Plano de Aula: Consciência Negra “Valorizando a Cultura Afro-Brasileira: Reflexões e Artes” – 5º Ano

Este plano de aula aborda um tema significativo e contemporâneo: o Projeto da Consciência Negra. Através de atividades lúdicas e educativas, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de explorar a importância da cultura afro-brasileira e refletir sobre as contribuições dos negros na formação da sociedade brasileira. As atividades propostas são ricas e variadas, utilizando música, arte, culinária e reflexão, promovendo um ambiente de aprendizado inclusivo e diversificado.

Com a duração total de 200 minutos, este plano é estruturado para ser realizado ao longo de uma semana, permitindo que os alunos se aprofundem na discussão e na prática de cada tema abordado. O desenvolvimento das atividades considera a faixa etária dos alunos, buscando incentivar a participação ativa e o engajamento dos estudantes, adaptando-se às diferentes realidades de cada um.

Tema: Projeto da Consciência Negra
Duração: 200 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 13 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o reconhecimento e a valorização da cultura afro-brasileira, incentivando os alunos a refletirem sobre as contribuições dos negros para a sociedade brasileira através de atividades lúdicas e artísticas.

Objetivos Específicos:

– Estimular a prática de atividades corporais através da dança e da música.
– Realizar a leitura e a produção de textos relacionados ao tema da consciência negra.
– Identificar a importância da culinária brasileira com influência africana, como a feijoada.
– Produzir obras de arte utilizando materiais recicláveis e investigação da cultura afro-brasileira.

Habilidades BNCC:

Português
(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema.
(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social.
(EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações.

Educação Física
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil.
(EF35EF09) Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo.

História
(EF05HI10) Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade.

Artes
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial de culturas diversas.

Materiais Necessários:

– Cadernos e canetas.
– Som ou aparelho de áudio para tocar música (especificamente “Waka Waka” adaptada).
– Materiais de arte (papéis recicláveis, cola, tesoura, tintas).
– Ingredientes para a feijoada (opcional).
– Materiais para construção de instrumentos musicais (embalagens, latas, etc.).

Situações Problema:

– Como podemos integrar a cultura afro-brasileira no nosso cotidiano?
– O que podemos aprender através da culinária sobre a cultura afro-brasileira?
– Como a música pode ser um veículo para transmitir a história e as dificuldades enfrentadas pela população negra?

Contextualização:

O mês de novembro é um período de celebração e reflexão sobre a história e a cultura africana no Brasil, especialmente com o Dia da Consciência Negra. É essencial que os alunos compreendam não apenas a importância dessas datas, mas também os impactos sociais, culturais e históricos que elas carregam, sendo assim, este plano busca fomentar essa discussão.

Desenvolvimento:

As atividades serão divididas em cinco dias, cada um com foco distinto, mas todos interligados pelo tema da Consciência Negra.

Dia 1 – Música e Dança:
Objetivo: Compreender o papel da música na cultura afro-brasileira.
– Iniciar a aula tocando a música “Waka Waka” e discutir suas letras com os alunos.
– Adaptar a música para um formato que possa ser incluído em um contexto de crianças com paralisia infantil, desenvolvendo uma apresentação inclusiva.
– Reunir os alunos para dança e movimentação, criando passos que representem a conversa sobre a cultura negra.
Atividade complementar: Criar um mural com imagens dos dançarinos e grupos de dança afro-brasileira.

Dia 2 – Culinária:
Objetivo: Reconhecer a contribuição africana na culinária brasileira.
– Explicar aos alunos a importância da feijoada e como ela é uma representação da fusão cultural.
– Preparar uma ateliê onde os alunos aprenderão a fazer uma versão simplificada de feijoada.
Atividade complementar: Os alunos devem escrever uma pequena história ou crônica sobre a culinária afro-brasileira.

Dia 3 – Arte com Papelão:
Objetivo: Utilizar a arte como forma de expressão sobre as contribuições africanas.
– Incentivar os alunos a usar papelão para criar representações de elementos da cultura afro-brasileira, como máscaras, instrumentos musicais, etc.
– Promover uma apresentação em grupo mostrando suas obras.
Atividade complementar: Expor os trabalhos em uma parede da escola, convidando outros alunos a apreciar as obras.

Dia 4 – Leitura e Produção de Texto:
Objetivo: Ler e produzir textos que abordem a figura de personagens importantes da cultura afro-brasileira.
– Leitura de biografias simplificadas de figuras como Zumbi dos Palmares e Maria Felicidade.
– Os alunos devem produzir um texto criativo baseado na vida ou nas conquistas de uma figura afro-brasileira.
Atividade complementar: Compartilhar em grupos pequenas apresentações sobre os escritos de cada aluno.

Dia 5 – Discussão e Reflexão:
Objetivo: Refletir sobre as atividades realizadas e suas importâncias.
– Realizar uma roda de conversa onde os alunos compartilham o que aprenderam.
– Promover um debate sobre a importância da cultura afro-brasileira no cotidiano e na identidade brasileira.
Atividade complementar: Criar um livro coletivo com resumos das atividades da semana, destacando as aprendizagens.

Discussão em Grupo:

– O que vocês acharam mais interessante nas atividades dessa semana?
– Como a música pode nos ensinar sobre a cultura de um povo?
– De que forma a culinária pode unir as pessoas em torno de uma tradição?

Perguntas:

– Quais foram as principais contribuições dos africanos na formação da identidade brasileira?
– Por que é importante discutirmos sobre a Consciência Negra?
– Como as atividades propostas podem ajudar a entender a riqueza da cultura afro-brasileira?

Avaliação:

A avaliação será contínua e levará em conta a participação dos alunos nas atividades, a produção de textos e obras de arte, bem como as reflexões apresentadas ao longo da semana.

Encerramento:

Concluir a semana discutindo a importância da consciência negra não apenas no mês de novembro, mas ao longo do ano. Incentivar os alunos a continuarem os estudos sobre a história e a cultura afro-brasileira.

Dicas:

– Explore a música tradicional afro-brasileira para complementar as atividades.
– Envolva a comunidade escolar em eventos que promovam a consciência negra.
– Mantenha um ambiente aberto e seguro onde os alunos se sintam à vontade para expressar suas opiniões e sentimentos.

Texto sobre o tema:

A Consciência Negra é um importante movimento de reflexão sobre a contribuição dos povos africanos para a formação da sociedade brasileira. O dia 20 de novembro, data em que se celebra a Consciência Negra, foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, um dos grandes líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil. Essa data não é apenas uma oportunidade para celebrar, mas também para refletir sobre os desafios e as lutas históricas enfrentadas pela população negra, que frequentemente ainda luta contra o racismo e a discriminação.

O legado da cultura africana se manifesta na música, na culinária, na religião e nas tradições que compõem a rica tapeçaria da cultura brasileira. A feijoada, por exemplo, é um símbolo da fusão de culturas, incorporando ingredientes que têm raízes africanas, indígenas e europeias. A música, com suas batidas e ritmos, traz à tona a resistência, a luta e a alegria do povo negro, influenciando diversos gêneros musicais e reafirmando a importância da expressão artística.

É fundamental que a educação envolva a história dos povos africanos, não apenas como um tema de estudo, mas como um componente central da identidade brasileira. Ao abordar a Consciência Negra de forma abrangente e inclusiva, podemos contribuir para uma sociedade mais igualitária, onde a diversidade é celebrada e respeitada. É através do conhecimento e da valorização das raízes históricas e culturais que promovemos o entendimento e a empatia com as diversas identidades que compõem a sociedade.

Desdobramentos do plano:

A reflexão sobre a Consciência Negra pode ser ampliada através de atividades extracurriculares, como a visita a museus, centros culturais ou oficinas de arte e música afro-brasileira. Essa imersão nas experiências culturais fortalece a identidade e a formação do jovem, permitindo que eles se tornem conscientizados sobre suas heranças e a importância de manter viva essa memória coletiva.

Além disso, a colaboração com gestores e professores de outras disciplinas pode trazer uma perspectiva ainda mais rica para o estudo da cultura afro-brasileira. Integrar essa temática no ensino de História, junto ao estudo da escravidão e das lutas sociais, cria um contexto mais amplo e interligado, permitindo aos alunos compreenderem o passado e suas implicações no presente.

Por fim, é essencial que o projeto da Consciência Negra inspire ações que ultrapassem os limites da sala de aula. O engajamento em campanhas de conscientização, workshops e atividades de convivência enriquecem o conhecimento dos alunos e fortalecem a luta pelo respeito à diversidade nas diferentes esferas da sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

O plano de aula proposto é flexível e deve ser adaptado conforme a realidade da turma, sempre levando em consideração o contexto e a singularidade de cada aluno. Propor um ambiente de aprendizado colaborativo e inclusivo é essencial para que todos se sintam representados e valorizados.

Incentive os alunos a pesquisar mais sobre o tema em casa, compartilhando o que encontrarem em uma próxima aula. Isso os motiva a serem protagonistas no aprendizado e na construção do conhecimento. O compartilhamento de informações e referências culturais pode ser uma forma poderosa de celebrar a diversidade e a história afro-brasileira.

Por fim, ao longo do projeto, os educadores devem estar atentos às dinâmicas de grupo, garantindo um espaço seguro para que as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas. Esse é um passo fundamental para promover a consciência e a reflexão sobre a importância da luta por igualdade racial e valorização da cultura afro-brasileira.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Para complementar o plano de aula, aqui estão cinco sugestões lúdicas que podem ser aplicadas em diferentes contextos e faixas etárias, adaptando-se conforme necessário:

1. Dança do Afoxé:
Objetivo: Ensinar sobre a dança e as tradições afro-brasileiras.
Materiais: Música de afoxé e espaço para a dança.
Descrição: Ensinar os passos básicos da dança, seu significado e origem, e realizar uma apresentação para a turma.

2. Criação de Máscaras Africanas:
Objetivo: Trabalhar a arte e a cultura africana.
Materiais: Papel, tinta, fitas e outros materiais decorativos.
Descrição: Os alunos irão investigar as máscaras africanas e criar suas próprias máscaras, que podem ser exibidas em uma feira cultural.

3. Contação de Histórias:
Objetivo: Preservar a tradição oral da cultura africana.
Materiais: Livro de histórias africanas ou acesso a contadores de histórias.
Descrição: Trazer um contador ou ler histórias africanas e promover uma discussão sobre seus significados.

4. Jogo do Peão Africano:
Objetivo: Ensinar sobre o jogo e esportes de matriz africana.
Materiais: Materiais para confeccionar peões ou para a prática do jogo.
Descrição: Ensinar o jogo tradicional e discutir sua importância cultural e histórica.

5. Mapa Cultural:
Objetivo: Mapear as influências africanas no Brasil.
Materiais: Grande cartolina ou parede de lousa.
Descrição: Criar um mapa do Brasil destacando as cidades e regiões influenciadas pela cultura africana e suas contribuições.

Essas atividades não apenas expandem o aprendizado, mas também permitem uma maior interação com a história e a cultura afro-brasileira, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos com a diversidade e a inclusão social.

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