Plano de Aula: A dança como ferramenta de expressão corporal é inclusão social (Ensino Médio) – 1º Ano

A dança é uma manifestação artística rica em expressão e simbolismo e, neste plano de aula, abordamos a dança como uma ferramenta de expressão corporal e inclusão social. O objetivo é proporcionar aos alunos do 1º ano do Ensino Médio uma visão ampla sobre como a dança pode não apenas servir como forma de entretenimento, mas também como um meio de expressão cultural e de promoção de inclusão social. Esta abordagem não apenas desenvolve a sensibilidade estética dos alunos, mas também os ensina a respeitar e valorizar as diferentes culturas através do movimento.

A proposta consiste em uma aula teórica introdutória que explora a importância da dança dentro das relações sociais e culturais, promovendo uma discussão sobre como essa prática pode ser utilizada de maneira inclusiva. Este plano tem como pano de fundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando assegurar que o conhecimento transmitido esteja em consonância com as habilidades essenciais que os alunos devem desenvolver.

Tema: A dança como ferramenta de expressão corporal e inclusão social
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 14 a 15 anos

Objetivo Geral:

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Proporcionar aos alunos uma compreensão da dança como um meio poderoso de expressão pessoal e coletiva, enfatizando sua relevância na promoção da inclusão social e respeito à diversidade cultural.

Objetivos Específicos:

– Analisar a dança como uma forma de linguagem corporal e comunicação.
– Identificar as diversas manifestações da dança e seu papel na sociedade.
– Discutir como a dança pode promover a inclusão social e a empatia.
– Refletir sobre a importância da diversidade cultural na prática da dança.

Habilidades BNCC:

– EM13LGG201: Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
– EM13LGG501: Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
– EM13LGG502: Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
– EM13LGG505: Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos.

Materiais Necessários:

– Projetor multimídia.
– Slides ou apresentação em PowerPoint com imagens de diferentes danças.
– Vídeos curtos demonstrando várias formas de dança.
– Quadro ou lousa para anotações.
– Folhetos ou postagens sobre a diversidade cultural nas danças.

Situações Problema:

– O que leva as pessoas a dançarem em diferentes culturas?
– Como a dança pode ser uma forma de resistência e afirmação de identidades?
– De que maneira a dança pode promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados?

Contextualização:

A dança é uma prática universal que transcende as barreiras geográficas e culturais. Desde as manifestações mais tradicionais até as formas contemporâneas, cada estilo de dança carrega consigo histórias, valores e significados que refletem a identidade de seus praticantes. Em tempos onde a inclusão social é cada vez mais necessária, a dança se destaca como uma potencial ferramenta para unir pessoas, independente de suas diferenças. Ela tem o poder de quebrar estigmas, construir diálogos e promover a empatia entre indivíduos de diferentes origens.

Desenvolvimento:

A aula inicia-se com uma breve apresentação sobre a dança, suas diversas formas e funções na sociedade. Em seguida, será apresentado um vídeo que ilustra uma variedade de danças de diferentes culturas, promovendo a discussão sobre as semelhanças e diferenças. Os alunos serão convidados a compartilhar suas experiências pessoais com a dança, considerando como essa prática pode ser inclusiva e expressiva.

Iremos destacar momentos históricos onde a dança serviu como instrumento de protesto ou manifesto cultural, exemplificando como diferentes grupos sociais utilizam a dança para se expressar e reivindicar seus direitos.

Atividades sugeridas:

1. Discussão em Grupo: (Objetivo: Incentivar o compartilhamento de experiências)
– Descrição: Dividir a turma em pequenos grupos e solicitar que compartilhem experiências de danças que conhecem ou praticam. Cada grupo deve destacar a importância cultural e social dessas danças.
– Instruções: Os alunos deverão anotar pontos-chave e, posteriormente, apresentar brevemente ao restante da turma.

2. Estudo de Caso: (Objetivo: Analisar o papel da dança na inclusão social)
– Descrição: Apresentar um caso de dança colaborativa, como grupos de dança que trabalham com populações marginalizadas. Analisar os impactos sociais e culturais.
– Instruções: Cada aluno deve escrever uma breve reflexão sobre como a dança pode influenciar a inclusão social no ambiente em que vivem.

3. Criação de um Mini Projeto: (Objetivo: Promover a prática e a aplicação do conhecimento)
– Descrição: Propor aos alunos a elaboração de um miniprojeto onde eles devem escolher uma dança de uma cultura específica, investigar sua história e significado, e apresentar à turma, podendo incluir demonstrações.
– Instruções: Os alunos devem formar duplas ou trios para facilitar a pesquisa e a apresentação.

4. Reflexão Escrita: (Objetivo: Promover um momento introspectivo)
– Descrição: Após o término das discussões, os alunos deverão escrever uma breve redação (de uma página) sobre a importância da dança na promoção de inclusão e diversidade cultural.
– Instruções: As redações serão entregues no final da aula e poderão ser lidas em aula posterior.

Discussão em Grupo:

Os alunos deverão debater em grandes grupos as possíveis consequências sociais da dança como forma de inclusão. Questões como “Qual a sua experiência com a dança?” e “Como a dança pode transformar comunidades?” serão abordadas, buscando uma análise crítica.

Perguntas:

1. Como a dança se manifesta em diferentes culturas e como isso impacta a inclusão social?
2. Quais preconceitos podem ser superados através da prática da dança?
3. De que forma você acredita que a dança pode promover a aceitação de diferença entre grupos sociais?

Avaliação:

A avaliação será contínua, considerando a participação nas discussões, a contribuição nas atividades em grupo e a qualidade da reflexão escrita. Serão levados em conta não apenas os conteúdos abordados, mas também a postura dos alunos em relação à inclusão e ao respeito à diversidade.

Encerramento:

Finalizaremos a aula reforçando a importância da dança como uma linguagem universal de expressão e o papel crucial que ela desempenha na inclusão social. Farei uma breve recapitulação dos principais pontos abordados e abrir uma última oportunidade para que os alunos compartilhem suas considerações finais sobre o tema.

Dicas:

– Utilize imagens e vídeos para tornar a aula mais dinâmica e interativa.
– Incentive a diversidade de opiniões e experiências, promovendo um ambiente inclusivo e respeitoso.
– Esteja preparado para discutir questões sensíveis relacionadas à inclusão e diversidade.

Texto sobre o tema:

A dança é uma das formas mais puras de expressão humana, permitindo que nossos sentimentos, pensamentos e experiências sejam comunicados através do movimento. Através da dança, culturas inteiras expressam suas tradições, sua história, e suas identidades. No contexto atual, marcado por tensões sociais e culturais, a dança pode se tornar uma ponte, conectando pessoas de diferentes origens, crenças e contextos sociais. Ao promover um espaço onde todos possam se expressar, a dança se torna não apenas uma atividade artística, mas também um poderoso instrumento de inclusão social.

A prática da dança contribui para a formação da identidade, tanto individual quanto coletiva, e permite que vozes que muitas vezes são silenciadas sejam ouvidas. Em um mundo que frequentemente fragmenta e divide, a dança reúne, faz rir, faz chorar, e mais importante, promove a empatia. A capacidade da dança de transcender barreiras e construir comunidades é incomensurável, proporcionando a cada indivíduo uma plataforma para sentir e ser sentido.

Este plano de aula busca não apenas informar sobre a prática da dança, mas também instigar os alunos a refletir sobre seu papel na sociedade atual. A inclusão social deve ser um valor central não só nas artes, mas em todos os aspectos da vida social. Ao nos debruçarmos sobre as manifestações culturais, podemos cultivá-las de maneira que elas sirvam para unir e não para dividir, para celebrar e não para silenciar. Que os alunos, ao final desta aula, possam entender que a dança é uma ferramenta poderosa nas mãos de quem a utiliza, capaz de fazer ecoar vozes até então esquecidas.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre a dança como ferramenta de expressão e inclusão social pode ter desdobramentos significativos, promovendo uma discussão mais profunda não apenas sobre a arte da dança em si, mas sobre temas como a diversidade cultural, a identidade e a inclusão. Uma das primeiras possibilidades é a realização de um Festival de Dança na escola, onde os alunos possam apresentar diferentes danças que pesquisaram. Esse evento poderia incluir a participação de comunidades locais, enriquecendo ainda mais a experiência.

Além disso, o plano pode ser expandido para incluir aulas práticas, onde os alunos poderiam não apenas estudar a dança, mas também praticá-la. Isso pode envolver oficinas com dançarinos profissionais de diferentes estilos, permitindo que os alunos experimentem em primeira mão a pluralidade de expressões disponíveis. Encorajar os alunos a dar aulas de dança para suas comunidades pode também se tornar um catalisador para a inclusão social, fazendo com que esses jovens se sintam empoderados.

Por último, é essencial criar um clube de dança na escola, onde os alunos possam se reunir, aprender e, mais importante, compartilhar o que aprenderam sobre o impacto social e cultural da dança em suas vidas e em suas comunidades. Isso pode não só contribuir para o desenvolvimento das habilidades das danças, mas também promover um ambiente sempre inclusivo e respeitoso, onde todos são incentivados a expressar suas vozes.

Orientações finais sobre o plano:

Ao finalizar este plano de aula, é fundamental que os educadores se lembrem da importância da dança e como ela pode conectar os alunos a realidades e experiências que se projetam além de suas vivências cotidianas. A educação não deve apenas ser uma transmissão de conhecimento, mas também um meio de formar cidadãos críticos e engajados. Os professores devem estar abertos a ajustar o conteúdo conforme a resposta e o interesse dos alunos, incentivando um ambiente em que todos se sintam à vontade para se expressar.

Além disso, é essencial que os educadores se aproximem da comunidade escolar e local, de modo a integrar a dança de maneira mais profunda em eventos e festivais, promovendo assim a cultura e as tradições de diferentes grupos sociais. Essa interação pode promover a inclusão não apenas na sala de aula, mas em toda a comunidade, enriquecendo a experiência de todos os envolvidos.

Por fim, os educadores devem estar atentos às necessidades dos alunos, especialmente aqueles que podem se sentir excluídos ou diferentes. A dança deve ser um espaço seguro e acolhedor para todos, ajudando estudantes a se conectarem consigo mesmos e uns com os outros, em um ambiente de respeito, diversidade e celebração da inclusão.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Aula de Dança Inclusiva:
– Objetivo: Criar um espaço onde todos possam se expressar através do movimento.
– Materiais: Espaço amplo e músicas diversas.
– Modo de condução: Os alunos se revezam ensinando um passo de dança de sua escolha, promovendo uma mescla de estilos e culturas.

2. Criação de Grupo de Dança:
– Objetivo: Formar uma equipe de dança inclusiva na escola.
– Materiais: Roupas de dança e materiais de divulgação.
– Modo de condução: Reúna os alunos interessados e desenvolva um projeto no qual eles criem e apresentem uma coreografia que represente a diversidade da turma.

3. Competição de Dança Cultural:
– Objetivo: Estimular o respeito e a valorização das diferentes culturas.
– Materiais: Prêmios simbólicos e espaço para apresentação.
– Modo de condução: Organize um evento em que grupos apresentem danças que representem suas culturas, com júri formado por professores e alunos.

4. Oficina de Dança Tradicional:
– Objetivo: Ensinar danças culturais que normalmente não são abordadas na escola.
– Materiais: Instrutores locais e espaço para apresentação.
– Modo de condução: Convidar dançarinos de diferentes tradições para ensinarem suas danças, promovendo um aprendizado enriquecedor.

5. Documentário sobre a Dança e Inclusão:
– Objetivo: Produzir um documentário que documente a experiência da dança na escola.
– Materiais: Câmeras, computadores para edição e música.
– Modo de condução: Os alunos podem ser designados a filmar e editar o documentário, refletindo sobre o impacto que a dança teve em suas vidas e na inclusão social.

Este plano é um convite à reflexão e à ação em sempre promover a inclusão através de uma das mais poderosas formas de expressão humana.