Plano de Aula: não é quente mas queima (Ensino Fundamental 1) – 2º Ano

Neste plano de aula, abordaremos o tema “não é quente mas queima”, que trabalhará conceitos importantes sobre a temperatura e o efeito do calor em diferentes materiais. Os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de explorar como certas substâncias podem provocar sensações de ardência mesmo sem serem quentes, um aprendizado essencial que promove a curiosidade científica e a observação do mundo ao nosso redor. Este plano busca estimular o raciocínio lógico e a compreensão científica por meio de atividades práticas e interativas.

A Duração da aula será de 40 minutos, em que os alunos participarão de diversas atividades que envolvem experimentos, discussões e escrita. A proposta é fomentar o aprendizado ativo, onde as crianças não apenas recebem informações, mas também são incentivadas a questionar e descobrir por si mesmas. Dessa forma, espera-se que ao final da aula, os alunos não apenas adquiram conhecimento, mas também desenvolvam habilidades necessárias para a investigação científica e a argumentação lógica.

Tema: Não é quente mas queima
Duração: 40 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 8 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a compreensão dos alunos sobre a relação entre temperaturas e sensações térmicas, identificando substâncias que causam ardência e ambientes que apresentam essas características.

Objetivos Específicos:

– Compreender que existem substâncias que podem queimar sem estarem aquecidas.
– Identificar exemplos dessa interação no cotidiano.
– Estimular a curiosidade científica através da observação e experimentação.

Habilidades BNCC:

– (EF02CI03) Discutir os cuidados necessários à prevenção de acidentes domésticos (objetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, produtos de limpeza, medicamentos etc.).
– (EF02CI08) Comparar o efeito da radiação solar (aquecimento e reflexão) em diferentes tipos de superfície (água, areia, solo, superfícies escura, clara e metálica etc.).

Materiais Necessários:

– Papel e lápis para anotações.
– Amostras de materiais que queimam (ex: pimenta, álcool) no controle do professor.
– Copos plásticos com água e gelo.
– Réguas.
– Termômetros.
– Recipientes para mistura.

Situações Problema:

Os alunos terão que resolver por que a pimenta pode causar ardência na boca e como a sensação de queimação pode ocorrer sem o calor. Essa situação problema será a base para toda a discussão da aula.

Contextualização:

Iniciaremos a aula conversando sobre como objetos ou alimentos que não estão quentes podem causar uma sensação de queimação. Os alunos serão questionados sobre experiências que já tiveram com alimentos apimentados ou produtos que queimam a pele.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Conversar com os alunos sobre o tema “não é quente mas queima”. Perguntar se já comeram pimenta ou algum alimento que ardeu na boca. Explicar que um alimento pode arder mesmo sem estar quente.
2. Experiência (15 minutos): Em grupos, alunos irão provar uma pequena quantidade de pimenta para entender a sensação. Orientar para que não experimentem muito, apenas uma gota.
3. Observação e Análise (10 minutos): Depois da prova, discutiremos com o grupo a experiência, usando perguntas como: “O que você sentiu? Era quente? Como a pimenta age na boca?”
4. Discussão (5 minutos): Conduzir uma discussão sobre como a sensação pode ser explicada através da ciência e o que podemos fazer para evitar queimaduras com produtos que não são quentes.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Anotação das Sensações.
Objetivo: Registrar o que sentiu ao experimentar a pimenta.
Passo a passo: Após a experiência, os alunos devem escrever uma ou duas frases sobre suas sensações.

Atividade 2: Observação Térmica.
Objetivo: Medir a temperatura da água e do gelo.
Passo a passo: Em grupos, os alunos usarão termômetros e medirão a temperatura da água antes e depois de adicionar gelo.

Atividade 3: Criação de Histórias.
Objetivo: Produzir pequenos relatos sobre uma experiência sensorial.
Passo a passo: Após discussões e reflexões, os alunos devem criar uma história fictícia onde um personagem se depara com algo que queima (não quente) e como ele reage.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão sobre como lidar com bebidas quentes e alimentos, relembrando a importância de se prevenir de queimaduras e de se ter cuidado com o que se consome.

Perguntas:

– O que você sentiu quando provou a pimenta?
– Por que a pimenta arde mesmo sendo fria?
– Como você pode se proteger de queimaduras em casa?

Avaliação:

Os alunos serão avaliados com base na participação nas discussões e nas atividades de escrita. A produção final, sobre as sensações ao experimentar a pimenta, servirá como um indicativo do entendimento sobre o tema.

Encerramento:

Recapitularemos os principais pontos abordados, reforçando o aprendizado sobre como diferentes substâncias podem causar reações inesperadas e como isso está ligado à ciência. Pediremos que compartilhem suas anotações e reflexões.

Dicas:

– Reforçar que as experiências podem ser enriquecidas observando o comportamento de outros também em ambientes sociais.
– Propor uma lista de alimentos e produtos que causam alguma sensação forte e discutir suas propriedades.

Texto sobre o tema:

O estudo das sensações térmicas é fundamental para a compreensão de como interagimos com o mundo ao nosso redor. Mesmo que algo não esteja quente, como a pimenta, pode causar sensações de ardência devido à presença de substâncias químicas que interagem com os receptores de dor e temperatura em nossa boca. A capsaicina, presente na pimenta, ativa os mesmos nervos que a sensação de calor, enganosamente levando o cérebro a interpretar essa sensação como uma queimadura.

Além da pimenta, existem várias substâncias que têm essa propriedade. Por exemplo, diversos produtos de limpeza podem causar irritação na pele mesmo sem estarem aquecidos. O entendimento de como as substâncias químicas atuam em nosso corpo é crucial não apenas para a prevenção de acidentes, mas também para a promoção de hábitos alimentares seguros.

Ao explorar esta temática, é importante que os alunos compreendam a diferença entre sensações e reais mudanças de temperatura. Isso vai aprofundar seu conhecimento científico e fazê-los pensar criticamente sobre o que consomem e como. Indivíduos que desenvolvem uma capacidade de reflexão crítica sobre suas experiências são mais bem preparados para tomar decisões informadas ao longo da vida.

Desdobramentos do plano:

Esse plano de aula pode ser desdobrado em outras áreas do conhecimento, como ciências e arte, permitindo um aprofundamento em como a ciência influencia a arte e, vice-versa. Por exemplo, a análise de como diferentes artistas utilizam elementos como temperatura e sensação em suas obras pode enriquecer o aprendizado dos alunos. Além disso, o tema pode ser expandido para experiências sobre a importância do uso responsável de produtos químicos em casa.

O desenvolvimento de essas habilidades pode ajudar os alunos a reconhecerem e apreciarem a ciência em seu cotidiano e fornecerá uma base sólida para a aprendizagem multidisciplinar. Ao interagir com diversas áreas, os alunos podem conectar conceitos científicos a experiências diárias, promovendo a curiosidade e a capacidade de aprendizado que perdura.

Após a participação nas atividades e discussões, os alunos terão a oportunidade de se interessar mais pelas ciências, podendo querer explorar outros materiais e reações. Essa abordagem ativa é fundamental para a formação de jovens pensadores críticos, prontos para questionar e analisar o mundo ao seu redor de maneira mais profunda.

Orientações finais sobre o plano:

É crucial que os educadores promovam um ambiente seguro e acolhedor para as atividades, permitindo que os alunos façam perguntas e expressem suas preocupações ao lidar com experiências sensoriais. Garantir que os alunos sintam que suas vozes são ouvidas criará um espaço de aprendizagem mais eficaz.

Incentivar interações de aprendizado colaborativas entre os alunos também gerará uma maior troca de conhecimentos e experiências. Ao trabalhar em grupos, eles podem compartilhar suas descobertas e apoiar uns aos outros no aprendizado, desenvolvendo habilidades sociais valiosas.

Por fim, a avaliação não deve se resumir a notas, mas sim incluir um feedback construtivo que ajude os alunos a entenderem suas áreas de melhoria e a valorizarem seu progresso. Essa abordagem formativa os capacitará a serem aprendizes mais autônomos e interessados.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Experiência do Gelo e Sal: Utilize gelo e sal para demonstrar como a combinação pode causar queimaduras. Peça aos alunos que toquem a mistura e depois anotem o que sentiram. (Material: gelo, sal, copos plásticos).

2. Arte da Sensação: Ofereça tintas de diferentes temperaturas e peça que os alunos façam pinturas, refletindo as sensações que as cores e as texturas provocam ao toque. (Material: tintas, pincéis, papel).

3. Teatro das Sensações: Crie uma peça onde os alunos representem a experiência de comer diferentes alimentos sem contar os que ardem. Eles devem adivinhar o que consumiram apenas pela imitação das sensações. (Material: roupas ou acessórios para encenar).

4. A Caça aos Elementos: Organização de uma caça ao tesouro na escola onde os alunos observam e anotam objetos que podem provocar sensações (frio, calor, ardência). (Material: folhas de papel para anotações).

5. Experiência do Dia e da Noite: Um experimento que mostra como a temperatura muda durante o dia e a noite ao expor diferentes objetos ao sol e à sombra, fazendo uma relação com a ardência. (Material: objetos variados, termômetros).

Esse plano de aula abrangente e interativo oferece aos educadores uma forma eficaz e rica em conteúdo para explorar o tema “não é quente mas queima”, proporcionando aos alunos experiências significativas de aprendizado.



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