Plano de Aula: Danças urbanas e lutas do Brasil (Ensino Fundamental 2) – 7º Ano

A proposta deste plano de aula envolve o estudo e a prática de danças urbanas e lutas do Brasil, integrando a cultura e a identidade do nosso país através de expressões corporais. Este conteúdo busca promover a valorização das manifestações culturais, além de proporcionar o entendimento sobre a estrutura e os elementos que caracterizam essas práticas. A aula é direcionada aos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, focando em construir um conhecimento crítico e consciente a respeito dessas danças e lutas, assim como suas implicações sociais e culturais.

Neste plano, os estudantes terão a oportunidade de diferenciar as danças urbanas de outras manifestações de dança, analisando seus contextos e significados, além de planejar e utilizar estratégias das lutas brasileiras com respeito e segurança. A proposta é ainda de refletir criticamente sobre os preconceitos e estereótipos relacionados a estas práticas, promovendo um ambiente de solidariedade e respeito mútuo. Portanto, buscamos criar um espaço em que a diversidade cultural e o respeito à individualidade sejam sempre ressaltados.

Tema: Danças urbanas e lutas do Brasil
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 12 a 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão e a valorização das danças urbanas e lutas do Brasil, estimulando a prática e o respeito por essas expressões culturais.

Objetivos Específicos:

– Diferenciar as danças urbanas de outras manifestações de dança, analisando seus contextos sociais.
– Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas brasileiras, respeitando o colega como oponente.
– Problematizar e discutir os preconceitos e estereótipos relacionados a estas práticas, buscando superá-los através de ações inclusivas.

Habilidades BNCC:

– (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais.
– (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil, respeitando o colega como oponente.
– (EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito.

Materiais Necessários:

– Espaço amplo e livre de obstáculos para a prática das atividades.
– Aparelhos de som ou dispositivos de música para a execução de músicas relacionadas a danças urbanas.
– Espaço para vídeo ou projeção de clipes e apresentações.
– Materiais como tatames ou colchonetes para atividades de luta, se disponível.
– Fichas com informações e curiosidades sobre as danças urbanas e lutas brasileiras.

Situações Problema:

Como a dança urbana pode ser uma forma de resistência cultural? Quais estereótipos enfrentam os praticantes das lutas brasileiras em nossa sociedade? Como podemos celebrar a diversidade nas práticas corporais?

Contextualização:

As danças urbanas, como o hip-hop, o break e o funk, emergiram como formas de expressão e resistência cultural, refletindo a realidade social e as vivências das comunidades. As lutas, como a capoeira e o jiu-jitsu brasileiro, também possuem uma rica história que envolve a resistência a opressões e a luta pela identidade. Portanto, ao estudarmos essas manifestações, reconhecemos não apenas o seu valor estético, mas também o seu impacto social e cultural.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento da aula será organizado em três partes: introdução teórica, prática das danças e lutas, e discussão sobre preconceitos.

1. Introdução Teórica:
O professor inicia a aula apresentando um breve histórico das danças urbanas e corpóreas, mostrando vídeos e imagens que ilustram cada prática. É fundamental que os alunos entendam o porquê das danças e lutas serem significativas, assim como as histórias e culturas que representam.

2. Prática:
As atividades práticas serão divididas em duas partes, onde os estudantes terão a oportunidade de aprender e executar alguns passos básicos de danças urbanas e técnicas de lutas, respeitando a integridade dos colegas durante as práticas.

3. Discussão:
Após as atividades práticas, será proposto um círculo de discussão. Os alunos serão instigados a falar sobre as diferenças entre as danças urbanas e outras manifestações, o que aprenderam sobre as lutas brasileiras e como essas práticas desafiam preconceitos e estereótipos.

Atividades sugeridas:

1. Reflexão Inicial:
Objetivo: Estimular a reflexão sobre o que os alunos sabem sobre danças urbanas e lutas.
Descrição: Os alunos escrevem em um caderno uma ou duas frases sobre o que cada um desses temas representa para eles.
Material: Cadernos e canetas.

2. Dança Urbana: Aprendendo os Passos Básicos
Objetivo: Aprender movimentos básicos de uma dança urbana específica, como hip-hop ou break.
Descrição: O professor demonstra alguns passos simples e os alunos praticam em duplas, sempre respeitando o espaço do outro.
Material: Música apropriada para dançar e espaço livre.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, sugerir movimentos mais simples ou a participação como espectadores ativos, comentando e incentivando os colegas.

3. Lutas Brasileiras: Introdução ao Jiu-Jitsu
Objetivo: Apresentar alguns conceitos e técnicas básicas da luta, fomentando o respeito ao oponente.
Descrição: O professor ensina a posição de guarda e algumas saídas básicas, sempre enfatizando a segurança.
Material: Colchonetes ou tatames, se disponíveis.
Adaptação: Para alunos que não se sentem à vontade com o toque físico, podem observar ou participar por meio de simulações sem contato.

4. Debate sobre Preconceitos e Estereótipos
Objetivo: Discutir preconceitos relacionados às danças e lutas.
Descrição: Promover uma discussão em grupo onde podem expor experiências ou comentários que ouviram em relação a essas práticas.
Material: Cartazes ou folhas para anotações.

5. Fechamento: Criação de um Cartaz Coletivo
Objetivo: Consolidar os aprendizados da aula.
Descrição: Os alunos produzem um cartaz em grupos, com palavras-chave que representem o que aprenderam sobre danças urbanas e lutas, e seus significados.
Material: Papel, canetas coloridas e adesivos.

Discussão em Grupo:

Os alunos devem discutir as semelhanças e diferenças entre as danças urbanas e as lutas brasileiras, refletindo sobre como cada uma se relaciona com a identidade cultural e a resistência social.

Perguntas:

– Quais são as principais influências culturais nas danças urbanas que conhecemos hoje?
– Como a capoeira representa a luta pela identidade cultural brasileira?
– Que estereótipos você já ouviu sobre as lutas brasileiras? Como podemos combatê-los?
– De que maneira as danças urbanas podem promover mudanças sociais?

Avaliação:

A avaliação será contínua, levando em conta a participação dos alunos nas atividades, o respeito demonstrado durante as práticas e a capacidade de articular os conhecimentos discutidos sobre preconceitos e estereótipos nas dança e luta, bem como na produção do cartaz coletivo.

Encerramento:

O professor fará um resumo dos principais pontos discutidos e aprender através das danças urbanas e da abordagem das lutas. A ideia é que todos possam levar uma mensagem de respeito e a importância da diversidade cultural para serem aplicadas em outras aulas e no cotidiano.

Dicas:

– Mantenha uma linguagem acessível e clara, adaptando-se ao nível de compreensão dos alunos.
– Incentive a inclusão de todos, respeitando os limites de cada estudante durante as práticas.
– Utilize recursos audiovisuais para capturar o interesse dos alunos e enriquecer a experiência de aprendizado.
– Não esqueça de criar um ambiente acolhedor, onde todos sintam-se à vontade para expressar suas ideias e experiências.

Texto sobre o tema:

A diversidade cultural brasileira se manifesta de várias formas, e as danças urbanas e as lutas brasileiras representam expressões ricas e relevantes dentro desse contexto. As danças urbanas surgiram como resultado de um movimento cultural que reflete as vivências da juventude em ambientes periféricos. Elas não apenas trazem uma forma de divertir-se, mas também uma ferramenta de expressão de identidade, resistência e pertencimento. Cada movimento e estilo têm uma história própria, um significado que conecta os praticantes a suas raízes e territorialidades.

As lutas brasileiras, como a capoeira e o jiu-jitsu, têm também forte ligação cultural, destacando-se como manifestações de resistência e luta pela liberdade. A capoeira, por exemplo, combina elementos de dança e luta, refletindo a busca pela identidade cultural e a resistência à opressão histórica enfrentada pelos africanos e seus descendentes no Brasil. Suas práticas estão repletas de simbolismos e rituais que ressaltam a importância de aspectos como a solidariedade, respeito e a conservação da cultura popular.

O entendimento dessas práticas não deve se restringir ao aprendizado técnico, mas sim expandir-se para a reflexão sobre questões sociais e culturais. Os preconceitos e estereótipos que muitas vezes cercam esses universos precisam ser problematizados de maneira crítica e colaborativa, corrompendo a ideia de que dichas expressões culturais são apenas entretenimento. Assim, promover a conexão entre corpo e consciência social se torna um exercício vital no ambiente educacional, enriquecendo a formação dos alunos e sua percepção do mundo.

Desdobramentos do plano:

Para além da aula, este plano pode ser estendido através da realização de um festival cultural na escola, onde os alunos terão a oportunidade de demonstrar o que aprenderam sobre danças urbanas e lutas brasileiras. Tais eventos podem incluir apresentações de clips de dança, rodas de capoeira e discussões sobre os significados culturais desses movimentos, permitindo que o aprendizado seja vivido em um contexto prático e interativo.

Além disso, é importante considerar o desenvolvimento de projetos interdisciplinares em que se explore o tema a partir de diferentes âmbitos do conhecimento, como História, Geografia e Educação Física. Por exemplo, uma pesquisa sobre a origem e a evolução das danças urbanas e das lutas poderia gerar discussões sobre os contextos sociais que geraram essas expressões, aumentando o repertório cultural dos alunos e a compreensão da diversidade que caracteriza a sociedade brasileira.

Outra possibilidade de extensão do aprendizado seria incentivar os alunos a participarem de workshops ou aulas extraclasse que abordem danças urbanas e lutas em suas comunidades. Isso promoveria não apenas a prática e a integração, mas também o respeito às culturas locais através do contato direto e da troca de experiências.

Orientações finais sobre o plano:

A construção de um espaço de aprendizado em torno das danças urbanas e lutas requer um compromisso com a inclusão e o respeito à diversidade. É fundamental que o professor atue como um mediador, promovendo diálogos que permitam aos alunos expressar suas opiniões e reflexões sem medo de julgamentos. Criar um espaço seguro é igualmente importante para garantir que cada aluno se sinta à vontade para compartilhar suas experiências e aprender com os demais.

Ainda, é importante que os estudantes compreendam a importância de respeitar os limites e as histórias do outro. A prática de danças e lutas deve ser realizada sempre com a consciência de que estas expressões carregam histórias que vão além de movimentos corporais. Elas são, muitas vezes, representações de lutas sociais e culturais que merecem ser respeitadas, reconhecidas e apoiadas.

Por fim, ao adotar uma abordagem crítica e reflexiva sobre as práticas de dança e luta, é possível não apenas enriquecer o conhecimento dos alunos, mas também contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes. Eles terão instrumentos para questionar preconceitos e estereótipos da sociedade, tornando-se agentes ativos na construção de um mundo mais justo e igualitário.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Movimento: Criar uma oficina onde os alunos possam experimentar diferentes estilos de dança e lutas, criando suas próprias coreografias com elementos aprendidos.
Objetivo: Fomentar a criatividade e a expressão individual.
Materiais: Músicas de diferentes estilos de danças urbanas e espaço amplo.
Duração: 1 hora.

2. Copa das Lutas: Organizar um torneio amistoso onde os alunos possam demonstrar suas habilidades em lutas de forma segura e respeitosa.
Objetivo: Promover o respeito entre os oponentes e a prática segura.
Materiais: Tatames, colchonetes e equipamentos de proteção.
Duração: 1 hora.

3. Teatro de Dança: Criar um pequeno teatro onde os estudantes possam contar a história da capoeira ou de outra dança urbana através da interpretação e da dança.
Objetivo: Integrar dança e narrativa.
Materiais: Figurinos e espaço para ensaios.
Duração: 1 hora.

4. Jogo dos Estereótipos: Criar uma dinâmica onde os alunos listem estereótipos que conhecem sobre danças urbanas e lutas, discutindo a origem e como superá-los.
Objetivo: Promover a reflexão sobre preconceitos.
Materiais: Papel e canetas.
Duração: 30 minutos.

5. Murais da Cultura: Convidar os alunos a criarem murais sobre a história das danças urbanas e lutas, incluindo fotos, desenhos e informações.
Objetivo: Envolver os alunos na pesquisa e na apreciação visual.
Materiais: Cartolinas, tintas, tesouras e colas.
Duração: 1 hora.

Estas atividades são projetadas com vista a promover um ambiente de aprendizado ativo e envolvente, onde os alunos se sintam motivados a explorar e refletir sobre suas práticas corporais.

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