Plano de Aula: AUTO REGULACAO PARA FIM DE ANO (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
Este plano de aula é pensado para promover a auto-regulação das crianças em um momento de reflexão e celebração de fim de ano. A proposta central é auxiliar os alunos a entenderem e expressarem suas emoções, além de criar um espaço de interação e convivência entre as crianças e suas famílias. Focamos em desenvolver habilidades essenciais nesta faixa etária e a importância do envolvimento familiar no processo educativo. A auto-regulação, neste contexto, vai além da observação dos sentimentos individuais, mas também do compartilhamento das vivências, que se tornam mais ricas quando integradas à realidade da família.
As atividades foram elaboradas para serem simples, divertidas e significativas, visando um aprendizado lúdico. Ao engajar as crianças com os familiares, buscamos assegurar que a aprendizagem não se limite ao espaço escolar, mas se estenda ao lar, reforçando a importância das interações sociais e emocionais neste processo educativo. Através de brincadeiras, histórias e músicas, o plano ao mesmo tempo diverte e ensina, promovendo um ambiente acolhedor e seguro.
Tema: Auto-regulação para fim de ano
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Promover a auto-regulação das crianças por meio de atividades que envolvam a expressão de sentimentos e a interação entre as crianças e suas famílias, reforçando a importância da convivência e do cuidado nas relações sociais.
Objetivos Específicos:
1. Estimular as crianças a expressarem suas emoções através de brincadeiras e músicas.
2. Fomentar o diálogo entre as crianças e seus familiares sobre sentimentos e o que aprenderam durante o ano.
3. Incentivar a socialização e o respeito à diversidade nas interações, respeitando as diferenças individuais.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
Materiais Necessários:
– Brinquedos variados (bonecas, bolas, materiais de construção)
– Tintas, pincéis e papel para pinturas
– Livros de histórias com ilustrações
– Instrumentos musicais simples (bongôs, pandeiros, chocalhos)
– Materiais recicláveis para exploração tátil
Situações Problema:
Como podemos entender melhor nossos sentimentos? Como compartilhamos nossas experiências uns com os outros? O que aprendemos juntos neste fim de ano que passou?
Contextualização:
Neste final de ano, é importante refletirmos sobre o que vivenciamos e aprendemos, expressando nossos sentimentos e fortalecendo os laços afetivos com a família e amigos. Ao mesmo tempo, as crianças bem pequenas têm suas emoções ainda em desenvolvimento; por isso, essa aula irá proporcionar um ambiente seguro para que possam expressar o que sentem.
Desenvolvimento:
1. Boas-vindas e Roda de Conversa (10 minutos)
Abra a aula dando boas-vindas às crianças e seus familiares. Forme uma roda, onde todos devem sentar juntos. Pergunte como cada um se sente neste final de ano e estimule relatos sobre momentos bons que viveram. Auxilie as crianças a verbalizarem, se necessário, usando frases simples que refletem suas emoções.
2. Brincadeiras com Músicas e Danças (15 minutos)
Apresente músicas que falem sobre sentimentos e a estação do ano. Proponha movimentos que as crianças possam imitar, como “ficar feliz”, “ficar triste” ou “se divertir”. O objetivo é explorar o corpo e as emoções ao mesmo tempo, incentivando a energia e a alegria do momento.
3. Atividade de Pintura com Sombras (15 minutos)
Disponibilize tintas, folhas de papel e materiais recicláveis. Explique que eles podem desenhar ou pintar o que sentiram durante o ano. Você pode estimular utilizando a ideia de fazer “sombra de sentimentos”, onde os pais ajudam as crianças a projetar suas mãos e pintar com cores que expressem os sentimentos que vivenciaram.
4. Contação de Histórias (10 minutos)
Utilize um dos livros ilustrados para contar histórias que abordem sentimentos e a amizade. Pergunte às crianças sobre os personagens e como elas se sentiriam no lugar deles. Estimule o diálogo, permitindo que elas expressem suas ideias de forma livre.
Atividades sugeridas:
1. Jogo de Expressão Facial
– Objetivo: Fazer as crianças identificarem e expressarem emoções.
– Descrição: Mostre fotos de diferentes expressões (feliz, triste, bravo) e pergunte como elas estão se sentindo. Incentive os alunos a imitar as expressões.
– Materiais: Fotos de emoções.
– Adaptação: Para crianças mais tímidas, os pais podem ajudar a fazer as expressões.
2. Roda de Histórias em Família
– Objetivo: Envolver a família na narrativa de histórias e sentimentos.
– Descrição: Cada família busca contar uma história e para isso, podem usar imagens ou objetos que remetam à história.
– Materiais: Livros e objetos do dia a dia.
– Adaptação: Propor que os familiares ajudem as crianças a contar, estimulando-as a participar.
3. Brincadeiras de Movimento
– Objetivo: Fomentar a movimentação e a socialização.
– Descrição: Propor atividades como “correr e parar” onde, ao “parar”, elas devem mostrar uma emoção com o corpo.
– Materiais: Música animada.
– Adaptação: Esta atividade pode ser feita com espaços amplos e permitida a participação dos adultos.
4. Mini Oficina de Cor
– Objetivo: Explorar as cores e como elas nos fazem sentir.
– Descrição: Pintura com as emoções – as crianças misturam cores e expressam um momento. Depois, compartilham o que representam.
– Materiais: Tintas, pincéis, e papéis.
– Adaptação: Incentivar os pais a participarem na elaboração das obras de arte.
5. Jogos de Convivência
– Objetivo: Ressignificar o aprendizado da convivência.
– Descrição: Jogos como “Passa a Bolinha”, onde as crianças, com a ajuda dos adultos, precisam passar a bola e dizer uma coisa boa que aconteceu no mês anterior.
– Materiais: Uma bola.
– Adaptação: Para crianças que precisam de um pouco mais de assistência, alunos mais velhos ou adultos podem tecer comentários.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, reúna todos novamente e pergunte como se sentiram em cada momento. Estimule as crianças a interagirem umas com as outras, expressando o que mais gostaram e como se sentiram durante a aula. Isso é fundamental para finalizar a experiência de maneira positiva e significativa.
Perguntas:
1. Como você se sentiu quando estava pintando?
2. O que você gostaria de compartilhar sobre a história que você ouviu?
3. Fez alguma amizade nova hoje? Como foi isso?
4. Se você fosse um personagem da história, quem você seria e por quê?
Avaliação:
A avaliação será contínua e se dará através da observação do envolvimento das crianças nas atividades. É importante perceber como elas interagem, compartilham suas emoções e se comunicam com os colegas e familiares. Os professores devem anotar momentos significativos e compartilhar esses relatos com os familiares, criando um ciclo de feedforward.
Encerramento:
Conclua a aula agradecendo a presença das famílias e das crianças. Pergunte se elas gostaram das atividades e se se sentiram bem participando. Reforce a importância de compartilharem momentos e sentimentos, e como isso é importante em suas vidas. Finalize com um momento musical, cantando juntos uma música alegre que simboliza a união e o aprendizado.
Dicas:
1. Prepare o ambiente antes da aula para que tudo esteja acessível e convidativo para as crianças.
2. Ofereça espaços diferentes para as atividades, proporcionando variedade na experiência.
3. Mantenha sempre a comunicação fluida com os familiares, fazendo deles partes ativas do processo.
4. Use histórias que estejam relacionadas a emoções que as crianças possam realimentar em suas vivências.
5. Seja flexível e disposto a adaptar as atividades conforme o fluxo da aula e as necessidades do grupo.
Texto sobre o tema:
A auto-regulação é uma habilidade crucial que as crianças começam a desenvolver desde muito pequenas. Essa habilidade implica o entendimento e o controle de suas emoções e comportamentos, fundamentais para interações saudáveis e para o desenvolvimento da autoestima. No contexto educativo, a auto-regulação se reflete na capacidade de as crianças expressarem seus sentimentos e compreenderem as emoções dos outros. Com o fim do ano se aproximando, é interessante conduzir diversas atividades que provoquem reflexões e conversas, proporcionando um espaço para que as crianças se sintam seguras ao compartilhar suas vivências.
Por meio das brincadeiras e das dinâmicas em grupo, as crianças aprendem a identificar e nomear suas emoções, fortalecendo sua capacidade de se comunicar. A inclusão das famílias nesse processo é igualmente significativa, pois as crianças tendem a se sentir mais à vontade para interagir e resolver conflitos quando os responsáveis estão ao seu lado. Além disso, a presença dos adultos ajuda a reforçar as regras básicas de convivência e o respeito às diferenças, pois as famílias trazem suas próprias experiências e perspectivas, que enriquecem o ambiente da sala.
As atividades lúdicas e interativas, além de encorajar o aprendizado da auto-regulação, propõem que as crianças entendam a importância dos laços afetivos. Criar um ambiente onde cada um se sente reconhecido e respeitado é fundamental para o desenvolvimento e a socialização. Quanto mais habilidades sociais e emocionais as crianças adquirirem, mais bem preparadas estarão para enfrentar os desafios que virão ao longo de suas vidas, tanto na escola quanto nas relações interpessoais.
Desdobramentos do plano:
A proposta de integrar as famílias no processo de auto-regulação das crianças abre portas para uma ampla reflexão e troca de experiências. Essa dinâmica não apenas facilita a transferência de conhecimento, mas também cria vínculos mais efetivos entre os membros da família e os educadores. As experiências em conjunto favorecem que as crianças vejam a educação como um caminho contínuo e compartilhado. Com isso, o papel dos pais e responsáveis torna-se essencial, permitindo que as educadoras sejam árvores que dão frutos por meio das experiências cotidianas que são trocadas entre lares e escola.
Além disso, o plano de aula enfatiza a necessidade de ajustar práticas educativas às vivências específicas das crianças. Observações individuais sobre como as crianças expressam suas emoções podem oferecer uma valiosa oportunidade para os educadores adaptarem as próximas etapas do aprendizado, proporcionando um ambiente que reconhece as particularidades de cada aluno. Isso garante que aprendam a se relacionar não só com os pares, mas também consigo mesmas.
Por fim, as vivências propostas incentivam não só a auto-regulação, mas também um ambiente de respeito à diversidade. Neste sentido, é possível perceber o impacto positivo que essas experiências têm na formação de cidadãos mais empáticos, tolerantes e solidários. Ao abordar o conceito de emoções e interação social com simplicidade e profundidade, estamos formando uma geração que não só entende seus sentimentos, mas também os dos outros, contribuindo para uma sociedade mais harmoniosa.
Orientações finais sobre o plano:
Em sua execução, este plano de aula deve ser visto como um recurso valioso para a formação de habilidades emocionais nas crianças. A abordagem lúdica e interativa garante que sejam abordadas questões relevantes de maneira leve e acessível. Todas as atividades propostas devem ser conduzidas em um ambiente de acolhimento e respeito, onde as crianças possam sentir-se seguras para se expressar. O papel do educador é essencial, não apenas na condução das atividades, mas também como modelo de conduta.
Incentivar o envolvimento das famílias é uma ponte que fortalece as relações educativas. As famílias, ao participarem ativamente, veem a importância do aprendizado contínuo e da auto-regulação em suas próprias vidas. Além disso, o fortalecimento dos vínculos familiares e educacionais é um passo significativo no desenvolvimento de uma visão positiva do aprendizado, onde os desafios são encarados como oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Por último, ao finalizar a aula, o educador deve se atentar à importância de registrar os momentos significativos vividos durante a atividade. Essa prática não apenas enriquece o diário pedagógico, mas também serve para comprovar o impacto das experiências na formação emocional das crianças. Há a necessidade de reflexão constante, de modo que o processo educacional vá se aprimorando continuamente com novas experiências que promovam o crescimento mútuo entre crianças, pais e educadores.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches
Objetivo: As crianças exploram suas emoções por meio de personagens.
Materiais: Fantoches ou bonecos de feltro.
Passo a Passo: Os adultos ajudam na criação de histórias em que os fantoches vivenciam situações que promovem emoções. No final, as crianças podem contar como se sentem em relação aos personagens.
2. Brincadeiras Sensoriais com Massas
Objetivo: Expressar emoções através de texturas.
Materiais: Massas de modelar e tintas.
Passo a Passo: Enquanto manipulam as massas, incentive as crianças a descreverem as texturas e as sensações, ligando-as a momentos vividos durante o ano.
3. Atividade de Música e Movimento
Objetivo: Relacionar sentimentos a ritmos e movimentos.
Materiais: Música e espaço amplo.
Passo a Passo: Propor danças que imitem diferentes sentimentos representados pelas músicas, guiando as crianças a se identificarem.
4. Piquenique das Emoções
Objetivo: Compartilhar experiências em um ambiente mais descontraído.
Materiais: Lanches saudáveis e espaço ao ar livre.
Passo a Passo: Organizar um piquenique onde cada família

