Plano de Aula: avaliação diagnostica (Educação Infantil) – Crianças bem pequenas

A avaliação diagnóstica é um processo fundamental na educação infantil, especialmente para crianças bem pequenas, que vão de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses. Esse tipo de avaliação permite que os educadores identifiquem as habilidades, potencialidades e áreas que precisam de mais atenção no desenvolvimento dos pequenos. A partir delas, é possível montar um plano de ação que vise o aperfeiçoamento da aprendizagem e o bem-estar da criança na convivência social e escolar. O foco da avaliação deve ser o processo de desenvolvimento do indivíduo, respeitando suas particularidades, emoções e interações.

Neste plano de aula voltado para a educação infantil, apresentaremos estratégias práticas e lúdicas que ajudarão a conduzir uma avaliação diagnóstica, alinhada com as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao longo da semana, buscaremos promover experiências que incentivem tanto o crescimento individual das crianças quanto a construção de um ambiente coletivo harmonioso. As atividades propostas serão adequadas à faixa etária de 2 a 3 anos, respeitando o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social dos alunos.

Tema: Avaliação Diagnóstica
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Oferecer um espaço de aprendizagem que possibilite a avaliação diagnóstica do desenvolvimento das crianças, promovendo a descoberta de suas habilidades e a interação social entre elas, a partir de atividades lúdicas e respeitosas.

Objetivos Específicos:

1. Observar e registrar as interações sociais entre as crianças.
2. Identificar habilidades motoras através de atividades práticas de movimento.
3. Promover a comunicação entre as crianças e os adultos.
4. Estimular a criatividade e expressão individual por meio de atividades artísticas.
5. Incentivar a autonomia e o reconhecimento das próprias limitações nas atividades propostas.

Habilidades BNCC:

*CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”*
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

*CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”*
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.

*CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”*
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais assistidos etc.

Materiais Necessários:

– Brinquedos diversos que incentivem a interação e mobilidade.
– Materiais artísticos (papel, lápis de cor, tintas, pincéis).
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos, flautas).
– Livros ilustrados com histórias curtas.

Situações Problema:

– Como compartilhar os brinquedos com os amigos?
– O que fazer quando quero contar algo para os meus colegas?
– Como posso expressar o que sinto em relação a uma atividade?

Contextualização:

A construção de um ambiente educativo que priorize a avaliação diagnóstica é essencial. Através dessa prática, os educadores podem promover um espaço que favoreça não apenas o desenvolvimento individual, mas também o convívio entre os pares. Nesse sentido, as atividades devem estar voltadas ao estímulo da comunicação, interação e autoconhecimento, possibilitando assim, um olhar atento sobre cada criança e suas particularidades.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento do plano de aula será orientado por atividades que incentivem a brincadeira, a música e a arte. As crianças devem ser convidadas a participar de ações coletivas que promovam a observação dos comportamentos, habilidades motoras e de fala. Durante essas atividades, o educador deve atuar como um mediador, incentivando a interação e ajudando os pequenos a verbalizarem suas experiências.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: O chão da amizade
Objetivo: Promover a interação e a comunicação entre as crianças.
Descrição: As crianças se sentam em círculo. O educador apresenta um brinquedo e pede que cada criança diga seu nome e algo que gosta de fazer.
Instruções: Favor ouvir atentamente cada criança e reforçar suas falas.
Materiais: Brinquedo de destaque para facilitar a interação.

Atividade 2: Movimento e Música
Objetivo: Estimular a percepção corporal.
Descrição: Coloque uma música animada para as crianças dançarem. O educador pode demonstrar diferentes movimentos (pular, girar, dançar).
Instruções: Orientar as crianças a imitar os movimentos apresentados.
Materiais: Instrumentos musicais para acompanhamento rítmico, quando possível.

Atividade 3: Pintura com os Dedos
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina.
Descrição: Propor uma atividade em que as crianças pintem com os dedos usando tintas coloridas.
Instruções: Distribuir papel para as crianças e deixar que expressem suas emoções através das cores.
Materiais: Tintas, papel e aventais para proteção.

Atividade 4: Hora da História
Objetivo: Estimular a escuta e o relato de experiências.
Descrição: O educador lê uma história curta e ilustra junto às crianças, pedindo que elas compartilhem se já viram algo semelhante.
Instruções: Incentivar a participação das crianças durante a narração.
Materiais: Livros ilustrados.

Atividade 5: Jardim da Amizade
Objetivo: Trabalhar a noção de cuidado e cuidado do outro.
Descrição: Atividade ao ar livre onde as crianças cuidam de plantas sob a supervisão do educador, observando a beleza da natureza.
Instruções: Orientar as crianças sobre como cuidar das plantas (regar, observar).
Materiais: Vasos, terra, sementes ou mudas pequenas.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover um momento em que as crianças possam expressar como se sentiram durante as brincadeiras e as histórias. Perguntas que podem ser feitas incluem: “O que você mais gostou de fazer?”, “Como você se sentiu quando estava dançando?”, “Quem você ajudou hoje?”

Perguntas:

– O que você mais gostou de compartilhar com os amigos?
– Como você se sentiu quando estava pintando?
– O que você aprendeu com a história que ouvimos?

Avaliação:

A avaliação será realizada continuamente durante as atividades, observando a interação social das crianças, seu envolvimento nas brincadeiras, a capacidade de expressão e a relação com os colegas e o educador. As observações podem ser registradas em um diário pedagógico, auxiliando na identificação de padrões de desenvolvimento e áreas que precisam de mais atenção.

Encerramento:

Finalizar a aula com um momento de reflexão em que as crianças possam compartilhar suas experiências. Reforçar a importância de cuidar dos outros e de si mesmos, além de celebrar as conquistas obtidas durante as atividades. O professor pode propor uma roda de agradecimento, onde cada criança se despede dos colegas e agradece a companhia.

Dicas:

1. Esteja sempre atento ao ritmo das crianças e procure adaptar as atividades quando necessário.
2. Utilize a linguagem simples e clara, permitindo que todas as crianças compreendam as instruções.
3. Inicie e finalize as brincadeiras com músicas que as crianças já conheçam, criando um clima de familiaridade e segurança.

Texto sobre o tema:

A avaliação diagnóstica é um componente essencial no processo de ensino e aprendizagem, especialmente entre crianças bem pequenas. Nesse contexto, é fundamental que o educador tenha a capacidade de observar não apenas o que a criança consegue fazer, mas também como ela interage com o meio e com os outros. A partir dessa observação, pode-se delinear estratégias que visem o desenvolvimento de habilidades específicas, respeitando o processo natural da aprendizagem de cada criança.

Um dos maiores desafios nesta fase é estabelecer um ambiente que seja seguro, acolhedor e que promova a curiosidade. Por isso, as atividades propostas devem ser lúdicas, pois é através do brincar que as crianças se desenvolvem e expressam suas emoções. Brincadeiras que envolvem movimento, arte e storytelling não apenas estimulam o aprendizado, mas também desenvolvem a autoestima e a socialização entre as crianças, preparando-as para um convívio harmonioso.

Além disso, um educador atento pode criar um laço de confiança com as crianças, permitindo que elas se sintam seguras para expressar seus sentimentos e dificuldades. A escuta ativa e a valorização do que cada criança traz para o grupo são práticas que ajudam a formar indivíduos seguros e empáticos. Avaliar é, portanto, um ato de amor e cuidado, permitindo que cada criança descubra seu potencial de forma plena.

Desdobramentos do plano:

A avaliação diagnóstica aplicada ao longo da semana deverá gerar diversos desdobramentos positivos no ambiente escolar. Inicialmente, as observações realizadas durante as atividades proporcionarão um conhecimento profundo sobre as preferências, habilidades e desafios enfrentados por cada criança. Isso permitirá que o educador monte um plano de intervenção personalizado, que atenda às necessidades de cada um.

Além disso, as crianças que participam de um ambiente onde suas vozes são ouvidas e valorizadas desenvolvem uma imagem positiva de si mesmas. Isso se reflete em maior autoeficácia e confiança para enfrentar desafios, seja em atividades simples do cotidiano ou em novos aprendizados. A promoção da solidariedade e do respeito às diferenças entre os colegas se fortalece à medida que os pequenos praticam a comunicação e o cuidado em grupo.

Finalmente, a construção de relacionamentos saudáveis dentro da sala de aula ajudará a formar uma cultura escolar que valorize não apenas os conhecimentos acadêmicos, mas também as habilidades socioemocionais. Ao reforçar a empatia e a cooperação, o ambiente escolar se tornará um lugar onde todos se sintam confortáveis para aprender e crescer juntos, formando uma base sólida para futuras interações e aprendizagens.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o educador mantenha uma postura reflexiva durante a aplicação deste plano. Através da observação minuciosa das interações e reações das crianças, ele poderá ajustar as atividades a fim de melhor atender às necessidades do grupo. A avaliação deve ser vista como um processo contínuo e não como uma prática isolada; por isso, é essencial criar um ambiente onde as crianças sintam que seus sentimentos e contribuições são valorizados.

O envolvimento dos pais ou responsáveis também deve ser considerado. Compartilhar as experiências da semana com as famílias poderá fortalecer os laços entre a escola e a casa, além de incentivar as crianças a se expressarem sobre suas vivências. Portanto, é importante que o educador mantenha espaço para a comunicação com os responsáveis, informando sobre o que foi trabalhado e sugerindo atividades que possam ser realizadas em casa para reforçar o aprendizado.

Por fim, as atividades lúdicas não devem ser vistas apenas como ferramentas de ensino; elas são também um meio de promover o bem-estar emocional das crianças. É essencial que cada criança sinta que faz parte de algo maior, um grupo onde suas experiências são compartilhadas e respeitadas. Essa consciência de pertencimento é crucial para o desenvolvimento de habilidades sociais que terão um impacto significativo em sua trajetória educativa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Exploração ao Ar Livre
Objetivo: Promover o reconhecimento do ambiente natural.
Descrição: Organizar uma pequena caminhada pelo pátio da escola ou um parque próximo. As crianças devem observar diferentes elementos da natureza (árvores, flores, animais).
Materiais: Cestos para coletar folhas ou pequenos objetos que possam ser encontrados.
Modo de condução: Incentivar cada criança a falar sobre o que encontrou e, ao final, fazer uma colagem com os itens coletados.

2. Brincadeira de Cores
Objetivo: Desenvolver a identificação de cores e socialização.
Descrição: Distribuir diferentes objetos coloridos por um espaço e pedir que as crianças se agrupem de acordo com a cor que escolherem.
Materiais: Objetos de diversas cores (brinquedos, pedaços de papel, etc.).
Modo de condução: Enquanto as crianças se agrupam, incentive diálogos sobre suas escolhas de cores e o que cada um gosta.

3. Dança dos Animais
Objetivo: Favorecer o movimento e a expressão corporal.
Descrição: Brincar de imitar os movimentos de diferentes animais ao som de músicas.
Materiais: Música animada e espaço livre.
Modo de condução: O educador deve comandar a dança e solicitar que cada criança escolha seu animal favorito para mostrar como ele se move.

4. Histórias em Fantoches
Objetivo: Estimular a criatividade e contação de histórias.
Descrição: Utilizar fantoches para criar uma pequena peça teatral sobre as histórias que ouviram. As crianças devem também criar seus próprios personagens.
Materiais: Fantoches, papel e canetinhas.
Modo de condução: Incentivar as crianças a descreverem o que seus fantoches fazem e como interagem uns com os outros.

5. Oficina de Música
Objetivo: Incentivar a exploração de sons e ritmos.
Descrição: Proporcionar uma atividade onde as crianças possam criar seus próprios instrumentos com materiais recicláveis.
Materiais: Garrafas plásticas, grãos, latas, fita adesiva.
Modo de condução: Depois de criarem seus instrumentos, as crianças devem tocar em conjunto, criando um ritmo coletivo.


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