Plano de Aula: Contação de histórias (Educação Infantil) – Criancas pequenas

A contação de histórias é uma prática fundamental na educação infantil, especialmente para crianças pequenas, com idades entre 4 e 5 anos e 11 meses. Por meio dessa atividade, é possível trabalhar aspectos emocionais, como a ansiedade, que muitas vezes pode se manifestar em pequenas distrações ou dificuldades de concentração. Quando as crianças ouvem histórias, elas aprendem a identificar e expressar seus sentimentos, além de desenvolver empatia e compreensão sobre as vivências alheias. Esta atividade não só entretém, mas também educa, oferecendo um espaço seguro para que elas possam explorar suas emoções.

O desenvolvimento da contação de histórias envolve diversas habilidades, abrangendo a linguagem oral e a expressão de sentimentos. Para as crianças, este tipo de prática se torna uma ferramenta poderosa para compreender melhor a si mesmas e o mundo ao seu redor. A escuta ativa, a capacidade de recontar histórias e a criatividade na construção de narrativas são estimuladas, permitindo uma interação significativa com os educadores e colegas. Com esse plano de aula, espera-se não apenas trabalhar a ansiedade, mas também enriquecer a experiência infantil.

Tema: Contação de Histórias
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos a 5 anos e 11 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a expressão emocional e a socialização através da contação de histórias, ajudando as crianças a lidarem com a ansiedade e a desenvolverem empatia e habilidades de comunicação.

Objetivos Específicos:

1. Facilitar o reconhecimento e a expressão dos sentimentos.
2. Estimular a imaginação e a criatividade ao criar e recontar histórias.
3. Fomentar a escuta e atenção durante a atividade.
4. Desenvolver a empatia através da identificação com os personagens e enredos das histórias.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral.
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações.

Materiais Necessários:

– Livros de histórias ilustrados, adequados à faixa etária.
– Materiais de artes (papel, lápis de cor, giz de cera).
– Itens de composição de narrativas (fantoches, bonecos).
– Música ambiente suave para criar um ambiente acolhedor.

Situações Problema:

Como as histórias podem ajudar as crianças a expressarem seus sentimentos e lidarem com a ansiedade?

Contextualização:

O ambiente escolar deve ser um espaço onde as crianças se sintam seguras para explorar emoções e interações sociais. A contação de histórias se coloca como um recurso valioso para ajudar as crianças a verbalizarem suas ansiedades e inseguranças, permitindo que se conectem emocionalmente com os personagens e cenários apresentados nas narrativas. Essa prática não só enriquece o vocabulário e a imaginação, mas também fornece suporte emocional.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos): Comece a aula acolhendo as crianças e criando um clima de confiança. Pergunte como foi o dia de cada uma e se têm alguma história para compartilhar. Isso ajuda a criar um ambiente onde a comunicação é valorizada.

2. Contação da História (15 minutos): Escolha um livro ilustrado que aborde temas emocionais, como ansiedade ou medo. Durante a leitura, use uma entonação de voz que mantenha o interesse das crianças e incentive a interação. Faça pausas e pergunte como os personagens se sentem, permitindo que as crianças compartilhem suas próprias experiências.

3. Atividade de Criação (10 minutos): Após a contação, proponha uma atividade onde as crianças possam desenhar ou criar fantoches dos personagens da história. Estimule-as a pensar em como os personagens resolveram seus problemas, promovendo o diálogo sobre as emoções que surgiram.

Atividades sugeridas:

1. Contação de Histórias (Dia 1)
Objetivo: Introduzir a prática da contação, estimulando a escuta atenta.
Descrição: Realizar uma contação de histórias com um livro ilustrado.
Materiais: Livro ilustrado, fantoches.
Instruções para o professor: Leia de forma expressiva, fazendo pausas e interagindo com as crianças.

2. Desenho dos Personagens (Dia 2)
Objetivo: Estimular a expressão creativa.
Descrição: Crianças desenham seu personagem favorito da história.
Materiais: Papéis, lápis de cor.
Instruções para o professor: Incentive a conversa sobre as características dos personagens enquanto desenham.

3. Recontagem em Grupo (Dia 3)
Objetivo: Promover a expressão verbal e a memória.
Descrição: As crianças se reúnem em grupo e recontam a história com suas palavras.
Materiais: Nenhum específico, apenas o livro como guia.
Instruções para o professor: Pergunte o que as crianças mais gostaram para incentivar a narrativas próprias.

4. Cenário de Fantoches (Dia 4)
Objetivo: Estimular a criatividade e o trabalho em equipe.
Descrição: As crianças criam um pequeno teatro de fantoches e reagem a cenas da história.
Materiais: Fantoches, caixa de papelão para o cenário.
Instruções para o professor: Auxilie as crianças a montarem suas pequenas apresentações.

5. Música e Movimento (Dia 5)
Objetivo: Trabalhar a expressão corporal.
Descrição: As crianças escolhem uma música para dançar, representando os sentimentos da história.
Materiais: Música ambiente suave.
Instruções para o professor: Propor movimentos para os sentimentos que as crianças identificaram.

Discussão em Grupo:

Convoque as crianças para compartilhar suas experiências sobre o que aprenderam com a história. Pergunte sobre as emoções que os personagens sentiram e como isso se relaciona com suas próprias experiências.

Perguntas:

1. Como você se sentiria se estivesse no lugar do personagem principal?
2. Qual parte da história você mais gostou e por quê?
3. Você já sentiu algo parecido com o personagem?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma observacional, considerando como as crianças se expressam durante as atividades e o quanto se engajam nas discussões e nas expressões criativas. As crianças que se destacarem na participação e que demonstrarem entendimento sobre suas emoções e as dos outros serão incentivadas.

Encerramento:

Para finalizar a atividade, reúna todos os alunos e converse sobre a importância de compartilhar histórias. Reforce que todos têm emoções e que contar histórias é uma maneira de se conectar e entender melhor a si mesmo e aos outros.

Dicas:

– Utilize uma boa iluminação e assentos confortáveis para criar um espaço agradável.
– Varie as histórias e personagens, sempre buscando temas que ajudam as crianças a lidar com emoções.
– Esteja preparado para abordar assuntos delicados que possam surgir durante a discussão.
– Incentive as crianças a levarem livros de casa para compartilhar com a turma, tornando o aprendizado colaborativo.

Texto sobre o tema:

A prática da contação de histórias na educação infantil é um recurso pedagógico eficaz que vai além do simples entretenimento. As histórias permitem que as crianças mergulhem em diferentes mundos, se coloquem no lugar dos personagens e reflitam sobre suas emoções e experiências. Essa atividade é uma oportunidade de trabalhar não apenas a linguagem oral, mas também a empatia, a criatividade e a habilidade de escuta. Ao ouvir ou contar histórias, as crianças aprendem a identificar sentimentos, a lidar com frustrações e a se conectar com os outros.

Além disso, promover a contação de histórias contribui para o desenvolvimento do vocabulário, da capacidade de expressão e da autoestima. Quando os pequenos se veem como protagonistas de suas próprias narrativas, eles tornam-se mais seguros, compreendendo que suas vozes são importantes e que suas experiências têm valor. As histórias funcionam como espelhos, refletindo as realidades que cada criança vive e ajudando-as a processar essas vivências. Com isso, a narrativa se transforma em uma poderosa ferramenta para trabalhar a ansiedade e outros sentimentos complexos que surgem na infância.

Em um ambiente educacional, as histórias servem não só para entreter, mas também para conduzir o aprendizado de maneira interativa e significativa. Uma história bem contada cria um espaço de troca, onde as emoções são discutidas, os valores são compartilhados e as diferenças culturais são respeitadas. Isso é essencial na formação de indivíduos mais empáticos e respeitosos, contribuindo para um ambiente de aprendizagem mais harmonioso. Através desses encontros narrativos, as crianças desenvolvem não só habilidades cognitivas, mas também socioemocionais.

Desdobramentos do plano:

Ao implementar o plano de contação de histórias, os educadores têm a oportunidade de aprofundar cada aspecto da prática, trazendo ao cotidiano escolar um ambiente que favorece a expressão emocional. Cada história pode ser uma chave que abre novas discussões sobre sentimentos, participação e empatia. Por exemplo, ao usar uma história que toca em questões de amizade, os alunos podem se sentir à vontade para compartilhar suas experiências, criando um espaço seguro para conversas significativas. Isso pode engrandecer o senso de comunidade entre as crianças, promovendo um ambiente em que todos se sintam valorizados e ouvidos.

Outro desdobramento possível está na inovação do processo de contação. Os educadores podem incentivar os alunos a contarem suas próprias histórias, seja por meio de desenhos, dramatizações ou pela escrita, dependendo das habilidades de cada criança. Essa prática não apenas reforça a autoestima, mas também diversifica as formas de expressão, ajudando as crianças a encontrarem suas vozes. O uso de diferentes recursos — como fantoches, música, e até mesmo teatro — pode enriquecer ainda mais a experiência, tornando-a dinâmica e criativa.

Por fim, é importante ressaltar que a contação de histórias é uma prática que pode ser realizada diariamente, permitindo um contato contínuo com o mundo das narrativas. Essa continuidade pode proporcionar um espaço em que as crianças não apenas se tornem ouvintes, mas também narradores de suas próprias histórias, aprendendo a valorizar suas perspectivas e a expressar suas emoções de forma saudável e positiva. As histórias, portanto, tornam-se uma ponte para a construção de indivíduos mais conscientes de si e dos outros, preparando-os para os desafios emocionais da vida.

Orientações finais sobre o plano:

A implementação deste plano de aula deve começar com a construção de um ambiente acolhedor. O espaço onde as histórias serão contadas deve ser confortável e convidativo, com almofadas ou tapetes para que as crianças se sintam à vontade. Além disso, a escolha das histórias deve ser cuidadosa, privilegiando aquelas que tratam de temas adequados à faixa etária, que abordem emoções como a ansiedade, o medo, a amizade e a alegria, proporcionando uma rica fonte de aprendizado e discussão.

Durante o desenvolvimento das atividades, os educadores devem estar atentos às reações e sentimentos das crianças, garantindo que todos tenham a oportunidade de se expressar e serem ouvidos. As discussões devem ser respeitosas e inclusivas, permitindo que os pequenos aprendam a valorizar as opiniões e sentimentos dos colegas. A educação emocional deve ser um foco constante, conectando as histórias contadas aos desafios diários enfrentados pelas crianças em suas vidas.

Por último, o acompanhamento do progresso social e emocional dos alunos pode ser realizado através de observações e registros das interações durante as atividades. A partir dessas informações, o educador poderá ajustar as práticas pedagógicas conforme necessário, garantindo que as necessidades de todos os alunos sejam atendidas. Assim, a contação de histórias não se limita apenas ao ato de narrar; ela se torna uma prática fundamental na formação de um espaço escolar que realmente acolhe e respeita cada criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Fantoches de meias:
Objetivo: Estimular a criatividade e o papel ativo na contação de histórias.
Materiais: Meias coloridas, botões, lã, cola, canetinhas.
Descrição: As crianças criam seus próprios fantoches utilizando meias e materiais diversos. Depois, podem apresentar pequenas histórias utilizando os fantoches, enquanto praticam a expressão corporal e verbal.

2. Caixa de histórias:
Objetivo: Trabalhar a memória e a sequência de eventos.
Materiais: Caixa com objetos variados (brinquedos, figuras, etc.) que representem diferentes histórias.
Descrição: As crianças tiram objetos da caixa e, baseando-se neles, devem criar e contar uma história. Essa atividade incentiva a criatividade e a solução de problemas.

3. Mímica de sentimentos:
Objetivo: Desenvolver a expressão emocional.
Materiais: Cartões com diferentes emoções desenhadas.
Descrição: Cada criança recebe um cartão e deve representar a emoção apenas com gestos, enquanto os colegas tentam adivinhar qual é. Isso ajuda na identificação e expressão de sentimentos.

4. História em quadrinhos:
Objetivo: Promover a escrita e a narratividade visual.
Materiais: Folhas quadriculadas, lápis de cor.
Descrição: As crianças desenham uma breve história em quadrinhos, criando diálogos simples e ilustrando os momentos principais da narrativa, desenvolvendo assim tanto a escrita quanto a imaginação.

5. Teatro de sombras:
Objetivo: Criar narrativas visuais dinâmicas.
Materiais: Uma tela, lanternas e formas recortadas em papel.
Descrição: As crianças criam seu próprio teatro de sombras, usando as formas recortadas para representar personagens e cenários de uma história da escolha delas. Isso promove a narração oral e a expressão artística.

Com este plano de aula, espera-se que os educadores consigam não apenas trabalhar o tema de contação de histórias, mas também estabelecer relações emocionais significativas com os pequenos, ajudando-os a lidar com a ansiedade e preparar futuros cidadãos mais empáticos e conscientes.

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