Plano de Aula: oficina de crianção de mascara inspirados nas culturas afro-brasileira (Educação Infantil) – crianças_pequenas

A proposta deste plano de aula é proporcionar uma oficina de criação de máscaras inspiradas nas ricas e diversas culturas afro-brasileiras. A atividade se visa em promover não apenas o aprendizado sobre a arte da confecção de máscaras, mas também a valorização e o respeito às diferentes culturas que formam nosso país, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Durante a oficina, as crianças terão a oportunidade de mergulhar em um universo de cores, formas e texturas, desenvolvendo suas habilidades motoras e expressivas, ao mesmo tempo que exploram e vivenciam elementos culturais importantes.

A atividade será realizada em um ambiente acolhedor e seguro, que favoreça a expressão e a criatividade das crianças. Com isso, pretende-se que os alunos se conectem com suas próprias emoções e as dos outros, promovendo um espaço onde a empatia e a cooperação prevaleçam. A realização dessa atividade não apenas fomenta a consciência cultural, como também promove o desenvolvimento afetivo e social das crianças.

Tema: Oficina de Criação de Máscaras Inspiradas nas Culturas Afro-Brasileiras
Duração: 49 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

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Desenvolver a criatividade e a expressão corporal das crianças por meio da confecção de máscaras, promovendo o reconhecimento e a valorização das culturas afro-brasileiras.

Objetivos Específicos:

– Realizar a confecção de máscaras utilizando materiais diversos.
– Estimular a empatia e o respeito pelas diferenças culturais.
– Promover a socialização e a cooperação entre os alunos.
– Fomentar a criatividade e a autoexpressão.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita, de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Papelão ou papel sulfite.
– Tintas coloridas (guache, tinta a dedo).
– Pincéis e esponjas.
– Cola.
– Tesoura (utilizada sob supervisão).
– Adereços como penas, palha, lantejoulas.
– Fitas ou elásticos para amarrar as máscaras.
– Imagens ilustrativas de máscaras afro-brasileiras para inspiração.

Situações Problema:

Como podemos criar nossas próprias máscaras inspiradas nas culturas afro-brasileiras? Que elementos podemos usar para expressar nossa criatividade e conexão com essas culturas?

Contextualização:

As máscaras afro-brasileiras têm um significado profundo e são frequentemente utilizadas em cerimônias, festas e rituais. Elas não são apenas uma forma de arte, mas também uma maneira de contar histórias e transmitir valores culturais. A oficina proposta irá apresentar esses elementos às crianças, instigando uma reflexão sobre a importância do respeito e da valorização das diversas culturas que compõem o nosso patrimônio cultural.

Desenvolvimento:

1. Introdução (5 minutos)
– Explicar brevemente o que são as máscaras africanas e suas importâncias nas culturas afro-brasileiras.
– Mostrar imagens de máscaras para as crianças, ressaltando as cores e formas utilizadas.

2. Apresentação dos Materiais (5 minutos)
– Expor os materiais que serão utilizados na confecção das máscaras e permitir que as crianças manuseiem os itens.

3. Criação das Máscaras (30 minutos)
– As crianças devem desenhar, recortar e pintar suas máscaras, utilizando sua criatividade para expressar suas ideias.
– Durante a atividade, o professor pode circular entre as mesas, incentivando as crianças e ajudando com técnicas de pintura e colagem.

4. Apresentação das Máscaras (9 minutos)
– Após a finalização, cada criança terá a oportunidade de apresentar sua máscara, contar um pouco sobre o que a inspirou e, se desejar, como se sente.

Atividades sugeridas:

– Dia 1: Introdução à cultura afro-brasileira através de histórias e músicas. Levantar questões sobre a diversidade cultural.
– Dia 2: Exploração de formas e cores através de atividades de pintura livre com tintas e pincéis.
– Dia 3: Planejar e desenhar o esboço da máscara em papel sulfite.
– Dia 4: Atividade prática de corte e colagem dos materiais na máscara.
– Dia 5: Apresentação das máscaras criadas, promovendo uma troca de ideias e experiências.

Discussão em Grupo:

– Como vocês se sentiram criando suas máscaras?
– O que vocês aprenderam sobre as culturas afro-brasileiras?
– Por que é importante respeitar e valorizar diferentes culturas?

Perguntas:

– O que você acha que as máscaras representam?
– Qual foi a parte mais divertida da criação da sua máscara?
– Como você descreveria a sensação de usar a sua máscara?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua e formativa, observando o envolvimento e a participação das crianças durante as atividades, bem como a capacidade de cooperação e expressão de ideias.

Encerramento:

Fazer uma roda de conversa sobre a experiência vivida, onde cada criança pode compartilhar o que mais gostou na atividade. Agradecer a participação de todos e reforçar a importância da cultura e da arte na vida de cada um.

Dicas:

– Planeje a atividade com antecedência, garantindo que todos os materiais estejam prontos.
– Crie um ambiente estimulante com música de fundo relacionada às culturas afro-brasileiras.
– Incentive a autoexpressão e a liberdade criativa, respeitando as individualidades de cada criança.

Texto sobre o tema:

A máscara tradicional afro-brasileira carrega em si uma história rica e ancestral. Este artefato não é apenas um objeto ornamental, mas sim um símbolo de expressão cultural e resistência. Muitas vezes, as máscaras são utilizadas em festivais, rituais e celebrações que celebram as raízes africanas presentes em nossa cultura. Elas fazem parte de uma longa tradição que reflete a luta, a alegria, os mitos e as expressões artísticas dos povos afrodescendentes. Além de representarem a diversidade, essas máscaras exploram temas como espiritualidade, natureza e a relação do ser humano com o divino.

Neste sentido, a atividade de confeccionar máscaras permite que as crianças não apenas sintam, mas também vivenciem o processo de criação artística. Ao trabalhar com diferentes materiais, as crianças desenvolvem habilidades motoras finas e estimulam a criatividade, proporcionando um espaço de autoexploração e autoconhecimento. Ao se debruçarem sobre as cores, formas e significados das máscaras, elas têm a oportunidade de se refletir e entender a importância de suas próprias culturas e histórias, assim como a dos outros.

Por meio desta oficina, espera-se que os alunos não apenas aprendam sobre as tradições culturais, mas também que desenvolvam um senso de identidade e pertencimento. Esses valores são fundamentais na formação de indivíduos que respeitam e valorizam as diversidades, construindo um futuro mais respeitoso e colaborativo. Afinal, a arte, quando compartilhada e compreendida, torna-se um poderoso meio de comunicação que promove a união entre diferentes povos e culturas.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula não apenas forma a base para o aprendizado sobre a cultura afro-brasileira, mas também abre caminhos para outras atividades relacionadas. Ao trabalhar com máscaras, os professores podem posteriormente introduzir danças, músicas, e até mesmo a culinária afro-brasileira, ampliando a exploração cultural. É uma oportunidade rica para que as crianças se envolvam em experiências práticas que reforçam o que aprenderam na aula de forma lúdica e interativa. Ao fazer isso, elas não apenas aprendem a respeito das culturas, mas também começam a identificar semelhanças e diferenças entre elas, respeitando cada um.

Além disso, ao estimular a discussão em grupo e a interação entre os alunos, o plano facilita a cooperação e compreensão mútua entre as crianças. Isso promove não só a habilidade de se expressar, mas também a construção de relacionamentos enriquecedores dentro do ambiente escolar. O uso de materiais diversos e a liberdade de criação instigam a autoestima das crianças, fazendo com que se sintam valorizadas e ouvidas, o que é fundamental para seu desenvolvimento emocional.

A experiência de criar e apresentar suas máscaras também pode ser utilizada como uma forma de conexão com pais e responsáveis. Uma exposição no final da atividade onde os familiares são convidados a ver as criações dos alunos pode ser uma excelente maneira de compartilhar as aprendizagens e valorizar a cultura com toda a comunidade escolar. Essa interação fortalece os laços entre escola e família, colaborando para uma educação integrada e eficaz.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor esteja preparado para conduzir a atividade de forma a valorizar cada contribuição das crianças. A consciência de que cada uma tem uma visão única é crucial para um ambiente inclusivo e respeitador. Ao promover uma oficina artística como esta, o educador torna-se um facilitador do conhecimento, proporcionando um espaço de acolhimento das ideias e vivências de cada aluno.

Outro ponto importante é a flexibilização do planejamento. Este plano pode e deve ser adaptado conforme o ritmo e as necessidades do grupo. Ao permitir que as crianças explorem, criem e expressem livremente suas ideias, o professor contribui para o desenvolvimento da autonomia infantil. A iniciativa de cada criança deve ser incentivada, criando um ambiente onde a criatividade é estimulada e o direito à expressão respeitado.

Por fim, o refletir sobre as experiências vividas em sala é um ponto fundamental para o aprimoramento do plano de aula. Ao término da atividade, o professor deve observar o que funcionou bem e quais áreas podem ser aprimoradas, garantindo assim, um aprendizado contínuo. Este processo de autoavaliação e reflexão proporcionará um enriquecimento nas futuras propostas, contribuindo significativamente para a prática pedagógica.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança das Máscaras: Organizar uma atividade onde as crianças possam dançar usando suas máscaras. O objetivo é promover o movimento e a expressão corporal, enquanto exploram os ritmos da cultura afro-brasileira. Materiais: Música, máscaras confeccionadas por eles. Método: A professora pode ensinar passos simples e incentivar que cada um reajuste os movimentos expressando sentimentos.

2. Contação de Histórias: Incentivar a criação de narrativas em grupo que envolvam as máscaras criadas. O objetivo é desenvolver a linguagem oral e a criatividade. Materiais: Máscaras, objetos que representam os elementos da história. Método: Cada criança pode contribuir com uma parte da história, utilizando a máscara como personagem.

3. Jogo das Cores: Embora as crianças explorem as cores das máscaras, propostas um jogo onde deverão identificar objetos ao redor da sala que corresponde às suas cores. O objetivo é trabalhar a observação e a identificação. Materiais: Pintura nas máscaras e diferentes objetos. Método: As crianças devem encontrar um objeto em sala que tenha a mesma cor da sua máscara e apresentá-lo ao grupo.

4. Explorando o Sombreado: Ensinar as crianças a pintarem suas máscaras utilizando sombras. O objetivo é introduzir o conceito de tonalidade e profundidade. Materiais: Tintas e pincéis. Método: Usar uma lanterna como referência e trabalhar a criação de efeitos.

5. Feira das Máscaras: Realizar um evento onde as crianças possam expor suas máscaras para outros alunos e familiares. O objetivo é promover a interação e integrar a comunidade escolar. Materiais: Máscaras, cartazes explicativos sobre cada máscara. Método: As crianças poderão descrever para os visitantes a história por trás de suas criações, incentivando a oralidade.

Este plano de aula proporciona uma oportunidade rica para o desenvolvimento cultural e artístico das crianças. Com foco nas culturas afro-brasileiras, promove a conscientização, o respeito e a valorização da diversidade.