Plano de Aula: Deficiência visual e autismo (Educação Infantil) – crianças_pequenas
O plano de aula que se segue está focado no tema da deficiência visual e autismo, abordando de forma sensível e inclusiva as experiências de crianças pequenas, com ênfase na motricidade. Durante uma semana, as atividades propostas visam promover o desenvolvimento de habilidades motoras, sociais e emocionais das crianças, além de fomentar a empatia e a cooperação entre os alunos. Este plano é cuidadosamente estruturado para garantir que todos os participantes possam se envolver e aprender, respeitando as individualidades de cada criança.
As atividades estão alinhadas com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), permitindo o desenvolvimento integral das crianças em suas múltiplas dimensões. Ao longo dos cinco dias, os educadores terão a oportunidade de explorar as interseções entre desenvolvimento motor e socialness, atentando-se para as necessidades específicas de cada criança, especialmente aquelas com deficiência visual e autismo.
Tema: Deficiência visual e autismo
Duração: 5 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 2 a 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma série de atividades que estimulem o desenvolvimento motor, social e emocional das crianças, promovendo uma maior compreensão e empatia em relação às diferentes formas de interação e expressão de sentimentos, especialmente de crianças com deficiência visual e autismo.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a agilidade motora e a coordenação através de brincadeiras e atividades físicas.
– Promover a interação social e a comunicação entre as crianças através de dinâmicas em grupo.
– Estimular a empatia ao sensibilizar as crianças sobre as experiências de outras com deficiências e necessidades especiais.
– Incentivar a expressão de sentimentos e emoções utilizando a arte como ferramenta.
Habilidades BNCC:
– O EU, O OUTRO E O NÓS
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
– CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras, jogos e atividades artísticas.
– TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura.
Materiais Necessários:
– Materiais de arte (papel, tintas, pincéis, tesouras, cola)
– Bolas e objetos para brincadeiras motora
– Materiais táteis (tecidos, texturas variadas)
– Músicas e sons diversos
– Livros ilustrados sobre diversidade e inclusão
– Cadeiras e colchonetes
Situações Problema:
1. Como podemos comunicar nossos sentimentos de forma que todos possam entender?
2. O que sentimos quando conhecemos uma pessoa com deficiência visual?
3. Como podemos usar o corpo para expressar emoções?
Contextualização:
Neste plano de aula, exploraremos a deficiência visual e o autismo de forma que as crianças consigam compreender as particularidades e sentimentos dos outros. Ao longo da semana, as atividades propostas visam provocar reflexões sobre a empatia e a aceitação das diferenças, promovendo um ambiente inclusivo onde todos se sintam respeitados e valorizados.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento das atividades será realizado ao longo de cinco dias, com um foco específico em motricidade e nas relações sociais. Para cada dia, haverá um tema específico a ser explorado, com atenção às habilidades motoras e à adequação para diferentes perfis de alunos.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução à Deficiência Visual
– Objetivo: Sensibilizar as crianças para a experiência de uma pessoa com deficiência visual.
– Descrição: Iniciar a atividade com uma leitura de um livro que aborda o tema. Após a leitura, promover uma conversa sobre o que entenderam. Criar texturas diferentes em uma folha de papel, utilizando materiais como algodão, feltro e papel lixa.
– Instruções: Permita que cada criança toque nas texturas enquanto fala sobre a experiência de conhecer e ser amigo de uma pessoa com deficiência visual.
– Materiais: Livro ilustrado, papéis diversos, colas e tesouras.
– Adaptação: Para crianças com dificuldades motoras, as textures podem ser montadas pela professora e apenas apresentadas para toque.
Dia 2: Jogos de Movimento e Coordenação
– Objetivo: Desenvolver a motricidade ampla e a coordenação.
– Descrição: Organizar um circuito de atividades que envolvem correr, pular, e rastejar. Promover jogos como “a dança das cadeiras” e “o tá com tudo e não tá com nada”, onde as crianças devem seguir instruções de movimento.
– Instruções: Explique cada etapa do circuito e as regras dos jogos. Certifique-se de que todos os alunos estão confortáveis e seguros ao participar.
– Materiais: Cadeiras, colchonetes, e bolinhas.
– Adaptação: Para crianças com dificuldades motoras, você pode adaptar as atividades para que ocorram em um espaço reduzido, usando movimentos mais suaves.
Dia 3: Brincadeiras de Sons e Ritmos
– Objetivo: Explorar a expressão através de sons e ritmos.
– Descrição: Propor que as crianças utilizem instrumentos musicais simples e produzam sons que representem diferentes sentimentos (alegria, tristeza, raiva). Promover um momento de escuta atenta onde cada criança poderá mostrar o que fez.
– Instruções: Incentivar as crianças a descrever como os sons e ritmos fazem com que se sintam.
– Materiais: Instrumentos musicais (pandeiros, tambores, chocalhos).
– Adaptação: As crianças que têm dificuldades auditivas podem explorar as vibrações dos instrumentos enquanto outros tocam.
Dia 4: Arte e Expressão
– Objetivo: Usar a arte como forma de expressar sentimentos.
– Descrição: Estimular a criação de uma pintura coletiva onde cada criança deve pintar algo que representa um sentimento. Após a atividade, promover um momento de compartilhamento onde cada criança explica sua obra.
– Instruções: Facilitar o diálogo sobre cada obra, fazendo perguntas que estimulem a expressão de sentimentos.
– Materiais: Tintas, pincéis, papel grande.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, disponibilizar pincéis com cabos mais grossos ou esponjas para pintura.
Dia 5: Encerramento e Reflexão
– Objetivo: Consolidar as aprendizagens da semana através de uma apresentação.
– Descrição: Organizar uma apresentação das atividades da semana, onde as crianças podem mostrar e explicar suas descobertas e criações.
– Instruções: Recrutar a participação da família para assistir à apresentação, criando um momento de celebração e partilha.
– Materiais: Todas as produções feitas ao longo da semana.
– Adaptação: Criar um ambiente inclusivo onde todos possam participar. Para crianças que não falam verbalmente, outras formas de comunicação devem ser valorizadas.
Discussão em Grupo:
Promover um momento de roda de conversa ao final de cada atividade, incentivando as crianças a compartilharem suas impressões e aprendizados. A conversa poderá ser guiada por perguntas como:
– Como se sentiram durante as atividades?
– O que aprenderam sobre as outras crianças?
– Como podemos ser amigos e apoiar os nossos colegas que têm diferentes necessidades?
Perguntas:
– Como você acha que uma pessoa com deficiência visual se sente em um lugar novo?
– O que podemos fazer para ajudar alguém que é diferente de nós?
– Quais sentimentos você expressou por meio da arte esta semana?
Avaliação:
A avaliação será contínua e baseada na observação dos educadores sobre como as crianças interagem, comunicam e participam das atividades. Deve considerar não apenas o desenvolvimento motor, mas também a evolução na empatia e na capacidade de trabalho em grupo. O feedback deve ser coletado durante as atividades e à luz das reflexões promovidas nas rodas de conversa.
Encerramento:
Ao final da semana, é importante fazer um fechamento que permita aos alunos refletirem sobre tudo o que aprenderam e vivenciaram. Esse canário coletivo não só fecha o ciclo de aprendizado como também garante que as crianças se sintam valorizadas e ouvidas. Utilizar frases como “o que mais gostou dessa semana?” ou “o que você aprendeu sobre seus colegas?” pode ajudar a conduzir essa reflexão.
Dicas:
– Utilize a música como um recurso para criar um ambiente mais relaxado durante as atividades.
– Valide e respeite o tempo de cada criança, oferecendo apoio conforme necessário.
– Esteja atenta às emoções presentes durante as atividades e interceda quando necessário para garantir um espaço seguro e acolhedor para todos.
Texto sobre o tema:
A deficiência visual e o autismo são temas que, embora diferentes, compartilham a necessidade de um olhar atento e respeitoso à diversidade. Empatia é a palavra-chave nesses contextos, uma vez que desenvolver a habilidade de se colocar no lugar do outro é fundamental para uma convivência harmoniosa e inclusiva. As crianças pequenas, em sua fase de desenvolvimento, já demonstram a capacidade de entender e respeitar as diferenças, mas para isso é necessário propor atividades que estimulam o diálogo e a participação.
Ademais, o desenvolvimento motor e a linguagem são ilhas importantes na educação de crianças com deficiência visual ou autismo. Atividades lúdicas e exploratórias integram não apenas o aprendizado cognitivo, mas também contribuem para a formação da identidade social das crianças. Através de jogos e dinâmicas que envolvem sonoridade, textura e movimento, é possível criar um ambiente acolhedor que respeite o espaço do outro, promovendo a expressão individual e coletiva.
Por fim, a educação inclusiva não deve ser vista apenas como um desafio, mas como uma oportunidade de crescimento tanto para os alunos que convivem com deficiências quanto para os que não têm. As experiências vividas em grupo, o respeito às diferenças e a celebração da diversidade são elementos que enriquecem a formação de crianças mais empáticas, cooperativas e conscientes de que cada um tem seu valor e sua singularidade. Essas interações propiciam experiências que ficarão na memória e no coração come uma construção coletiva onde a inclusão é mais do que um conceito, mas uma prática diária e sentida por todos.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado em diversas direções ao longo do ano letivo, conforme os interesses e as necessidades das crianças. Um possível desdobramento é a criação de um clube do livro que promova a leitura de histórias e relatos que abordem a diversidade. A partir do contato com diferentes narrativas, as crianças podem se sentir incentivadas a compartilharem suas próprias histórias e experiências, criando um ambiente rico em troca e aprendizado.
Além disso, as práticas artísticas que foram introduzidas durante a semana podem ser ampliadas para envolver outros meios, como a dança e o teatro, sempre em busca de proporcionar formas diversificadas de expressão. Essa exploração aprofundada pode gerar um verdadeiro festival de arte onde cada criança tem espaço para brilhar e mostrar seu potencial criativo. Esse tipo de ação não apenas expande as possibilidades de aprendizado, mas também permite que as crianças construam sua autoimagem através do reconhecimento do outro.
Por fim, é crucial que a temática da deficiência visual e do autismo seja incorporada em outras áreas do conhecimento e do currículo, promovendo um aprendizado mais abrangente e integrado. A partir do contato com esse tipo de conteúdo, é possível trabalhar questões sociais, emocionais e até mesmo científicas abordando a saúde e o cuidado com o próximo. As aulas podem sempre ser adaptadas, promovendo reflexões sobre a inclusão e a diversidade, permitindo que o aprendizado se torne mais significativo e transformador.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações finais sobre este plano reforçam a importância de criar um ambiente de aprendizado acolhedor e inclusivo, onde todas as crianças se sintam seguras para expressar seus sentimentos e emoções. O professor deve estar atento às individualidades, respeitando o tempo e os limites de cada criança. Isso requer um olhar cuidadoso que valorize as conquistas de cada um, bem como uma comunicação clara e acessível, que favoreça a inclusão de todos os alunos nas atividades propostas. É essencial que as práticas pedagógicas sejam constantemente refletidas e adaptadas, sempre em busca do que é mais benéfico para cada criança, especialmente aquelas com deficiência visual ou autismo.
Além disso, a formação contínua do educador sobre inclusão e diversidade é fundamental. Ler sobre o tema, participar de cursos e workshops, e trocar experiências com outros profissionais são ações que enriquecem a prática pedagógica e favorecem uma abordagem mais aprofundada. A educação deve ser um espaço de aprendizado mútuo, onde professores, alunos e seus familiares constrõem juntos uma cultura de respeito e valorização das diferenças.
Por último, é importante lembrar que as atividades realizadas devem ser sempre lúdicas e prazerosas, uma vez que o interesse e a motivação das crianças são fundamentais para um aprendizado significativo. O uso de jogos, histórias e brincadeiras que envolvam o corpo e a criatividade pode transformar o aprendizado em uma experiência divertida e engrandecedora, estabelecendo bases sólidas para a formação de cidadãos mais empáticos e conscientes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Sensações Táteis: Prepare uma caixa sensorial com diferentes objetos (por exemplo, texturas de tecido, bolas de diferentes tamanhos). As crianças devem explorar com as mãos e descrever o que sentem. Objetivo: Estimular a percepção tátil e a comunicação.
2. Dança do Silêncio: Proponha uma dança em que as crianças devem mover o corpo ao som de diferentes música e só parar quando a música se silencia. Objetivo: Desenvolver a consciência corporal e a coordenação ao ritmo da música.
3. Teatro de Sombras: Crie uma parede ou um painel que possibilite a projeção de sombras usando lanternas. As crianças criam personagens e atuam somente com suas sombras, promovendo a expressão. Objetivo: Estimular a criatividade nas expressões não-verbais.
4. Histórias em Movimento: Enquanto alguém narra uma história, as crianças devem representar os personagens e eventos com movimentos e sons. Objetivo: Desenvolver a imaginação e a expressão corporal, além de promover a escuta e a colaboração.
5. Cores e Sons: Prepara-se um espaço onde objetos de diferentes cores estão dispostos. Quando uma cor é mencionada, as crianças devem encontrar um objeto correspondente e produzir um som que ache que representa essa cor. Objetivo: Incentivar associação de cores e experiências sonoras, ampliando a percepção.
Essas sugestões foram elaboradas de maneira a facilitar a inclusão e a promoção do aprendizado de todos os alunos, respeitando suas