Plano de Aula: Famílias silábicas, bullying, empatia, escrita espontânea, números (Educação Infantil)

Este plano de aula é voltado para a *Educação Infantil*, especificamente para crianças pequenas de 5 a 6 anos. A proposta é desenvolver atividades que estimulem a habilidade de *escrita espontânea*, promovam a reflexão sobre *bullying* e *empatia*, além da introdução de conceitos de *números* e *famílias silábicas*. A abordagem lúdica e interativa reforça a importância de criar um ambiente de aprendizado onde as crianças possam explorar suas emoções e fortalecer seus laços sociais.

A intenção é que, ao final das atividades, as crianças estejam mais aptas a expressar seus sentimentos e a entender a diversidade das personalidades e emoções dos colegas. Este plano busca integrar diversos *campos de experiências*, oferecendo uma experiência rica e significativa, alinhada com as diretrizes da *Base Nacional Comum Curricular* (BNCC).

Tema: Famílias silábicas, bullying, empatia, escrita espontânea, números
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 a 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar a expressão de sentimentos e emoções por meio de atividades que abordam *bullying*, *empatia*, *escrita espontânea*, *números* e *famílias silábicas*, promovendo a participação ativa dos alunos em um ambiente seguro e respeitoso.

Objetivos Específicos:

1. Incentivar a *escrita espontânea* por meio da criação de histórias sobre sentimentos.
2. Desenvolver a capacidade de *empatia* nas interações entre os colegas.
3. Abordar o tema do *bullying*, ajudando as crianças a reconhecerem e respeitarem as diferenças.
4. Explorar e classificar *famílias silábicas* em um contexto lúdico com números.
5. Promover atividades que incentivem a cooperação e o respeito mútuo.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas, em situações com função social significativa.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

Materiais Necessários:

– Papel A4
– Lápis de cor
– Tesoura sem ponta
– Cola
– Tamanho dos números (fichas com números de 1 a 10)
– Cartolinas ou folhas coloridas
– Livros ilustrados sobre sentimentos e respeito à diversidade
– Música suave para criar um ambiente acolhedor

Situações Problema:

Desencadear discussões sobre como as crianças se sentem quando veem alguém sendo excluído e como podem intervir. Outra situação pode ser perguntar: “Como podemos construir uma história usando as letras que formam as silabas de nossos nomes?”.

Contextualização:

As atividades propostas visam não apenas promover o aprendizado, mas também proporcionar um espaço onde o diálogo, a liberdade de expressão e o respeito estejam sempre presentes. Ao trabalharmos com *bullying* e *empatia*, é fundamental que as crianças sintam-se seguras para compartilhar suas ideias e emoções, entendendo que cada um tem um valor único na turma. A combinação de atividades lúdicas com a *escrita espontânea* e o ensino de *números* facilitará uma experiência de aprendizado abrangente que unirá conceitos fundamentais de uma forma divertida e interessante.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa: Iniciar o dia com uma roda de conversa, onde todos os alunos podem expressar suas ideias sobre sentimentos, especialmente relacionados ao *bullying* e à *empatia*. O professor pode guiar a conversa com questões como: “O que vocês fazem quando alguém está triste?” ou “Como podemos ajudar nossos amigos?”.

2. Leitura de História: Ler um livro ilustrado que aborde o tema do respeito às diferenças. Após a leitura, fazer um momento de reflexão: “Como os personagens da história se sentiram e o que podemos aprender com isso?”, promovendo a *escrita espontânea* de sentimentos após essa reflexão.

3. Criação de Famílias Silábicas: Propor que as crianças criem, em grupos, cartazes que ilustrem diferentes *famílias silábicas*. Cada grupo deve apresentar sua família e criar palavras usando essas silabas, promovendo a interação e o respeito pela contribuição de cada colega.

4. Atividades Matemáticas com Números: Utilizar fichas com números para jogos interativos que envolvam a contagem de objetos na sala (por exemplo, contagem de brinquedos, quantos alunos estão sentados, etc.). Trabalhar as relações entre número e quantidade, sempre encorajando a participação de todos.

5. Escrita de Histórias: Cada criança deve escrever uma pequena história ou desenho falando sobre como se sentiu em uma situação que presenciou envolvendo *bullying* ou *empatia*. O professor pode atuar como escriba para os que tiverem mais dificuldade em escrever.

6. Atividade de Movimento: Criar uma dança ou movimento que represente diferentes sentimentos. As crianças podem se expressar usando o corpo para mostrar alegria, tristeza, raiva e outras emoções.

Atividades Sugeridas:

1. Roda da Empatia: Realizar uma roda onde cada criança compartilha um momento em que se sentiu triste ou feliz, estimulando a escuta e a empatia.
2. Desenho de Sentimentos: Propor um desenho onde as crianças ilustram o que sentem em diferentes situações, ajudando-as a identificar e nomear emoções.
3. Fichas de Números: Criar um jogo de memória com números e quantidades, ajudando as crianças a relacionarem números com objetos reais.
4. Construção do Mural da Amizade: Criar um mural em que as crianças colocam suas histórias sobre amizade e como cuidam uns dos outros, estimulando a escrita espontânea.
5. Teatro de Fantoches: Utilizar fantoches para encenar histórias que abordem o tema de *bullying* e como lidar com isso, ajudando as crianças a entender a importância da empatia.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, reunir todos para discutir as lições aprendidas. Perguntar como se sentiram ao falar sobre *bullying*, se conseguiram identificar momentos de *empatia* e como usarão essas experiências para ajudar colegas no futuro.

Perguntas:

1. Como você se sentiu quando viu alguém triste?

2. O que você pode fazer para ajudar um amigo?

3. Como podemos nos comunicar melhor com os outros?

4. O que você gostaria de desenhar para mostrar como se sente?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá de forma contínua, observando a participação e o engajamento dos alunos nas atividades propostas, suas interações em grupo e a expressão de sentimentos. O professor poderá aplicar uma avaliação diagnóstica ao final da semana, onde as crianças podem demonstrar o que aprenderam sobre números, *famílias silábicas* e *empatia*.

Encerramento:

Concluir as atividades reforçando os conceitos discutidos sobre *bullying* e *empatia*. Agradecer a participação de todos e lembrá-los da importância de cuidar uns dos outros, respeitando as diferenças e celebrando os sentimentos de cada um.

Dicas:

– Sempre esteja atento aos sentimentos das crianças durante as discussões.
– Use exemplos concretos para que as crianças consigam relacionar os conceitos apresentados com sua realidade.
– Mantenha um ambiente seguro em que os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e sentimentos.

Texto sobre o tema:

A abordagem do tema de *bullying* e *empatia* nas aulas de Educação Infantil é fundamental para o desenvolvimento social e emocional das crianças. Quando introduzimos esses conceitos com feedback contínuo e adequado, as crianças começam a reconhecer a importância do respeito nas relações interpessoais. Abordar as experiências de bullying pode ser desafiador, pois envolve sentimentos complexos. No entanto, é essencial que elas compreendam que cada um tem uma história única e que respeitar as diferenças é um caminho para construir um ambiente harmonioso na escola.

Falar sobre empatia não deve se limitar a uma definição teórica. É necessário que as crianças tenham a oportunidade de praticar a empatia em situações do cotidiano, seja no recreio, nas brincadeiras ou durante a convivência na sala de aula. As atividades propostas, que envolvem o uso da *escrita espontânea*, a expressão corporal e as interações com colegas, desempenham um papel crucial em ensinar as crianças a se colocar no lugar do outro e a agir de forma respeitosa.

Além disso, o desenvolvimento de habilidades relacionadas a *números* e *famílias silábicas* agrega valor ao aprendizado das crianças, pois essas áreas do conhecimento não devem ser vistas isoladamente. Ao conectar diferentes áreas, como matemáticas e linguísticas, com temas emocionais, as crianças podem entender melhor a aplicação do que aprendem e desenvolver habilidades que serão úteis ao longo da vida.

Desdobramentos do plano:

Explorar temas como *bullying* e *empatia* na Educação Infantil pode e deve ser um processo contínuo. Depois das atividades propostas, o professor pode incentivar sessões regulares de diálogo onde questões relacionadas a conflitos e sentimentos possam ser discutidas de forma aberta. Essa prática não só fortalece as relações interpessoais, como também prepara as crianças para serem cidadãos mais conscientes e respeitosos em suas futuras interações.

Por exemplo, depois de realizar o Mural da Amizade, o professor poderá incentivar as crianças a revisitar suas experiências em reuniões futuras onde possam compartilhar como agiram em situações que envolveram *bullying* ou como foram empáticos com colegas. Esse acompanhamento e reflexão constante ajuda as crianças a internalizar essas práticas e a torná-las parte de seu comportamento cotidiano.

Além do mais, as histórias criadas durante as atividades podem resultar em um livro de classe que reúna as produções de cada um, tornando-se uma forma de continuar o trabalho em cima da escrita *espontânea* e o envolvimento nas questões que desenvolvem valores. Compartilhar esses textos com outras turmas também promove o sentimento de comunidade e faz com que as crianças se sintam importantes ao ver sua voz respeitada e ouvida.

Orientações finais sobre o plano:

É vital que o professor esteja sempre atento às dinâmicas de grupo e pronto para intervir quando necessário, especialmente em momentos de conflito. A construção de um ambiente de aprendizado afetivo e colaborativo deve ser a prioridade. Ser um facilitador nesse processo é essencial, pois não só ajuda cada aluno a desenvolver suas habilidades emocionais, como também estimula uma cultura de paz e respeito na sala de aula.

Os professores devem proporcionar um espaço seguro em que as crianças possam expressar suas emoções e ideias sem medo de julgamento. Para isso, precisam ser modelos de comportamento, demonstrando como lidar com emoções complexas e como agir com *empatia* no dia a dia. Além de proporcionar as ferramentas necessárias para que cada aluno possa encontrar sua voz, a prática de escuta ativa também é fundamental neste processo de aprendizagem.

Por fim, ao final do período de atividades, é importante fazer uma reflexão com toda a turma sobre o que aprenderam e como o que vivenciaram pode ser aplicado em suas vidas diárias. Incentivar as crianças a pensar em soluções para conflitos e a colaborar em atividades de grupo ajuda a consolidar os valores de *empatia* e respeito e também contribui para o desenvolvimento de uma consciência coletiva que as acompanhará ao longo de suas trajetórias.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Pintura Coletiva: As crianças podem realizar uma pintura em grupo em um grande papel, onde cada um desenha algo que representa um sentimento. Após finalizar, o grupo pode discutir o que cada um pintou, ajudando no reconhecimento e na expressão de sentimentos.

2. Caça ao Tesouro dos Sentimentos: Organizar uma caça ao tesouro pela sala com pistas que envolvem sentimentos. Cada pista terá uma situação que induza a criança a pensar como reagiria. Ao final, os alunos devem compartilhar como se sentem em cada situação.

3. Teatro de Fantoches: Criar fantoches e encenar histórias sobre situações de *bullying*. As crianças podem criar diálogos e apresentar dramas do cotidiano, ajudando-as a se colocar no lugar do outro e entender a importância da *empatia*.

4. Criação de Músicas: Em grupos, as crianças podem criar suas próprias canções sobre amizade e respeito, utilizando rimas e melodias simples. Essa atividade estimula as habilidades de expressão oral e a colaboração entre os colegas.

5. Jogo da Amizade: Uma dinâmica onde as crianças fazem um círculo e, em seguida, uma bola é passada entre elas. Cada criança que receber a bola deve dizer algo positivo sobre a criança ao seu lado. Esse jogo incentiva o reconhecimento das qualidades dos outros e promove um clima de apoio mútuo.

Com essas diretrizes e sugestões, o professor está bem preparado para conduzir suas aulas de forma comprometida e cativante, possibilitando experiências significativas e enriquecedoras para as crianças.

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