Plano de Aula: EXPRESSÕES RACISTAS (Ensino Fundamental 1) – 4º Ano

A luta contra o racismo é uma das questões mais candidatas para educadores e educadoras nas escolas contemporâneas. Este plano de aula aborda as expressões racistas, que são frequentemente enraizadas em preconceitos, estereótipos e em uma falta de entendimento sobre a diversidade cultural. A proposta visa sensibilizar e informar os alunos sobre as consequências do racismo, incentivando-os a refletir e a desenvolver uma postura crítica diante de tais questões, além de promover a empatia e o respeito às diferenças.

Tema: Expressões Racistas
Duração: 2 Aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 9-13 anos

Objetivo Geral:

Conscientizar os alunos sobre o conceito de racismo e suas expressões, promovendo o respeito à diversidade cultural e a empatia entre os diferentes grupos sociais.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Identificar expressões racistas presentes na língua e na cultura.
* Refletir sobre como essas expressões impactam diferentes grupos sociais.
* Desenvolver um vocabulário que promova a inclusão e o respeito.
* Criar alternativas de comunicação que respeitem a diversidade.

Habilidades BNCC:

(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar adequadamente a pontuação em textos.
(EF04LP10) Ler e compreender textos considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
(EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões em textos informativos.
(EF04LP19) Ler e compreender textos expositivos sobre fenômenos sociais.

Materiais Necessários:

* Papel e canetas coloridas.
* Projetor ou retroprojetor.
* Textos impressos sobre expressões racistas.
* Dicionários ou acesso à internet para pesquisa.
* Quadro branco e marcadores.

Situações Problema:

* Como podemos identificar uma expressão racista?
* Quais sentimentos essas expressões causam nas pessoas afetadas?
* Como as palavras que usamos podem promover a inclusão ou exclusão?

Contextualização:

No Brasil, a discussão sobre racismo é fundamental, especialmente considerando a diversidade cultural que compõe a sociedade brasileira. Muitos alunos podem não estar cientes das implicações das expressões que utilizam ou que ouvem no cotidiano. Compreender a origem e o impacto das palavras é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Este plano de aula busca promover essa discussão, proporcionando uma reflexão crítica sobre a linguagem e seus efeitos.

Desenvolvimento:

A primeira aula será dedicada à introdução ao tema, com uma apresentação sobre o que são expressões racistas e como elas surgem na sociedade. O professor pode utilizar exemplos para ilustrar como certos termos estão inseridos em um contexto histórico de opressão. É fundamental que os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e observar como a linguagem pode ter um impacto direto em suas vidas.

Na segunda aula, os alunos realizarão atividades práticas em grupos para explorar expressões e estereótipos racistas que são frequentemente usados e que eles podem encontrar em seudia a dia. Essa atividade deve culminar em um projeto em que eles criam alternativas inclusivas às expressões discutidas.

Atividades sugeridas:

*Atividade 1: Discussão em grupo.*
*Objetivo:* Trabalhar a identificação e reflexão de expressões racistas.
*Descrição:* Dividir a turma em pequenos grupos e apresentar uma lista de expressões que têm conotação racista. Cada grupo deve discutir por que essas expressões são ofensivas e quais alternativas de linguagem podem ser usadas.
*Materiais:* Papel, canetas e a lista de expressões.
*Adaptação:* Os alunos podem usar dicionários ou acessar a internet para pesquisar outros termos.

*Atividade 2: Criação de cartazes.*
*Objetivo:* Receptionar novas formas de comunicação e promover inclusão.
*Descrição:* Cada grupo deve criar um cartaz que apresente uma expressão racista e, ao lado, uma alternativa respeitosa. Os cartazes devem ser coloridos e criativos, podendo ser expostos na sala de aula ou nos corredores da escola.
*Materiais:* Papel grande, canetas coloridas, tesouras e colas.
*Adaptação:* Alunos com dificuldades motoras podem ter apoio na escrita e recorte, ou utilizar mídias digitais para criar seus cartazes.

*Atividade 3: Teatro de fantoches.*
*Objetivo:* Fazer a dramatização de situações com expressões racistas.
*Descrição:* Os alunos criam fantoches e encenam uma situação onde se evidencia o uso de expressões racistas, transformando posteriormente essa situação em uma abordagem mais inclusiva e respeitosa.
*Materiais:* Materiais para criação de fantoches (papel, palitos, colas, etc.).
*Adaptação:* Permitir que alunos com diferentes habilidades participem, fornecendo suporte físico e criativo.

Discussão em Grupo:

Os alunos deverão discutir em grupo as alternativas de linguagem que propuseram. Este espaço deve favorecer um diálogo aberto, onde todos possam expressar suas opiniões sem medo de represálias. O professor deve orientar o debate, estimulando os alunos a pensarem sobre como cada um pode utilizar a linguagem de forma a promover o respeito e a inclusão.

Perguntas:

* Quais são as consequências de usar expressões racistas?
* Como podemos promover um ambiente de respeito e acolhimento entre diferentes culturas?
* Que mudanças você gostaria de ver na maneira como falamos sobre diversidade?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua, levando em consideração as participações dos alunos durante as discussões, a qualidade dos trabalhos produzidos em grupo e a capacidade de refletir sobre suas próprias expressões e comportamentos. Uma autoavaliação ao final do projeto pode ajudar os alunos a perceberem seu próprio aprendizado e crescimento nesse tema.

Encerramento:

Para encerrar, o professor deve promover um momento de reflexão, onde cada aluno pode compartilhar o que aprendeu e como se sente em relação ao tema discutido. É importante reforçar que a luta contra o racismo também começa nas pequenas ações do cotidiano e que cada um possui um papel fundamental nessa transformação.

Dicas:

* Incentivar o uso de uma linguagem respeitosa e inclusiva em todas as interações entre os alunos.
* Reforçar a importância da empatia nas relações interpessoais.
* Propor atividades complementares, como leitura de livros e poesias que abordem a diversidade e o respeito.

Texto sobre o tema:

O racismo é uma forma de discriminação que se baseia em características étnicas ou raciais. Este fenômeno não apenas marginaliza grupos, mas também perpetua desigualdades sociais e econômicas. As expressões racistas estão frequentemente enraizadas na cultura e, muitas vezes, não são percebidas como prejudiciais. Contudo, é fundamental que a sociedade reconheça e denuncie esses comportamentos, educando-se para a diversidade e o respeito.

As linguagens e as palavras carregam um significado que pode ferir ou incluir. Muitas vezes, o que parece apenas uma brincadeira ou uma fala despreocupada tem o potencial de perpetuar estereótipos nocivos e ferir as pessoas a quem se dirigem. Quando falamos de inclusão, não se trata apenas de aceitar as diferenças, mas sim de entender que essas diferenças são enriquecedoras.

Ainda há muito a ser feito na luta contra o racismo, e as escolas desempenham um papel fundamental nesse processo. É na infância que são formadas as primeiras referências sobre respeitar o outro. Assim, promover discussões abertas e sinceras sobre expressões racistas e suas consequências é um passo crucial na formação de indivíduos conscientes, empáticos e respeitosos.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser desdobrado em atividades que busquem abordar o tema do racismo de maneira mais ampla, incluindo a exploração de culturas diversas. O professor pode incentivar os alunos a pesquisar e apresentar diferentes culturas que compõem a sociedade brasileira, promovendo uma sala de aula mais inclusiva.

Outra possibilidade é a realização de um dia cultural na escola, onde os alunos possam compartilhar comidas, danças e histórias que representam suas culturas de origem, reforçando a valorização da diversidade. Isso pode não apenas criar um ambiente mais acolhedor, mas também fomentar o respeito e a compreensão entre os alunos, alicerces importantes para uma sociedade mais justa.

Além disso, a discussão pode ser estendida para o ensino da história do Brasil, incluindo as lutas sociais e os movimentos que buscam igualdade. Com isso, os alunos poderão entender não só o contexto atual, mas também a importância de reconhecer as injustiças e lutar contra práticas racistas que ainda persistem no cotidiano.

Orientações finais sobre o plano:

* Incentivar a participação ativa dos alunos nas discussões, garantindo que todos se sintam ouvidos e respeitados. É primordial criar um ambiente de confiança para abordar temas delicados como o racismo.
* Propor que os alunos realizem um diário reflexivo sobre suas experiências e percepções em relação ao racismo e a inclusão. Esse exercício pode ser um ótimo recurso para refletir sobre seu próprio aprendizado e engajamento com o tema.
* Fomentar uma relação contínua com a temática, avaliando e adaptando as atividades conforme a necessidade do grupo. O trabalho com a diversidade deve ser um processo contínuo e evolutivo, envolvendo sempre novas reflexões e ações.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

* Jogos de palavras: Brincadeiras que envolvem formar frases ou histórias utilizando expressões inclusivas, promovendo a criatividade e a reflexão.
* Contação de histórias: Narrativas que contem histórias de personagens de diferentes culturas e suas lutas contra a discriminação. Isso ajudará os alunos a se conectarem emocionalmente com o tema.
* Mímica de sentimentos: Uma atividade onde os alunos devem representar diferentes sentimentos causados por expressões racistas, estimulando a empatia.
* Painel sobre diversidade: Criar um mural na sala onde os alunos podem colar imagens, palavras e frases que representam a diversidade que existe em sua comunidade.
* Teatrinho de fantoches: Elaborar uma peça onde os alunos podem representar um conflito racial e resolução com o respeito à diversidade, praticando a empatia e o diálogo.

Essas sugestões devem ser adaptadas conforme as características do grupo, visando a participação de todos os alunos de forma lúdica e pedagógica.

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