Plano de Aula: minha historia (Ensino Fundamental 1) – 5º Ano

Este plano de aula tem como objetivo ensinar os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental a refletirem e expressarem suas experiências de infância, utilizando uma abordagem de narração e escrita pessoal. O tema de “minha história” será explorado de forma a valorizar a individualidade de cada aluno, ao mesmo tempo em que se promove a prática da escrita e a expressão de sentimentos e memórias. A aula buscará desenvolver a capacidade de autoanálise e a habilidade de contar histórias, habilidades fundamentais para a formação de um senso crítico e criativo nos alunos.

Para realizar essa atividade, serão apresentados diversos estímulos como imagens, músicas ou objetos que remetam à infância, a fim de criar um ambiente propício à lembrança de momentos significativos da vida de cada aluno. A proposta é incentivar a organização dos pensamentos para que produzam um texto que reflita a singularidade de suas experiências, promovendo assim tanto a habilidade de escrita quanto a compreensão e análise do que é ser criança em diferentes contextos.

Tema: Minha História
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 anos

Objetivo Geral:

×

Desenvolver a habilidade de narração pessoal e escrita criativa, levando os alunos a refletirem sobre suas experiências de infância e a expressá-las de forma coerente e organizada.

Objetivos Específicos:

– Estimular a autoanálise e a reflexão sobre memórias de infância.
– Desenvolver habilidades de escrita criativa por meio da produção de um texto pessoal.
– Fomentar a expressão oral e a escuta ativa durante a troca de experiências em grupo.

Habilidades BNCC:

– (EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares e palavras de uso frequente.
– (EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
– (EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais e outros gêneros do campo da vida cotidiana.
– (EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos de forma adequada ao gênero e considerando a situação comunicativa.

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcadores.
– Cópias de imagens representativas da infância (brinquedos, cenas de brincadeiras, etc.).
– Papel e caneta para os alunos.
– Caixas de som para tocar músicas infantis.

Situações Problema:

– Como suas memórias de infância moldaram quem você é hoje?
– Quais são os momentos mais marcantes da sua infância e como isso se reflete na sua vida atual?

Contextualização:

Os alunos serão convidados a discutir sobre experiências compartilhadas em grupo, permitindo que cada um relate um pouco sobre sua infância. A ideia é que eles percebam semelhanças e diferenças em suas histórias, valorizando a individualidade e a riqueza das experiências que compõem suas vidas. Este relato pode incluir brincadeiras, brinquedos, lugares e pessoas significativas em suas memórias.

Desenvolvimento:

Iniciaremos a aula com uma breve introdução sobre a importância da memória e da expressão pessoal. Em seguida, os alunos serão expostos a imagens e músicas que evocam a infância, estimulando suas lembranças. Após esta atividade, será explicado como elaborar um pequeno texto ou relato, destacando partes importantes da narrativa, como introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada aluno terá um tempo específico para escrever sua história durante a aula.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Memórias da Infância
Objetivo: Estimular a reflexão sobre memórias.
Descrição: Os alunos receberão uma folha em branco e poderão desenhar um momento marcante de suas infâncias.
Instruções: Após o desenho, cada aluno apresentará para a turma sua memória, explicando o que representa.
Materiais: Folhas e lápis de cor.

Atividade 2: O Relato Da Minha História
Objetivo: Produzir um texto pessoal.
Descrição: Com base nas memórias que compartilharam, os alunos escreverão um texto de 10 a 15 linhas sobre um momento marcante de sua infância.
Instruções: Devem incluir informações sobre quem estava presente, onde foi e por que é significativo.
Materiais: Papel e caneta.

Atividade 3: Apresentação Oral
Objetivo: Desenvolver a habilidade de oratória.
Descrição: Cada aluno terá a oportunidade de apresentar sua história para a turma.
Instruções: Devem utilizar um tom de voz adequado e manter contato visual com os colegas.
Materiais: Não se aplica, apenas suporte verbal do professor.

Discussão em Grupo:

Após a apresentação, abra um debate sobre o que os alunos aprenderam ao ouvir as histórias uns dos outros. Pergunte como se sentiram ao relembrar momentos de suas infâncias e se encontraram semelhanças em seus relatos.

Perguntas:

– Quais sentimentos você associou às suas memórias?
– Houve alguma história que você achou particularmente interessante? Por quê?
– Como a sua infância influencia a forma como você vive o presente?

Avaliação:

A avaliação será contínua e incluirá a participação dos alunos nas discussões, a qualidade de suas produções escritas e a habilidade em apresentar suas histórias oralmente.

Encerramento:

Ao final da aula, faça uma roda de conversa onde cada um pode dividir um aprendizado que teve ao relembrar suas infâncias. Ressalte a importância de guardar essas memórias e de como elas nos tornam quem somos.

Dicas:

– Enriqueça a experiência com músicas que remetam à infância.
– Incentive o uso de vocabulário rico e detalhado nas narrativas.
– Dê feedbacks positivos nas apresentações e escreva comentários construtivos nas produções de texto.

Texto sobre o tema:

A infância é uma fase repleta de descobertas e experiências que moldam não apenas a formação da identidade, mas também a forma como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Esses momentos, sejam eles alegres ou desafiadores, nos ensinam sobre alegria, dor e as nuances das interações humanas. Narrar essas experiências pode se transformar em um processo de autoconhecimento e valorização do passado. Além disso, compartilhar histórias de infância pode criar laços entre os indivíduos, promovendo a empatia e a compreensão. Neste contexto, a prática da escrita se torna uma ferramenta poderosa, uma forma de documentar e reinterpretar as histórias que nos formam, servindo tanto como um exercício de expressão quanto uma forma de preservar memórias que, de outro modo, poderiam ser esquecidas.

Na educação, encorajar os alunos a refletir sobre suas vivências traz à tona a relevância das relações inter pessoais. À medida que narram suas experiências, os alunos não somente praticam suas habilidades linguísticas e de comunicação, mas também desenvolvem habilidades socioemocionais fundamentais. Este tipo de atividade cria um espaço seguro para a expressão, onde as vozes de cada aluno são ouvidas e validadas. As histórias de infância não são apenas relatos pessoais; elas refletem as várias densidades culturais que permeiam o nosso ambiente e que merecem ser contadas. Dessa forma, ao reconhecer e compartilhar o que vivemos, contribuímos de forma significativa para a construção de um mundo mais respeitoso e solidário.

O ato de contar histórias permite que cada aluno compreenda seu lugar no mundo e como poderá, com suas experiências, auxiliar outros a compreenderem suas próprias histórias. Ao valorizar a narrativa pessoal, estamos ajudando os estudantes a se sentirem mais confiantes em suas histórias de vida, e, portanto, mais dispostos a compartilhar e ouvir as histórias dos outros. Cada memória, cada relato, constrói a tapeçaria rica e variada da experiência humana, e ao proporcionar este espaço, demos o primeiro passo em direção a uma aprendizagem significativa e duradoura.

Desdobramentos do plano:

O desenvolvimento do plano de aula sobre “minha história” pode abrir portas para diversas áreas do conhecimento que complementam a prática da escrita e da expressão pessoal. Um desdobramento interessante é a inclusão de atividades que envolvam a literatura infantil, onde os alunos podem relacionar suas próprias histórias com as leituras realizadas. Por exemplo, eles podem fazer comparações entre suas experiências de infância e as narrativas de personagens que encontraram em livros. Essa conexão pode proporcionar insights adicionais, ampliando a compreensão sobre temas de identidade e pertencimento.

Outro desdobramento potencial é a inclusão de um projeto de mural ou livro coletivo, onde cada aluno contribui com sua história. Essa atividade não só fortalece a colaboração e o respeito mútuo, mas também permite que o grupo valorize a diversidade de experiências. Ao final, esse livro ou mural pode ser exposto na escola, celebrando a individualidade de cada aluno e promovendo um sentimento de comunidade.

Finalmente, é possível conduzir discussões sobre temas sociais e culturais que emergem das histórias contadas. Questões sobre a influência do ambiente familiar, as relações de amizade e as brincadeiras do passado podem ser exploradas. Discutir como a infância é vivida em diferentes contextos sociais e econômicos pode ajudar os alunos a desenvolver empatia e uma visão crítica sobre a sociedade. Dessa forma, ao contar suas histórias, os alunos não só se conectam consigo mesmos e entre si, mas também se tornam agentes de mudança e compreensão em sua comunidade.

Orientações finais sobre o plano:

Ao abordar o tema da infância na sala de aula, é fundamental criar um ambiente que favoreça a segurança emocional e a abertura para o compartilhamento de histórias. O papel do educador é ser um facilitador, incentivando a participação e a escuta ativa entre os alunos. É importante lembrar que cada aluno traz em seu relato um universo único de experiências que, quando compartilhadas, tornam-se fontes de aprendizagem e conexão.

Outro ponto a ser observado é a sensibilidade em relação às diversas realidades familiares e sociais que os alunos podem vivenciar. Algumas histórias podem ser mais difíceis de expressar, e respeito e cuidado são essenciais nesse processo. Preparar-se para proporcionar suporte emocional aos alunos que possam se sentir vulneráveis ao relembrar experiências difíceis é de suma importância.

Por fim, a continuidade desse trabalho de narração e reflexão sobre histórias pessoais pode ser uma oportunidade de desenvolver competências essenciais para o futuro dos alunos. A habilidade de contar histórias é valiosa em diversos contextos, desde a vida social até o ambiente profissional, e ao trabalhar com isso de maneira lúdica e significativa, estamos preparando os alunos para se comunicarem de forma eficaz e empática em todos os aspectos de suas vidas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Caixa de Memórias
Objetivo: Trabalhar a memória afetiva de maneira interativa.
Descrição: Os alunos irão trazer um objeto que represente uma memória de sua infância. Eles deverão compartilhar a história por trás desse objeto com a turma.
Material: Caixa ou sacola para cada aluno armazenar o objeto.

Sugestão 2: Criação de uma História em Quadrinhos
Objetivo: Fomentar a criatividade e a expressão escrita.
Descrição: Os alunos deverão desenhar uma história em quadrinhos que retrate algum momento marcante de sua infância.
Material: Papel em branco e lápis de cor.

Sugestão 3: O Jogo dos Sentidos
Objetivo: Estimular a memória sensorial.
Descrição: Durante uma atividade ao ar livre, os alunos fecharão os olhos e tentarão descrever sons, cheiros ou toques que remetem à infância, criando um espaço de reflexão coletiva.
Material: Não se aplica diretamente, apenas ambiente ao ar livre.

Sugestão 4: Teatro de Sombras
Objetivo: Explorar a narrativa através do teatro.
Descrição: Os alunos criarão um teatro de sombras onde contarão uma história de sua infância usando recortes de papel e uma lanterna.
Material: Cartolinas, lanterna e uma tela improvisada.

Sugestão 5: Música das Lembranças
Objetivo: Explorar a música como forma de memória.
Descrição: Os alunos deverão escolher uma canção que lembre sua infância e apresentar para a turma, explicando o que a música representa para eles.
Material: Caixa de som ou acesso a músicas digitais.

Essas sugestões lúdicas visam aprofundar a conexão dos alunos com suas histórias pessoais de maneira divertida e interativa, promovendo aprendizado e crescimento emocional.