Plano de Aula: Praticas corporais de aventura urbana e repelir o Bullying (Ensino Fundamental 2) – 6º Ano

A elaboração de um plano de aula focado em práticas corporais de aventura urbana e no combate ao bullying se mostra essencial nas escolas, especialmente no 6º ano do Ensino Fundamental. Nesta fase, os alunos estão desenvolvendo habilidades sociais e aprendendo a lidar com seus próprios corpos e emoções, tornando mais pertinente a discussão sobre a importância das práticas corporais como forma de inclusão e respeito mútuo. Nesse contexto, a aula buscará promover não apenas o desenvolvimento físico, mas também a conscientização sobre as consequências do bullying, o que contribuirá para um ambiente escolar mais saudável e inclusivo.

Iniciaremos a aula com atividades práticas que permitirão aos alunos vivenciar diferentes modalidades de esportes urbanos, além de discussões que estimularão a reflexão sobre o respeito e a empatia no ambiente escolar. Esse enfoque ajudará a reforçar a importância do trabalho em equipe e do respeito às diferenças, fundamentais para o processo crítico de formação dos alunos.

Tema: Práticas corporais de aventura urbana e combate ao bullying
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a prática de atividades físicas através de práticas corporais de aventura urbana, incentivando o respeito ao espaço público e trabalhando a conscientização sobre o bullying e as relações interpessoais.

Objetivos Específicos:

1. Executar práticas corporais de aventura urbana em equipe, respeitando o patrimônio público e a segurança pessoal.
2. Desenvolver habilidades de resolução de conflitos e empatia, utilizando práticas corporais como ferramenta para repelir o bullying.
3. Refletir sobre ações de respeito e convivência, promovendo um ambiente seguro e acolhedor entre os colegas.

Habilidades BNCC:

1. (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer).
2. (EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para a prática segura em diversos espaços.
3. (EF67EF02PA) Identificar e repelir o bullying e/ou qualquer outro tipo de atitude de desrespeito tomando as práticas corporais sistematizadas como instrumentos de atuação na solução de conflitos.

Materiais Necessários:

– Materiais de esporte (bolas, cordas, cones);
– Equipamentos de segurança (capacetes, joelheiras, cotoveleiras);
– Cartazes ou folhas de papel para anotações dos alunos;
– Materiais para avaliação (formulários de feedback).

Situações Problema:

– Discussões sobre como o bullying impacta a vida escolar e a importância de criar um ambiente respeitoso.
– Identificação de situações cotidianas de desrespeito e como podemos agir para resolver esses conflitos.

Contextualização:

As práticas corporais de aventura urbana incluem uma vasta gama de atividades que podem ser realizadas em ambientes urbanos, como escalar paredes, andar de skate ou ciclismo. Essas atividades são não apenas emocionantes, mas também promovem o trabalho em equipe e a construção de laços de amizade. Por outro lado, o bullying é um grave problema nas escolas e pode ser combatido através da promoção de um ambiente de apoio, respeito e camaradagem.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos): Início da aula com uma breve introdução ao tema da aventura urbana e como ele se relaciona com o respeito e a prevenção ao bullying.
2. Atividade prática (30 minutos): Dividir a turma em grupos e rotacionar entre diferentes estações de esportes e atividades:
– Estação 1: Skate – Praticar manobras simples e discutir a importância do respeito por espaço e pelo equipamento.
– Estação 2: Ciclismo – Enfatizar o uso de equipamentos de segurança e a convivência saudável nas ciclovias.
– Estação 3: Corrida de revezamento – Promover o trabalho em equipe e a solução de problemas em grupo.
3. Reflexão (10 minutos): Após a prática, reunir os alunos para discutir como se sentiram durante as atividades, ressaltando momentos de respeito e suporte entre colegas.

Atividades sugeridas:

1. Dia 1 – Discussão Inicial sobre Bullying
Objetivo: Identificar e compreender o que é bullying.
Descrição: Realizar uma roda de conversa onde os alunos compartilham experiências (se desejarem) e definem bullying.
Instruções: Incentivar o respeito durante o compartilhamento, garantindo que todos tenham a oportunidade de falar.
Materiais: Quadro e canetas.

2. Dia 2 – Aprendendo a Pedalar
Objetivo: Praticar ciclismo respeitando o espaço dos colegas.
Descrição: Fazer atividades de ciclismo em um espaço aberto, com instruções sobre segurança.
Instruções: Ensinar sobre o uso correto do capacete e regras da ciclovia, promovendo o respeito ao espaço alheio.
Materiais: Bicicletas, capacetes, cones.

3. Dia 3 – Manobras no Skate
Objetivo: Aprender a andar de skate em grupo.
Descrição: Introduzir manobras de skate simples, promovendo a cooperação entre os colegas.
Instruções: Reforçar o espírito de equipe, onde alunos se ajudam a se equilibrar.
Materiais: Skates, proteções.

4. Dia 4 – Corrida de Revezamento
Objetivo: Fortalecer o trabalho em equipe.
Descrição: Organizar uma corrida de revezamento onde cada membro do grupo deve participar.
Instruções: Refletir sobre a importância da colaboração e do apoio mútuo durante a corrida.
Materiais: Marcas no chão para as corridas.

5. Dia 5 – Avaliação e Reflexão
Objetivo: Reavaliar as `práticas corporais` e sua conexão com a resolução de conflitos.
Descrição: Realizar uma atividade de feedback onde os alunos compartilham o que aprenderam.
Instruções: Pedir que reflitam sobre como aplicariam o que aprenderam na resolução de conflitos no futuro.
Materiais: Formulário de feedback.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, divida os alunos em grupos menores e forneça um tempo para que discutam as ações que podem tomar se presenciam ou vivenciam bullying. Peça que compartilhem maneiras de apoiar colegas cyber bullying e como reverter suas experiências em aprendizado.

Perguntas:

1. O que você entende por bullying e como ele pode afetar as pessoas?
2. Como podemos ajudar um colega que está sendo intimidado?
3. Quais são algumas práticas que podemos usar para promover um ambiente de respeito na escola?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos nas atividades, o respeito pelo espaço e pelos colegas e as contribuições nas discussões sobre bullying e convivência. Ao final, será aplicado um formulário de feedback onde os alunos poderão expressar suas opiniões sobre as práticas feitas e o que aprenderam.

Encerramento:

Concluir a aula reiterando a importância das práticas corporais como uma forma de fortalecer o respeito entre colegas e reafirmar a luta contra o bullying. Pedir que todos pensem em uma maneira de contribuir para um ambiente mais inclusivo a partir de agora.

Dicas:

1. Crie um espaço seguro: Assegure-se de que todos os alunos sintam-se à vontade para participar sem serem julgados.
2. Incentive o respeito: Alavanque o respeito e a empatia através de exemplos práticos durante as atividades.
3. Promova a empatia: Estimule os alunos a se colocarem no lugar dos outros e a refletirem sobre as consequências de suas ações.

Texto sobre o tema:

As práticas corporais de aventura urbana envolvem diversas atividades que podem ser realizadas no ambiente das cidades, promovendo não apenas lazer e diversão, mas também importantes ensinamentos sobre convivência e respeito. Essas práticas, como o skate, o ciclismo e corridas, são oportunidades valiosas para que as crianças e adolescentes coloquem em ação habilidades sociais necessárias para interagir com diferentes grupos, respeitando os limites do espaço coletivo e dos colegas. Ao se engajar em atividades físicas, os alunos desenvolvem uma consciência maior sobre a segurança, tanto a sua como a de seus pares, além de construir laços de amizade e cooperação.

Por outro lado, o bullying é um fenômeno que muitas vezes permeia a experiência escolar, causando danos significativos ao bem-estar emocional e ao desenvolvimento social dos estudantes. O combate a esse problema requer um esforço conjunto, onde práticas corporais não apenas servem como uma forma de entretenimento, mas como uma ferramenta essencial para ensinar aos jovens a importância da empatia, do respeito e da solidariedade. Quando os alunos se sentem seguros e apoiados, eles se tornam mais propensos a demonstrar compaixão Uns pelos outros, criando um ambiente escolar mais positivo e saudável.

As aulas de educação física podem e devem ser um espaço de aprendizado não apenas para desenvolver habilidades físicas, mas também para formar cidadãos capazes de respeitar a diversidade e resolver conflitos de forma pacífica. Ao trabalhar com a turma práticas corporais de aventura urbana, o educador impulsiona uma experiência transformadora que se estende além das atividades físicas, impactando diretamente no ambiente escolar e na formação de valores que perdurarão por toda a vida.

Desdobramentos do plano:

As práticas educativas propostas têm a capacidade de se desdobrar em diversos aspectos da vida dos alunos. Em primeiro lugar, ao integrar atividades corporais a discussões sobre bullying, estamos criando um espaço educativo dinâmico, que não apenas promove a saúde física, mas também aborda questões sociais relevantes. Os alunos não estão apenas aprendendo a importância da atividade física, mas também estão desenvolvendo habilidades sociais que os ajudarão em suas interações diárias. Isso envolve a construção de autoestima e a capacidade de se relacionar adequadamente com os outros, fundamentais para o convívio social.

Além disso, o desenvolvimento de habilidades de empatia e compreensão das consequências do bullying são essenciais para a formação de um ambiente escolar positivo. Quando os alunos são incentivados a refletir sobre suas ações e sobre o impacto que elas têm nos outros, eles aprendem a cultivar relacionamentos mais saudáveis e respeitosos. Esse processo de autorreflexão e autoconsciência é particularmente poderoso durante essa fase de desenvolvimento, onde as relações interpessoais têm um grande peso.

Por fim, este plano de aula pode atuar como um modelo para outras disciplinas dentro da escola, promovendo uma abordagem interdisciplinar que conecta a educação física com a educação emocional e social. Ao permitir que os alunos vivenciem atividades práticas que enfatizam a colaboração e o respeito, estamos plantando as sementes para um futuro onde eles podem se tornar adultos conscientes e respeitosos. Este tipo de aprendizagem experiencial ajuda a solidificar as noções de ética e moralidade que são tão essenciais para a vida em sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que os educadores estejam cientes de que a implementação deste plano de aula deve ser acompanhada de uma preparação prévia. Isso significa que o professor deve estar preparado para abordar diferentes questões que podem surgir durante as discussões sobre bullying. Os alunos podem trazer experiências pessoais, e a forma como o educador lida com esses relatos pode influenciar diretamente a sensibilidade e a empatia que os alunos desenvolvem. O papel do educador é fundamental para guiar essas conversas de maneira respeitosa e construtiva.

Além disso, os educadores devem estar atentos às diferentes dinâmicas de grupo que podem surgir durante as atividades. É crucial que os alunos que talvez não se sintam tão confortáveis com atividades físicas, ou que têm experiências passadas relacionadas ao bullying, tenham um espaço seguro para se expressar e participarem de uma forma que se sintam confortáveis. A inclusão e a equidade devem ser os pilares que regem todas as interações e atividades.

Por último, ao final da aula, o educador deve sempre buscar maneiras de reforçar as lições aprendidas. Isso pode ser feito através de feedback contínuo, tanto verbal quanto por meio de ferramentas escritas, como questionários que permitam entender melhor a recepção do tema e a eficácia das atividades. O aprendizado não termina na sala de aula, e os alunos devem sentir que foram ouvidos e que suas contribuições são valiosas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Respeitosa: Organizar uma caça ao tesouro onde as pistas são projetadas para incentivar valores de respeito e inclusão. Cada aluno deve formar um grupo com colegas diversos, o que promove a interação social. O objetivo é encontrar “tesouros” que representam virtudes.

2. Teatro do Improviso: Criar pequenas cenas onde os alunos devem representar situações de bullying e como respondê-las respeitosamente. Isso ajuda a desenvolver a consciência da empatia e a reflexão sobre o impacto de suas ações.

3. Mural da Empatia: Um mural na escola onde os alunos podem deixar mensagens positivas ou reconhecer atos de bondade de seus colegas. Isso promove um ambiente de apoio mútuo e destaca a importância do respeito.

4. Jogo da Amizade: Um jogo onde os alunos se sentam em círculo e passam uma bola. Ao receber a bola, eles devem compartilhar algo positivo sobre a pessoa que a passou, reforçando a importância do reconhecimento e do respeito.

5. Oficinas de Esporte Inclusivo: Organizar oficinas de práticas corporais onde todos os alunos possam participar, independentemente de suas habilidades. Os alunos devem ser encorajados a ajudar uns aos outros e a se apoiarem durante as atividades, promovendo um espírito de equipe.

Este plano de aula promove a ideia de que a prática corporal e a convivência respeitosa andam juntas, para construir um ambiente escolar enriquecedor e acolhedor. Promover não só habilidades físicas mas também emocionais é vital para o desenvolvimento integral dos alunos.


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