Plano de Aula: Textura grossa (Educação Infantil) – Criancas pequenas
A textura grossa é uma característica visual e tátil que pode ser explorada diretamente por crianças pequenas na educação infantil. Neste plano de aula, o foco é promover a percepção sensorial através de atividades que estimulem a observação e a interação com elementos do ambiente que apresentam texturas marcantes. As atividades propostas têm como objetivo não apenas o desenvolvimento das habilidades motoras, mas também a valorização da diversidade sensorial que os materiais podem proporcionar às crianças.
O plano de aula foi estruturado de forma a atender as necessidades da faixa etária de 4 anos a 5 anos e 11 meses, considerando as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o desenvolvimento integral na educação infantil. As atividades visam criar um espaço de exploração, autonomia e respeito às diferentes características e sentimentos das crianças, contribuindo assim para um aprendizado significativo e interativo.
Tema: Textura Grossa
Duração: 45 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos a 5 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Promover a exploração sensorial da textura grossa, desenvolvendo habilidades motoras, percepção e comunicação entre os alunos.
Objetivos Específicos:
– Estimular o desenvolvimento da coordenação motora através da manipulação de materiais texturizados.
– Fomentar a comunicação verbal e não verbal ao descrever as experiências sensoriais.
– Incentivar o trabalho em grupo e a socialização, respeitando a diversidade de sentimentos e formas de expressão dos colegas.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Cartolinas de papel texturizadas (feltro, papel lixa, papel toalha, etc.)
– Frutas e legumes com texturas grossas (coco, abacaxi, mandioca)
– Massa de modelar
– Tintas e pincéis
– Caixas com diferentes objetos (pedras, madeira, algodão, cordões)
– Música ambiente para relaxamento
Situações Problema:
Como as diferentes texturas impactam a forma como nós percebemos os objetos? Quais texturas podem ser bem diferentes e como nos sentimos ao tocar cada uma delas?
Contextualização:
Iniciar a aula conversando com as crianças sobre o que é textura e como podem perceber as diferenças em seu dia a dia. Brincar com exemplos de texturas que conhecem, trazendo à tona sensações, como o toque da areia, do algodão ou do papel.
Desenvolvimento:
1. Apresentação das Texturas: Mostrar os diferentes materiais/texturas para as crianças, explicando o que é textura de maneira simples e objetiva. Incentivar que toquem nos materiais e descrevam as sensações sentidas.
2. Atividade de Tocar: As crianças serão divididas em grupos para tocar e explorar cada material. Devem explorar com as mãos e os pés para sentir a textura. Após essa exploração, cada grupo pode apresentar suas descobertas para os demais.
3. Criação de Arte com Textura: Usando as cartolinas de texturas diversas, cada criança deverá colar ou desenhar algo que represente a textura grossa, utilizando as técnicas que conhecem.
4. Jogo das Sensações: Colocar objetos texturizados em uma caixa, e as crianças devem, com os olhos vendados, tocar e descrever o que estão sentindo. Depois, todos podem compartilhar o que descobriram.
Atividades sugeridas:
– Segunda-feira: Exploração de Texturas. Objetivo: Desenvolver a percepção tátil. Descrição: levar diferentes materiais e permitir que as crianças explorem livremente, registrando suas descobertas em desenhos. Materiais: diferentes texturas (feltro, papel lixa).
– Terça-feira: Jogo das Sensações. Objetivo: Ampliar o vocabulário e a comunicação. Descrição: colocar objetos em uma caixa e a crianças têm que adivinhar. Materiais: caixa, objetos texturizados.
– Quarta-feira: Criação artística. Objetivo: Expressão pessoal e valorização do capital sensorial. Descrição: recortar e colar texturas em uma folha. Materiais: tesoura, cola, papel.
– Quinta-feira: Contação de histórias sobre texturas. Objetivo: Estimular a imaginação e a escuta. Descrição: professor conta histórias que envolvem diferentes texturas. Materiais: livros ilustrados que envolvam texturas.
– Sexta-feira: Apresentação das Artes. Objetivo: Desenvolvimento da oratória e do grupo. Descrição: cada criança apresenta sua criação para os colegas. Materiais: Produções de arte da semana.
Discussão em Grupo:
Após a execução das atividades, promover uma roda de conversa onde as crianças possam expressar o que mais gostaram e o que aprenderam sobre as texturas. Incentivar que se escutem uns aos outros e compartilhem opiniões.
Perguntas:
– Qual textura você mais gostou de tocar? Por quê?
– Como você se sentiu ao tocar a textura grossa?
– Você conhece algum objeto em casa que tem uma textura parecida?
Avaliação:
A avaliação será feita por meio da observação da participação das crianças nas atividades, sua capacidade de descrever as texturas e a forma como interagem com os colegas. O feedback deve ser sempre positivo, reconhecendo as conquistas individuais e coletivas.
Encerramento:
Finalizar a aula recapitulando as texturas exploradas e as experiências compartilhadas. Destacar a importância de respeitar a maneira única com que cada um percebe e descreve o mundo.
Dicas:
– Esteja sempre aberto a novas experiências sensoriais; se as crianças trouxerem novos materiais, acolha e utilize isso a seu favor.
– Mantenha um clima descontraído e permita que as crianças explorem livremente, garantindo sempre a segurança.
– Use músicas tranquilas durante as atividades para ajudar na concentração.
Texto sobre o tema:
As texturas são uma parte essencial da maneira como percebemos o mundo ao nosso redor. Elas têm um papel fundamental no desenvolvimento infantil, pois proporcionam diversas sensações que ajudam as crianças a interpretar e interagir com os objetos e experiências do dia a dia. Ao permitir que as crianças toquem em texturas diferentes, como ásperas ou suaves, você está estimulando não apenas seu sentido do toque, mas também sua capacidade de descrever e expressar o que sentem. Esta exploração sensorial deve ser feita de forma lúdica e interativa, pois é através do brincar que as crianças realmente aprendem e consolidam suas vivências.
De forma mais ampla, viver experiências que envolvem diferentes texturas proporciona às crianças uma conexão maior com o ambiente. Elas começam a perceber que o mundo físico é muito mais do que a visão. A textura permite que as crianças desenvolvam uma linguagem própria para descrever o que sentem, promovendo a comunicação e os relacionamentos interpessoais. Além disso, as atividades que giram em torno de texturas grossas também servem como pontos de partida para discussões sobre diversidade e as diferentes formas que os seres vivos podem assumir, inclusive na forma de se relacionar, garantindo uma educação inclusiva e respeitosa.
Por fim, trabalhar com texturas grossas não é apenas uma ação isolada de tocar e sentir, mas uma oportunidade de criar um ambiente de aprendizado rico e multidisciplinar. Vai além da exploração das texturas em si, proporcionando momentos de criação, expressão e socialização. É fundamental, portanto, que os educadores enfoquem essas experiências sensoriais, promovendo um espaço onde as crianças possam se sentir livres para descobrir, comunicar e também respeitar as variadas formas de interação e sensações que surgem a partir do contato com o diferente.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula sobre texturas pode ser expandido de várias maneiras conforme o interesse e a curiosidade das crianças. Por exemplo, as atividades podem incluir uma série de excursões ao ar livre, onde as crianças podem explorar o ambiente natural, identificando e coletando texturas diferentes, como cascas de árvores, folhas e pedras. Isso traria uma dimensão realista para as aprendizagens, tornando o conceito de textura mais tangível.
Outra possibilidade é integrar as tecnologias digitais no processo, utilizando aplicativos que permitam a exploração virtual de texturas e superfícies. Dessa forma, além de manipularem os materiais, as crianças também poderiam se familiarizar com a era digital de forma lúdica e construtiva. A utilização de plataformas de compartilhamento de fotos pode permitir que as crianças compartilhem suas descobertas com familiares, ampliando a comunicação e o envolvimento da família nas experiências de aprendizado.
Além disso, é importante resgatar as culturas diversas ao trabalhar com texturas, incentivando as crianças a trazerem suas experiências culturais e familiares sobre o que consideram texturizado, incluindo textos, músicas e contos que englobem a riqueza da diversidade. Isso gerará um espaço inclusivo, onde cada criança sente que pode contribuir com seu próprio ponto de vista e experiências, valorizando a troca de conhecimentos e respeitando as diferenças.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final da realização deste plano de aula, os educadores devem sempre refletir sobre a eficácia das atividades e a forma como as crianças interagiram com os conteúdos abordados. As observações feitas durante as dinâmicas são extremamente importantes para sempre adaptar as práticas pedagógicas às necessidades específicas dos alunos. Além disso, a colaboração entre os educadores e os familiares é fundamental para criar um ambiente de aprendizado sinérgico e integrado.
Reforçar a importância da escuta ativa durante as atividades é essencial. As crianças não devem apenas ser âncoras do que as atividades proporcionam, mas também devem ser ouvidas nas suas opiniões e sentimentos sobre os processos. Isso fortalece a autoestima e o incentivo à participação, de modo que cada criança sinta-se valorizada em seu potencial de aprendizado.
Finalmente, busque sempre inovar e adaptar os conteúdos às realidades das crianças. Cada grupo é único e traz consigo seu próprio contexto. Portanto, buscar formas novas de engajamento, conexão e exploração com as texturas pode levar a um desenvolvimento ainda mais rico, onde o aprendizado nunca cessa e as descobertas continuam em cada aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Caça ao Tesouro das Texturas: Criar uma caça ao tesouro onde as crianças devem encontrar objetos com texturas diferentes em uma área designada no playground ou jardim. O objetivo é estimular a observação e o uso da linguagem descritiva. As crianças podem desenhar ou fazer uma colagem dos objetos encontrados, junto com a frase “Eu encontrei…”.
– Desenhos Texturizados: Propor que as crianças desenhem alguma coisa que tenha uma textura grossa em um papel em branco. Após terminarem, oferecer a eles diferentes materiais texturizados para colar em seus desenhos. Essa atividade irá promover a criatividade e a expressão pessoal.
– Dança das Texturas: Utilizar diferentes tecidos com texturas grossas e suaves e criar uma dança onde as crianças devem imitar os movimentos dos tecidos enquanto ouvem músicas. Este contato com a dança e a textura estimula tanto a sensibilidade como a coordenação motora.
– Museu das Texturas: Organize uma mini-exposição onde cada criança pode trazer um objeto de casa que tenha uma textura única. Oportunize momentos onde as crianças apresentam seu objeto e explicam o que é e como se sente. Esta atividade promove a interação e o respeito ao que cada um traz do seu próprio ambiente.
– Contar Histórias com Textura: Após experimentar diferentes texturas, divida as crianças em grupos e peça que criem uma pequena história que tenha a ver com as texturas exploradas. Cada grupo poderá usar materiais da aula para ilustrar sua história. Isso estimula a criatividade e a expressão oral, assim como a apropriação da narrativa.