Plano de Aula: Estimulando a empatia, o respeito e a aceitação das diferenças de cada indivíduo
Esta aula tem como foco as tecnologias assistivas, um tema fundamental para a formação de crianças desde cedo, uma vez que proporciona inclusão e diversidade nas relações sociais. O propósito é fazer com que as crianças pequenas compreendam a importância das tecnologias assistivas no cotidiano de muitas pessoas, favorecendo a empatia e o respeito às diferenças. Neste plano, as atividades foram desenvolvidas para que o professor possa explorar a temática de forma lúdica e acessível, considerando as nuances desse público. Além disso, o plano está alinhado com as habilidades da BNCC, proporcionando um aprendizado significativo e contextualizado.
As tecnologias assistivas são ferramentas que podem ajudar pessoas com deficiência a ter mais autonomia e conforto em suas atividades diárias. Ao proporcionar esta compreensão para as crianças, estamos contribuindo para o desenvolvimento da consciência social, permitindo que elas percebam a diversificação das experiências humanas e a importância de um ambiente inclusivo. Assim, o educador pode explorar o tema com a assistência da articulação das áreas de conhecimento, estimulando diferentes linguagens e formas de expressão.
Tema: Tecnologias assistivas
Duração: 15 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão sobre tecnologias assistivas, estimulando a empatia, o respeito e a aceitação das diferenças de cada indivíduo.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a comunicação de ideias e sentimentos a respeito das tecnologias assistivas.
– Desenvolver atitudes de cooperação e participação entre os alunos.
– Conduzir os alunos a perceberem as diferentes necessidades de cada pessoa e o papel das tecnologias assistivas.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
Materiais Necessários:
– Imagens de diferentes tecnologias assistivas (ex: cadeira de rodas, próteses, óculos, etc.).
– Bonecos ou figuras que representem crianças com deficiências.
– Papel e lápis coloridos.
– Tecido ou materiais recicláveis para criar um recurso visual representando uma tecnologia assistiva.
Situações Problema:
– Como podemos apoiar nossos amigos que usam tecnologias assistivas?
– Que tipos de tecnologias assistivas vocês conhecem?
Contextualização:
Iniciar a conversa sobre o que são tecnologias assistivas e por que elas são importantes. É fundamental criar um espaço em que as crianças se sintam à vontade para compartilhar ideias e vivências. O professor pode contar uma história ou apresentar uma situação hipotética sobre uma criança que utiliza uma tecnologia assistiva, realizando nesse momento um exercício de escuta ativa.
Desenvolvimento:
1. Após a contextualização, mostre as imagens e figuras de tecnologias assistivas. Pergunte como as crianças se sentiriam usando algumas delas, promovendo a empatia.
2. Crie um momento interativo onde as crianças possam simular situações que envolvam o uso de tecnologias assistivas.
3. Estimule as crianças a desenharem e contarem histórias relacionadas às tecnologias que conhecem.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Descobrir Juntos
Objetivo: Conectar as experiências pessoais às tecnologias assistivas.
Descrição: As crianças devem compartilhar o que sabem sobre cada tecnologia que virem.
Instruções: Cada criança apresenta sua ideia. O professor faz o papel de mediador.
– Atividade 2: Mãos à Obra
Objetivo: Criar uma representação de uma tecnologia assistiva.
Descrição: Utilizando materiais recicláveis, as crianças criarão seu próprio modelo de uma tecnologia assistiva.
Instruções: Forneça os materiais e incentive a criatividade.
– Atividade 3: O Que Você Sente?
Objetivo: Expressar sentimentos sobre as tecnologias.
Descrição: Durante as dramatizações, as crianças mostram como se sentiriam se fossem aquelas que utilizam as tecnologias assistivas.
Instruções: Proporcione momentos de dramatização orientados e respeitáveis.
Discussão em Grupo:
Promover uma roda de conversa após as atividades práticas, onde as crianças compartilham suas experiências e sentimentos sobre o que aprenderam. Pergunte qual tecnologia assistiva elas mais gostaram e por quê.
Perguntas:
– Como você se sentiria se precisasse usar uma cadeira de rodas?
– O que as pessoas podem fazer para ajudar os amigos que utilizam tecnologias assistivas?
– Você conhece alguém que usa alguma tecnologia assistiva?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua e formativa. Observe a participação das crianças nas atividades, seu nível de engajamento e as interações na hora de discutir sobre as tecnologias assistivas. Perguntas abertas são ótimas para entender o quanto as crianças absorveram o conteúdo.
Encerramento:
Finalizar a aula revisando o que foi aprendido. Incentivar as crianças a lembrar-se da importância do respeito e da empatia em relação a todos. Uma atividade lúdica, como uma dança ou canção, pode ser utilizada para finalizar o tema de maneira alegre.
Dicas:
Proporcione um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças sintam-se confortáveis para expressar suas opiniões. É vital que os modelos e as associações feitas sobre as tecnologias assistivas sejam positivas e inclusivas para cultivar uma cultura de respeito e aceitação.
Texto sobre o tema:
As tecnologias assistivas abrangem uma ampla gama de dispositivos e recursos que visam auxiliar pessoas com deficiências a alcançarem uma maior autonomia e qualidade de vida. Desde os mais simples, como óculos, até soluções mais complexas, como softwares de acessibilidade para computadores, esses recursos desempenham um papel fundamental na inclusão social. O aprendizado sobre essas tecnologias deve ser introduzido desde a Educação Infantil, pois é nesse momento que as crianças começam a formar suas consciências sociais e a compreensão do próximo.
Compreender as tecnologias assistivas não se refere apenas a conhecer os dispositivos, mas também a entender o que essas tecnologias representam na vida cotidiana das pessoas. Novas perspectivas sociais estão sendo apresentadas, e é essencial que as crianças percebam que as tecnologias assistivas possibilitam a todos participar plenamente de diversas atividades. Ao introduzir esses conceitos, estamos não apenas desenvolvendo a empatia, mas também preparando as futuras gerações para um mundo onde a inclusão é a norma e não a exceção.
A experiência de explorar a vida cotidiana através dos olhos de quem utiliza tecnologias assistivas pode enriquecer consideravelmente a formação das crianças. Além de permitir o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como comunicação e cooperação, promove um ambiente educacional que valoriza a diversidade. As práticas pedagógicas que engajam as crianças por meio de brincadeiras e discussões significativas alcançam não apenas a educação emocional, mas também ampliam a conscientização social, fundamentando um aprendizado que ressoa em diferentes contextos.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado para incluir temas mais amplos, como a acessibilidade em diferentes espaços. A continuidade do aprendizado pode envolver visitas a locais acessíveis e a análise das adaptações necessárias para garantir que todos tenham seu espaço e oportunidades. Esse tipo de exploração prática pode instigar o desejo de aprender e a curiosidade natural das crianças.
Outra possibilidade é a criação de um projeto de classe, onde as crianças possam propor soluções tecnológicas para situações que reconhecem no dia a dia. Esse tipo de atividade transforma as crianças em agentes de mudança, levando-as a pensar em maneiras criativas para melhorar o ambiente em que vivem, destacando a importância de um viés inclusivo.
Por fim, o relacionamento com a comunidade pode ser uma excelente forma de aprofundar o tema. Casos reais de pessoas que utilizam essas tecnologias assistivas podem ser trazidos para a sala de aula. Ao convidar essas pessoas para contar suas histórias, as crianças terão um acesso mais real e emocional ao tema, reforçando o aprendizado obtido e transformando as experiências em vivências significativas.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar com temas de inclusão e tecnologias assistivas, é fundamental fomentar um espaço onde o respeito e a empatia sejam prioridades. As crianças, ao aprenderem sobre as necessidades dos outros, começam a desenvolver habilidades emocionais, que são essenciais para uma convivência saudável na sociedade. O professor deve estar atento às dinâmicas de grupo, facilitando a interação e a participação de todos, independentemente de suas diferenças.
É importante que os educadores busquem constantemente novas formas de abordar esses temas, utilizando recursos lúdicos que ajudem na formação da identidade social dos alunos. A inclusão deve acontecer de maneira orgânica, dentro de atividades que fazem parte do cotidiano da sala de aula, de modo que as crianças não vejam as habilidades assistivas somente como um tópico isolado, mas como parte de uma realidade que envolve todos nós.
Por fim, o compartilhamento de experiências entre educadores é fundamental. A troca de ideias e práticas bem-sucedidas pode enriquecer o currículo e beneficiar a formação integral das crianças. Dessa forma, o conhecimento sobre tecnologias assistivas se expandirá não apenas entre os alunos, mas também entre os educadores, fortalecendo a rede de apoio em prol da inclusão na educação.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caminhada dos Sentidos: Organizar uma atividade em que as crianças usem vendas para entender como é a vida de pessoas com deficiência visual e utilizar objetos que simulam tecnologias assistivas, como bengalas, para ajudá-los a navegar.
2. Teatro de Fantoches: Criar uma apresentação em que as crianças usem fantoches para encenar situações que envolvam o uso de tecnologias assistivas. Isso promove a empatia e a criatividade.
3. Mestre das Tecnologias: Realizar um jogo em que as crianças se revezam para introduzir uma tecnologia assistiva, explicando seu uso e criando uma história em torno do dispositivo.
4. Construindo um Mundo Acessível: Utilizar materiais de construção (como blocos) para criar um espaço que represente um ambiente acessível, discutindo as adaptações necessárias para torná-lo inclusivo.
5. Dia do Acesso: Propor um dia onde cada aluno deve se vestir ou criar um acessório que represente uma tecnologia assistiva, promovendo uma feira onde eles compartilham informações sobre o que trouxeram.
Essas atividades são adaptáveis e podem ser implementadas em diferentes contextos, estimulando o aprendizado contínuo sobre inclusão, respeito e a aceitação das diversidades que formam a sociedade.