“Desenvolvendo Criatividade: Produção Textual no 6º Ano”
A educação é um espaço propício para o desenvolvimento da criatividade e da expressão pessoal dos alunos. Neste plano de aula, propomos uma abordagem focada na produção textual narrativas e na construção de mundo, visando proporcionar aos alunos do 6º ano as ferramentas necessárias para criar narrativas que desenvolvam a imaginação e o pensamento crítico. Os alunos, com idades entre 12 a 14 anos, estarão envolvidos em atividades que estimulam a escrita criativa, promovendo um ambiente de aprendizado colaborativo e divertido.
Utilizaremos conceitos relacionados à narrativa e elementos da literatura, como enredo, personagens e ambiente, buscando que os alunos compreendam a importância de cada um deles na construção de suas histórias. Com a proposta de atividades práticas e discusivas, esperamos que os estudantes possam se sentir motivados a explorar suas ideias e sentimentos, criando mundos fictícios que reflitam suas vivências e perspectivas.
Tema: Produção textual: narrativas e a construção de mundo
Duração: 30 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 12 a 14 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão e a aplicação dos elementos narrativos na produção de textos ficcionais pelos alunos, desenvolvendo suas habilidades de escrita, leitura crítica e criatividade.
Objetivos Específicos:
– Compreender a estrutura básica de uma narrativa, incluindo enredo, personagens, ambiente e conflito.
– Criar narrativas que explorem mundos fictícios, utilizando diferentes técnicas de escrita.
– Refletir criticamente sobre suas produções e as de seus colegas, oferecendo feedback construtivo.
Habilidades BNCC:
– (EF06LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
– (EF06LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores
– Fichas de atividades com propostas de narrativa
– Papel e caneta ou lápis para cada aluno
– Excertos de narrativas conhecidas para leitura e análise
Situações Problema:
– Como podemos criar um mundo detalhado e verossímil em nossas histórias?
– Quais elementos são essenciais para que uma narrativa se torne cativante e envolvente?
Contextualização:
Vamos introduzir a aula abordando alguns excertos de narrativas famosas, discutindo como os autores criaram mundos e personagens envolventes. Faremos também uma breve introdução aos elementos de uma narrativa, como enredo e desenvolvimento de personagens. Encorajaremos os alunos a refletirem sobre suas experiências com leitura e escrita de narrativas, visando enriquecer seu repertório cultural.
Desenvolvimento:
1. Abertura (5 minutos): O professor inicia a aula com uma breve leitura de um excerto narrativo. Após a leitura, serão feitos comentários sobre o que pode ser identificado nesse trecho em termos de construção de mundo e desenvolvimento de personagens.
2. Conversa introdutória (10 minutos): O professor explicará os principais elementos da narrativa, como enredo, personagens, tempo, espaço e conflito, utilizando exemplos da leitura anterior. Os alunos serão incentivados a interagir e compartilhar suas opiniões.
3. Atividade prática (10 minutos): Os alunos receberão fichas com propostas para criar uma narrativa curta. Deverão, em grupos, desenvolver um enredo básico, escolher personagens e descrever o ambiente onde a história se desenrolará. Os alunos são encorajados a utilizar todos os elementos discutidos até então.
4. Apresentação e feedback (5 minutos): Os grupos apresentam suas narrativas brevemente para a turma, e o professor e os alunos oferecem feedback construtivo sobre as histórias apresentadas.
Atividades sugeridas:
– Leitura de narrativas: Durante a semana, os alunos devem selecionar e ler pelo menos duas narrativas curtas de gêneros diferentes (conto, crônica, etc.). A cada leitura, deverão anotar pontos de destaque como enredo, personagens, e aspectos que consideraram interessantes.
– Escrita de narrativa: Após as discussões em classe, cada aluno deve escrever uma narrativa própria, baseando-se na estrutura discutida. O prazo para entrega pode ser definido pelo professor.
– Revisão em duplas: Os alunos trocam suas narrativas com um colega, realizando uma leitura crítica e oferecendo feedback construtivo através de uma ficha de avaliação pautada em critérios previamente estabelecidos.
– Publicação em muro da escola: A turma pode criar um mural na escola onde exibam suas narrativas, promovendo um espaço de leitura e apreciação das produções.
– Reflexão final: Ao fim da semana, os alunos devem escrever uma reflexão sobre o que aprenderam com a atividade de produção textual em relação à construção de mundo e narrativa.
Discussão em Grupo:
Após as apresentações, é fundamental abrir espaço para uma discussão sobre as narrativas criadas. Questões como o que mais gostaram, o que aprenderam com a escrita, e como cada grupo construiu seu mundo devem ser abordados. O professor pode mediar a discussão, impulsionando os estudantes a se aprofundarem nas escolhas realizadas.
Perguntas:
– Quais desafios você encontrou na criação de sua narrativa?
– Como você escolheu o ambiente e os personagens da sua história?
– Qual foi a parte mais divertida de escrever sua narrativa?
Avaliação:
A avaliação será feita por meio da observação do envolvimento dos alunos nas discussões, qualidade das narrativas escritas, e a participação nos feedbacks. Os feedbacks são importantes para a construção de habilidades críticas e reflexivas sobre a escrita e a leitura.
Encerramento:
Para finalizar a aula, uma breve reflexão sobre a importância das narrativas em nossa vida – seja na ficção, seja em relatos pessoais – pode ser realizada. O professor pode incentivar os alunos a continuarem escrevendo narrativas que conectem o lúdico ao real.
Dicas:
– Utilize referências de culturas populares, como filmes e jogos, que podem inspirar os alunos e tornar as atividades mais agradáveis.
– Incentive a troca de ideias e a colaboração entre os alunos durante a escrita, criando um ambiente acolhedor e criativo.
– Considere deixar um tempo extra para que os alunos experimentem com a narrativa, talvez convidando-os a fazer uma segunda versão de suas histórias.
Texto sobre o tema:
A produção textual é uma habilidade essencial que se desenvolve por meio da prática e do diálogo. Nesse sentido, as narrativas desempenham um papel fundamental na formação do indivíduo não apenas como leitor, mas também como escritor. As histórias que contamos, seja a partir de nossa própria realidade ou da imaginação, são reflexos de quem somos e do mundo ao nosso redor. Através da narrativa, somos convidados a construir mundos, a interpretar diferentes realidades e a expressar a complexidade das emoções humanas.
Além disso, a construção de mundos narrativos é uma forma poderosa de praticar a empatia, pois permite que os escritores coloquem-se no lugar de outras pessoas, compreendendo suas histórias, desafios e perspectivas. A narrativa vai além de simples enredos; ela envolve o desenvolvimento de personagens que podem ressoar com as experiências do público, criando conexões duradouras e significativas.
Por fim, a prática da escrita narrativa não apenas aprimora habilidades comunicativas, mas também estimula a criatividade e o pensamento crítico. À medida que os alunos se aventuram a escrever, eles não apenas se tornam contadores de histórias, mas também desenvolvem uma voz única e a confiança para compartilhar suas ideias com o mundo. As narrativas são, portanto, uma oportunidade não só de contar, mas também de se conectar e entender o outro.
Desdobramentos do plano:
A continuidade do plano de aula pode se desdobrar em atividades com diferentes gêneros textuais. Por exemplo, uma extensão focada em crônicas permitirá que os alunos relacionem experiências do cotidiano com sua habilidade de narração. Essa abordagem não só diversifica o ensino da produção textual, mas também ajuda os alunos a verem sua vida cotidiana como uma fonte rica de inspiração.
Outra possibilidade seria trabalhar a narrativa visual através de histórias em quadrinhos ou graphic novels, onde os alunos não apenas escrevem, mas também desenham, explorando a interseção entre texto e imagem. Esse desdobramento pode ser especialmente interessante para alunos que se expressam melhor por meios visuais.
Adicionalmente, os alunos podem ser incentivados a interagir com novas mídias, criando narrativas digitais por meio de blogs ou plataformas de contação de histórias online. Essa estratégia não só atrai a atenção dos jovens, como também os prepara para as dinâmicas do mundo contemporâneo, onde a escrita se realiza em múltiplos formatos e espaços.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar o plano de aula proposto, é essencial que o educador mantenha um ambiente de aprendizado inclusivo e aberto, onde todos os alunos sintam-se à vontade para expressar suas ideias. O foco deve ser não apenas no produto final, mas também no processo criativo, permitindo que os alunos explorem seus pensamentos e sentimentos sem medo de serem julgados. Isso é crucial para a autoestima e a motivação deles.
Além disso, a avaliação deve ser um processo contínuo e formativo, em que o professor observa e registra o progresso dos alunos. A autoavaliação e a avaliação entre pares também podem ser praticadas, incentivando os alunos a se tornarem críticos de sua própria produção e a se ajudarem mutuamente a crescer.
Por fim, ao final da atividade, é importante refletir sobre a experiência em sala de aula. Discutir o que funcionou bem e o que poderia ser melhorado. Dessa forma, cada plano de aula se torna uma oportunidade de aprendizado para o educador também.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criação de um Mapa do Mundo: Os alunos criam um mapa do mundo fictício que suas histórias habitam. Eles devem incluir detalhes como cidades, rios e montanhas. O objetivo é ajudá-los a visualizar melhor o ambiente de suas narrativas, tornando-se importante para a criação de elementos descritos nas histórias.
2. Jogo de Personagens: Divida os alunos em duplas e peça para que cada um crie um personagem. Depois, eles devem trocar os personagens e criar uma mininarrativa envolvendo o novo personagem que receberam. Isso ajuda no desenvolvimento da empatia e na exploração de diferentes perspectivas.
3. Teatro de Sombras: Os alunos podem criar cenários e personagens utilizando recortes para um teatro de sombras, onde eles vão encenar partes de suas narrativas. Isso pode ser uma forma divertida de agregar artes cênicas ao processo de contar histórias.
4. Narrativa Coletiva: Inicie uma história com uma frase e passe para o aluno ao lado, que deve acrescentar uma nova linha. Esse exercício vai criando uma narrativa coletiva inesperada, promovendo a colaboração e a criatividade em grupo.
5. Caça ao Tesouro de Ideias: Organize uma atividade ao ar livre onde cada aluno deve encontrar objetos que poderiam inspirar uma narrativa. Por exemplo, uma pedra pode se tornar um item mágico, ou uma folha pode ter um significado especial. Isso incentiva a observação do entorno e a criatividade.
Essas atividades não só tornam o aprendizado mais dinâmico e prazeroso, mas também possibilitam a prática de habilidades essenciais para a vida, como a colaboração, a criatividade e a comunicação.

