Plano de Aula: Práticas corporais e danças urbanas (Ensino Fundamental 2) – 7º Ano

O plano de aula que apresentamos a seguir destina-se ao 7º ano do Ensino Fundamental. O tema é Práticas Corporais e Danças Urbanas, abrangendo aspectos históricos, culturais e a vivência prática das danças além do desenvolvimento de habilidades corporais. A proposta é proporcionar uma experiência enriquecedora, onde os alunos podem não apenas aprender sobre as danças urbanas, mas também experimentá-las, favorecendo uma percepção crítica sobre sua origem e influência cultural.

Neste contexto, o plano de aula inclui atividades práticas e teóricas, abordando as práticas corporais e as danças urbanas com foco na valorização da pluralidade cultural e a identificação dos elementos constitutivos que as compõem. Ao longo da aula, utilizaremos diversos recursos didáticos que visam não apenas engajar os alunos, mas também promover uma reflexão sobre a importância cultural dessas danças na sociedade contemporânea.

Tema: Práticas Corporais e Danças Urbanas
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

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Proporcionar aos alunos uma compreensão sobre as práticas corporais e danças urbanas, explorando suas origens e características, e permitindo que experimentem e recriem os movimentos e gestos que as compõem.

Objetivos Específicos:

– Identificar a origem das danças urbanas e suas características culturais.
– Experimentar os elementos constitutivos das danças urbanas, como ritmo, espaço e gestos.
– Reconhecer a diversidade das práticas corporais como forma de expressão cultural.
– Criar a própria coreografia, utilizando os movimentos aprendidos.

Habilidades BNCC:

– (EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las.
– (EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
– (EF67EF04PA) Reconhecer e valorizar a pluralidade das práticas corporais e suas diversas linguagens e variações estéticas como identidade na formação cultural dos povos e grupos.

Materiais Necessários:

– Aparelho de som com playlist de danças urbanas.
– Espaço amplo para as atividades práticas.
– Materiais para anotações (cadernos ou folhas).
– Projetor (opcional) para apresentação de vídeos explicativos.
– Cartazes com informações sobre as danças urbanas (opcional).

Situações Problema:

– Quais são as origens das danças urbanas e como elas refletem a cultura contemporânea?
– Como as danças urbanas podem ser um meio de expressar identidade cultural e social?

Contextualização:

As danças urbanas têm suas raízes em várias culturas e estilos, surgindo como uma forma de expressão em ambientes urbanos. Elas refletem a diversidade e a pluralidade cultural das cidades, sendo influenciadas por diferentes movimentos sociais, históricos e artísticos. Ao longo do tempo, as danças urbanas se adaptaram, incorporando elementos de várias vertentes, como o hip-hop, a street dance e até o break dance, criando um rico panorama de expressão corporal.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em três momentos principais: introdução teórica, prática corporal e reflexão final. Inicialmente, será feita uma breve apresentação sobre as danças urbanas e suas origens, destacando a importância de cada uma delas na cultura contemporânea. Em seguida, os alunos participarão de uma atividade prática, onde poderão experimentar diferentes estilos de dança e, por fim, será promovida uma discussão sobre a experiência vivida.

Atividades sugeridas:

1. Introdução Teórica (15 minutos)
– Objetivo: Apresentar conceitos sobre as danças urbanas.
– Descrição: O professor fará uma explanação sobre a história das danças urbanas, seus estilos e evolução. Serão utilizados vídeos curtos e cartazes para ilustrar as explicações.
– Materiais: Projetor e vídeos.

2. Aquecimento e Experimentação (15 minutos)
– Objetivo: Preparar o corpo e experimentar diferentes ritmos.
– Descrição: Os alunos farão uma série de exercícios de aquecimento, em seguida, aprenderão passos básicos de uma ou duas danças urbanas, como o hip-hop ou o lockin.
– Instruções Práticas: Organizar os alunos em fila, seguindo o líder (professor) para aprender cada movimento apresentado.
– Materiais: Playlist de músicas de danças urbanas.

3. Criação de Coreografia (10 minutos)
– Objetivo: Estimular a criatividade na construção de uma dança.
– Descrição: Dividir a turma em grupos e dar a cada grupo a tarefa de criar uma breve coreografia utilizando os passos aprendidos.
– Materiais: Lápis e papel para anotações.

4. Apresentação e Reflexão (5 minutos)
– Objetivo: Promover a socialização da experiência.
– Descrição: Cada grupo apresentará sua coreografia para a turma. Após as apresentações, uma reflexão sobre a importância da dança na expressão cultural e na formação da identidade será promovida.
– Materiais: Nenhum adicional.

Discussão em Grupo:

– O que vocês aprenderam sobre a origem das danças urbanas?
– Como vocês se sentiram ao pratiquem as danças?
– O que as danças urbanas significam para vocês em termos de identidade e cultura?

Perguntas:

– Quais são os elementos que vocês destacariam nas diferentes danças urbanas?
– Como a dança pode refletir a cultura de um local?
– De que forma a dança urbana pode ser uma forma de resistência ou afirmação cultural?

Avaliação:

A avaliação será realizada, de forma contínua, observando o envolvimento dos alunos durante a aula, a participação nas atividades práticas e a apresentação final da coreografia. O feedback será dado imediatamente, visando incentivar o orgulho da autoexpressão e da criatividade dos alunos.

Encerramento:

A aula se encerrará com um agradecimento pela participação de todos e uma breve recapitulação dos conceitos abordados. Será estimulada a continuidade da prática, sugerindo aos alunos que explorem mais sobre as danças urbanas e tragam novidades para a próxima aula.

Dicas:

– Incentive os alunos a pesquisar mais sobre artistas populares das danças urbanas.
– Propor passeio cultural a um evento que destaque danças urbanas na comunidade.
– Ofereça espaço e tempo para que os alunos que queiram compartilhar suas viagens ou impressões sobre danças urbanas possam fazer isso.

Texto sobre o tema:

As danças urbanas emergem como um potente símbolo da cultural contemporânea, representando a criatividade, a liberdade e a expressão individual em um mundo frequentemente cheio de rótulos e limitações. A história das danças urbanas é rica e diversa, refletindo influências de diferentes etnias e culturas. Muitas dessas danças foram criadas a partir de contextos sociais específicos, onde a dança se torna uma ferramenta de protesto e empoderamento. Por exemplo, o hip-hop não é apenas um estilo de dança; é um movimento cultural que abrange música, arte e um estilo de vida, promovendo mensagens de resistência e luta social.

Ao explorar o universo das danças urbanas, é essencial valorizar suas raízes e a pluralidade que elas representam. As práticas corporais não devem ser vistas apenas como movimentos, mas como formas de contar histórias e construir identidades. Cada passo e cada batida incorporam histórias de vida, culturas e tradições que precisam ser reconhecidas e valorizadas, ampliando nosso repertório cultural e sensibilidade. Assim, ao vivenciarmos e ensinarmos danças urbanas, estamos não apenas promovendo a atividade física, mas também cultivando um espaço para o diálogo e a troca cultural.

No contexto escolar, as danças urbanas podem ser um catalisador para a criatividade, o trabalho em equipe e a construção de um espaço inclusivo. Elas incentivam os alunos a se expressarem e reconhecerem a diversidade e a riqueza das tradições que nos cercam. Além disso, ao abrirmos espaço para diferentes vozes e histórias, ampliamos as oportunidades de aprendizado e troca cultural. Essa diversificação se torna uma forma de resistência ao uniformismo e uma celebração da nossa rica tapeçaria cultural.

Concluindo, as danças urbanas são uma forma de celebrar a diversidade e a pluralidade das expressões artísticas, que se interconectam com as vivências cotidianas dos jovens. Ao promover atividades que envolvam a prática e a apreciação dessas danças, fomentamos o respeito por diferentes culturas e narrativas, preparando os alunos para se tornarem cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade, capazes de valorizar e preservar a riqueza cultural que é tão essencial para nossa formação identitária.

Desdobramentos do plano:

As atividades sugeridas podem ser ampliadas para incluir um projeto de cultura corporal que abarque não só as danças urbanas, mas outras manifestações culturais dos alunos, como danças folclóricas ou tradições locais. Um festival de dança pode ser organizado ao final do semestre, onde alunos e familiares venham apresentar as coreografias criadas durante as aulas. Essa ação não apenas valoriza o aprendizado, mas também traz um sentimento de comunidade e pertença.

Além disso, podem ser realizadas pesquisas sobre a cultura do hip-hop e as danças de rua em diferentes países, promovendo um intercâmbio cultural onde os alunos compartilham suas descobertas e experiências com seus colegas. Esse tipo de iniciativa enriquece o repertório cultural dos alunos e os estimula a aprender com as diferenças. A interação entre as práticas de dança e a expressão artística pode resultar em criações que utilizem diferentes linguagens, integrando a música ao movimento corporal, ampliando a visão sobre as prisões em que as artes podem ser encontradas.

A inclusão de convidar um artista local ou um grupo de dança especializada em danças urbanas para uma aula ou oficina prática pode também enriquecer a experiência dos alunos. Essa interação pode ajudar a desmistificar o processo de aprendizagem e incentivar os alunos a explorar sua própria criatividade através do movimento. É importante lembrar que cada aluno traz uma bagagem cultural única, e esse espaço de compartilhamento deve ser respeitado e estimulado, criando assim um ambiente de troca mútua.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é crucial adaptá-lo às características e interesses da turma. Observe sempre a dinâmica do grupo e esteja preparado para ajustar as atividades conforme necessário. O respeito às experiências individuais dos alunos é fundamental, criando uma atmosfera de segurança e acolhimento, onde todos se sintam à vontade para se expressar e participar.

Encoraje os alunos a interagir e colaborar uns com os outros durante as atividades, pois esse aspecto social é uma das principais riquezas do aprendizado em grupo. Fomentar a empatia e o respeito pela diversidade cultural e pela individualidade torna a experiência ainda mais significativa. O ambiente rígido pode limitar a criatividade, então garanta que o espaço oferecido para a prática seja confortável e propício à experimentação.

Além disso, esteja aberto a feedbacks, não só dos alunos, mas também de seus colegas educadores e da comunidade escolar, pois isso pode trazer novas perspectivas sobre o conteúdo e as práticas que você desenvolve em sala. A dança é uma forma de expressão, e cada aula é uma nova oportunidade de aprendizado e autodescoberta. Portanto, implemente esses princípios não apenas nas aulas de educação física, mas em todas as disciplinas que possam buscar essa valorização do movimento e da diversidade cultural entre os alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Desafio do Ritmo
Descrição: Os alunos são divididos em grupos e recebem uma música específica para cada grupo. Eles devem criar um desafio de dança em que incorporem passos característicos do ritmo. O objetivo é criar uma competição saudável onde o grupo que melhor se adaptação ao ritmo vence.
Objetivo: Desenvolver a habilidade de improvisação e sintonia com diferentes ritmos.
Materiais: Aparelho de som e playlist de músicas.

2. Karaokê de Dança
Descrição: Um jogo em que um aluno canta ou imita os movimentos de dança de um estilo e os outros devem copiá-lo.
Objetivo: Aumentar a confiança na expressão através da dança.
Materiais: Sistema de som e músicas populares.

3. Mestre da Dança
Descrição: Um aluno assume o papel de “mestre de dança” e ensina sua própria coreografia ao restante da turma. Essa atividade poderá construir um repertório coletivo.
Objetivo: Estimular o empoderamento e a autoexpressão dos alunos.
Materiais: Espaço amplo para a prática.

4. Histórias Dançadas
Descrição: Os alunos devem contar uma história através de movimentos de dança, escolhendo um tema pré-determinado (como amizade, solidariedade ou liberdade).
Objetivo: Estimular a criatividade e a interpretação corporal.
Materiais: Músicas relacionadas aos temas.

5. Flashmob
Descrição: Criar uma coreografia simples em grupo para ser apresentada em um momento aleatório da aula em um espaço externo da escola.
Objetivo: Promover a união e o divertimento, além de estimular a confiança ao dançar publicamente.
Materiais: Uma música animada e ensaio com os alunos.

Este plano de aula abrange diversos aspectos da prática corporal e da dança contemporânea, estimulando o aprendizado e a valorização das expressões culturais. Através das danças urbanas, os alunos não só aprendem sobre si mesmos, mas também sobre o mundo ao seu redor, construindo pontes de respeito e apreciação mútuas.