“Explorando Brinquedos e Brincadeiras: Raízes Culturais e Criativas”

Este plano de aula foi desenvolvido para promover a exploração e recriação de brinquedos e brincadeiras, tanto antigas quanto atuais, com um foco especial nas brincadeiras e brinquedos herdados dos povos indígenas e africanos. A proposta envolve o estímulo à valorização cultural e à criatividade das crianças por meio da prática lúdica e da reflexão sobre o patrimônio cultural conectando passado e presente.

O objetivo é proporcionar aos alunos oportunidades de descobrir as raízes culturais de suas brincadeiras, desenvolvendo assim um maior entendimento sobre a diversidade e a importância das tradições. Através da interação e colaboração, as crianças poderão experimentar novas formas de brincar, ao mesmo tempo que se divertem e aprendem sobre a história e a identidade cultural do Brasil.

Tema: Explorar e recriar brinquedos e brincadeiras, valorizando as atividades lúdicas dos povos indígenas e africanos.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos a vivência de atividades lúdicas, promovendo a valorização cultural e a criação coletiva através de brincadeiras e brinquedos tradicionais e sua recriação de formas contemporâneas.

Objetivos Específicos:

– Reconhecer a importância das brincadeiras culturais na história da sociedade.
– Comparar diferentes tipos de brinquedos e brincadeiras de diversas culturas.
– Desenvolver a criatividade ao criar novos jogos ou ao adaptar jogos existentes.
– Fomentar a cooperação e o trabalho em equipe através de brincadeiras em grupo.

Habilidades BNCC:

– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
– (EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
– (EF01AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.

Materiais Necessários:

– Materiais recicláveis (papelão, garrafas PET, tampinhas)
– Fitas, tesoura, cola
– Papel e canetas coloridas
– Materiais para jogos (cordas, bolas, bonecos e brinquedos diversificados)
– Folhetos ou cartazes com informações sobre brincadeiras indígenas e africanas
– Aparelho de som para músicas tradicionais

Situações Problema:

– Como podemos recriar uma brincadeira antiga utilizando materiais que temos em casa?
– Quais brincadeiras que você conhece fazem parte da cultura indígena e africana?
– O que podemos aprender com as brincadeiras dos nossos antepassados?

Contextualização:

Iniciar a aula com uma breve roda de conversa, explicando aos alunos sobre a importância das brincadeiras no cotidiano. Mostrar como elas variam entre culturas e como podem misturar elementos tradicionais e contemporâneos. Falar sobre a contribuição dos povos indígenas e africanos no enriquecimento cultural do Brasil.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos)
– Conversa inicial sobre a diversidade de brinquedos e brincadeiras que cada aluno conhece.
– Apresentação de algumas brincadeiras e brinquedos tradicionais das culturas indígena e africana. Exemplos: “Pular corda”, “Bolinha de gude”, “Passeio de boneca”.

2. Atividade de recriação (25 minutos)
– Dividir a turma em grupos e fornecer diferentes materiais recicláveis.
– Propor que cada grupo recrie um brinquedo tradicional ou crie um novo brinquedo utilizando a criatividade e os conceitos discutidos.
– Estimular a colaboração e o trabalho em equipe durante o processo criativo, incentivando todos os alunos a participarem.

3. Apresentação das criações (10 minutos)
– Cada grupo apresentará seu brinquedo, explicando qual era a brincadeira original, como adaptaram e por que escolheram determinada abordagem.
– Encorajar a sala a experimentar as novas brincadeiras conjuntas.

4. Encerramento (5 minutos)
– Finalizar a aula realizando uma reflexão breve sobre como brincar é uma forma de aprender e sobre a importância de valorizar diferentes culturas.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Jogo dos sons
Objetivo: Identificar sons de diferentes brinquedos e associá-los a brincadeiras que os utilizam.
Descrição: O professor toca sons de brinquedos, e as crianças tentam adivinhar de que brinquedo se trata e qual a brincadeira associada.
Materiais: Aparelho de som, gravações de sons de brinquedos.
Adaptação: Alunos podem gravar sons de seus próprios brinquedos em casa.

Atividade 2: Criação de um cartaz
Objetivo: Criar um cartaz coletivo sobre as brincadeiras tradicionais.
Descrição: Os alunos se organizam em pequenos grupos e desenvolvem um cartaz que ilustra uma das brincadeiras que aprenderam.
Materiais: Papel, canetas, imagens recortadas.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, o professor pode garantir que os alunos explique e os ajude a desenhar.

Atividade 3: Contação de histórias
Objetivo: Compartilhar histórias sobre as brincadeiras que seus familiares costumavam brincar.
Descrição: Cada aluno tem a oportunidade de contar uma história sobre uma brincadeira que aprendeu com os avós ou pais, sutilmente introduzindo a tradição familiar.
Materiais: Sem materiais específicos, apenas a disposição dos alunos.
Adaptação: Para alunos tímidos, o professor pode criar um ambiente seguro para que eles compartilhem suas histórias.

Atividade 4: Dançando ao redor do mundo
Objetivo: Aprender danças tradicionais associadas às brincadeiras.
Descrição: O professor ensina passos de uma dança que esteja ligada a uma das culturas, explicando o significado cultural por trás da dança.
Materiais: Música tradicional para acompanhar.
Adaptação: Acessibilidade com músicos e instrumentos variados.

Discussão em Grupo:

– Quais foram as semelhanças e diferenças nas brincadeiras que você conhecia e nas que aprendemos hoje?
– O que você achou mais interessante nas brincadeiras dos povos indígenas e africanos?
– Como você se sentiu ao recriar um brinquedo ou brincadeira?

Perguntas:

– Que brinquedo você mais gostou de criar e por quê?
– Você conhece alguma brincadeira que foi passada de geração para geração na sua família?
– O que aprendemos sobre a diversão e a cultura através das brincadeiras?

Avaliação:

A avaliação será feita durante as apresentações e discussões em grupo, observando a participação e envolvimento dos alunos nas atividades propostas. O professor poderá avaliar se os alunos conseguiram identificar elementos culturais nas brincadeiras, se participaram da recriação de forma colaborativa e se compreenderam a importância do tema discutido.

Encerramento:

Concluir a aula reforçando a importância da exploração cultural e como a criação e recriação de brinquedos e brincadeiras representa não apenas diversão, mas também um legado de identidade cultural. Encorajar os alunos a continuarem aprendendo e desenvolvendo suas próprias brincadeiras.

Dicas:

– Utilize músicas e danças durante a aula para criar um ambiente lúdico e divertido.
– Explore a conexão entre as brincadeiras contemporâneas e as tradições, ajudando os alunos a visualizar essas relações.
– Incentive a criatividade permitindo que os alunos usem materiais variados, facilitando a inovação e a experimentação nas atividades.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras são parte fundamental da cultura de um povo e, portanto, seu estudo é essencial para compreendermos a identidade cultural de diferentes sociedades. Brincar é uma atividade inerente à infância, mas também é uma maneira através da qual os valores, crenças e tradições são transmitidos. No Brasil, temos uma rica diversidade de brincadeiras que vão desde as simplesmente recreativas até aquelas que trazem consigo significados e histórias profundas ligadas a culturas indígenas e africanas.

As brincadeiras indígenas, muitas vezes, refletem a relação que esses povos têm com a natureza, com o corpo e com a vida comunitária. Por exemplo, jogos que envolvem corridas ou a captura de objetos com as mãos são formas não apenas de entretenimento, mas também de treinamento para habilidades que eram necessárias no cotidiano desses povos. Assim como as danças, que muitas vezes também estão inseridas no contexto dos jogos, representam formas de ritualizar e celebrar a vida comunitária.

Da mesma forma, as contribuições africanas para as brincadeiras e brinquedos brasileiros são imensas. Brincadeiras que envolvem roda, música e dança são comuns nas tradições africanas e se perpetuaram na cultura brasileira por meio dos escravizados que vieram ao Brasil. A capoeira, por exemplo, é uma mistura de luta, dança e música, que resgata ritmos africanos e incorpora elementos da cultura brasileira, criando uma nova elasticidade cultural. Assim, ao explorarmos e recriarmos essas brincadeiras, não só promovemos a apropriação da cultura de forma consciente, mas também fomentamos um respeito profundo à diversidade e à inclusão.

Desdobramentos do plano:

Poderão surgir diversas linhas de desdobramento a partir da aula proposta, sempre buscando aprofundar o conhecimento dos alunos sobre as raízes culturais das brincadeiras. Uma opção é organizar um encontro cultural, onde os alunos possam convidar suas famílias para participar de um momento de troca de experiências, onde cada um demonstra uma brincadeira que é significativa para sua família ou cultura. Esse tipo de atividade permite integrar a comunidade e valorizar as diferentes formas de expressão cultural.

Outra possibilidade é a criação de um álbum cultural, em que os alunos registram as brincadeiras que conhecem e as que aprenderam, além de registrar também ilustrações e informações sobre as origens de cada uma. Isso instiga a pesquisa e o compartilhamento de conhecimento, promovendo um aprendizado mais amplo e significativo.

Por fim, a produção de vídeos ou um pequeno documentário em sala de aula, capturando os alunos em ação durante as brincadeiras, traria à tona a importância do registro histórico e cultural das brincadeiras, proporcionando a eles uma nova visão sobre como suas ações são e podem ser observadas por futuras gerações.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula deve ser entendido não apenas como uma abordagem para ensinar sobre brincadeiras tradicionais, mas também como uma forma de conectar a aprendizagem com a vida familiar e a realidade cultural dos alunos. É fundamental que o professor esteja preparado para lidar com a sensitividade de alguns alunos sobre suas raízes culturais, promovendo uma sala de aula calorosa e inclusiva, onde todos os alunos se sintam valorizados e respeitados.

É essencial ainda que ao explorar as culturas indígenas e africanas, o educador faça isso com muito respeito, evitando estereótipos e sempre buscando a veracidade das representações. Além disso, ao promover as atividades, sempre tenha em mente diferenciações pedagógicas, de modo a garantir que cada aluno possa participar de forma significativa, independentemente de suas capacidades ou experiências prévias.

Por último, mas não menos importante, incentivamos o professor a manter o diálogo aberto com os alunos, buscando sempre ouvir suas opiniões e respeitar suas experiências, pois isso não apenas contribuirá para um ambiente de aprendizagem mais rico, mas também poderá levar a descobertas surpreendentes sobre as próprias raízes culturais de seus alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Faça sua própria boneca de pano: utilizando retalhos de tecidos, as crianças podem recriar uma boneca típica das brincadeiras tradicionais. O objetivo é ensinar sobre os brinquedos artesanais enquanto desenvolvem a motricidade fina.

2. Desafio dos instrumentos musicais: uma atividade onde os alunos devem criar instrumentos musicais com materiais recicláveis e depois usá-los em uma apresentação musical que represente uma cultura específica.

3. A Roda dos Brinquedos: reunir crianças em um círculo e levar uma caixa com brinquedos diversos (alguns modernos e outros tradicionais). Cada aluno deve explicar um brinquedo que se relaciona com sua vivência, enquanto participa da roda.

4. Teatro das Brincadeiras: formar grupos onde cada um deve encenar uma brincadeira comum em um espaço livre da escola, utilizando roupas e acessórios que possam ser encontrados ali. Serve como forma de reforço à história oral.

5. Criando um canto de história: espaço na sala onde semanalmente as crianças poderão trazer suas histórias preferidas, escrevendo ou desenhando sobre elas, permitindo que pratiquem a escrita e a oralidade de uma maneira lúdica.

Estas atividades visam reforçar a aprendizagem de forma prática e divertida, sempre conectando com as culturas indígenas e africanas, e mantendo um ambiente de respeito e valorização.

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