Plano de Aula: Inclusão,alunos cadeirante (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano
A inclusão de alunos com deficiências ou mobilidade reduzida é um tema que exige atenção e respeito nas escolas. Este plano de aula tem como objetivo promover a inclusão de crianças cadeirantes no contexto escolar, ajudando os colegas a compreenderem a vida e os desafios enfrentados por essas pessoas. Utilizando como base a história da Turma da Mônica, as atividades propostas proporcionarão um ambiente acolhedor e educativo onde todos poderão participar e aprender sobre a importância da aceitação e do respeito à diversidade.
Durante as aulas, utilizaremos abordagens lúdicas e informativas para que todos os alunos, independentemente de suas habilidades, possam interagir e compartilhar experiências. A proposta de atividades se estende ao longo de três aulas, nos quais os alunos terão a oportunidade de se expressar, se questionar e refletir sobre a inclusão social.
Tema: Inclusão de Alunos Cadeirantes
Duração: 3 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 9 anos
Objetivo Geral:
Promover a inclusão de alunos cadeirantes em sala de aula, ajudando os alunos a entenderem a importância do respeito à diversidade, através de histórias, interações e atividades lúdicas.
Objetivos Específicos:
1. Levar os alunos a compreenderem como é a vida de uma pessoa cadeirante.
2. Utilizar a história da Turma da Mônica para exemplificar a inclusão e a aceitação.
3. Promover atividades lúdicas que integrem todos os alunos, respeitando suas diferenças e promovendo a empatia.
4. Desenvolver habilidades de escrita e leitura através de material contextualizado e adaptado.
Habilidades BNCC:
– (EF03LP08) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.
– (EF03LP09) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de propriedades aos substantivos.
– (EF03LP14) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais.
– (EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.
Materiais Necessários:
– Exemplares da história da Turma da Mônica (físicos ou digitais).
– Recursos gráficos para fazer cartões e painéis.
– Materiais para atividades artísticas (papel, canetinhas, tintas, etc.).
– Materiais para simulações (cadeira de rodas, obstáculos) se disponíveis.
– Jogos e brinquedos inclusivos.
Situações Problema:
– Como podemos ajudar alguém que é diferente de nós?
– Quais desafios alguém em uma cadeira de rodas pode enfrentar no dia a dia?
– O que podemos fazer para tornar um ambiente mais acolhedor para todos?
Contextualização:
A inclusão é um conceito que se refere ao reconhecimento e respeito pelas diferenças entre os indivíduos. A humanidade é composta por uma rica diversidade, e entender isso é crucial para criar um ambiente de aprendizado agradável e eficaz. O objetivo deste plano de aula é levar os alunos a refletirem sobre a inclusão de forma concreta, fazendo com que compreendam as dificuldades e superações de uma pessoa cadeirante e como é possível contribuir para uma sociedade mais inclusiva.
Desenvolvimento:
1. Primeira Aula: Introdução ao tema. A professora pode iniciar a aula apresentando a história da Turma da Mônica, onde o personagem “Cascão” se destaca em situações que exigem empatia e solidariedade. Após a leitura, discutir com os alunos sobre o que entenderam. Perguntas podem ser feitas, como: “O que vocês acham que significa ser diferente?” e “Como podemos ser amigos uns dos outros?”.
2. Segunda Aula: Realização de atividades artísticas onde os alunos criam um painel sobre a inclusão, utilizando cartolinas e canetinhas. Eles devem desenhar situações em que é importante incluir a pessoa cadeirante, refletindo sobre a diversidade. Em seguida, podem receber instruções para simular como ajudar alguém com mobilidade reduzida, utilizando cadeiras de rodas, na prática da superação de obstáculos (se possível e com a supervisão do professor).
3. Terceira Aula: A professora vai aplicar uma dinâmica de grupo, onde todos os alunos devem buscar entender a perspectiva das pessoas cadeirantes durante os jogos e atividades. Eles serão divididos em grupos e deverão planejar uma atividade lúdica acessível a todos. Ao final, os alunos irão apresentar suas ideias e discutir como colocá-las em prática.
Atividades sugeridas:
1. Atividade 1: Leitura da história da Turma da Mônica.
– Objetivo: Desenvolver a leitura crítica e empatia.
– Descrição: Ler a história em grupo e identificar o tema da inclusão.
– Materiais: Livro da Turma da Mônica.
– Instruções: Leia em voz alta, parando para fazer perguntas e que todos reflitam.
2. Atividade 2: Painel da Inclusão.
– Objetivo: Criar um mural que represente o respeito e a inclusão.
– Descrição: Os alunos farão desenhos sobre a inclusão de pessoas cadeirantes, colocando em destaque a importância de aceitar as diferenças.
– Materiais: Cartolina, canetinhas, recortes de revistas.
– Instruções: Divida os alunos em grupos e oriente-os a criar a melhor representação do tema.
3. Atividade 3: Simulação de Barreira Física.
– Objetivo: Sensibilizar os alunos sobre as dificuldades enfrentadas por cadeirantes.
– Descrição: Com a supervisão, os alunos farão um percurso em uma cadeira de rodas, enfrentando obstáculos que refletem a vida real.
– Materiais: Cadeiras de rodas, obstáculos (cones, fitas, etc.).
– Instruções: Realize a atividade em grupo, com cada aluno revezando para vivenciar a experiência.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, é essencial promover uma discussão em grupo onde cada aluno possa compartilhar suas experiências e o que aprenderam. Perguntas guias para a discussão podem incluir: “Como você se sentiu na atividade de simulação?” e “O que você pode fazer no seu dia a dia para ajudar seus amigos cadeirantes?”
Perguntas:
1. O que significa inclusão para você?
2. Como podemos mostrar que respeitamos as diferenças?
3. Você já viu alguém que precisa de ajuda? O que você fez?
4. O que aprenderam com a história da Turma da Mônica?
Avaliação:
A avaliação do aprendizado será realizada de forma contínua, observando a participação e o envolvimento dos alunos durante as discussões, as atividades práticas e a colaboração em grupo. O professor pode solicitar que os alunos escrevam um pequeno texto ou criações artísticas que reflitam o que entenderam sobre inclusão.
Encerramento:
Para finalizar a aula, a professora pode organizar uma partilha de experiências, permitindo que os alunos expresse como se sentem em relação ao que aprenderam. Uma fala reflexiva sobre a importância da inclusão e do respeito ao próximo é essencial para solidificar os conceitos trabalhados.
Dicas:
– Utilize recursos visuais: A inclusão de imagens e vídeos pode auxiliar na compreensão do tema.
– Faça uso de histórias: Contar e discutir histórias reais de pessoas cadeirantes em sua rotina pode tornar o aprendizado mais tangível.
– Adapte as atividades: Esteja atenta às necessidades de todos os alunos, adaptando as tarefas conforme as habilidades de cada um.
Texto sobre o tema:
A inclusão social é uma questão de fundamental importância em nossa sociedade. Compreender o que é ser uma pessoa cadeirante vai além do físico; envolve também aspectos emocionais e psicológicos. A vida de uma pessoa que utiliza cadeira de rodas pode ser repleta de obstáculos, não apenas no sentido físico, mas também nas relações sociais. Muitas vezes, elas precisam de compreensão, empatia e respeito da parte de seus amigos e conhecidos. Para que haja inclusão, é crucial que todos possam se sentir confortáveis em diferentes ambientes.
Histórias como as da Turma da Mônica, que retratam a vida das crianças em sua diversidade, ajudam a criar ligações significativas entre os alunos. As narrativas lúdicas servem como um espelho, permitindo que as crianças se vejam e entendam melhor as diferenças que encontram. É fundamental que se estabeleçam diálogos sobre o respeito às individualidades, e que a inclusão não seja uma simples palavra, mas uma prática cotidiana em todas as interações individuais e coletivas.
Nesse sentido, promover atividades em sala de aula que envolvam jogos, simulações e artes interativas são meios eficazes de solidificar o conceito de inclusão. As crianças aprendem não apenas a respeitar, mas a se conectarem com seus colegas em um nível mais profundo. Essa conexão é vital para a formação de um ambiente escolar harmonioso, onde todos se sintam valorizados e integrados, independentemente das limitações físicas ou das diferenças.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula sobre inclusão de alunos cadeirantes pode ser desdobrado em diversas formas ao longo do decorrer do ano letivo. Primeiramente, algumas aulas podem ser dedicadas a explorar outros tipos de inclusão que abrangem diversas deficiências, como a auditiva e a visual. Ou seja, a proposta de inclusão deve se expandir para outras áreas, promovendo a compreensão da diversidade nas suas múltiplas formas.
Além disso, é possível integrar o tema da inclusão com atividades interdisciplinares, onde se faz uso das ciências para discutir aspectos sobre o corpo humano, saúde e o desenvolvimento de adaptações que promovam maior acessibilidade. As artes podem continuar a ter um lugar destacado, onde os alunos podem criar mais representações que ajudem a solidificar sua compreensão sobre a importância de respeitar e incluir a diversidade. Essas conexões ajudarão a criar uma experiência de aprendizado mais rica e interativa.
Por fim, o acompanhamento das experiências dos alunos em sua vida cotidiana, motivando-os a compartilhar situações onde viabilizem a inclusão, pode ser uma prática enriquecedora. Criar um “diário da inclusão” onde as crianças relatem suas interações pode servir como poderoso reflexo e registro de seu aprendizado e evolução ao longo do tempo.
Orientações finais sobre o plano:
Na implementação deste plano de aula, é essencial lembrar que a inclusão é uma tarefa compartilhada. Cada aluno deve perceber que todos têm um papel a desempenhar na criação de um ambiente acolhedor. O respeito e a empatia devem estar no centro de toda interação escolar. Ao abordar a inclusão, os professores podem, e devem, incentivar as crianças a não apenas serem observadoras, mas também agentes de mudança em sua comunidade escolar.
Outro ponto importante é a necessidade de adaptar as atividades para atender a cada perfil de aluno. Quando os alunos percebem que as atividades são pensadas para que todos possam participar e que suas vozes são ouvidas, há uma tendência maior de que se sintam motivados e engajados. Assim, o aprendizado se torna significativo e relevante para suas vidas.
Por fim, ao encerrar as atividades, os professores devem dar espaço para que os alunos expressem suas emoções e reflexões. Estimular a verbalização de sentimentos e experiências é uma ferramenta eficaz para alicerçar o aprendizado e desmistificar questões relacionadas às diferenças. Ao final, promover um ambiente seguro e amoroso só reforçará a importância da inclusão e contribuirá para formar cidadãos mais conscientes e respeitosos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches sobre Inclusão
– Objetivo: Desenvolver o entendimento através do teatro.
– Descrição: Os alunos criarão fantoches e encenarão situações que envolvem inclusão e respeito.
– Materiais necessários: Fantoches feitos de papel ou tecido, e um espaço para a apresentação.
– Modo de condução: Dividir os alunos em grupos e incentivá-los a desenvolver uma pequena peça teatral sobre inclusão.
2. Corrida de Revezamento com Cadeiras de Rodas
– Objetivo: Proporcionar um entendimento prático sobre a mobilidade.
– Descrição: Os alunos deverão participar de uma corrida de revezamento em cadeiras de rodas.
– Materiais necessários: Cadeiras de rodas (se disponíveis), e um espaço ao ar livre.
– Modo de condução: Dividir a turma em equipes e criar uma corrida, incentivando a troca de lugares entre os estudantes para promover a interação.
3. Livro de Histórias Inclusivas
– Objetivo: Criar uma coletânea de histórias.
– Descrição: Cada aluno deverá escrever uma pequena história que envolva a inclusão.
– Materiais necessários: Cadernos e canetas.
– Modo de condução: Estimular os alunos a compartilhar suas histórias em um livro que pode ser lido por todos na sala.
4. Dia do Amigo Inclusivo
– Objetivo: Criar laços de amizade com todos os alunos.
– Descrição: Cada aluno deve trazer um amigo ou contar a história de amizade com alguém que tem uma deficiência.
– Materiais necessários: Cartazes e colas.
– Modo de condução: Os alunos devem criar cartazes em homenagem a seus amigos e discutir sobre como eles apoiam a inclusão em sua rotina.
5. Jogos Adaptados
– Objetivo: Praticar a inclusão através de jogos.
– Descrição: Organizar jogos adaptados para todos os alunos onde, por exemplo, as crianças que pode andar, tenham que interagir com suas limitações de movimento.
– Materiais necessários: Equipamentos esportivos básicos e espaço aberto.
– Modo de condução: O professor deve estruturar os jogos de forma que todos participem, usando adaptações quando necessário.
Este conjunto de propostas práticas e teóricas fornecerá uma base sólida para promover a inclusão de alunos cadeirantes de maneira eficaz e significativa dentro do ambiente escolar.