Plano de Aula: Dança Regional: SIRIRI (Ensino Médio) – 3º Ano
O plano de aula a seguir tem como foco a dança regional Siriri, um patrimônio cultural brasileiro que reflete a diversidade e a riqueza das tradições. Este plano apresenta uma abordagem teórica e prática, onde os alunos poderão analisar a dança, suas características, bem como entender a relação da transferência de peso conforme abordada pelo teórico Rudolf Laban. Utilizando um vídeo como recurso pedagógico, os estudantes serão incentivados a observar, anotar e refletir sobre os aspectos constitutivos do Siriri e suas referências no cotidiano.
A dança Siriri é mais que uma expressão artisticamente rica; é um elemento representativo da cultura local que promove o entendimento sobre a identidade e os costumes de uma região. Além disso, a discussão sobre a transferência de peso dentro da dança possibilita uma conexão entre a teoria da dança e a vivência prática, estimulando o aprendizado significativo dos alunos.
Tema: Dança Regional: Siriri
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 16 a 17 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma compreensão teórica e prática da dança Siriri, associando seu contexto cultural à técnica da transferência de peso segundo Rudolf Laban.
Objetivos Específicos:
– Compreender a história e os aspectos culturais da dança Siriri.
– Analisar a transferência de peso em momentos específicos da dança.
– Refletir sobre como a dança e os conceitos de movimento estão inseridos no dia a dia dos alunos.
– Fomentar a percepção crítica sobre a cultura local e suas expressões artísticas.
Habilidades BNCC:
– (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômenos sociais, culturais, históricos, variáveis, heterogêneos e sensíveis aos contextos de uso.
– (EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, estabelecendo relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
– (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação.
– (EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo sua diversidade, bem como os processos de legitimação das manifestações artísticas na sociedade, desenvolvendo uma visão crítica e histórica.
Materiais Necessários:
– Computador e projetor para exibir o vídeo.
– Vídeo da apresentação do Siriri.
– Cadernos e canetas para anotações.
– Espaço adequado para a prática de dança.
Situações Problema:
– O que caracteriza a dança Siriri em comparação com outras danças regionais?
– Como a técnica da transferência de peso influencia o movimento na dança?
Contextualização:
Introduzir a importância da dança na cultura brasileira e discorrer brevemente sobre as raízes do Siriri, destacando sua presença nas festividades e eventos sociais. Relacionar os conceitos de dança e movimento na sociedade moderna, abordando como essas manifestações culturais ainda são relevantes e apreciadas.
Desenvolvimento:
1. Início da Aula (10 minutos):
– Apresentar o tema da aula e os objetivos.
– Realizar uma breve introdução sobre o Siriri, incluindo sua origem e características. Sugerir aos alunos que pensem sobre outras danças que conhecem e suas diferenciações.
2. Apresentação do Vídeo (15 minutos):
– Exibir um vídeo que mostre uma apresentação de dança Siriri.
– Solicitar que os alunos façam anotações sobre os movimentos apresentados, especialmente sobre a transferência de peso em momentos específicos da dança.
3. Discussão sobre Transferência de Peso (10 minutos):
– Após o vídeo, promover uma discussão guiada sobre as anotações dos alunos, convidando-os a compartilhar suas observações.
– Perguntar sobre como a transferência de peso é utilizada na dança e como isso pode ser percebido em outras atividades físicas do cotidiano, como esportes ou atividades artísticas.
4. Atividade Prática (10 minutos):
– Organizar os alunos em grupos pequenos e incentivá-los a praticar alguns dos movimentos vistos no vídeo, focando na percepção da transferência de peso.
– Orientar os alunos a se expressarem livremente, buscando sentir a fluidez e as exigências físicas da dança.
Atividades Sugeridas:
1. Estudo sobre a Cultura do Siriri (1º dia):
– Objetivo: Compreender as origens e a evolução da dança.
– Descrição: Os alunos devem pesquisar sobre a história e as tradições do Siriri, reunindo informações a partir de livros, artigos e entrevistas com dançarinos locais.
– Instruções: Reunir as informações em uma apresentação ou relatório.
2. Análise de Vídeos (2º dia):
– Objetivo: Identificar os diferentes estilos e formas de dança Siriri.
– Descrição: Assistir a uma variedade de vídeos de apresentações e discutir os diferentes estilos.
– Instruções: Fazer comparações entre as danças observadas e anotar os elementos que diferem.
3. Experiência de Grupo (3º dia):
– Objetivo: Criar uma coreografia simples inspirada na dança.
– Descrição: Em grupos, os alunos devem criar uma coreografia utilizando os movimentos do Siriri.
– Instruções: Ensaiar e apresentar a coreografia para a turma.
4. Reflexão Pessoal (4º dia):
– Objetivo: Relacionar a dança com a vida cotidiana.
– Descrição: Cada aluno deve escrever uma redação de duas páginas sobre como a dança influenciou ou pode influenciar seus próprios movimentos na vida diária.
– Instruções: Incluir a transferência de peso e outras reflexões sobre a vivência da dança.
5. Apresentação Final (5º dia):
– Objetivo: Apresentar o que aprenderam sobre o Siriri e suas experiências.
– Descrição: Realização de uma apresentação para os colegas e/ou professores.
– Instruções: Integrar o conhecimento adquirido e realizar uma performance com o foco na transferência de peso.
Discussão em Grupo:
– Quais são as principais características da dança Siriri que podem ser identificadas no cotidiano?
– Como a dança pode servir como um meio de expressão cultural em nossa sociedade contemporânea?
– Em que aspectos os movimentos vistos na dança se relacionam com o cotidiano e as atividades diárias?
Perguntas:
– Que sentimentos a dança transmite?
– Como podemos relacionar a dança Siriri com questões de identidade cultural?
– Em que momentos da sua vida você percebe a influência da dança?
Avaliação:
A avaliação será realizada com base na participação dos alunos durante as atividades, qualidade nas anotações sobre o vídeo, apresentações de pesquisa sobre o Siriri e colaboração nas atividades práticas. Além disso, a redação reflexiva servirá para avaliar a capacidade de relacionar a dança com suas vivências.
Encerramento:
Finalizar a aula com um breve resumo do que foi aprendido sobre a dança Siriri e sua importância cultural. Destacar a relação entre teoria e prática, enfatizando a relevância da dança como forma de expressão e reflexo cultural.
Dicas:
– Fomentar a pesquisa em grupo para que todos os alunos colaborem na construção do conhecimento.
– Utilizar casos práticos e histórias locais que possam ser relacionadas à dança para contextualizar ainda mais a discussão.
– Encorajar os alunos a se expressarem livremente nas práticas de dança, valorizando a diversidade dos movimentos e interpretações.
Texto sobre o tema:
A dança Siriri é uma manifestação cultural que nasceu na tradição brasileira, especialmente no estado de Mato Grosso. Esta dança é frequentemente associada a festas populares e celebrações, englobando não apenas um estilo de dança, mas também a música e a vestimenta característica. O Siriri é um exemplo de como a dança pode unir e fortalecer laços sociais ao redor de um propósito comum, além de estar intimamente ligada à identidade dos grupos que a praticam.
Além de sua função de entretenimento e socialização, a dança desempenha um papel crucial na preservação da cultura e da história de uma comunidade. Uma das características marcantes do Siriri é sua musicalidade envolvente, frequentemente realizada com instrumentos como sanfonas e pandeiros, que acompanham os passos ritmados e as trocas de olhares entre os dançarinos. A movimentação é viva, muitas vezes envolvendo transferência de peso, que é um conceito importante na dança e na performance artística, conforme descrito por Rudolf Laban. A transferência de peso permite aos dançarinos uma maior expressividade em seus movimentos, possibilitando uma interação mais profunda com o público e com a própria dança.
Essa relação do Siriri com a vida diária também reflete a maneira como a dança e os movimentos corporais estão presentes em várias esferas sociais. O entendimento da dança como uma forma de linguagem não-verbal e expressão das emoções é preponderante para que se possa apreciar a riqueza deste patrimônio cultural. Para os alunos, essa aula não é apenas sobre a técnica da dança em si, mas sobre como ela pode refletir não apenas a cultura, mas também as próprias identidades e experiências pessoais, promovendo um senso de pertencimento e admiração pela diversidade cultural.
Desdobramentos do plano:
O presente plano de aula sobre a dança Siriri pode ser ampliado com atividades que incentivem a pesquisa acadêmica e o estudo mais profundo das danças regionais do Brasil. Através da coleta de subsídios históricos, entrevistas com dançarinos e visita a grupos de dança local, os alunos podem se aprofundar na compreensão da importância de cada dança dentro de seu contexto cultural específico. Essas experiências podem ser documentadas e compartilhadas em apresentações ou eventos culturais na escola, estimulando o envolvimento da comunidade.
Além disso, é possível relacionar essa atividade a outras disciplinas, como História e Educação Física, para que os alunos possam ver o diálogo entre as artes e as ciências sociais. Por exemplo, estudar o impacto das festividades culturais nas comunidades locais ou analisar como a dança e suas práticas corporais refletem questões sociais contemporâneas. Isso proporciona uma abordagem interdisciplinar rica e significativa, onde a prática cultural se torna uma lente para ver outros aspectos da vida em sociedade.
Por fim, o plano pode servir ainda como um ponto de partida para a formação de um clube de dança na escola, reunindo estudantes que se interessam por danças tradicionais e contemporâneas, proporcionando um espaço de prática e aprendizado contínuo. Essa abordagem pode levar a futuras apresentações em festivais e intercâmbios culturais, celebrando a diversidade e a identidade dos alunos enquanto também fortalece o vínculo entre a escola e a cultura local.
Orientações Finais sobre o plano:
É fundamental que os educadores estejam abertos a adaptações durante o desenvolvimento das atividades do plano de aula. Cada turma possui características e ritmos diferentes. Portanto, o professor deve sempre estar atento às dinâmicas em sala e pronto para fazer ajustes que favoreçam o aprendizado de todos os alunos.
Incentivar a participação ativa dos alunos nas discussões sobre a dança e suas implicações pode enriquecer a experiência educacional. O envolvimento com a cultura local não apenas promove o aprendizado acadêmico, mas também transfere valores de respeito e valorização da diversidade.
Por fim, é importante documentar todas as etapas do plano, coletando feedback dos alunos e observações do professor ao longo do processo. Essa documentação pode ser útil para futuras aulas e para promover uma reflexão sobre como a dança e as artes podem ser mais efetivamente integradas ao currículo escolar. Uma abordagem contínua e reflexiva sobre o ensino da dança pode contribuir para uma formação mais completa e conectada dos alunos com a sua identidade cultural.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criação do Mapa Cultural das Danças:
– Objetivo: Mapear as danças regionais do Brasil e suas características.
– Faixa Etária: 16 a 17 anos.
– Descrição: Os alunos criarão um mapa colaboativo onde identificarão os diferentes estilos de danças regionais observando suas características, vestimentas e ritmos. Utilizarão recortes, imagens e canetas para tornar o mapa visualmente atraente.
2. Teatro de Sombras:
– Objetivo: Recriar uma apresentação de dança através de teatro de sombras.
– Faixa Etária: 16 a 17 anos.
– Descrição: Utilizando cartolinas e lanternas, os alunos criarão um espetáculo de teatro de sombras que representa a dança. Essa atividade incentiva a criatividade e a interpretação da dança de uma maneira diferente.
3. Debate sobre Dança e Cultura:
– Objetivo: Debater a importância das danças na cultura brasileira.
– Faixa Etária: 16 a 17 anos.
– Descrição: Organizar um debate em sala de aula onde os alunos discutirão o papel da dança como expressão cultural e suas influências na sociedade. Essa atividade promove a argumentação e o exercício da oratória.
4. Colagem da Identidade Cultural:
– Objetivo: Refletir sobre a própria identidade cultural.
– Faixa Etária: 16 a 17 anos.
– Descrição: Os alunos devem trazer imagens que representem suas culturas e colá-las em cartolinas, criando um mural que represente a diversidade presente na turma. Essa colagem pode ser exposta na escola, promovendo reflexão sobre as identidades.
5. Desfile de Danças:
– Objetivo: Apresentar as danças e costumes de diferentes regiões brasileiras.
– Faixa Etária: 16 a 17 anos.
– Descrição: Organizar um desfile escolar onde cada aluno ou grupo de alunos se apresenta à turma vestindo roupas típicas e apresentando um resumo sobre a dança que representam. Essa atividade promove o respeito e a valorização das culturas locais.
Com estas atividades lúdicas bem estruturadas, o professor terá ferramentas valiosas para engajar e ensinar a importância da dança, promovendo um espaço de aprendizado rico e interativo.