Plano de Aula: Produção de texto narrativo (Ensino Fundamental 1) – 5º Ano
A produção de texto narrativo é uma habilidade essencial no desenvolvimento da linguagem e da criatividade dos alunos. Neste plano de aula, propõe-se uma abordagem que visa não apenas a compreensão dos elementos narrativos, mas também a prática ativa da escrita de narrativas, utilizando abordagens dinâmicas e interativas. A aula foi planejada para atender às diferentes necessidades de aprendizado, garantindo que todos os alunos, independentemente do seu nível de alfabetização, possam participar e se desenvolver nas competências relacionadas ao tema.
Tema: Produção de texto narrativo
Duração: 2 horas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 a 12 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos a compreensão e a prática da produção de textos narrativos, explorando seus elementos estruturais e desenvolvendo a criatividade.
Objetivos Específicos:
– Identificar os elementos da narrativa, como personagens, enredo, configuração e conflito.
– Desenvolver a habilidade de narrar histórias de forma criativa e coerente.
– Aplicar as regras gramaticais básicas na escrita de narrativas.
Habilidades BNCC:
– (EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.
– (EF05LP25) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
– (EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação e regras ortográficas.
– (EF05LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Papel e lápis/canetas coloridas.
– Exemplos de contos ou trechos de narrativas.
– Recursos audiovisuais (opcional) para apresentação de histórias.
Situações Problema:
– Como construir uma narrativa que prenda a atenção do leitor?
– Quais elementos são essenciais para que uma história seja considerada narrativa?
Contextualização:
Os alunos devem ser introduzidos ao conceito de texto narrativo, explorando histórias que já conhecem, como fábulas ou contos de fadas, e discutindo o que torna essas histórias interessantes. Pode-se gerar um debate sobre histórias favoritas e de que forma os elementos narrativos se inserem nelas.
Desenvolvimento:
1. Apresentação dos Elementos Narrativos:
– O professor utilizará o quadro para descrever os quatro elementos principais da narrativa: personagens, enredo, configuração e conflito.
– Discussão interativa: Perguntar aos alunos qual é o personagem favorito deles e o motivo da escolha, ajudando-os a entender a construção de personagens.
2. Leitura de um Texto Narrativo:
– Ler um conto curto em sala para exemplificar esses elementos.
– Após a leitura, discutir em grupos o que entenderam sobre a história, identificando os elementos narrativos.
3. Atividade de Criação de Narrativa:
– Os alunos devem criar suas próprias histórias em grupos pequenos. O professor irá fornecer um início de história, e os alunos terão que concluir e desenvolver a narrativa, definindo personagens, configurações e um conflito.
Atividades sugeridas:
1. Caça Palavras Criativo (1º dia – 30 minutos)
– Objetivo: Familiarizar os alunos com as palavras-chave em narrativas.
– Descrição: Criar um caça palavras com termos que aparecem em narrativas.
– Material: Papel, caneta.
– Instruções: Entregar o caça palavras e discutir o significado das palavras, ligando cada uma delas aos elementos da narrativa.
2. Criação de Personagens (2º dia – 30 minutos)
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de criar personagens.
– Descrição: Os alunos desenharão ou descreverão um personagem utilizando características físicas e psicológicas.
– Material: Papel, lápis de cor.
– Instruções: Após a atividade, os alunos devem apresentar seus personagens para a turma.
3. Construindo um Enredo (3º dia – 30 minutos)
– Objetivo: Criar uma estrutura de enredo.
– Descrição: Cada grupo deve facilitar uma pequena árvore de decisão que mostra o caminho da narrativa (começo, meio e fim).
– Material: Papel, canetas.
– Instruções: Os grupos devem apresentar suas árvores. O professor pode ajudar a definir elementos estruturais comuns em narrativas.
4. Roda de Contação de Histórias (4º dia – 30 minutos)
– Objetivo: Compartilhar narrativas e praticar habilidades orais.
– Descrição: Cada aluno se apresenta e conta a narrativa que criou a partir das atividades anteriores.
– Material: Nenhum.
– Instruções: O foco é na oralidade, e os colegas devem prestar atenção e fazer perguntas ao final.
5. Reflexão e Revisão (5º dia – 30 minutos)
– Objetivo: Avaliar o aprendizado sobre narrativas.
– Descrição: Em grupos, os alunos discutem o que aprenderam sobre narrativas. Cada grupo apresenta um aspecto que gostou ou que contribuiria para melhorar.
– Material: Quadro.
– Instruções: O professor organiza as opiniões e reflete com a turma sobre a experiência.
Discussão em Grupo:
No final de cada atividade, promova uma discussão em grupos sobre os desafios e as alegrias na escrita. Incentive o diálogo sobre o que aprenderam com a construção da narrativa.
Perguntas:
1. Quais elementos você considera mais importantes em uma narrativa?
2. Como você se sentiu contando sua própria história?
3. O que você acha que pode melhorar na próxima narrativa que escrever?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas atividades, a capacidade de trabalhar em grupo e a qualidade das narrativas produzidas. A avaliação final pode ser feita através de uma autoavaliação onde o aluno reflete sobre seu aprendizado.
Encerramento:
Reforce a importância da narrativa na literatura e na alternativa de contar histórias. Peça aos alunos que se lembrem de como as histórias podem influenciar e entreter.
Dicas:
– Adaptar conteúdos: Para alunos com dificuldades, é fundamental simplificar as instruções e oferecer mais tempo para as atividades.
– Interatividade: Utilize recursos audiovisuais, como vídeos que exemplifiquem histórias, para ajudar na compreensão.
– Valorização do grupo: Promover respeito e valorização do que cada aluno apresenta, criando um ambiente propício à criatividade.
Texto sobre o tema:
A narrativa é uma forma poderosa de comunicação que atravessa a cultura, retratando não apenas histórias, mas também representações do mundo. No âmbito educacional, é essencial que as crianças compreendam a estrutura dos textos narrativos, pois isso ajuda na construção de seu pensamento crítico e criativo. Os elementos que compõem uma narrativa – como personagens, conflitos, enredos e ambientes – não apenas atraem a atenção do leitor, mas também ajudam os alunos a se expressarem de forma mais clara e estruturada. Ao escrever, as crianças têm a oportunidade de usar sua imaginação, explorar diversas realidades e criar universos que podem ser tão ricos e complexos quanto o mundo no qual vivem.
O fortalecimento da habilidade de produzir narrativas vai além do ato de contar histórias; trata-se de desenvolver a capacidade de construção e desconstrução de realidades através das palavras. As narrativas podem servir como ferramenta para abordar temas delicados, promover discussões em grupo e desenvolver empatia e compreensão em relação a diferentes perspectivas e experiências.
Em sala de aula, a produção de textos narrativos proporciona não apenas um espaço criativo, mas também um ambiente seguro para que os alunos experimentem e errem. O erro faz parte do aprendizado, e, ao escrever, eles aprendem a construir textos mais coesos e interessantes. Além disso, o intercâmbio de narrativas entre os pares cria um senso de comunidade e colaboração, onde cada voz é ouvida e celebrada.
Desdobramentos do plano:
Ao longo da semana, os alunos podem ser incentivados a desenvolver suas histórias em diferentes gêneros narrativos. Eles podem, por exemplo, transformar uma história criada em um conto de fadas e depois adaptá-la para um gênero de terror ou ficção científica. Essa mudança não só promove a flexibilidade de pensar criticamente em diferentes formas, mas também permite que as crianças vejam que uma história pode ter várias vidas dependendo do contexto e do gênero.
Além disso, seria interessante que os alunos se envolvessem em um projeto que envolva a produção de um livro coletivo de narrativas, onde cada um pudesse contribuir com sua história. A ideia é criar uma antologia da turma, que pode ser apresentada ao final do ano letivo, seja em um evento escolar, seja em formato digital. Esse tipo de atividade estimula o compromisso com a escrita e dá aos alunos um senso de realização tangível.
Uma outra possibilidade de desdobramento é a utilização de plataformas digitais para a publicação de suas histórias. Os alunos podem aprender sobre blogs ou sites que permitem a publicação de textos criativos. Essa experiência não apenas os familiariza com o mundo digital, mas também os incentiva a pensar sobre o público que lê suas narrativas, estimulando um senso de responsabilidade e propósito ao escrever.
Orientações finais sobre o plano:
Antes de iniciar as atividades, é importante que o professor avalie o nível de compreensão dos alunos sobre a narrativa. Isso pode ser feito por meio de perguntas prévias sobre histórias que eles já conhecem, garantindo assim um engajamento maior nas atividades propostas. O professor pode criar um ambiente estimulante e seguro, onde o erro é visto como uma etapa do aprendizado.
Incentivar a revisão e reescrita das histórias permite que os alunos percebam a importância do processo editorial, algo que faz parte de qualquer conteúdo narrativo profissional. O feedback entre pares pode ser uma excelente ferramenta para que eles desenvolvam o olhar crítico tanto para o trabalho dos outros quanto para o próprio.
Por fim, ao longo do ano, a produção de textos narrativos pode ser continuada e ampliada com diferentes temas e abordagens, adotando recursos multimídia, como vídeos e apresentações digitais. Isso não só manterá o tema vivo, mas também o tornará relevante e atraente em um mundo cada vez mais gravitante em torno da tecnologia.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Marionetes (5º ano)
– Objetivo: Criar narrativas por meio da atuação e da expressão corporal.
– Descrição: Os alunos criam fantoches de papel e apresentam uma história, utilizando elementos narrativos.
– Material: Papel, tesoura, canetas e palitos de picolé.
– Condução: Após criar os fantoches, eles se reúnem em grupos e cada grupo apresenta sua narrativa.
2. Roda de Contos (5º ano)
– Objetivo: Estimular a oralidade e a escuta.
– Descrição: Em círculo, cada aluno conta uma parte de uma história, e o próximo deve continuar a narrativa.
– Material: Nenhum.
– Condução: O professor inicia a história e cada aluno tem a oportunidade de criar um novo segmento.
3. Desenho da História (5º ano)
– Objetivo: Visualizar narrativas.
– Descrição: Após escrever suas histórias, os alunos devem desenhar uma cena marcante da narrativa.
– Material: Papel e lápis de cor.
– Condução: Os alunos compartilham suas ilustrações em grupos e explicam a cena representada.
4. Caça ao Tesouro Narrativo (5º ano)
– Objetivo: Aprender elementos narrativos de forma lúdica.
– Descrição: Criar pistas que levam a diferentes elementos de uma narrativa escondidos pela sala.
– Material: Papéis com pistas.
– Condução: Cada pista revela um elemento narrativo que os alunos devem procurar, identificando na prática os conceitos discutidos.
5. Jogo de Cartas das Narrativas (5º ano)
– Objetivo: Reforçar os elementos da narrativa.
– Descrição: Criar cartas que representam personagens, enredos e conflitos, e os alunos devem usar essas cartas para formar uma história.
– Material: Cartões com diferentes elementos narrativos.
– Condução: Os alunos jogam em grupos, e cada grupo deve apresentar a história que criaram com as cartas.
Este plano busca um aprendizado ativo e fluido, que não apenas represente a produção de um texto, mas sim a vivência da narrativa em suas múltiplas formas. Cada proposta lúdica estimula o envolvimento dos alunos e a construção colaborativa do conhecimento.