Plano de Aula: Basquete (Ensino Médio) – 2º Ano
A proposta deste plano de aula é trabalhar a temática do Basquete com turmas do 2º ano do Ensino Médio, tendo como principal objetivo a análise crítica dos aspectos sociais, culturais e éticos relacionados a esse esporte e suas implicações em termos de saúde, expressão de valores e combate a preconceitos. A prática do basquete não só serve como uma atividade de lazer e exercício físico, mas também como um meio de promover a inclusão, a diversidade e a consciência sobre direitos humanos, através de discussões e propostas de atividades que desafiem os alunos a refletir sobre a relação deles com essa prática esportiva.
O basquete, além de ser um esporte extremamente popular, possui um papel relevante em várias camadas da sociedade, influenciando e refletindo questões de identidade, pertencimento e valores. Isso torna pertinente que os alunos, ao explorarem as práticas e a cultura do basquete, desenvolvam um olhar crítico sobre as questões sociais, contribuindo para um aprendizado colaborativo que favoreça o diálogo e a diversidade.
Tema: Basquete
Duração: 140 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 2º Ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 17 anos
Objetivo Geral:
Promover a análise crítica sobre o basquete como prática esportiva, reconhecendo sua relação com questões sociais, culturais e de saúde, estimulando o respeito à diversidade e à ética.
Objetivos Específicos:
– Compreender os aspectos históricos e sociais que envolvem a cultura do basquete.
– Analisar o impacto do basquete na formação da identidade e na expressão de valores de diferentes grupos sociais.
– Desenvolver a habilidade de argumentação e debate sobre preconceitos e inclusão nas práticas esportivas.
– Refletir sobre a saúde física e mental proporcionada pela prática do basquete.
Habilidades BNCC:
– (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
– (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
– (EM13LGG502) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
Materiais Necessários:
– Quadra de basquete.
– Bolas de basquete.
– Fichas de papel para anotações e reflexões.
– Projetor e computador para apresentar vídeos e slides.
– Materiais de escrita (canetas, lápis, papel).
– Recursos audiovisuais (vídeos sobre basquete e suas implicações sociais).
Situações Problema:
1. Quais são as barreiras para a inclusão de jovens de diferentes origens sociais nas práticas de basquete?
2. Como o basquete pode ser um meio para a promoção de saúde e bem-estar entre os jovens?
3. Que preconceitos ainda persistem em relação aos praticantes de basquete em diversas comunidades?
Contextualização:
O basquete é mais do que um esporte; ele é um fenômeno cultural que transcende fronteiras, promovendo valores de equidade e união entre diferentes comunidades. No mundo contemporâneo, o basquete aparece como uma oportunidade de estudo das interações sociais, dos estereótipos e das identidades. Por meio de atividades práticas e debates em grupo, os alunos poderão aprofundar sua compreensão sobre a importância do basquete como meio de promoção da saúde e inclusão social, além de explorar os desafios que ainda precisam ser enfrentados nas práticas esportivas.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em quatro momentos principais, com atividades práticas e discussões.
1. Introdução ao tema (20 minutos):
O professor apresenta a história do basquete, mostrando sua evolução ao longo do tempo e sua relação com questões sociais. Apresentações em slides e vídeos curtos sobre influências culturais e raciais no basquete contemporâneo.
2. Debate e discussão (40 minutos):
Organizar os alunos em grupos para discutir questões de preconceito e estereótipos relacionados ao basquete. Utilizar as situações-problema apresentadas anteriormente. Cada grupo deve escolher um representante para expor suas ideias no final.
3. Atividade prática de basquete (50 minutos):
Dividir os alunos em equipes e promover jogos de basquete, incentivando a colaboração e o respeito às regras do jogo. Focar na importância da ética no esporte e como ele pode promover a saúde física e mental.
4. Reflexão e fechamento (30 minutos):
Retornar à sala de aula para escrever reflexões sobre o que aprenderam e como podem aplicar esse conhecimento no dia a dia. Discutir como o basquete pode ser uma ferramenta de inclusão e respeito às diferenças.
Atividades sugeridas:
1. Jogo de basquete (50 minutos)
Objetivo: Fomentar o trabalho em equipe e registro de emoções durante o jogo.
Descrição: Ao final do jogo, os alunos devem discutir em grupo as emoções sentidas durante a prática e se houve momentos de preconceito ou inclusão.
Materiais: Quadra, bolas de basquete, fichas para anotações.
Adaptação: Podem ser realizados jogos menores para incluir alunos com dificuldades.
2. Análise de vídeo (30 minutos)
Objetivo: Debater como o basquete representa a inclusão social.
Descrição: Assistir a um documentário curto sobre a influência do basquete em comunidades marginalizadas e debater as lições aprendidas.
Materiais: Projetor, computador, documentário.
Adaptação: Para alunos com dificuldade auditiva, fornecer legendas e um guia visual.
3. Produção textual (30 minutos)
Objetivo: Refletir sobre a experiência do basquete em suas vidas.
Descrição: Escrever um pequeno texto abordando como o basquete pode impactar a saúde e reduzir preconceitos.
Materiais: Fichas de papel, canetas.
Adaptação: Dar a opção de criar um poema ou um conto sobre suas experiências.
4. Debate estruturado (30 minutos)
Objetivo: Desenvolver habilidades de argumentação.
Descrição: Dividir a classe em dois grupos, um a favor e outro contra a afirmação “O basquete é um divisor social.”
Materiais: Quadro para anotar argumentos.
Adaptação: Para alunos tímidos, permitir que uma próxima apresentação em duplas.
5. Elaboração de campanhas (40 minutos)
Objetivo: Criar consciência sobre inclusão.
Descrição: Em grupos, planejar uma campanha que promova o basquete como meio de inclusão social.
Materiais: Materiais de arte, papel, canetas, cartolinas.
Adaptação: Solicitar que alunos com dificuldades motes de expressão verbal ajudem na parte visual da campanha.
Discussão em Grupo:
– Como o basquete pode ser um meio para quebrar estereótipos?
– Quais valores você considera essenciais no basquete?
– Pode haver inclusão se existirem preconceitos? Como superá-los?
Perguntas:
– Quais estereótipos você já ouviu em relação ao basquete?
– Como você vê o papel do esporte em promover saúde e bem-estar?
Avaliação:
A avaliação será feita por meio da observação das discussões em grupo, da participação durante as atividades práticas e da produção textual final. O professor deve verificar a capacidade dos alunos de argumentar e se posicionar criticamente, assim como a qualidade da reflexão sobre a temática abordada.
Encerramento:
Para encerrar, o professor irá solicitar que os alunos compartilhem suas reflexões finais sobre a aula, enfatizando o que aprenderam sobre inclusão e respeito através do basquete. Os alunos poderão compartilhar suas anotações e se comprometer a levar essa discussão para outros contextos.
Dicas:
– Sempre reforce a importância do respeito e da inclusão em todas as atividades.
– Utilize diferentes meios de comunicação para reforçar a mensagem da aula (vídeos, músicas, histórias).
– Esteja aberto a ouvir as experiências e opiniões dos alunos, valorizando cada voz.
Texto sobre o tema:
O basquete, enquanto prática esportiva, transcende a mera movimentação física, sendo um agente de mudanças sociais significativas. Ele integra não apenas os jovens que participam de suas práticas, mas também as comunidades em que está inserido. A forma como o basquete promove valores como o trabalho em equipe, a inclusão e os direitos humanos não pode ser subestimada. Desde sua criação, o basquete gerou um grande impacto cultural, especialmente nas comunidades marginalizadas, proporcionando um espaço onde os jovens podem expressar-se, desenvolver suas habilidades e, sobretudo, encontrar uma voz que pode ser ouvida.
Além de ser uma atividade que promove a saúde, o basquete também funciona como uma plataforma de diálogo sobre as desigualdades e preconceitos existentes na sociedade. O que se observa, muitas vezes, é uma interseção de diversos fatores — como raça, classe e gênero — que influenciam a participação dos jovens no esporte. Assim, ao ensinar e discutir o basquete, os educadores devem ir além de apenas ensinar a técnica do jogo. Eles devem convidar os alunos a refletir sobre as realidades sociais que cercam o basquete, abordando preconceitos que muitas vezes se manifestam no ambiente esportivo. O basquete deve ser abordado não apenas como competição, mas como uma forma de construir solidariedade, respeito e inclusão.
Os esportes coletivos, como o basquete, possuem o poder de estreitar relações, promover o respeito à diversidade e comunicar valores que se estendem além das quatro linhas da quadra. Com essa prática, os jovens têm a oportunidade de aprender importantes lições de vida, atuando como cidadãos críticos e conscientes. Assim, a cultura do basquete pode ser um meio transformador importante, moldando tanto as identidades individuais quanto coletivas de uma geração inteira.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano de aula podem ser amplos, proporcionando múltiplas oportunidades de aprendizagem que vão além da prática de basquete. Por exemplo, ao aprofundar no tema do preconceito, os alunos podem desenvolver uma pesquisa sobre a história do basquete nas comunidades que enfrentam desafios sociais. Através de suas descobertas, os alunos podem elaborar um mini-documentário que aborde como o basquete atua como ferramenta para a inclusão e como formas criativas de combate a estereótipos.
Outra possibilidade é integrar práticas culturais, como a música e a dança, que se relacionem com a cultura do basquete. Os alunos podem ser convidados a explorar a relação da música hip-hop com o basquete, promovendo uma apreciação mais ampla dessa expressão cultural. Isso possibilitará uma reflexão sobre como as diferentes culturas se entrelaçam e como podem ser utilizadas para promover uma maior compreensão e respeito.
Os alunos também podem criar campanhas contínuas que estimulem a inclusão, propõem eventos na escola relacionados ao basquete, convidando educadores e outras turmas para participar, fomentando um ambiente colaborativo. Isso poderá expandir o alcance do que aprenderam em sala, tornando o basquete uma plataforma para discussões importantes sobre direitos, inclusão e respeito à diversidade na comunidade escolar e além dela.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, é essencial que os professores mantenham uma postura aberta e acolhedora, facilitando um ambiente no qual todos se sintam à vontade para discutir e compartilhar experiências. É fundamental que sejam promovidos momentos de escuta ativa, onde alunos possam expressar suas opiniões e experiências sem a preocupação de serem julgados. A diversidade deve ser a base de todas as discussões, e os educadores devem sempre valorizar as vozes de diferentes grupos.
Além disso, o professor deve estar atento às dinâmicas de grupo e possíveis situações de preconceito que possam surgir durante as discussões. Intervir proativamente, promovendo discussões saudáveis e construtivas, ajudará a criar um ambiente seguro para todos os alunos. O uso de exemplos reais e relatos de experiências pode enriquecer o entendimento sobre os impactos que o basquete e a cultura esportiva têm nas vidas dos jovens.
Por fim, a avaliação deve refletir o aprendizado holístico dos alunos, valorizando suas conquistas nas práticas desportivas e na capacidade de articular e debater conceitos relacionados ao basquete e à inclusão. Os feedbacks devem ser construtivos e encorajadores, sempre apontando caminhos de melhoria e crescimento. Assim, a aula não será apenas um momento de prática e teorias, mas uma jornada que potencializa transformações pessoais e coletivas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Bingo do Basquete
Objetivo: Aprender regras e conceitos do basquete de forma divertida.
Descrição: Criar um bingo com termos relacionados ao basquete (ex: drible, arremesso, cesta) e recorrer a depoimentos de jogadores. Durante o jogo, os alunos devem mencionar o conceito cada vez que for explicado.
Materiais: Cartelas de bingo, canetas ou marcadores.
Adaptação: Para alunos com desafios de leitura, incluir imagens correspondentes.
2. Teatro das Idéias
Objetivo: Promover o entendimento sobre inclusão através da dramatização.
Descrição: Os alunos devem criar pequenas cenas que retratem situações inclusivas e de preconceito no basquete. Isso pode ser feito em grupos, encenando tanto cenas positivas quanto negativas.
Materiais: Acessórios e figurinos simples (pode incluir camisetas do time).
Adaptação: Escolher papéis que não requeiram habilidades de expressão verbal mais avançada para incluir todos os alunos.
3. Dia do Basquete
Objetivo: Integrar toda a escola em um evento esportivo.
Descrição: Organizar um dia no qual todos, professores e alunos, possam participar de atividades relacionadas ao basquete. Incluir jogos, desafios e apresentações.
Materiais: Quadra, bolas, prêmios simbólicos.
Adaptação: Garantir que a inclusão de todos seja priorizada, adaptando as regras conforme necessário.
4. Mapa do Basquete
Objetivo: Refletir sobre a presença do basquete na sua história pessoal.
Descrição: Cada aluno cria um mapa onde conectam suas memórias com o basquete, como treinos, partidas e eventos. Esse mapa pode ser apresentado à turma.
Materiais: Canetas coloridas, papel de desenho.
Adaptação: Alunos com dificuldades motoras podem focar mais na parte oral, apresentando suas histórias oralmente.
5. Desafio de Estatísticas
Objetivo: Aplicar matemática de forma lúdica ao basquete.
Descrição: Criar desafios estatísticos baseados nas partidas de basquete, como calcular porcentagem de acertos de arremessos e criar gráficos.
Materiais: Gráficos em papel, calculadoras, dados.

