Plano de Aula: Quem sou eu? (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas

A proposta deste plano de aula é facilitar o autoconhecimento e a expressão individual das crianças por meio da arte. Ao abordar a pergunta “Quem sou eu?”, as crianças terão a oportunidade de explorar sua própria identidade, assim como a dos colegas e da família, através do desenho. Esta atividade promove não somente o desenvolvimento da motricidade fina e da percepção visual, mas também a construção de laços sociais, uma vez que os alunos compartilharão suas produções e explorarão as semelhanças e diferenças entre si. Dessa forma, é possível que os alunos compreendam as suas individualidades, além de respeitar as particularidades dos outros.

No contexto educacional proposto, o desenho se transforma em uma ferramenta poderosa para a autoexpressão. Através do uso de cores e formas, as crianças podem representar suas ideias e sentimentos. O plano incentivará a comunicação entre os alunos, promovendo um ambiente de respeito e compartilhamento. A prática do desenho também ajuda a estimular a impressão de autoconfiança, uma vez que as crianças poderão admirar suas produções artísticas, promovendo uma imagem positiva de si mesmas.

Tema: Quem sou eu?
Duração: 60 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular o autoconhecimento e a expressão individual das crianças, permitindo que se identifiquem e explorem sua identidade e seus sentimentos através da arte de desenhar.

Objetivos Específicos:

– Promover a expressão artística como forma de retratar a si mesmo.
– Fomentar a interação entre as crianças, incentivando o compartilhamento e a comunicação.
– Proporcionar um ambiente de respeito às diferenças físicas e culturais entre os colegas.
– Desenvolver a motricidade fina por meio do ato de desenhar e pintar.

Habilidades BNCC:

– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
– Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Papéis em branco (tamanhos variados).
– Lápis de cor e canetinhas.
– Tintas a dedo (opcional).
– Pincéis diversos.
– Aventais para as crianças (para evitar sujeira).
– Espelho pequeno (para observação).
– Fotos de família (se possível, para estimular o diálogo).

Situações Problema:

Desafiar as crianças a se expressar: “Como você se vê? Como você vê seus amigos e sua família?”. Essas perguntas ajudarão a orientar a prática de desenho e identidade ao longo da atividade.

Contextualização:

É fundamental criar um ambiente acolhedor e seguro onde as crianças se sintam à vontade para se expressar. Conversar com os alunos sobre a importância de se conhecer e entender suas próprias características únicas ajudará a construir um senso mais profundo de identidade. Mostrar imagens de diferentes tipos de famílias e amigos também poderá ajudar nesse processo, permitindo que as crianças reconheçam e respeitem a diversidade que existe em seu grupo social.

Desenvolvimento:

1. Abertura: A aula começa com uma conversa sobre o que significa “Quem sou eu?”. Perguntas simples como “O que você gosta de fazer?” e “Qual é o seu brinquedo favorito?” ajudarão a iniciar a discussão.
2. Exposição: Apresente um espelho para cada criança, pedindo que se olhem e observem suas características. Pergunte sobre o que conseguem ver e que características podem ilustrar.
3. Atividade de Desenho: Distribua os papéis e as cores. Instrua as crianças a desenharem um autorretrato, encorajando que incluam características que consideram importantes (cabelo, olhos, boca, etc.).

4. Reconhecimento de Alguém Próximo: Após o autorretrato, peça que elas desenhem um amigo ou um membro da família. Explique que cada desenho deve ser especial, assim como cada pessoa na sala é especial.
5. Compartilhamento e Diálogo: Após concluírem os desenhos, organize um momento onde cada criança um de seus desenhos e explique para a turma. Os outros alunos devem ouvir e, se desejarem, perguntar algo sobre o desenho.
6. Fechamento: Finalize com uma reflexão sobre o que aprenderam sobre si e os outros, reforçando a importância da amizade e do respeito às diferenças.

Atividades sugeridas:

1. Atividade para Melhorar a Motricidade: Deixe que as crianças experimentem a pintura com as mãos. Proporcione tintas em uma bandeja e incentive-as a desenhar com as palmas das mãos a frase “Eu sou”, incluindo a escrita com ajuda do educador.
Objetivo: Trabalhar a motricidade enquanto se expressam.

2. Atividade Musical: Depois de desenhar, cante a canción “Eu sou especial” enquanto as crianças dançam, incorporando gestos que imitam partes do corpo (cabeça, pés, mãos).
Objetivo: Associar movimento e música às características pessoais.

3. Contação de História: Ao final, escolha um livro que fale sobre identidades (como “Eu sou Eu” de Althea Kontor) e faça uma leitura em conjunto.
Objetivo: Reforçar a ideia de que todas as identidades são importantes.

4. Criação de um Mural: Monte um mural com todos os desenhos, permitindo que as crianças visitem o mural e comentem sobre as obras de arte dos colegas.
Objetivo: Estimular a valorização do trabalho do outro.

5. Atividade de Grupo: Organizar um círculo e perguntar a cada criança: “Qual é a sua característica que você mais gosta?” Isso ajuda a promover a autoaceitação.
Objetivo: Promover a fala e a escuta ativa entre os alunos.

Discussão em Grupo:

No final da atividade, será importante reunir as crianças em um círculo e perguntar o que elas mais gostaram de desenhar e aprender. Quais foram as partes que acharam mais divertidas? Como se sentiram ao ver seus desenhos e os dos colegas? Essas questões estimularão a troca de experiências e reflexões significativas.

Perguntas:

1. O que você vê quando se olha no espelho?
2. Qual desenho você fez que você mais gosta?
3. O que você descobriu sobre o seu amigo através do desenho deles?
4. Você acha que todos os desenhos são diferentes e especiais? Por quê?
5. Como você se sente quando fala sobre as coisas que você gosta?

Avaliação:

A avaliação será realizada durante toda a aula, observando como as crianças se relacionam e se expressam, se usam as habilidades manuais adequadamente e se respeitam as produções dos colegas. Após a atividade, uma conversa para refinar a compreensão sobre suas próprias opiniões sobre os desenhos ajudará a validar o aprendizado.

Encerramento:

Concluir com um momento de agradecimento a todos os alunos por compartilharem suas histórias e desenharem. Reforçar que cada um tem sua própria maneira de se ver e que isso é muito especial. Além disso, sugerir que levem seus desenhos para casa e compartilhem com suas famílias, promovendo a discussão em casa sobre identidade e respeito.

Dicas:

Ofereça opções variadas de materiais, sempre respeitando a autonomia de cada criança nas escolhas. Utilize música relaxante durante a atividade para criar um ambiente calmo e propício à criatividade. Mantenha a comunicação aberta sempre, estimulando as crianças a falarem sobre seus sentimentos em relação ao que produzem.

Texto sobre o tema:

A questão da identidade é um tema central no desenvolvimento infantil. Para as crianças pequenas, o processo de descoberta de quem são permeia todo o seu cotidiano. O ato de desenhar, principalmente para essa faixa etária, é um meio rico não apenas de expressão, mas também de autoafirmação. Cada traço e cada cor escolhidos são representações de sentimentos e pensamentos que, muitas vezes, não são articulados verbalmente. Através da arte, as crianças conseguem dar vida às suas emoções e ideias, criando um espaço onde podem explorar o “eu”, o “outro” e as relações que se formam entre eles.

Desenhar a si mesmo e a seus colegas fortalece a construção de laços sociais. As crianças não apenas se observam, mas se valorizam e vêem a beleza na diversidade entre elas. Essa atividade de autodescoberta tem um impacto profundo tanto no desenvolvimento emocional quanto social, pois participa da promoção de uma imagem positiva de si. Ao promover o respeito às características dos outros, as crianças se tornam mais conscientes de suas próprias singularidades, cultivando um ambiente de aceitação e empatia, essenciais para o convívio em sociedade.

Ademais, o uso de diferentes materiais de arte para expressar a identidade pessoal estimula a criatividade, favorecendo o desenvolvimento de habilidades motoras. A prática do desenho oferece a oportunidade de aprimorar e exercitar a coordenação motora, fundamental para o crescimento saudável da criança. Ao manipular lápis, pincéis e tintas, as crianças não só se divertem, mas também adquirem controle sobre suas habilidades artísticas, conquistando autonomia e confiança em sua capacidade de criar. Com isso, a atividade de descoberta da identidade se torna uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento integral da criança.

Desdobramentos do plano:

Expandir esta aula pode seguir diversas direções, sempre respeitando o processo de aprendizado individual de cada criança. Uma sugestão é incluir histórias que tratem sobre diferentes culturas e opiniões sobre outro e sobre si mesmo. Essa abordagem não só enriquecerá o conhecimento sobre a diversidade, mas também tornará os alunos mais empáticos e respeitosos. Por exemplo, ao ler histórias sobre costumes de outras partes do mundo e como as crianças de diferentes culturas se percebem, podemos aprofundar a discussão sobre o que significa pertencer a um grupo e ter uma identidade própria.

As próprias produções artísticas das crianças podem servir como material para futuras atividades de extensão. Um mural ou exposição das artes pode ser organizado, convidando os pais e responsáveis a conhecer o trabalho e o mundo interior que seus filhos estão explorando. Essa interação com a família não só desenvolverá o vínculo entre escola e casa, mas também reforçará a importância do desenho como um meio de comunicação poderoso que fala sobre a vida das crianças.

Finalmente, temas como a amizade, o respeito às diferenças físicas e a comunicação entre as crianças podem ser abordados em semanas posteriores, fortalecendo o relacionamento entre os alunos e a colaboração entre eles. Cada aula pode assim interligar-se, criando um ciclo de aprendizado contínuo baseado no respeito, na diversidade e na autoexpressão, pilares fundamentais para o desenvolvimento emocional e social de cada aluno.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o educador mantenha uma postura atenta e respeitosa durante o desenvolvimento da aula. Estimular o diálogo e a interação entre as crianças pode enriquecer a experiência, permitindo que cada aluno se sinta valorizado e compreendido. Ao oferecer um espaço de escuta ativa onde as opiniões e sentimentos sejam respeitados, o professor desempenha um papel crucial na construção de um ambiente seguro e acolhedor, facilitando a autoexpressão.

Durante as atividades, é importante observar as dinâmicas entre os alunos, para orientar quando necessário e garantir que o foco se mantenha na apreciação do que cada um produzir. Incentivar a celebração das diferenças e a comunicação clara, respeitando os tempos de cada criança, proporcionará uma experiência mais completa, reforçando a importância da diversidade e da empatia no convívio escolar.

Por último, uma reflexão final da aula é fundamental. Possibilitar que as crianças compartilhem o que aprenderam e como se sentiram durante a atividade pode fortalecer ainda mais a autoestima e o autoconhecimento delas. Estas reflexões não só valerão para a construção da imagem de si, mas propiciarão um sentimento de pertencimento a um grupo que se apoia e valoriza suas singularidades.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Crie fantoches de papel com os desenhos das crianças. Dentro de uma caixa, eles podem representar como cada um se vê e como se sentem.
Objetivo: Incentivar a expressão verbal e a visibilidade da identidade.
Materiais: Fantoches de papel, caixa, papel colorido, tesoura e cola.

2. Circuito das Criaturas: Monte um circuito onde cada criança deve atravessar diversas estações que representam suas características (ex: “caminhada de quem gosta de correr”, “dança das cores que gosta”).
Objetivo: Desenvolver a consciência corporal e o respeito pelas características dos outros.
Materiais: Música, espaços delimitados e elementos visuais que representem as características.

3. Livro de Identidade: Crie um livro onde cada criança possa colar fotos (ou desenhos) de si e de suas famílias, além de escrever algo que gosta.
Objetivo: Incentivar a escrita e a partilha de experiências familiares.
Materiais: Papéis, tesoura, colas, fotos, canetas coloridas.

4. Caça ao Tesouro das Características: Proporcione uma atividade onde as crianças precisam encontrar e destacar características de colegas (cabelo, altura, sorriso) usando desenhos.
Objetivo: Observação e reconhecimento das diferenças.
Materiais: Papéis, lápis de cor, lista com características.

5. Música e Dança da Identidade: Crie uma música ou uma canção onde as crianças possam apresentar suas qualidades e a forma como se veem. Estruture a atividade com danças e movimentos do corpo que representem suas características.
Objetivo: Trabalhar a expressão corporal e a autoimagem.
Materiais: Música, espaço amplo para as danças.

Este plano de aula é uma oportunidade de interação e autoconhecimento para as crianças, ajudando-as a construir uma identidade forte e respeitosa, ao mesmo tempo que exploram sua criatividade e a diversidade que as

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