Plano de Aula: Matemática no cotidiano (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano
A proposta de plano de aula a seguir foi elaborada para os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental e visa integrar a matemática ao cotidiano das crianças. O foco principal é mostrar como a matemática é uma ferramenta útil em diversas situações do dia a dia, além de contribuir para o aprendizado de forma divertida e lúdica, utilizando jogos, atividades práticas e discussões em grupo. É fundamental que, através da exploração de conceitos e práticas matemáticas, os alunos reconheçam a matemática como algo que vai além do que aprendem na sala de aula.
O plano de aula foi estruturado de modo a seguir as diretrizes da BNCC, promovendo aprendizado significativo por meio de atividades que despertem o interesse e a curiosidade dos alunos. Esta abordagem inclui práticas colaborativas que possibilitam a construção do conhecimento de forma coletiva, desenvolvendo habilidades essenciais para a formação cidadã dos alunos.
Tema: Matemática no Cotidiano
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
Levar os alunos a compreenderem a presença da matemática em diversas situações da vida cotidiana, desenvolvendo a habilidade de resolução de problemas e a aplicação de conceitos matemáticos de modo prático e divertido.
Objetivos Específicos:
– Identificar e relacionar as noções de adição, subtração, multiplicação e divisão em atividades práticas do dia a dia.
– Estimular o raciocínio lógico através de jogos e dinâmicas que envolvem matemática.
– Desenvolver a habilidade de leitura e interpretação de dados em gráficos e tabelas.
Habilidades BNCC:
– (EF03MA02) Identificar características do sistema de numeração decimal, utilizando a composição e a decomposição de número natural de até quatro ordens.
– (EF03MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, comparar e completar quantidades.
– (EF03MA24) Resolver problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de compra, venda e troca.
Materiais Necessários:
– Cartões numerados (de 0 a 100)
– Moedas de brincar (de diversos valores)
– Tabuleiros de jogos (feitos de papelão ou cartolina)
– Materiais de desenho (lápis, canetas, folhas em branco)
– Gráficos simples para interpretação
Situações Problema:
A proposta é apresentar aos alunos situações do cotidiano que envolvem cálculos, como por exemplo:
– “Se você comprar três maçãs que custam R$1,50 cada e pagar com uma nota de R$5,00, quanto você receberá de troco?”
– “Você e seus amigos têm um total de 12 bolinhas de gude. Se cada um ficar com a mesma quantidade, quantas bolinhas cada um vai ter?”
Contextualização:
Iniciar a aula com uma conversa informal sobre como a matemática está presente nas atividades diárias das crianças, como na hora de ir ao mercado, no parquinho, nas brincadeiras, nas compras e até nos jogos. Fazer perguntas instigantes como: “Quem aqui já ajudou os pais a fazer compras? Como foi essa experiência?”.
Desenvolvimento:
1. Apresentação Inicial (10 minutos): Começar a aula com uma interação, perguntando aos alunos onde conseguem ver a matemática no cotidiano. Anotar as respostas em um quadro.
2. Exploração Prática (15 minutos): Dividir a turma em grupos e realizar uma atividade prática onde eles precisam simular uma compra utilizando as moedas de brincar. Cada grupo deve criar um cenário de mercado e, em seguida, apresentar o que aprenderam.
3. Jogos Matemáticos (15 minutos): Organizar jogos de tabuleiro que utilizem conceitos matemáticos como adição e subtração. Pode ser um jogo onde eles têm que resolver problemas para avançar no tabuleiro.
4. Análise de Dados (10 minutos): Por fim, propor a interpretação de gráficos simples que representem situações do cotidiano, como a distribuição de frutas em uma feira. Discutir as informações contidas e o que elas representam.
Atividades sugeridas:
Atividade 1 – Compras no Mercado
– Objetivo: Compreender a adição e a subtração em situações de compra.
– Descrição: Criar um mercado utilizando a sala de aula, onde os alunos devem comprar itens utilizando o dinheiro de brincar. Primeiramente, os alunos devem calcular quanto têm, e depois calcular a troca.
– Instruções: Cada aluno recebe uma quantia de dinheiro de brincar e deve escolher produtos numerados. Ao final, devem calcular o troco.
– Materiais: Moedas de brincar, cartões de produto com preços.
– Adaptação: Para alunos que têm dificuldades, podem realizar as contas em duplas.
Atividade 2 – Jogo do Tabuleiro
– Objetivo: Praticar o raciocínio lógico.
– Descrição: Criar um jogo de tabuleiro onde, em cada casa, tenha uma questão matemática que deve ser respondida para continuar.
– Instruções: Os alunos se dividem em grupos de 4 e jogam o tabuleiro, respondendo as perguntas adequadamente.
– Materiais: Tabuleiros, dados, cartões com perguntas.
– Adaptação: Criar diferentes níveis de dificuldade nas perguntas.
Atividade 3 – Gráfico de Frutas
– Objetivo: Aprender a interpretar dados em gráficos.
– Descrição: Após a situação de mercado, os alunos devem preencher um gráfico com a quantidade de frutas compradas.
– Instruções: Com gráficos pré-preparados, cada aluno deve desenhar e apontar as quantidades de frutas mencionadas.
– Materiais: Gráficos impressos, canetas coloridas.
– Adaptação: Auxiliar na interpretação e na coloração.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, reunir todos em um círculo e discutir o que cada um aprendeu. Perguntar: “Como você utilizaria matemática ao fazer compras?”, “Qual foi a situação mais difícil e como você resolveu?”.
Perguntas:
– Como você se sentiu fazendo o papel de comprador no mercado?
– Quais estratégias você usou durante os jogos?
– Em que outras situações você consegue ver a matemática no cotidiano?
Avaliação:
A avaliação será feita a partir da participação nas atividades práticas e nas discussões em grupo. Além disso, o professor pode observar como os alunos resolveram as situações problema e sua capacidade de trabalhar em equipe.
Encerramento:
Finalizar a aula revisitando os pontos abordados, ressaltando a importância da matemática no cotidiano das crianças. Estimular os alunos a observarem e compartilharem novas situações em que a matemática pode aparecer ao longo da semana.
Dicas:
– Utilize jogos de tabuleiro já conhecidos pelos alunos para facilitar o engajamento.
– Converse com os alunos durante a atividade para entender suas impressões sobre a matemática em situações do cotidiano.
– Mantenha um ambiente lúdico e divertido, utilizando recursos visuais e sonoros sempre que possível.
Texto sobre o tema:
A matemática é uma linguagem universal que nos ajuda a entender o mundo ao nosso redor. No dia a dia, utilizamos a matemática em diversas atividades simples, como contar o número de maçãs que temos, calcular o troco que vamos receber após uma compra ou até mesmo em jogos que envolvem estratégia e lógica. Compreender a presença da matemática no cotidiano nos ajuda a valorizar essa área do conhecimento e a percebê-la como uma ferramenta essencial para a solução de problemas.
Desde a infância, a matemática se faz presente de maneira implícita nas brincadeiras e interações sociais. Em jogos, os adolescentes desenvolvem habilidades matemáticas fundamentais, sem sequer perceberem, ao fazerem cálculos sobre quantidades, estratégias de ganho, entre outros. O uso dessas habilidades em contextos lúdicos não só apreende conceitos matemáticos, mas também promove a formação de um pensamento crítico e analítico.
Além disso, trazer a matemática para o cotidiano ajuda a desmistificar essa disciplina, muitas vezes vista como algo complexo e distante. Por meio de atividades práticas e lúdicas, os alunos têm a oportunidade de experimentar a matemática de forma interativa, percebendo que ela está ao alcance de todos e pode ser divertida. A matemática no cotidiano não se limita a fórmulas e números; ela é, acima de tudo, uma parte da nossa vida diária que deve ser explorada e compreendida em seu pleno potencial.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre matemática no cotidiano pode ser expandido e adaptado para várias vertentes educacionais, integrando outras disciplinas de maneira interdisciplinar. Por exemplo, ao abordar a temática da nutrição, os alunos podem realizar pesquisas sobre a composição nutricional de diferentes alimentos e a quantidade que devem consumir em suas refeições, utilizando a matemática para calcular proporções e porções adequadas.
Outro desdobramento interessante seria a utilização da matemática na arte, onde os alunos poderiam estudar a simetria e a geometria em obras de arte, criando suas próprias obras a partir dessas noções. Isso ajudaria a consolidar o entendimento de conceitos matemáticos enquanto se estimula a criatividade e a apreciação estética.
Finalmente, as atividades também podem incluir a utilização de tecnologia, como aplicativos e jogos digitais que abordem conceitos matemáticos de forma interativa e divertida. Essas plataformas permitem um espaço de aprendizado mais dinâmico, onde as crianças podem resolver questões e desafios matemáticos em um ambiente virtual, tornando o aprendizado ainda mais envolvente e motivador.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor esteja preparado para criar um ambiente propício ao aprendizado, onde os alunos se sintam seguros e motivados a participar. A empatia e a abordagem positiva em relação à matemática podem fazer uma grande diferença na maneira como os alunos se relacionam com a disciplina. A ideia é que eles vejam a matemática como um aliado, capaz de ajudá-los em suas dificuldades e desafios diários, e não apenas uma obrigação escolar.
Outra orientação importante é a diferenciação das atividades, adaptando-as às necessidades de cada aluno. A inclusão de desafios extras para alunos que demonstram maior facilidade, bem como a oferta de apoio adicional para aqueles que enfrentam dificuldades, pode ajudar a promover um aprendizado mais equitativo e satisfatório para todos.
Por fim, incentivar a curiosidade e a autonomia dos alunos nas atividades de matemática no cotidiano pode gerar uma maior disposição e interesse pela aprendizagem. Quando eles percebem que estão utilizando a matemática em situações reais, compreendendo a sua aplicabilidade, naturalmente desenvolverão um gosto por aprender e um desejo de explorar novos conceitos e desafios matemáticos ao longo de sua trajetória escolar.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1 – Caça ao Tesouro Matemático
Objetivo: Desenvolver a habilidade de resolver problemas matemáticos em equipe.
Materiais: Papéis com questões matemáticas escondidos no espaço escolar.
Passo a passo: Criar perguntas que levem a diferentes locais da escola, onde os alunos devem resolver desafios para chegar ao próximo ponto até encontrar o “tesouro”.
Sugestão 2 – Mercado da Matemática
Objetivo: Proporcionar prática em adição, subtração e troco.
Materiais: Cartões de preços e dinheiro fictício.
Passo a passo: Organizar um dia de “mercado” onde cada aluno deve comprar e vender produtos, criando interações que envolvam cálculos simples.
Sugestão 3 – Receita Matemática
Objetivo: Estimular o aprendizado de frações e medidas.
Materiais: Ingredientes para uma receita simples.
Passo a passo: Propor que os alunos voltem para casa e tragam uma receita que eles possam fazer, discutindo as medidas e frações necessárias em um contexto real.
Sugestão 4 – Batalha dos Números
Objetivo: Promover o cálculo mental e a agilidade.
Materiais: Cartões com perguntas de matemática.
Passo a passo: Realizar uma competição em que os alunos devem responder rapidamente a perguntas matemáticas, ganhando pontos a cada resposta correta.
Sugestão 5 – Tabuleiro de História Matemática
Objetivo: Relacionar a matemática com a contação de histórias.
Materiais: Tabuleiro, dados e perguntas.
Passo a passo: Criar um tabuleiro de jogo onde cada casa representa um problema matemático relacionado a uma história, levando o aluno a responder corretamente para avançar.
Este plano de aula busca proporcionar uma rica experiência de aprendizado, onde as crianças exploram a matemática de forma significativa e divertida, reconhecendo sua presença e função no cotidiano.
