Plano de Aula: genero textual carta (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano
Este plano de aula tem como foco o gênero textual carta, visando promover a *leitura, escrita e compreensão* desse formato tão significativo na comunicação. A intenção é explorar a *estrutura, os elementos e as convenções* que compõem uma carta, permitindo que os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental desenvolvam sua habilidade de se expressar de maneira pessoal e criativa, ao mesmo tempo em que aprimoram suas competências gráficas e linguísticas. Utilizando atividades dinâmicas e interativas, a aula será uma oportunidade não apenas de aprendizado, mas de expressão individual, fazendo com que os alunos se conectem emocionalmente com o texto produzido.
Tema: Gênero textual – Carta
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 9 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral deste plano de aula é que os alunos aprendam as convenções do gênero textual carta e desenvolvam a capacidade de redigir cartas pessoais expressando sentimentos e opiniões, promovendo assim a compreensão e a prática da *comunicação escrita*.
Objetivos Específicos:
– Identificar os elementos que compõem uma carta (data, saudação, corpo do texto, despedida e assinatura).
– Produzir uma carta pessoal utilizando as convenções aprendidas.
– Ler cartas de diferentes contextos e identificar as emoções e sentimentos expressos.
– Desenvolver habilidades de escrita e coerência textual.
Habilidades BNCC:
– (EF03LP12) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
– (EF03LP13) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e diário e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores coloridos.
– Papel sulfite ou cadernos para escrita.
– Exemplares de cartas para leitura (pode incluir cartas famosas ou cartas de amigos/familiares).
– Lápis, canetas coloridas, e adesivos para personalização das cartas.
– Projetor (se disponível) para projetar exemplos de cartas.
Situações Problema:
1. “Como você se sentiria ao receber uma carta de alguém especial?”
2. “Qual é a importância de expressar nossos sentimentos por meio de uma carta?”
3. “Quais informações você deve incluir em uma carta para que ela faça sentido para quem a lê?”
Contextualização:
As cartas fazem parte da nossa vida cotidiana, mesmo em um mundo dominado pela tecnologia e pela comunicação instantânea. Saber escrever uma carta é uma habilidade importante, pois nos permite expressar nossos pensamentos e sentimentos de forma direta e pessoal. Além disso, as cartas possuem uma estrutura específica que auxilia na organização das ideias.
Desenvolvimento:
1. Início da aula (10 minutos): Apresentar o tema “gênero textual carta”. Iniciar com uma discussão sobre as cartas e suas localizações no cotidiano. Perguntar aos alunos se eles já escreveram ou receberam cartas e como se sentiram em relação a isso. Registrar as contribuições no quadro.
2. Leitura de Exemplos (15 minutos): Distribuir cartas para os alunos para que leiam individualmente ou em duplas. Após a leitura, realizar uma roda de conversa para que compartilhem os sentimentos transmitidos nas cartas e identifiquem os elementos que compõem o gênero. Perguntar: “O que faz uma carta ser uma carta?”
3. Apresentação da Estrutura da Carta (10 minutos): No quadro, desenhar a estrutura da carta:
– Cabeçalho (data)
– Saudação
– Corpo do texto
– Despedida
– Assinatura
Explicar cada parte com exemplos.
4. Produção da Carta (10 minutos): Orientar os alunos a escreverem uma carta pessoal para um amigo, familiar ou mesmo uma carta imaginária para um personagem famoso. Incentivar a inclusão de sentimentos e o uso correto da estrutura apresentada. Circular pela sala ajudando e dando feedback durante a atividade.
5. Compartilhamento e Conclusão (5 minutos): Pedir que alguns alunos compartilhem suas cartas. Incentivar a elogiar os colegas e destacar o que foi bem escrito ou os sentimentos expressos.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Criação de Cartas: Escrever uma carta para um amigo contando sobre suas férias.
– Objetivo: Praticar a escrita do gênero carta.
– Descrição: Após explicar a estrutura da carta, os alunos iniciarão a redação do conteúdo, incluindo detalhes e sentimentos sobre suas férias.
– Materiais: Papel, canetas.
– Atividade 2: Cartas da História: Estudo de cartas históricas (ex: cartas de pessoas famosas).
– Objetivo: Compreender como a comunicação por cartas era utilizada no passado.
– Descrição: Leitura de cartas históricas e discussão sobre o contexto.
– Materiais: Impressões de cartas históricas.
– Atividade 3: Cartas Conversantes: Realizar uma “corrente de cartas” onde cada aluno escreve uma carta e entrega para um colega, que deve responder.
– Objetivo: Praticar a conversação e resposta através do gênero carta.
– Descrição: Alunos escrevem cartas e passam uma para o colega, que deve responder dentro de uma semana.
– Materiais: Papel, canetas.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão sobre como os alunos se sentiram ao escrever as cartas. Perguntar quais emoções eles acreditam que a escrita de cartas pode transmitir e se acham que ainda se comunicam usando esse gênero com frequência.
Perguntas:
1. Quais sentimentos você gostaria de expressar em uma carta?
2. Por que você acha que as cartas foram importantes em épocas anteriores?
3. O que você gostaria de receber mais: uma mensagem digital ou uma carta manuscrita?
Avaliação:
A avaliação será feita através da observação do envolvimento dos alunos na atividade e na qualidade das cartas produzidas. Os alunos serão incentivados a usar a estrutura correta e expressar sentimentos claros.
Encerramento:
Finalizar a aula discutindo a importância da comunicação pessoal e como as cartas exercem um papel significativo. Encorajar os alunos a continuarem praticando a escrita de cartas e a cultivar essa habilidade.
Dicas:
– Propor aos alunos que mantenham um diário de cartas, em que possam registrar sentimentos e acontecimentos do dia a dia.
– Incentivar as práticas de escrita em grupo, onde os alunos podem revisar o texto um do outro, melhorando assim a colaboração e a coerência.
– Utilizar recursos visuais, como posters sobre como escrever uma carta, para que todos tenham um guia visual durante a atividade.
Texto sobre o tema:
As cartas representam uma forma clássica de comunicação que atravessou gerações. Elas são mais do que apenas um pedaço de papel; são veículos de sentimentos, pensamentos e perspectivas que os remetentes desejam compartilhar. No contexto contemporâneo, onde a agilidade da comunicação digital muitas vezes se sobrepõe à escrita manual, a carta se mantém como um símbolo de afeto e reflexão. A experiência de redigir uma carta não apenas permite que os autores organizem suas ideias de maneira clara, mas também incentiva um nível mais profundo de autoexpressão.
Além disso, a escrita de cartas é um exercício eficaz de empatia — quando compondo uma mensagem destinada a outra pessoa, o autor deve considerar os pensamentos e sentimentos do destinatário. Isso torna as cartas ferramentas poderosas para a construção de relações interpessoais e para a promoção da linguagem escrita de maneira significativa. Ao estimular os alunos a escrever cartas, estamos simultaneamente cultivando habilidades linguísticas e a capacidade de comunicar sentimentos de maneira autêntica. Durante a aula, podemos explorar o impacto emocional que as cartas têm tanto na quem escreve quanto em quem recebe.
Com este plano, os alunos não apenas aprenderão a estrutura e a produção do gênero textual carta, mas também desenvolverão um entendimento mais amplo de como a comunicação escrita pode desempenhar um papel crucial em suas vidas. Elas podem ser utilizadas como forma de expressar sentimentos, discutir ideias ou simplesmente conectar-se com os outros. A arte de escrever cartas, embora tenha se transformado, continua sendo uma maneira especial de compartilhar experiências e emoções.
Desdobramentos do plano:
Ao final desta atividade, podemos promover desdobramentos que ampliem a habilidade de escrita e leitura dos alunos. Uma proposta interessante é criar um “clube da escrita”, onde os alunos podem se reunir uma vez por mês para compartilhar suas cartas ou escrever sobre diferentes temas destacados. Isso não só reforça a prática da escrita, mas também fomenta a leitura e a apreciação dos textos criados pelos colegas.
Outra possibilidade é realizar uma exposição de cartas na escola, onde os alunos expõem suas cartas em um mural. Essa atividade pode envolver a comunidade escolar, convidando pais e outros alunos a lerem e interagirem com as cartas. Esse espaço de exposição pode ser enriquecido com comentários, permitindo um diálogo sobre as ideias e sentimentos que emergem das cartas, além de proporcionar uma interação positiva entre diferentes gerações.
Além disso, incentivar a troca de cartas com outras turmas ou até mesmo com alunos de outras cidades pode se transformar em uma rica experiência de aprendizado. Por meio desse intercâmbio, eles terão a oportunidade de conhecer diferentes perspectivas e realidades, contribuindo para a formação de uma visão de mundo mais amplificada.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula deve ser adaptado conforme o perfil da turma e a dinâmica do ambiente escolar. A flexibilidade é essencial ao trabalhar com gêneros textuais, principalmente quando se busca engajar os alunos em atividades que fujam do convencional. As cartas são incríveis ferramentas para fomentar novas formas de expressão e podem ser utilizadas de diversas maneiras dentro de sala de aula.
É importante também incentivar a leitura de cartas escritas em diferentes épocas e contextos históricos, ampliando o entendimento sobre sua evolução e importância. Além disso, ao utilizar diferentes formatos e materiais na produção das cartas, os alunos têm a oportunidade de explorar sua criatividade e desenvolver uma vocalização única.
Neste contexto, a apreciação das cartas deve ser dedicada ao estudo da escrita como um meio de construção de identidade e pertencimento. Considerar o fato de que cada carta carregará um pedaço da história de suas respectivas produções, enriquecendo tanto a prática do professor quanto a experiência do aluno.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Atividade: Jogo das Cartas: Criar um jogo em que os alunos devem montar a estrutura correta de uma carta a partir de palavras ou frases soltas.
– Objetivo: Consolidar os elementos da carta de maneira divertida.
– Materiais: Ficção em papel para cortes, onde cada parte da carta está escrita separadamente.
– Atividade: Troca de Cartas Anônimas: Os alunos escrevem cartas anônimas para colegas da sala, contendo elogios ou mensagens positivas. Quando as cartas forem lidas em voz alta, cada aluno deve adivinhar quem escreveu.
– Objetivo: Promover sentimentos positivos e desenvolver a autoconfiança na escrita.
– Materiais: Papel e canetas.
– Atividade: Carta ao Futuro: Os alunos escrevem uma carta para si mesmos em 5 anos, refletindo sobre suas esperanças e sonhos.
– Objetivo: Incorporar elementos da autobiografia abordando o crescimento pessoal.
– Materiais: Papel e envelopes.
– Atividade: Oficina de Cartas: Organizar uma oficina onde os alunos podem criar cartões postais com a técnica de “Desenho à Mão”. Eles devem escrever uma mensagem em suas criações.
– Objetivo: Estimular a criatividade na escrita.
– Materiais: Papéis coloridos, canetinhas, tintas.
– Atividade: Teatro das Cartas: Organizar uma dramatização onde os alunos devem encenar diferentes situações que levaram à escrita de cartas.
– Objetivo: Discutir a função social da carta e suas repercussões emocionais.
– Materiais: Espaço para encenação, adereços simples para caracterização.
Essas atividades buscam enriquecer a experiência de aprendizado e a conexão dos alunos com a escrita, tornando o gênero da carta mais próximo e relevante em suas vidas cotidianas.