Plano de Aula: Orações subordinadas, figuras de linguagem, formação de palavra e produção de textos – 9º Ano
Este plano de aula é elaborado para o 9º ano do ensino fundamental, focado no desenvolvimento das habilidades de linguagem e produção textual através da construção de contos de terror. O tema inclui o estudo das orações subordinadas, figuras de linguagem e a formação de palavras, tudo isso visando aperfeiçoar a escrita criativa dos alunos e sua capacidade de expressar emoções e atmosferas narrativas. A abordagem neste plano é engajadora e prática, uma vez que permite aos alunos explorar sua criatividade enquanto aprendem com fundamentos teóricos.
Em uma sociedade onde a comunicação é cada vez mais explorada, torna-se essencial que os jovens desenvolvam habilidades de escrita que vão além da simples redação. Este plano tem como objetivo tornar o processo de aprendizagem interativo e divertido, ao mesmo tempo em que atende às demandas curriculares e aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao final da unidade, espera-se que os alunos sejam capazes de utilizar orações subordinadas de forma eficaz e criativa em suas produções textuais.
Tema: Orações subordinadas, figuras de linguagem, formação de palavra e produção de textos.
Duração: 120 minutos.
Etapa: Ensino Fundamental 2.
Sub-etapa: 9º Ano.
Faixa Etária: 14 e 15 anos.
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de produção textual criativa por meio da elaboração de contos de terror, utilizando orações subordinadas, figuras de linguagem e formação de palavras, promovendo a expressão individual e a construção do conhecimento de forma crítica e reflexiva.
Objetivos Específicos:
– Identificar e analisar o uso de orações subordinadas em textos literários.
– Compreender e aplicar diferentes figuras de linguagem em produções textuais.
– Desenvolver a capacidade de criar textos de forma coesa e coerente.
– Estimular a criatividade dos alunos através da produção de um conto de terror.
Habilidades BNCC:
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.
(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções e locuções conjuntivas coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
(EF09LP35) Criar contos ou crônicas, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, utilizando as figuras de linguagem estudadas.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Projetor multimídia.
– Exemplos de contos de terror (textos impressos).
– Lista de figuras de linguagem e exemplos.
– Materiais para escrita (papel, canetas, lápis).
– Recursos digitais (se disponível).
Situações Problema:
1. Como as orações subordinadas podem alterar o significado das frases em um conto de terror?
2. De que maneira a utilização de figuras de linguagem intensifica a atmosfera de medo e suspense em uma narrativa?
Contextualização:
Para começar, vamos apresentar aos alunos a importância das orações subordinadas e das figuras de linguagem na construção de textos criativos. Discutiremos como essas ferramentas podem não apenas enriquecer a escrita, mas também potencializar a capacidade de evocação de sentimentos e atmosferas em um conto, especialmente no gênero de terror, que depende fortemente da construção de um ambiente tenso e inquietante.
Desenvolvimento:
1. Introdução às Orações Subordinadas: Explicar o que são orações subordinadas e como elas se conectam às principais. Utilizar exemplos em frases simples para ilustrar.
2. Exploração de Figuras de Linguagem: Analisar diversas figuras de linguagem, tais como metáfora, hipérbole, antítese e aliteração. Apresentar exemplos retirados de contos de terror conhecidos.
3. Formação de Palavras: Abordar a formação de novas palavras, utilizando prefixos e sufixos, o que pode enriquecer ainda mais a produção textual dos alunos.
4. Leitura de Exemplo: Ler um conto de terror, destacando as orações subordinadas e figuras de linguagem presentes no texto.
5. Discussão em Pequenos Grupos: Dividir a turma em grupos e fornecer diferentes contos de terror. Solicitar que identifiquem e discutam as estruturas de frases e figuras de linguagem encontradas nos textos.
Atividades sugeridas:
1. Atividade Individual – Identificação de Estruturas:
– Objetivo: Identificar orações subordinadas em um texto lido.
– Descrição: Os alunos devem escolher 10 frases do conto lido e destacar as orações subordinadas.
– Material: Cópia do conto.
– Instruções: Leiam o conto e, a seguir, localizem e destaquem as orações subordinadas.
2. Atividade em Grupo – Criando Sentidos:
– Objetivo: Trabalhar a saturação de sentidos por figuras de linguagem.
– Descrição: Grupo deve criar frases com diferentes figuras de linguagem.
– Material: Quadro e marcadores.
– Instruções: Cada grupo deverá criar 5 frases utilizando figuras de linguagem. As frases gerarão diferentes atmosferas dependendo da figura utilizada.
3. Produção de Textos – Conto de Terror:
– Objetivo: Produzir um conto de terror utilizando orações subordinadas e figuras de linguagem.
– Descrição: Os alunos escreverão um conto de terror individualmente.
– Material: Papel, canetas ou computadores.
– Instruções: O conto deve ter pelo menos 500 palavras, incluindo, no mínimo, 10 orações subordinadas e ao menos 5 figuras de linguagem.
4. Apresentação Oral:
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de contar histórias e receber feedback.
– Descrição: Os alunos apresentarão seus contos oralmente para a turma.
– Instruções: Cada aluno terá 3 minutos para contar seu conto e receber feedback dos colegas sobre as camadas de significado e emoções evocadas.
Discussão em Grupo:
1. Quais emoções você sentiu ao ler e ouvir os contos?
2. Como as figuras de linguagem ajudaram a construir a atmosfera do conto?
3. O que você aprendeu sobre orações subordinadas que pode aplicar em sua escrita futura?
Perguntas:
1. O que torna um conto de terror eficaz?
2. Como a escolha das palavras influencia a percepção do leitor?
3. De que forma a construção de orações complexas pode enriquecer sua narrativa?
Avaliação:
A avaliação será feita com base na identificação correta de orações subordinadas, na criatividade e no uso adequado de figuras de linguagem, assim como na apresentação oral do conto. Será considerado o envolvimento dos alunos nas discussões em grupo e a capacidade de argumentação e justificação de suas escolhas nas produções textuais.
Encerramento:
Para finalizar, faremos uma reflexão sobre a importância das ferramentas linguísticas na narração de histórias e como elas são fundamentais na formação do estilo pessoal de cada autor. Os alunos poderão compartilhar suas experiências durante o processo de criação do conto.
Dicas:
1. Incentive os alunos a ler e analisar diferentes estilos de contos de terror, para ampliar suas referências.
2. Explore a ideia de criar um “clube do conto de terror” na escola, para que os alunos possam continuar escrevendo e compartilhando histórias.
3. Utilize recursos audiovisuais, como filmes ou vídeos de contos de terror, para apimentar as discussões sobre a construção de narrativas.
Texto sobre o tema:
A construção de narrativas envolve uma infinidade de elementos que, quando combinados de maneira eficaz, produzem textos que capturam a atenção do leitor. As orações subordinadas são peças fundamentais para a construção de um discurso mais complexo, permitindo que o autor desenvolva suas ideias de maneira fluida e conectada. Em um conto de terror, por exemplo, a utilização de orações subordinadas permite que se introduzam informações adicionais de forma mais suave e eloquente, contribuindo para a ambientação e o desenvolvimento do enredo.
As figuras de linguagem, por sua vez, são ferramentas de criação que tornam a escrita mais expressiva. Elas têm o poder de evocar emoções profundas e conectar o leitor com a experiência descrita no conto. Ao usar metáforas, hipérboles ou comparações, os autores conseguem transmitir a atmosfera de medo, suspense ou até mesmo a expectativa do inesperado. Assim, cada escolha de palavras e estruturas sintetiza a ideia central, levando o leitor a uma jornada narrativa intensa e imersiva.
A formação de palavras também desempenha um papel importante na criação literária. A habilidade de manipular a língua para criar novos significados através do uso de prefixos e sufixos pode enriquecer tanto o vocabulário, quanto a capacidade expressiva do autor. Ao mesclar a criatividade com a estruturação adequada, um conto de terror pode se transformar em uma ferramenta poderosa de comunicação, que não apenas informa, mas também provoca reflexão e emoção no leitor.
Desdobramentos do plano:
A realização deste plano de aula não é apenas uma atividade pontual, mas um ponto de partida para que os alunos desenvolvam suas habilidades de escrita ao longo do ano. Eles poderão aplicar os conhecimentos adquiridos durante o processo de criação de contos em outras formas de escrita, como crônicas ou artigos de opinião. Incentivar a reescrita e a edição das produções textuais também irá auxiliar na melhoria contínua, algo que deve ser cultivado em diversas áreas do conhecimento e da vida acadêmica.
Além disso, o trabalho em grupo durante as atividades propicia a troca de experiências, o que enriquece a aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento da empatia entre os alunos. A discussão das produções narrativas permite que eles se vejam como parte de uma comunidade de escritores, incentivando a autoconfiança e o reconhecimento crítico da própria produção e da dos colegas.
Por fim, o gênero do terror pode ser utilizado como uma janela de entrada para outras discussões temáticas, como o medo enquanto emoção humana, a importância da narrativa na cultura e a análise crítica de obras literárias. Os desdobramentos possíveis são amplos e podem levar a debates sobre diferentes gêneros literários, estilos de escrita e até mesmo temas como direitos humanos e questões sociais.
Orientações finais sobre o plano:
Um plano de aula como este deve ser adaptável à dinâmica da turma e ao tempo disponível. Os alunos devem ser incentivados a expressar suas ideias de forma livre e criativa, sem o medo de errar. O erro deve ser visto como uma parte do processo de aprendizagem, um espaço seguro para crescer e explorar. Ao final do ciclo, a ideia é que os alunos não apenas tenham ampliado seu conhecimento acerca das estruturas linguísticas, mas que tenham se tornado contadores de histórias mais críticos e criativos.
Além disso, é essencial que os educadores façam um acompanhamento constante da evolução dos alunos, fornecendo feedback construtivo e celebrando suas conquistas, por menores que sejam. Ao valorizar cada passo dado, os professores reforçam a importância do processo de aprendizagem e da persistência. A escrita é uma forma de arte, e como tal, deve ser nutrida e desenvolvida em todos os níveis de educação.
Por fim, é importante que os educadores estejam sempre em busca de novas abordagens, incentivando a inclusão de tecnologias e recursos digitais nas atividades, o que pode aumentar ainda mais o engajamento dos alunos. Experiências interativas relacionadas ao tema, como workshops de escrita criativa ou concursos de contos, podem ser ótimas oportunidades para estimular ainda mais a produção textual e a criatividade dos estudantes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras: Os alunos podem adaptar um conto de terror através da criação de personagens e cenários em um teatro de sombras. Usando uma lanterna e papel, eles podem criar figuras e contar as histórias projetando-as para a parede, proporcionando um ambiente imersivo de narração.
2. Caça ao Tesouro Literário: Organizar uma atividade onde os alunos devem explorar a escola para encontrar pistas que contenham orações subordinadas ou figuras de linguagem. As pistas podem levar a uma “cápsula do terror”, onde eles devem criar um mini conto utilizando os elementos encontrados.
3. Roda de Histórias: Cada aluno adiciona uma frase a um conto de terror em forma de roda, seguindo a estrutura das orações subordinadas. O resultado será uma narrativa colaborativa que pode ser apresentada de forma dramatizada.
4. Desafio das Palavras: Criar um jogo onde os alunos devem formar novas palavras utilizando tiras de papel com prefixos e sufixos. As palavras formadas devem ser usadas em frases que expressem uma ideia relacionada ao tema do terror.
5. Estação de Criatividade: Estabelecer diferentes estações com atividades diversas relacionadas à produção de contos, como uma estação para criar personagens, outra para construir cenários, e uma para trabalhar com diálogos e figuras de linguagem. Os alunos podem rotacionar entre as diferentes estações, colaborando e criando um conto em grupo a partir de suas experiências coletivas.