Plano de Aula: FLOLCLORE BRASILEIRO (Educação Infantil) – Bebês

Este plano de aula foi desenvolvido com a intenção de proporcionar experiências significativas aos bebês da faixa etária de 4 a 5 anos, visando o conhecimento do folclore brasileiro. Através do contato com as lendas do Saci, Boitatá, Iara e Cuca, as crianças terão a oportunidade de explorar a rica cultura brasileira de uma maneira lúdica e envolvente. Esta abordagem não só enriquece o repertório cultural dos alunos, mas também promove o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e afetivas que são cruciais nesta fase de aprendizado.

Ao longo de três dias, os professores utilizarão diversas atividades integrativas que vão ao encontro das habilidades da BNCC, estimulando a interação social, o movimento, a criatividade e a expressão artística. O planejamento abaixo permite chamar a atenção dos pequenos sobre a importância do folclore e das suas tradições, além de envolver os educadores em práticas que fomentam um ambiente de aprendizado colaborativo e lúdico.

Tema: Folclore Brasileiro
Duração: 3 Dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos a experimentação e vivência das lendas do Saci, Boitatá, Iara e Cuca, promovendo o desenvolvimento social, motor e cognitivo dos bebês através de atividades lúdicas.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a comunicação entre as crianças através da contação de histórias.
– Fomentar a expressão corporal e a imitação de gestos que representam as lendas.
– Explorar diferentes sonoridades e ritmos por meio de músicas e canções folclóricas.
– Promover a interação com os colegas e adultos através de brincadeiras.

Habilidades BNCC:

(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Materiais Necessários:

– Livros ilustrados sobre as lendas (foco no Saci, Boitatá, Iara e Cuca).
– Bonecos ou fantoches representando as lendas.
– Instrumentos musicais simples (como chocalhos e tambores).
– Materiais para atividades de pintura (tintas, pincéis, papel).
– Roupas ou fantasias simples para encenações.
– Espaço adequado para movimentos e danças.

Situações Problema:

– Como a Iara rema nas águas e atrai atenção?
– O que acontece quando o Boitatá aparece?
– Como o Saci se move furtivamente?
– Quais sons representam a Cuca e suas travessuras?

Contextualização:

O folclore brasileiro é um universo rico em histórias e personagens que refletem a diversidade cultural do nosso país. Para os bebês, conhecer essas lendas é não apenas divertido, mas essencial para o desenvolvimento da identidade cultural. As lendas abordadas, como o Saci, sempre associado a travessuras e astúcia, e a Iara, relacionada à beleza e mistério das águas, têm um grande potencial para instigar a imaginação e a curiosidade das crianças.

Desenvolvimento:

No primeiro dia, a atividade inicial será a contação de histórias. O educador pode usar um livro ilustrado sobre cada lenda, fazendo uma leitura interativa. O uso de bonecos ou fantoches pode ajudar a prender a atenção das crianças, além de torná-las participantes da história. Após a leitura, as crianças poderão expressar, através de gestos e sons, o que entenderam da história.

No segundo dia, o foco será em música e movimento. Os educadores podem ensinar canções que contem a história dos personagens e integrar danças que imitem os movimentos do Saci, Boitatá, Iara e Cuca. Brincadeiras que envolvem os sons, como chocalhos e tambores, podem ser utilizadas para acompanhar as canções, permitindo que as crianças experimentem diferentes ritmos e sonoridades.

No terceiro dia, será realizada uma atividade de arte, onde as crianças poderão pintar ou desenhar os personagens das lendas, usando tintas e pincéis. Isso promoverá a expressão artística e ajudará as crianças a se reconectarem com as histórias que aprenderam. As atividades devem ser adaptadas ao desenvolvimento de cada criança, valorizando sua individualidade e as suas expressões.

Atividades sugeridas:

Contação de história: Utilize livros ilustrados. Incentive as crianças a fazer sons que representem os personagens.
Música e movimento: Ensine canções folclóricas. Use instrumentos simples e encoraje as crianças a dançar imitando os personagens.
Atividade de arte: Proporcione tintas e papel. Peça que elas desenhem o que mais gostaram das histórias. Criar estantes giratórias com as artes feitas.

Discussão em Grupo:

Após cada atividade, dedique um tempo para que as crianças compartilhem o que mais gostaram das lendas, quais sons e movimentos mais chamaram sua atenção, e o que aprenderam sobre os personagens.

Perguntas:

– O que o Saci faz quando está brincando?
– Como você se sentiu quando ouviu a história da Iara?
– O que o Boitatá gosta de proteger?
– Quais sons você acha que a Cuca faz quando aparece?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação e a interação das crianças nas atividades propostas. Notar como cada uma expressa-se através de movimentos, sons e artes. A interação social e o engajamento nas atividades também serão considerados indicadores de aprendizado.

Encerramento:

Para encerrar a sequência de atividades, pode ser realizado um momento de celebração, onde cada criança pode mostrar sua arte e compartilhar histórias ou movimentos que criaram em relação aos personagens. Essa troca promovida valoriza a experiência aprendida e fortalece os laços entre os colegas.

Dicas:

Varie as abordagens: Utilize diferentes mídias (livros, músicas, vídeos) para apresentar as lendas e personagens.
Seja flexível: Adapte as atividades conforme a resposta das crianças, sempre respeitando os limites de cada uma.
Envolva a família: Compartilhe as experiências em casa, incentivando os pais a contar as histórias folclóricas para os filhos.

Texto sobre o tema:

O folclore brasileiro é um tesouro cultural que traz consigo histórias mágicas, personagens intrigantes e lições valiosas. Desde a travessura do Saci, que com seu redemoinho e uma perna só, fascina crianças e adultos, até a beleza sonora da Iara, que, com seu canto encantado, atrai os corações. As lendas não apenas refletem a diversidade cultural do país, mas também são uma forma de transmitir valores, tradições e saberes de geração em geração. Ao introduzir essas histórias em ambientes educacionais, proporcionamos aos nossos pequenos a oportunidade de construir uma identidade, entender o outro e, mais importante, reconhecer-se no conjunto da diversidade.

A Cuca, com seu jeito de bruxa, é mais uma personagem marcante que instiga a imaginação. Suas histórias são repletas de aventuras, mistérios e um toque de temor que, quando contados de forma lúdica, podem provocar sorrisos e encantamento nas crianças. O Boitatá, uma serpente de fogo que protege a natureza e nos ensina sobre a importância da preservação, é uma ótima oportunidade para discutir assuntos relevantes na infância, como o respeito ao meio ambiente. Essas narrativas folclóricas, além de entreter, educam e conectam as crianças ao seu entorno e à sua história.

Através do folclore, aprendemos que o mundo é recheado de simbolismos e significados que nos ajudam a compreender a realidade. É fundamental que as crianças, desde cedo, sejam expostas a esse conhecimento, pois isso lhes proporciona um olhar diferenciado sobre a cultura em que vivem. Incorporar essas histórias ao cotidiano escolar permite que desenvolvam suas capacidades de comunicação, socialização e expressão artística, tornando-se, assim, cidadãos mais críticos e preparados para a convivência em sociedade.

Desdobramentos do plano:

As atividades planejadas podem servir como ponto de partida para a exploração de outros temas interdisciplinares. O folclore brasileiro, por ser tão rico e diversificado, pode ser uma inspiração para expandir o conhecimento das crianças para outras áreas, como ciências, onde o ciclo da água pode ser explorado a partir das histórias da Iara, ou até mesmo para a arte, promovendo a produção de bonecos ou fantoches que representem os personagens. A narrativa e a arte se entrelaçam de forma que as crianças não apenas ouvem, mas também vivem as histórias, tornando-se protagonistas de suas aprendizagens.

Além disso, a conexão com o folclore pode enriquecer as práticas culturais da escola, sendo um convite para a realização de eventos culturais que envolvam as famílias e a comunidade. As festividades folclóricas, danças e apresentações teatrais podem ser organizadas, criando um ambiente de convivência e troca de saberes. Essa imersão não só solidifica o conhecimento adquirido, mas também fortalece a identidade cultural e promove um senso de pertencimento entre as famílias.

Por último, o acompanhamento e o registro dos momentos de aprendizado são extremamente importantes. Criar um diário de bordo ou álbum de recordações com fotos, desenhos e pequenos relatos das crianças contribuirá para que elas possam revisitar essas experiências ao longo de sua trajetória escolar. Além disso, compartilhar esse material com a comunidade escolar é uma forma de valorização do processo educativo que envolve tanto os alunos quanto suas famílias.

Orientações finais sobre o plano:

Ao conduzir este planejamento, o educador deve lembrar-se da importância da flexibilidade na implementação das atividades, pois cada grupo é único e terá diferentes ritmos e formas de aprender. É essencial observar as reações e preferências das crianças para adaptar as abordagens, oferecendo sempre um ambiente acolhedor e seguro para que todas se sintam confortáveis em participar.

Outro aspecto a ser considerado é a integração das famílias. Compartilhar as histórias e lendas com os pais em casa, assim como realizar atividades conjuntas na escola, pode enriquecer ainda mais o aprendizado. Incentivar os adultos a contarem suas próprias histórias ou lendas também alimenta o repertório cultural das crianças e fortalece os vínculos familiares.

Além disso, ao final deste plano, deve haver um espaço para reflexão sobre o que foi aprendido e vivido ao longo dos três dias. Facilitar essa troca entre as crianças e o educador permite que todos compartilhem suas experiências, criando um senso de comunidade e pertencimento. Essa prática é vital para que as crianças se sintam valoradas e ouvidas, promovendo a autoestima e o respeito mútuo entre os colegas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo dos Sons: Utilize diferentes objetos do ambiente para criar um jogo que explore os sons das lendas. As crianças devem adivinhar qual personagem a partir do som que é reproduzido. Materiais: objetos sonoros variados (tambores, chocalhos, sinos).
2. Dança do Saci: Criar uma dança onde as crianças imitam os movimentos do Saci. Permitirá que explorem a movimentação e se divirtam ao mesmo tempo. Materiais: músicas que remetem ao Saci.
3. Fantoches da Iara: Criar fantoches de papel que representem a Iara. As crianças poderão usar durante a história, interagindo com o personagem. Materiais: papel colorido, canetas, tesoura e colas.
4. Contação de Lendas em Grupo: Escolher uma lenda e contar em roda, cada criança deve participar, uma contagem seguida de um gestual. Isso promove a participação ativa. Materiais: uma coberta ou tecido que representa o rio (no caso da Iara).
5. Exploração do Espaço com os Elementos: Criar um espaço que simule a floresta ou o rio, onde as crianças devem explorar diferentes texturas e sons (folhas, água, papéis amassados). Materiais: diferentes texturas e objetos naturais.

Estas sugestões vão muito além do aprendizado formal, contribuindo para a formação integral da criança e para o desenvolvimento de suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas. A integração lúdica tem papel central no aprendizado nesta fase da primeira infância, portanto, usem a criatividade e deixem o conhecimento fluir naturalmente nas aprendizagens diárias, abarcando todo o potencial dos pequenos!

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