Plano de Aula: Escrita espontânea (Educação Infantil) – crianças_pequenas

A escrita espontânea é uma habilidade essencial que se inicia nos primeiros anos de vida e se desenvolve progressivamente. Neste plano de aula, abordaremos atividades que visam estimular a expressão escrita das crianças pequenas (4 anos) por meio de práticas lúdicas e criativas, envolvendo diferentes formas de expressão e comunicação. Através de histórias, desenhos e interações, as crianças serão incentivadas não apenas a expressar seus sentimentos e ideias, mas também a desenvolver sua capacidade de escrita em um ambiente seguro e acolhedor.

As atividades planejadas para esta aula são voltadas para a valorização das experiências pessoais dos alunos, estimulando a autoconfiança e a participação em grupo. Através da escrita espontânea, as crianças aprenderão a comunicar suas vivências e emoções de maneira única, respeitando as diferenças e promovendo a empatia entre os colegas. Este plano está alinhado às diretrizes da BNCC, garantindo que as práticas pedagógicas estejam adequadas às necessidades de aprendizado dos alunos.

Tema: Escrita espontânea
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos

Objetivo Geral:

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Promover a escrita espontânea nas crianças, estimulando a expressão de suas ideias e sentimentos por meio de atividades que facilitem a comunicação, a criatividade e a socialização.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a capacidade de expressão artística e escrita das crianças.
– Incentivar a interação e a cooperação entre os alunos durante as atividades.
– Fomentar a valorização das produções individuais e coletivas, respeitando e reconhecendo as diferenças.
– Criar um ambiente acolhedor que favoreça a autoconfiança na expressão oral e escrita das crianças.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).
– (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.

Materiais Necessários:

– Papel em branco ou cadernos de desenho.
– Lápis de cor, canetinhas, tintas e pinceis.
– Histórias infantis ilustradas.
– Quadro branco e marcadores coloridos.
– Recortes de revistas e jornais.

Situações Problema:

– Como podemos expressar nossos sentimentos através da escrita?
– O que gostaríamos de contar sobre nossa própria história ou a história de um amigo?

Contextualização:

A escrita espontânea é uma forma de as crianças expressarem suas vivências, desejos e emoções. Durante essa aula, as crianças terão a oportunidade de conectar suas experiências pessoais com o ato de escrever, compreendendo que todos possuem histórias a contar. Através de dinâmicas que envolvem brincadeiras, desenhos e narrativas, os alunos poderão compartilhar seus sentimentos de forma genuína.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa (10 minutos):
– Inicie com uma roda de conversa onde as crianças possam falar sobre suas emoções e experiências. Pergunte como se sentem em diferentes situações, quem são seus amigos, e o que gostam de fazer. Incentive-as a compartilhar histórias do dia a dia.

2. Leitura de História (10 minutos):
– Escolha um livro ilustrado e faça uma leitura em voz alta. Ao final, faça perguntas sobre a história para estimular a imaginação e promover o pensamento crítico, como “O que você faria se estivesse no lugar do personagem?”.

3. Atividade de Desenho e Escrita (20 minutos):
– Peça que as crianças desenhem uma parte da história que mais gostaram ou criem sua própria história. Após o desenho, incentive-os a “escrever” algo sobre o que desenharam (podem usar a escrita espontânea com letras desenhadas ou rabiscos). Este momento é fundamental para que elas expressem suas ideias de forma livre.

4. Apresentação das Produções (10 minutos):
– Cada criança terá a oportunidade de apresentar seu desenho e contar a história escrita (ou o que pretende transmitir com o desenho). Aponte para a importância de ouvir os colegas e valorizar as diferentes narrativas.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Expressão Oral e Escrita:
– Objetivo: Estimular a comunicação e a escrita espontânea.
– Descrição: As crianças contarão suas histórias pessoais e as “escreverão” em papel de forma livre.
– Materiais: Papel, lápis e canetinhas.
– Instruções: Permita que as crianças desenhem e escrevam o que desejarem sem se preocupar com erros.

2. Brincadeira de Faz de Conta:
– Objetivo: Criar histórias em grupo, desenvolvendo assim a criatividade e o sentido de coletividade.
– Descrição: As crianças, em pequenas equipes, irão criar uma pequena cena de teatro.
– Materiais: Fantasias e objetos para o faz de conta.
– Instruções: Após a brincadeira, peça que cada grupo escreva uma frase sobre a cena que criaram e compartilhem com a turma.

3. Desenhos Sonoros:
– Objetivo: Associar sons a sentimentos e expressá-los artisticamente.
– Descrição: Com diferentes fontes sonoras, instigue as crianças a desenhar o que sentem ao ouvir cada som.
– Materiais: Objetos que possam produzir sons e papel.
– Instruções: Jogue diferentes sons e solicite que desenhem enquanto ouvem.

4. Histórias Coletivas:
– Objetivo: Estimular a imaginação e a construção de narrativas em grupo.
– Descrição: Juntos, criar uma história onde cada criança contribui com uma frase.
– Materiais: Quadro branco e marcadores.
– Instruções: Registre a história no quadro, permitindo que as crianças vejam a construção coletiva.

5. Fazendo um Livro:
– Objetivo: Criar um livro coletivo da turma com ilustrações e histórias curtas.
– Descrição: Após várias atividades de escrita, reúna todos os trabalhos em um só livro.
– Materiais: Papéis, grampeador, e capas.
– Instruções: Com a ajuda das crianças, monte o livro final e reserve um momento para compartilhar com os pais.

Discussão em Grupo:

– Como foi a experiência de desenhar e escrever sobre suas histórias?
– O que você sentiu ao contar sua história para o grupo?
– O que você aprendeu com as histórias dos seus colegas?

Perguntas:

– O que você mais gostou de desenhar?
– Como você consegue transmitir suas ideias através da escrita?
– Você acha que outras pessoas podem se sentir da mesma forma que você?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, observando a participação das crianças nas atividades, o envolvimento nas interações e a capacidade de expressar-se. O professor deve considerar aspectos como a autoconfiança demonstrada nas apresentações, a habilidade de colaborar com os colegas e a expressividade nas produções escritas.

Encerramento:

Para finalizar, reserve um momento para que as crianças compartilhem suas impressões sobre o que aprenderam e sentiram durante as atividades. Destaque a importância da escrita e da expressão pessoal, reforçando que todos possuem histórias valiosas para contar.

Dicas:

– Esteja sempre aberto a ouvir as crianças e valorize todas as produções, sejam elas elaboradas ou simples.
– Estimule o respeito e a empatia nas trocas de ideias entre os colegas.
– Faça uso de diversas formas de expressão, como música e dança, para enriquecer a experiência de aprendizagem.

Texto sobre o tema:

A escrita espontânea é um processo fundamental no desenvolvimento infantil, pois permite que as crianças expressem suas ideias e emoções de maneira livre e criativa. Nesse sentido, a faixa etária de 4 anos é ideal para incentivar essa prática, uma vez que as crianças estão em um período de intensa exploração e descoberta do mundo ao seu redor. Ao se engajarem em atividades de escrita, elas não apenas desenvolvem habilidades motoras finas, mas também aprendem a organizar pensamentos e narrativas. Os registros feitos, mesmo que em forma de rabiscos, são expressões que levam à formação do pensamento crítico e da capacidade de comunicação.

Neste contexto, é importante que os educadores promovam um ambiente inclusivo e acolhedor, onde as crianças se sintam à vontade para compartilhar suas produções. A ideia é que cada uma delas sintam que sua voz é importante e merece ser ouvida. O ato de contar histórias, tanto pessoais quanto imaginárias, cria vínculos e fortalece o grupo, permitindo que as crianças entendam a importância das relações interpessoais. Assim, através da escrita, elas não apenas exploram sua individualidade, mas também aprendem sobre a diversidade de experiências que existem ao seu redor.

Além disso, a escrita espontânea também está intrinsicamente ligada à prática da empatia. Ao contarem histórias e ouvirem as dos outros, as crianças começam a perceber que cada um possui um universo único de sentimentos e vivências. Essa conexão é crucial para o desenvolvimento social e emocional, assim como para a formação de uma sociedade mais justa e respeitosa. Por isso, ao trabalharmos a escrita espontânea na infância, estamos não apenas cultivando novas habilidades, mas também promovendo valores que serão fundamentais ao longo da vida.

Desdobramentos do plano:

A prática da escrita espontânea pode ser extensiva, abrangendo diversos outros conteúdos e áreas de conhecimento. Através da criação de histórias e narrativas, as crianças podem integrar diferentes disciplinas, como Artes ao apresentar desenhos, e Música ao criar canções que complementem suas histórias. Além disso, projetos interdisciplinares que envolvam a produção de livros colaborativos ou coletâneas de histórias da turma podem enriquecer ainda mais a experiência, ligando a escrita à iniciação na leitura.

O trabalho com a escrita espontânea também pode ser expandido para o cotidiano da sala de aula, onde as crianças são incentivadas a registrar suas atividades diárias em forma de diário de classe. Esse registro não só ajuda as crianças a refletir sobre suas experiências, mas também as ensina a importância da documentação e da memória. O professor pode utilizar os registros feitos pelas crianças nas atividades para discutir com elas os diferentes gêneros textuais e formas de comunicação escrita.

Por fim, a escrita espontânea pode ser uma porta de entrada para discussões mais amplas sobre culturas, diversidade, e a importância da escuta e do respeito às histórias dos outros. A provação do sentimento de pertencimento e o reconhecimento da diversidade são fundamentais no processo formativo dos alunos, contribuindo para a formação de indivíduos mais empáticos e respeitosos. Dessa forma, o plano preparado nesta aula não é apenas uma atividade pontual, mas sim, um ponto de partida para uma série de desdobramentos que enriquecerão o aprendizado das crianças.

Orientações finais sobre o plano:

Ao finalizar este plano de aula, é fundamental que o educador se prepare para adaptar as atividades conforme o desenvolvimento e interesse dos alunos. Cada criança possui seu ritmo de aprendizagem e a flexibilidade na condução das atividades permitirá que todas as crianças participem ativamente, contribuindo com suas narrativas e expressões. O papel do professor não é apenas de mediador, mas também de facilitador que inspira confiança em seus alunos.

A abordagem lúdica e interativa será a chave para o sucesso das atividades. Incentivar as crianças a explorarem sua criatividade ao trabalhar com a escrita e a expressão artística não apenas vai gerar um ambiente divertido, mas também instigará seu desejo de aprender. Por meio das experiências práticas, os alunos poderão vivenciar a teoria do aprendizado de maneira natural e significativa.

Por fim, é importante sempre reforçar o valor das práticas de escrita espontânea na vida cotidiana. Encorajar as crianças a utilizarem seus conhecimentos em casa, criando histórias ou dialogando com os familiares, pode solidificar ainda mais o que foi aprendido na escola. Ao conectar sala de aula e vida real, cria-se um ciclo de aprendizado que perdura além das paredes escolares, formando cidadãos críticos e engajados em sua expressão individual e coletiva.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caixa de Histórias:
– Objetivo: Incentivar a contação de histórias.
– Descrição: Encha uma caixa com objetos variados (brinquedos, recortes, etc.). As crianças devem tirar um objeto da caixa e criar uma história utilizando aquele item.
– Materiais: Caixa e objetos variados.
– Modo de condução: As crianças devem se revezar, apresentando suas histórias para o grupo.

2. Teatro dos Sentimentos:
– Objetivo: Explorar emoções através de histórias.
– Descrição: As crianças representam pequenas cenas que expressam sentimentos específicos, como felicidade, tristeza, medo, etc.
– Materiais: Fantasias ou adereços simples.
– Modo de condução: Após a representação, as crianças podem desenhar o momento vivido e comentá-lo em grupo.

3. Mural do Pensamento:
– Objetivo: Criar um mural interativo de ideias e pensamentos.
– Descrição: As crianças escrevem ou desenham algo que pensam ou sentem em post-its e colam em um mural.
– Materiais: Post-its e cartolina.
– Modo de condução: Ao final, junto com os alunos, discutam os diferentes sentimentos e ideias expressos.

4. Jogo de Rimas:
– Objetivo: Desenvolver a linguagem e a criatividade.
– Descrição: As crianças criam rimas a partir de palavras fornecidas pelo professor.
– Materiais: Cartões com palavras.
– Modo de condução: Cada criança deve tentar criar uma rima e apresentá-la ao grupo.

5. Apresentação de Histórias: