão Textual
Duração: 20 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 12 a 14 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade dos alunos em identificar, analisar e aplicar os conceitos de coerência e coesão nas narrativas textuais, promovendo a produção escrita crítica e reflexiva.
Objetivos Específicos:
– Identificar elementos de coerência e coesão em diferentes gêneros textuais.
– Produzir um texto narrativo coeso e coerente.
– Analisar criticamente a construção de sentidos nos textos, reconhecendo a fatia parcial de cada autor.
– Discutir em grupo as escolhas linguísticas e suas influências na interpretação do texto.
Habilidades BNCC:
As atividades propostas contemplam as seguintes habilidades específicas do 6º ano de Português:
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
– (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).
– (EF06LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
Materiais Necessários:
– Lousa ou flip-chart.
– Marcadores coloridos.
– Cópias de textos narrativos curtos (de diferentes gêneros) para análise.
– Papel e canetas para escrita.
– Recursos digitais accesíveis (computadores ou tablets, caso disponíveis).
Situações Problema:
– Como a falta de coesão e coerência pode prejudicar a compreensão de um texto?
– Quais elementos fazem um texto ser mais claro e fácil de entender?
Contextualização:
Neste plano, a teoria de coerência e coesão se fundamenta no entendimento de que um texto deve fluir naturalmente e fazer sentido para o leitor. A coerência trata da lógica entre as ideias apresentadas, enquanto a coesão se refere aos recursos linguísticos utilizados para linkar essas ideias de forma fluida. Portanto, ao explorarmos este tema, os alunos serão encorajados a refletir sobre suas próprias produções.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema: Apresentar os conceitos de coerência e coesão. Escrever ambos os termos na lousa e discutir com os alunos. Perguntar o que eles entendem por esses termos e como acreditam que cada um influencia a escrita narrativa.
2. Análise de textos: Dividir os alunos em grupos e entregar diferentes textos narrativos para que analisem. Solicitar que os grupos identifiquem elementos de coesão (como conectivos, pronomes, sinônimos) e de coerência (sequência lógica das ideias) presentes nos textos.
3. Discussão em grupo: Reunir os grupos e promover uma discussão onde cada um compartilha suas descobertas sobre os textos analisados. Estimular um diálogo que ajude os alunos a aprofundar seus entendimentos sobre como a escolha de palavras e a estrutura afetam o sentido do texto.
4. Produção textual: Orientar os alunos a redigir uma curta história, aplicando os conceitos de coesão e coerência discutidos. Os alunos devem se concentrar não apenas em contar uma história, mas também em garantir que ela seja compreensível e clara.
Atividades sugeridas:
Dia 1 – Introduzindo Coerência e Coesão:
– Objetivo: Apresentar os conceitos de coerência e coesão.
– Descrição: A professora inicia a aula dialogando com os alunos sobre como se dão as ligações entre as ideias em um texto.
– Instruções ao professor: Usar exemplos simples e realizar anotações na lousa. Solicitar aos alunos que citem exemplos de textos que leram e destacar suas coesões e coerências.
– Materiais: Lousa e canetas.
Dia 2 – Análise de Textos:
– Objetivo: Estudar a coesão e a coerência em textos narrativos.
– Descrição: Os alunos são divididos em grupos e recebem textos para análise. Cada grupo deve destacar os mecanismos de coesão e as falhas de coerência.
– Instruções ao professor: Circular entre os grupos, ajudando na análise e incentivando o debate.
– Materiais: Cópias de textos narrativos.
Dia 3 – Discussão e Reflexão:
– Objetivo: Promover o debate sobre as análises realizadas.
– Descrição: Cada grupo apresenta suas observações e reflexões sobre os textos. A professora media a conversa e destaca pontos importantes.
– Instruções ao professor: Anotar os comentários relevantes na lousa.
– Materiais: Lousa e canetas.
Dia 4 – Produção Textual:
– Objetivo: Criar uma narrativa que apresente coerência e coesão.
– Descrição: Os alunos desenvolvem suas histórias, utilizando os conceitos discutidos nesta semana.
– Instruções ao professor: Oferecer feedback individualmente durante a escrita e motivar a revisão do texto.
– Materiais: Papel e canetas.
Dia 5 – Partilha de Textos:
– Objetivo: Compartilhar as histórias desenvolvidas.
– Descrição: Alunos se reúnem em duplas ou pequenos grupos para ler suas narrativas em voz alta e discutir como aplicaram os conceitos de coesão e coerência.
– Instruções ao professor: Incentivar respeito e críticas construtivas durante a leitura e discussão.
– Materiais: Cópias dos textos produzidos.
Discussão em Grupo:
– Como a estrutura de um texto pode afetar a forma como ele é lido e compreendido?
– É possível ter um texto coeso mas incoerente? Como?
– Que estratégias podem ser utilizadas para melhorar a coerência ou a coesão de um texto?
Perguntas:
– O que é coerência textual?
– Quais são os principais conectivos que utilizamos para assegurar a coesão em um texto?
– Como podemos identificar a falta de coerência em um texto?
Avaliação:
A avaliação será feita através da observação do envolvimento dos alunos nas atividades práticas, das contribuições nas discussões e dos textos narrativos produzidos. A professora poderá criar um rubric que avalie a aplicação dos conceitos de coesão e coerência.
Encerramento:
Finalizar a aula convidando os alunos a refletirem sobre a importância de desenvolver suas habilidades de escrita, não apenas para a produção escolar, mas para a vida cotidiana e para a comunicação efetiva.
Dicas:
– Utilize textos de diferentes gêneros para enriquecer a análise.
– Encoraje os alunos a lerem em casa e trazerem exemplos de textos que apresentem boas práticas de coesão e coerência.
– Ofereça espaço para que cada aluno possa compartilhar suas dificuldades e suas conquistas ao longo da unidade didática.
Texto sobre o tema:
A análise de coerência e coesão textuais é fundamental para compreendermos como comunicar ideias de forma clara e eficiente. A coerência refere-se à lógica interna das ideias, que devem se relacionar entre si, formando um todo que faça sentido ao leitor. Um texto coeso, por sua vez, utiliza conectivos, pronomes, e outros recursos linguísticos para ligar tanto as partes de uma oração quanto diferentes frases e parágrafos. Isso gera uma leitura fluida e compreensível, essencial para a comunicação eficaz.
1. Um texto pode ser rico em contéudos, mas se desprovido de lógica e organização clara, será ineficaz na comunicação de suas ideias. A coerência ajuda o leitor a seguir o raciocínio do autor e, por isso, é importante que o aluno aprenda a formulá-la desde cedo. Ao adotar estratégias que garantam a lógica de suas narrativas, os alunos desenvolvem não apenas habilidades acadêmicas, mas também uma forma crítica de pensar.
2. A coesão, por outro lado, dá suporte a essa estrutura, tornando a leitura agradável. É a fita adesiva que liga as ideias e que faz com que o texto “ande”. Por exemplo, o uso correto de pronomes ajuda a evitar repetições e facilita a compreensão. Assim, é crucial que o ensinamento sobre esses elementos ocorra de forma integrada, permitindo que os alunos façam suas próprias reflexões sobre como os trabalhos de outros funcionam, ao mesmo tempo em que aprimoram os seus.
3. A prática constante de análise e produção textual é um dos caminhos para que os estudantes compreendam essas nuances da escrita. À medida que se tornam mais conscientes das ferramentas que possuem à sua disposição, perceberão que a escrita não é apenas uma tarefa escolar, mas uma prática essencial em diversos aspectos de suas vidas. O desenvolvimento da capacidade de comunicar-se de forma clara, coerente e coesa será um grande diferencial em seus futuros.
Desdobramentos do plano:
Implantar a análise de coesão e coerência em projetos futuros pode gerar grandes avanços na produção textual dos alunos. Ao aplicarmos as discussões sobre narrativa, por exemplo, podemos incluir diferentes gêneros textuais, como poemas, crônicas e contos, para explorar as particularidades de cada tipo de escrita e as técnicas específicas que garantem a fluidez e a lógica.
O uso de tecnologia também pode ser incorporado, como ferramentas de edição de texto que permitam o compartilhamento e a revisão colaborativa dos trabalhos. A criação de um blog ou um espaço digital onde os alunos possam publicar seus textos e interagir com os escritos dos colegas pode promover o interesse pela leitura e pela escrita, além de fortalecer a comunidade escolar.
Por fim, é importante considerar a diversidade de estilos de aprendizagem em sala de aula. Atividades lúdicas, como jogos e discussões em grupo, vão ao encontro do aprendizado cooperativo, possibilitando que alunos com diferentes habilidades se sintam confortáveis para participar e contribuir. A formação de grupos heterogêneos para análises e produção os sensibiliza a trabalhar em equipe, onde a troca de ideias e feedback se dá de forma natural, garantindo assim um ambiente de aprendizagem engajador e inclusivo.
Orientações finais sobre o plano:
A proposta de ensino sobre coerência e coesão textuais deve ser encarada não apenas como uma atividade pontual, mas como parte de um todo, abrangendo diferentes competências do aluno. O objetivo é garantir que cada estudante compreenda a importância de se expressar de maneira clara e lógica, o que será uma habilidade fundamental ao longo de sua jornada educativa e na vida cotidiana.
Os professores devem considerar que a prática e a repetição são essenciais para o aprendizado. Portanto, criar oportunidades para que os alunos pratiquem a escrita de forma regular, em diferentes modalidades, se faz necessário. Experimentar a escrita em diversos gêneros e contextos revelará aos alunos a versatilidade da língua e o impacto que uma boa coerência e coesão têm na comunicação. Além disso, incentivá-los a revisar e a criticar textos, seja o deles ou de colegas, promove um ambiente de aprendizado enriquecedor e colaborativo.
Encerrar o plano com uma revisão das práticas educativas pode proporcionar uma reflexão importante para os professores sobre o que funcionou e onde há espaço para melhorias. A aplicação deste plano de aula pode ser adaptada e modificada com base nas necessidades específicas dos alunos, sempre com o intuito de tornar o aprendizado significativo e prazeroso. A avaliação das produções textuais deve ser uma ferramenta de feedback que ajude os alunos a reconhecerem suas próprias escolhas e evoluições na escrita.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo da Coesão: Organizar um jogo em que os alunos trabalhem em equipes para completar frases usando conectivos corretamente. Isso estimula a competição saudável e incentiva o uso criativo da língua.
2. Teatro de Sombras: Os alunos podem criar uma peça curta onde cada diálogo deve ser escrito contendo elementos de coesão e coerência, representando essa atividade em forma de teatro. A prática da encenação ayudará na internalização dos conceitos.
3. Narrativas em Quadrinhos: Propor que os alunos criem histórias em quadrinhos, focando na construção coesa das falas dos personagens e na lógica da sequência dos quadros. Os alunos poderão compartilhar seus quadrinhos, promovendo interações.
4. Caça-Palavras de Conectivos: Criar um caça-palavras onde os alunos encontrarão diferentes conectivos, facilitando a memorização e compreensão desses termos como elementos fundamentais na coesão textual.
5. Escrita Coletiva: Iniciar uma história em um caderno e passar de aluno para aluno na sala, onde cada um escreverá uma parte. Isso cria um texto coletivo que os alunos poderão analisar em seguida, verificando como a coerência foi mantida ao longo da escrita.
Com essa abordagem integrativa, os alunos não apenas aprenderão sobre coesão e coerência, mas também se envolverão em um processo educativo liberador e colaborativo que tornará a experiência de aprendizado mais rica e significante.

