Plano de Aula: caixa musical acompanhado de garrafas sensoriais (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas

Este plano de aula tem como proposta central a elaboração de uma caixa musical utilizando garrafas sensoriais, uma atividade lúdica que visa desenvolver a percepção sonora e tátil das crianças na faixa etária de 2 a 3 anos. O foco central dessa atividade é proporcionar um ambiente rico em estímulos sensoriais, favorecendo o desenvolvimento da coordenação motora, da criatividade, do cuidado e da interação social. Por meio das garrafas sensoriais, as crianças poderão explorar diferentes texturas e sons, promovendo a aprendizagem ativa e a participação coletiva.

A proposta é integrar as habilidades da BNCC relacionadas ao campo de experiências “O Eu, o Outro e o Nós”, “Corpo, Gestos e Movimentos” e “Traços, Sons, Cores e Formas”. Dessa forma, a atividade promoverá não apenas a musicalidade, mas também a identidade pessoal e a interação social, aspectos cruciais nessa faixa etária. Será uma oportunidade para as crianças se expressarem, tanto em suas necessidades como em suas opiniões, proporcionando um espaço seguro e acolhedor para o desenvolvimento emocional e social.

Tema: Caixa Musical Acompanhada de Garrafas Sensoriais
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a percepção sensorial e a coordenação motora das crianças por meio da criação de uma caixa musical com garrafas sensoriais, promovendo a interação social e a expressão criativa.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a criatividade na produção das garrafas sonoras.
2. Proporcionar experiências táteis e auditivas que favoreçam a exploração sensorial.
3. Fomentar a socialização e a comunicação entre as crianças durante as atividades.
4. Promover o cuidado e o respeito pelo espaço e pelos materiais utilizados.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Garrafas plásticas vazias (de água ou refrigerante).
– Materiais para encher as garrafas (grãos, arroz, feijão, contas variadas, água com corante, areia, etc.).
– Fita adesiva e tinta ou canetinhas para personalização.
– Um rádio ou caixa de som para tocar músicas.
– Um espaço amplo e seguro para a realização das atividades.

Situações Problema:

Como podemos fazer sons diferentes usando garrafas?
Quais materiais podemos colocar dentro para gerar sons interessantes?

Contextualização:

A atividade das garrafas sensoriais proporciona uma rica experiência sensorial e auditiva, explorando sons em um contexto de brincadeira e interação. Nesse momento, os alunos terão a oportunidade de trabalhar com diferentes texturas e sons, permitindo que descubram a importância sonora de sua produção musical. A musicalidade é uma plataforma de desenvolvimento vital que promove a coordenação, a consciência corporal e a socialização.

Desenvolvimento:

Iniciar a aula com uma canção leve e animada que encoraje as crianças a se movimentarem. Após isso, fazer uma breve apresentação das garrafas, destacando suas cores e texturas. Explicar como cada garrafa fará um som diferente baseado no material que está dentro dela. Após isso, iniciar a atividade:

1. Dividir as crianças em pequenos grupos.
2. Distribuir as garrafas vazias e os materiais que serão utilizados para preenchê-las.
3. Incentivar que cada grupo escolha diferentes materiais para criar sons. Dê liberdade para que eles explorem como querem encher as garrafas, enquanto observa as interações.
4. Após que cada grupo tenha pensado e preenchido suas garrafas, todos devem personalizá-las usando tinta ou canetinha, criando um ambiente ainda mais colorido e alegre.
5. Ao final, sugira que cada grupo mostre seus sons para os outros, em uma apresentação musical, estimulando a comunicação e a interação social.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Explorando sons com garrafas
Objetivo: Aumentar a percepção sonora.
Descrição: Com as garrafas já feitas, incentivá-los a sacudir, tocar e experimentar os sons.
Materiais: Garrafas feitas e um rádio com música.
Instruções: Cada grupo pode criar ritmos e acompanhar com suas garrafas. Estimular a escuta e o ritmo.

Atividade 2: Festa dos Sons
Objetivo: Estimular a socialização em grupos.
Descrição: Criar uma festa, onde cada grupo apresenta seus sons.
Materiais: As garrafas e um espaço amplo.
Instruções: Rotacione os grupos, onde possam tocar suas garrafas ao som de uma música.

Atividade 3: Jogo da Cor e Som
Objetivo: Identificar cores e sons.
Descrição: Fazer uma brincadeira onde cada cor da garrafa toca uma música específica.
Materiais: Garrafas, fita adesiva colorida.
Instruções: As crianças identificam as cores e correspondem a uma canção.

Atividade 4: Descobrindo Texturas
Objetivo: Aumentar a reatividade às texturas.
Descrição: As crianças exploram as texturas dos materiais antes de enchê-los nas garrafas.
Materiais: Itens com diferentes texturas.
Instruções: Deixar que toquem e falem sobre o que sentem.

Atividade 5: Histórias Sonoras
Objetivo: Estimular a imaginação.
Descrição: Criar pequenas narrativas baseadas nos sons das garrafas.
Materiais: Garrafas e objetos para criar histórias.
Instruções: Cada criança apresenta um pequeno trecho de seu “som” em forma de história.

Discussão em Grupo:

Como foi a experiência de criar os sons?
O que vocês sentiram ao sacudir as garrafas?
Quais sons vocês acharam mais legais e por quê?

Perguntas:

Quais materiais vocês gostaram mais de colocar nas garrafas?
Como podemos fazer músicas diferentes com as garrafas?
Você pode lembrar de alguma outra coisa que faz som?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observacional, focando na participação, no cuidado com os objetos, na interação e na comunicação entre as crianças. O acompanhamento das interações socializadas e as respostas dos alunos às atividades propostas são pontos fundamentais. A capacidade de colaborar e respeitar os colegas durante a execução da atividade também será um critério importantíssimo para a avaliação do aprendizado.

Encerramento:

Finalizando a aula, sugerir um momento de reflexão sobre todo o processo vivido. Reunir as crianças para falarem um pouquinho sobre o que aprenderam e o que mais gostaram. Estimular uma roda de conversa, pedindo que cada aluno compartilhe suas experiências. Isso irá enriquecer as interações e proporcionar um aprendizado ainda mais social e emocional.

Dicas:

O professor deve estar sempre atento às necessidades das crianças, oferecendo suporte e encorajamento. Além disso, promover a inclusão de crianças com dificuldades motoras ou de comunicação por meio de adaptações nos materiais e nas propostas das atividades. Outra dica importante é ter sempre uma boa playlist de músicas, que faça parte da dinâmica, tornando o ambiente escolar muito mais convidativo e estimulante.

Texto sobre o tema:

A criação de uma caixa musical acompanhada de garrafas sensoriais é uma atividade significativa no desenvolvimento de crianças de 2 a 3 anos. Este projeto não apenas instiga a criatividade, mas também oferece uma gama de estímulos que favorecem o desenvolvimento motor e a socialização. Quando as crianças manipulam as garrafas para criar diferentes sons, elas estão explorando suas propriedades e, ao mesmo tempo, aprendendo a respeitar as experiências dos outros. A interação com os colegas se torna essencial, à medida que elas devem ouvir, esperar sua vez e demonstrar solidariedade durante o compartilhamento das garrafas.

Além disso, essa atividade estimula uma compreensão inicial das notações musicais e sons, permitindo que as crianças se conectem com a arte de uma maneira lúdica e significativa. Elas começam a identificar como um objeto simples pode se transformar em um instrumento musical e que, por detrás de uma melodia, existe um universo repleto de possibilidades sonoras e criativas. Missões como a criação e a seleção dos materiais para as garrafas exigem que as crianças desenvolvam habilidades críticas e de resolução de problemas, enquanto se divertem no processo de aprendizado.

Por fim, o uso dessas garrafas não só confere um novo significado às interações sociais e ao desenvolvimento da habilidade de escuta, como também instiga nos pequenos a curiosidade em relação a sonoridades e movimentos. Ao trabalharem juntos em grupos, eles são estimulados a desenvolver habilidades de comunicação, que são fundamentais para o seu futuro social e emocional.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser facilmente estendido para outras áreas de aprendizagem. Após explorar os sons e a coordenação corporal com as garrafas sonoras, o professor pode iniciar um ciclo de atividades que envolvam ritmos e danças, onde as crianças poderão expressar-se fisicamente ao som que criaram. O ritmo aprendido pode se tornar um convite a jogos de movimento, onde todos podem participar em sintonia, respeitando os tempos de cada um. Esta abordagem lúdica é fundamental para a formação da identidade e do pertencimento ao grupo.

Outra possibilidade é a inclusão de experiências com diferentes culturas, apresentando aos alunos o significado de tradições musicais diversas, como danças folclóricas que utilizam sons semelhantes aos que criaram com as garrafas. Isso não apenas amplia o conhecimento cultural, mas também promove um ambiente onde a diversidade é respeitada e celebrada. Ter em mente a importância da inclusão nas experiências é essencial para que todos possam viver os momentos de aprendizado como enriquecedores.

Por último, o plano pode contemplar a criação de um projeto de musicalidade mais abrangente, onde as crianças poderão se envolver em uma série de atividades que vão desde a criação de instrumentos com materiais recicláveis até a apresentação de pequenas performances aos colegas e/ou familiares. As apresentações podem não apenas aprimorar a confiança e a autoestima dos alunos, mas também fortalecer os laços entre escola e família, promovendo um espaço seguro e educativo para todos.

Orientações finais sobre o plano:

É crucial que o professor mantenha uma atitude flexível durante a execução do plano, permitindo que as atividades fluam de acordo com o interesse das crianças. A curiosidade na idade de 2 a 3 anos é intensa, e é fundamental fomentar essa energia criativa sem limitações, a fim de que as crianças se sintam seguras para explorar. As interações devem ser encorajadas, pois são nessas trocas que as crianças conseguem desenvolver habilidades sociais essenciais.

Além disso, sugiro que o professor invoque um tempo de reflexão sobre cada atividade proposta, orientando o grupo a compartilhar suas observações e sentimentos. Cada pequeno relato pode se tornar um momento de aprendizado coletivo, enriquecendo a experiência de todos. Não subestime o impacto destas conversas; a verbalização é uma ferramenta poderosa no desenvolvimento da linguagem e no fortalecimento dos vínculos sociais.

Por fim, o envio de relatórios para os pais detalhando as atividades realizadas é uma excelente maneira de manter a comunicação ancorada. Isso possibilita que os responsáveis compreendam melhor o que seus filhos estão aprendendo e vivenciando nas atividades do dia a dia. Essa inclusão não só dignifica o papel dos pais, mas também traz um maior engajamento da família no processo educativo dos pequenos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: “Cantando com as Garrafas”
Objetivo: Estimular a prática musical e a memória.
Descrição: Uma atividade onde as crianças poderão criar pequenas cantigas baseadas nos sons das garrafas. Além disso, podem associar movimetos com as canções, criando coreografias simples. Materiais: Garrafas e variações de ritmos. Modo de condução: Propor diferentes tipos de canções, pedindo para que as crianças acompanhem os sons de suas garrafas.

Sugestão 2: “Música do Corpo”
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora.
Descrição: Propor que, além das garrafas, as crianças utilizem seus corpos para criar sons diferentes (palmas, pés, batidas). Assim, estarão ampliando a forma de explorar a música. Materiais: Somente o corpo! Modo de condução: Criar ritmos ou danças, iniciando sempre com um tempo de escuta.

Sugestão 3: “Explorando Sons com a Natureza”
Objetivo: Aprender sobre a diversidade sonora do ambiente.
Descrição: Levar as crianças a um ambiente externo onde poderão explorar sons naturais (água, folhas, vento). A ideia é conectar os sons das garrafas a sons da natureza. Materiais: Nenhum. Modo de condução: Incentivar que encontrem sons que poderiam se assemelhar ao que estão fazendo com as garrafas.

Sugestão 4: “Caça ao Som”
Objetivo: Aprender a identificar sons.
Descrição: Uma atividade onde as crianças devem encontrar objetos que produzem sons e criar perguntas em grupo sobre o que escutaram (por exemplo, “o que será que fez esse som?”). Materiais: Diferentes objetos sonoros para explorar. Modo de condução: Criar um espaço de escuta, onde as crianças devem trabalhar em grupos para identificar os sons.

Sugestão 5: “Arte e Movimento”
Objetivo: Articular sonoridade com representação gráfica.
Descrição: Realizar atividades de desenho livre ao som das garrafas, onde as crianças poderão expressar em papel as emoções sentidas ao ouvir os sons. Materiais: Papel e materiais de desenho. Modo de condução: Enquanto a música toca, cada um deve se concentrar no que percebe em forma de arte.

Este plano de aula busca atender o desenvolvimento integral das crianças, explorando sonoridades de forma lúdica e significativa, promovendo a aprendizagem social e individual de maneira equilibrada.


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