Plano de Aula: Quem sou eu ? / Identidade (Educação Infantil) – Crianças bem pequenas

A proposta deste plano de aula tem como foco principal o desenvolvimento da identidade nas crianças bem pequenas, abordando o tema “Quem sou eu?”. Ao longo de 50 minutos, as crianças explorarão sua identidade pessoal e familiar por meio de atividades lúdicas e interativas que permitirão a elas se conhecerem melhor e compreenderem a diversidade presente em seu mundo. O tema é fundamental, visto que a formação da identidade é um processo complexo e que se inicia desde os primeiros anos de vida. A sala de aula se tornará um espaço acolhedor, onde cada criança poderá se expressar e ser apreciada em sua singularidade.

Durante esta aula, serão estimuladas interações entre as crianças e os adultos presentes, além de promover o compartilhamento de experiências e sentimentos, aspectos fundamentais na construção da identidade pessoal. Ao enfatizar a relação entre a própria criança e sua família, buscamos instigar tanto a reflexão quanto a socialização, alinhando o ensino às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Dessa forma, as habilidades esperadas nesta etapa serão desenvolvidas através de atividades práticas e criativas, proporcionando um aprendizado significativo e ampliando as experiências de cada criança.

Tema: Quem sou eu? / Identidade
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a descoberta e valorização da própria identidade das crianças por meio da exploração de si mesmas e de suas relações familiares.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a expressão de sentimentos e percepções acerca de si e da família.
2. Incentivar a interação entre as crianças e a construção de uma imagem positiva de si.
3. Promover o respeito às diferenças entre os colegas, valorizando a diversidade.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
– (EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Fichas de papel com imagens de diferentes famílias (diversidade étnica e cultural).
– Materiais para artes (papel colorido, giz de cera, tintas, pincéis).
– Espelho de tamanho apropriado para as crianças.
– Brinquedos que representem diferentes tipos de família (bonecos, miniaturas).
– Caixas ou cestas para armazenar os materiais utilizados.

Situações Problema:

– Como a criança se vê? O que acha que a torna especial?
– Quais são as características que a criança mais gosta em sua família?
– Como reconhecer e respeitar as diferenças entre amigos e colegas?

Contextualização:

Iniciar a aula conversando com as crianças sobre suas famílias. Mostrar imagens de diferentes modelos familiares e incentivar as crianças a falarem sobre suas próprias famílias, características que mais gostam e momentos que compartilham. Esse momento inicial é fundamental para criar um espaço seguro ao compartilharem suas experiências, reforçando a importância do aprecio mútuo e da escuta ativa.

Desenvolvimento:

1. Acolhimento e Apresentação: Iniciar a aula com uma roda de conversa. A professora pedirá que cada criança se apresente e conte um pouco sobre sua família, se possível, utilizando o espelho para que cada uma veja a si mesma e comece a perceber suas características físicas.
2. Atividade de Artes: Propor uma atividade artística em que as crianças criem um desenho ou uma colagem que represente sua família. Isso pode incluir usar recortes de revistas, desenhar membros da família ou até mesmo usar tinta para expressar emoções sobre sua casa.
3. Hora da História: Contar uma história que envolva a temática da identidade e da família. Utilizar bonecos ou figuras destacáveis para tornar a história mais visual e engajante, ajudando no entendimento do tema.
4. Brincadeira Simbólica: Propor uma atividade de dramatização onde as crianças poderão brincar de representar situações do cotidiano em família, estimulando a imaginação e a representação do seu entorno social.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Identidade (Dia 1): Conversar sobre a aparência de cada um, identificando características físicas e competências. Propor que as crianças desenhem um autorretrato e apresentem.
2. Construindo a Família (Dia 2): Com recortes das imagens familiares, as crianças deverão contar uma curiosidade ou um fato sobre os membros da família, promovendo a interação.
3. Cores e Formas (Dia 3): Estimular as crianças a criar um mural utilizando recortes e colagens com as cores e elementos que remetem a suas famílias.
4. Dramatização (Dia 4): Organizar uma apresentação onde cada criança poderá contar uma pequena história sobre sua vivência familiar, enquanto os outros poderão comentar sobre suas semelhanças e diferenças.
5. Roda de Diálogo Final (Dia 5): Finalizar a semana com um momento de acolhimento, oferecendo espaço para que as crianças se comuniquem sobre sua jornada de descoberta da identidade.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, será importante promover um momento de discussão em grupo onde as crianças possam falar sobre como se sentiram e o que aprenderam sobre si mesmas e as outras crianças. Encorajá-las a compartilhar sentimentos e opiniões, respeitando a diversidade e promovendo a empatia.

Perguntas:

– Como você se sente quando pensa na sua família?
– O que mais gosta em você?
– Existe alguma coisa que você gostaria de mudar em você? Por quê?
– Como você pode ajudar seus amigos a se sentirem bem também?

Avaliação:

A avaliação será realizada observando a participação das crianças nas atividades e a forma como se expressam. Será importante perceber o cuidado nas interações entre as crianças e sua capacidade de dialogar e compartilhar sentimentos. Notar como cada uma lida com as diferenças de forma respeitosa e solidária também será um ponto chave na avaliação.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma roda de conversa, onde cada criança poderá dizer o que mais gostou durante a semana. As crianças poderão compartilhar seus trabalhos artísticos e momentos de aprendizado. Incentivar um clima de acolhimento e respeito, promovendo um fechamento positivo para as atividades realizadas.

Dicas:

1. Sempre que possível, utilize a música como um recurso para tornar as atividades mais envolventes.
2. Esteja atenta às diferentes necessidades e ritmos de aprendizagem de cada criança, adaptando as atividades conforme necessário.
3. Crie um mural coletivo na sala de aula onde as crianças possam expor seus trabalhos sobre identidade, ilustrando a diversidade abordada durante a semana.

Texto sobre o tema:

A identidade é um aspecto fundamental do desenvolvimento humano, especialmente na primeira infância, quando as crianças começam a entender quem são e como se relacionam com o mundo ao seu redor. Essa construção do eu é influenciada pelas interações familiares, pesquisas realizadas na infância e, consequentemente, pelos ambientes que frequentam. O reconhecimento da própria identidade não se trata apenas de características físicas, mas também de valores que são transmitidos desde os primeiros dias. As crianças, ao se verem representadas em diferentes contextos familiares, exercitam a empatia, a solidariedade e a capacidade de respeitar as diferenças, habilidades essenciais para viver em sociedade.

Simultaneamente, as atividades que envolvem artes, contação de histórias e brincadeiras ajudam a ampliar a percepção que a criança tem de si mesma e do outro. É nesse ambiente seguro que elas encontrarão a liberdade para explorar e expressar não apenas suas individualidades, mas também para reconhecer e valorizar as características dos colegas, reforçando o sentimento de pertencimento. Isso se torna particularmente importante em um mundo que, às vezes, enfatiza mais as diferenças do que as semelhanças entre as pessoas. A aula deve se tornar uma verdadeira celebração das identidades pessoais, garantindo um espaço de acolhimento e respeito.

Dessa maneira, a compreensão do conceito de identidade nas crianças é um processo contínuo que deve ser cuidadosamente acompanhado e estimulado. Os educadores desempenham um papel crucial nesse processo, não apenas como mediadores do conhecimento, mas também como orientadores que ajudam os pequenos a construir uma imagem positiva de si. Proporcionar momentos de reflexão individual e coletiva, sempre levando em conta as emoções e vivências de cada criança, é o que garante que a formação da identidade ocorra de forma saudável e respeitosa. Portanto, ao se trabalhar a identidade nas primeiras etapas de vida da educação, estamos criando as bases para que as crianças se tornem adultos conscientes, respeitosos e felizes.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula pode se desdobrar para além das atividades propostas na semana, abrindo espaço para um aprendizado contínuo. Por exemplo, a continuidade nas conversas sobre identidade pode ser explorada durante outras temáticas, como diversidade cultural, inclusão e convivência social. A ideia é que a exploração da identidade se torne uma atmosfera permanente na sala de aula, onde as crianças sintam sempre a vontade de compartilhar e mostrar suas singularidades e a história de suas famílias.

Além disso, a utilização de recursos visuais e materiais manipulativos pode ser adaptada para novos projetos interdisciplinares. Os educadores podem iniciar uma série de discussões sobre amizade e o respeito pelas diferenças, utilizando as descobertas feitas durante a atividade sobre identidade como ponto de partida. Dessa forma, é importante que o trabalho com identidade não fique restrito a poucas interações, mas que crie uma rede ampla de possibilidades para futuras aprendizagens, sempre estimulando a sensibilidade social desde a primeira infância.

Outro desdobramento importante pode ocorrer com a participação das famílias, trazendo os cuidadores para dentro deste contexto de aprendizagem. Isso pode ser feito através de encontros ou oficinas onde os pais são convidados a se integrar ao processo de educação das crianças. A ênfase na construção da identidade pode ser uma ponte para que essas interações familiares também ocorram de maneira respeitosa e consciente. Assim, a aliança entre escola e família se fortalece na construção de uma identidade coletiva e individual, essencial para o desenvolvimento saudável de cada criança.

Orientações finais sobre o plano:

Por último, é essencial que os educadores fiquem sempre atentos às necessidades e ao ritmo de cada criança. A abordagem deve ser adaptável, garantindo que todos os pequenos se sintam incluídos e valorizados durante o processo de desenvolvimento da identidade. Uma prática reflexiva é imprescindível para que os professores possam identificar o que funciona e o que precisa ser redefinido no planejamento das aulas, sempre com foco na valorização da individualidade e na promoção de uma convivência harmônica.

Promover um ambiente educativo que valoriza a diversidade é uma tarefa que vai além de uma simples aula; trata-se de uma construção diária que deve ser praticada em todos os aspectos da educação infantil. É ao permitir que a criança se expresse, compartilhe e explore sua identidade que se contribui para o desenvolvimento emocional e social dela em sua totalidade. Portanto, respeitar as experiências vividas por cada criança e abrir espaço para que essas histórias sejam contadas é uma forma enriquecedora de fortalecer o sentido de pertencimento e autoestima.

Por fim, o importante é que o professor mantenha sempre uma escuta ativa, permitindo que a voz de cada criança e suas vivências sejam reconhecidas e respeitadas dentro da proposta de aprendizado coletivo. Criar um espaço onde todos sintam que pertencem e que suas identidades são respeitadas e celebradas é, sem dúvida, a chave para um ensino de qualidade na educação infantil. Com essa abordagem, as crianças crescerão em um ambiente onde a diversidade é valorizada e a identidade, tanto individual quanto coletiva, é um patrimônio consciente e celebrado por todos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Exploração com Espelhos: Propor que cada criança tenha um momento com um espelho, assim poderão observar suas características físicas. As crianças podem trabalhar a autoimagem desenhando o que veem. O objetivo é promover a percepção de si, utilizando espelhos de tamanhos apropriados e livre exploração de tintas para pintar sua imagem.

2. Caça às Diferenças: Criar uma atividade onde as crianças deverão identificar e desenhar diferentes características de suas famílias comparando com outras crianças. O objetivo é trabalhar a diversidade e promover a empatia e acolhimento das diferenças, usando papéis coloridos e giz de cera como materiais de desenho.

3. Postais da Família: As crianças podem produzir postais sobre sua família e os momentos que mais gostam juntos. O objetivo é que cada criança compartilhe seu cartão, praticando a escuta e a troca de experiências. O material a ser utilizado pode ser papel cartão e tintas.

4. Música e Movimento: Criar uma roda onde as crianças podem dançar e cantar músicas que falem sobre suas experiências em família, promovendo conexões e celebrações de identidade. O objetivo é associar música e movimento à expressão de suas emoções. Utilizar instrumentos ou objetos que façam som como forma de ludicidade.

5. Teatro de Fantoches da Família: Criar uma história em que todas as crianças podem desenhar fantoches que representarão sua família. O objetivo é que elas contem suas histórias em grupos, reforçando o diálogo e a expressão oral. Utilizar a parte artística com a construção de fantoches de papel ou de tecido.

Essas sugestões visam promover a reflexão sobre a identidade individual e familiar de forma lúdica, empoderando as crianças para que se reconheçam e valorizem em sua diversidade e singularidade. Cada atividade é expressivamente voltada para fomentar a construção de um padrão positivo de si dentro de um contexto social, respeitado pelos educadores e pelos colegas.

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