Plano de Aula: Exploração de texturas (Educação Infantil) – Crianças Bem Pequenas
Este plano de aula é dedicado à exploração de texturas, uma atividade fundamental para o desenvolvimento das crianças bem pequenas, com idades variando entre 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses. A exploração tátil, por meio de diferentes texturas, não apenas desperta a curiosidade dos pequenos, mas também contribui significativamente para suas percepções e interações com o ambiente que os cerca. Durante esta atividade, as crianças terão a oportunidade de tocar, sentir e falar sobre uma variedade de materiais, estimulando as suas habilidades sensoriais e promovendo um aprendizado significativo e prazeroso.
O contato com diferentes texturas pode estimular a mente dos pequenos e permitir que eles façam associações importantes entre as sensações e os objetos com os quais interagem. Este plano de aula foi elaborado visando oferecer um conjunto de atividades dinâmicas e lúdicas que serão realizadas em 20 minutos, contemplando as práticas e princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). É importante que o educador esteja atento às reações e interações das crianças, promovendo um ambiente seguro e acolhedor onde todos se sintam confortáveis para explorar livremente.
Tema: Exploração de texturas
Duração: 20 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Estimular a percepção sensorial das crianças por meio da exploração de diversas texturas, promovendo a interação e a comunicação entre os pequenos.
Objetivos Específicos:
1. Incentivar a exploração tátil de diferentes materiais.
2. Promover a comunicação entre as crianças ao descrever as texturas.
3. Desenvolver a coordenação motora fina durante a manipulação dos materiais.
4. Estimular a curiosidade e a observação das diferenças entre as texturas dos objetos.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação, explorando texturas, superfícies, planos e volumes.
Materiais Necessários:
1. Toalhas com diferentes texturas (algodão, seda, lã).
2. Materiais naturais (folhas secas, pedras, pedaços de madeira).
3. Papel de lixa, papel toalha e papel celofane.
4. Caixas ou cestos para acomodar os materiais.
5. Fita adesiva para fixar as toalhas em uma mesa.
Situações Problema:
Como as crianças podem descrever como se sentem ao tocar diferentes superfícies? Quais texturas agradam ou desagradam?
Contextualização:
No cotidiano, as crianças estão sempre interagindo com o ambiente e aprendendo com os estímulos sensoriais. Ao explorar texturas, elas conseguem estabelecer conexões entre o que tocam e as sensações que isso provoca, e este aprendizado é essencial para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Além disso, as interações com os outros são enriquecidas por essas experiências, já que a comunicação se torna mais significativa quando as crianças compartilham suas percepções.
Desenvolvimento:
A aula será iniciada pela apresentação dos diferentes materiais de forma lúdica. O professor pode introduzir a atividade explicando que eles irão tocar em objetos macios, ásperos, frios, entre outros. O educador também deve fazer uma demonstração inicial, envolvendo as crianças e mostrando a variedade de texturas disponíveis. A ideia é que as crianças possam tocar, sentir e escolher com qual material gostariam de interagir.
Atividades sugeridas:
1. Exploração individual: Distribuir os materiais em mesas ou cestas para que as crianças explorem a toque. O objetivo aqui é que cada criança pegue um item e toque, descrevendo a textura (exemplo: “liso”, “áspero” ou “macio”).
Instruções: O professor pode guiar a conversa, perguntando o que elas estão sentindo. “O que você acha que é isso? Como é a textura?”
Materiais: Toalhas de diferentes texturas.
2. Jogo de texturas: Criar uma “caixa sensorial” onde as crianças podem colocar as mãos e descobrir objetos escondidos.
Instruções: Os objetos devem ser escolhidos com cuidado para que possam representar diferentes texturas. Após a exploração, as crianças devem descrever o que acharam.
Materiais: Caixa com objetos de texturas variadas (folhas, pedras, tecidos).
3. Desenho textual: Usar papéis que têm texturas diferentes. As crianças podem desenhar em um papel liso primeiro e depois em um papel texturizado, comparando as experiências.
Instruções: Incentivar as crianças a falar sobre como é desenhar em diferentes superfícies e como isso as faz sentir.
Materiais: Lápis de cor, papéis texturizados.
4. Estímulo olfativo e tátil: Oferecer materiais que não são só variados em textura, mas também possuem cheiros diferentes (ex: ervas, flores secas).
Instruções: As crianças podem tocar e cheirar, discutindo as diferenças entre cada um.
Materiais: Ervas secas, potes, pequenos sacos de tecido.
5. Construindo um mural tátil: Utilizar um mural onde cada criança pode colar um pedaço de tecido ou material que tenha explorado.
Instruções: Após a exploração, cada um apresenta o que trouxe e explica como é a textura.
Materiais: Painel ou cartolina para fixar os materiais.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, organizar uma roda de conversa, onde cada criança pode compartilhar sua experiência. Esse momento é crucial para o desenvolvimento da expressão oral e a prática de ouvir os outros.
Perguntas:
– Como você se sente ao tocar este material?
– Qual textura você mais gostou? Por quê?
– Como você descreveria a sensação que teve ao tocar este objeto?
Avaliação:
A avaliação será contínua e se dará através da observação do envolvimento e da participação das crianças nas atividades propostas. É importante perceber como cada uma delas interage com os materiais e expressa suas sensações. A capacidade de comunicação e a demonstração de cuidado nas interações também serão observadas.
Encerramento:
Ao final da aula, reunir as crianças novamente para uma breve reflexão sobre o que aprenderam. O professor pode recapitular as texturas exploradas e incentivar as crianças a pensarem em outros objetos que têm texturas em casa.
Dicas:
1. Mantenha um ambiente seguro, livre de objetos cortantes ou que possam oferecer risco.
2. Tenha materiais alternativos para aqueles que possam ser alérgicos ou sensíveis a texturas específicas.
3. Adapte o tempo de exploração de acordo com o engajamento das crianças.
Texto sobre o tema:
A exploração de texturas é uma atividade essencial na educação infantil, uma vez que toca em múltiplas dimensões do desenvolvimento da criança. Quando as crianças interagem com diferentes superfícies, elas não apenas desenvolvem suas habilidades motoras, mas também aprimoram suas percepções sensoriais. Cada textura descoberta pode evocar reações emocionais, desde a alegria de sentir algo macio até a curiosidade ao tocar algo áspero. Através desses contatos, elas começam a construir uma base sólida de compreensão sobre o mundo ao seu redor.
A exploração de texturas também facilita momentos de aprendizagem social. É uma oportunidade em que as crianças podem se comunicar, expressar suas preferências e discutir sensações. Essa comunicação é fundamental na formação das habilidades sociais, como o compartilhamento e o respeito às opiniões dos colegas. Assim, ao incluir essas atividades no cotidiano, os educadores ajudam a desenvolver não apenas a individualidade, mas também o espírito de comunidade entre os pequenos.
Além das habilidades sensoriais, a exploração de texturas pode estimular a criatividade e a imaginação. Quando uma criança toca uma superfície desconhecida, sua mente imediatamente leva-a a formular perguntas, a se perguntar sobre a origem do material ou como ele se relaciona com outras experiências vivenciadas. Portanto, oferecer experiências táteis variadas contribui para o enriquecimento do leque de conhecimentos que as crianças podem utilizar em suas interações futuras.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado por várias frentes que exploram a importância da percepção sensorial. Após a atividade inicial, os educadores podem expandir o tema para incluir o estudo de diferentes sentidos, como a audição e a visão, fazendo associações entre as texturas e sons que elas representam. Isso permitirá aos alunos uma compreensão mais abrangente de como seus sentidos trabalham juntos para formar uma percepção completa do mundo.
Outra possibilidade de desdobramento seria a introdução de histórias e livros que falem sobre texturas e sensações, promovendo uma conexão literária entre a exploração tátil e a linguagem escrita. Essa abordagem vai além do simples contato físico e convida as crianças a relacionarem suas experiências com a linguagem, ampliando seu vocabulário e capacidade de descrição.
Por fim, eventos comunitários envolvendo pais e familiares podem ser organizados para apresentar essas descobertas. Os alunos podem compartilhar suas experiências de exploração de texturas com suas famílias, promovendo um ambiente em que a aprendizagem se estende para além das paredes da sala de aula, envolvendo todos em um processo coletivo e de construção de conhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações para este plano de aula visam garantir que o educador esteja preparado para conduzir a atividade de forma eficaz. É fundamental que o ambiente esteja organizado e que todos os materiais estejam prontos antes da chegada das crianças, para que a experiência seja fluida e agradável. Durante as atividades, é importante que o professor esteja atento às reações da turma e disposto a adaptar o ritmo da aula conforme necessário, respeitando o tempo de cada criança para explorar e se envolver com os materiais.
Incentivar a comunicação e a expressão verbal durante as atividades é uma tarefa fundamental do educador. Perguntas abertas e observações que guiem as crianças a compartilharem suas experiências oferecem uma oportunidade valiosa para o desenvolvimento das habilidades linguísticas. Além disso, criar um espaço acolhedor onde a criança se sinta à vontade para experimentar e expressar suas preferências e aversões é essencial para que a exploração tátil seja uma experiência prazerosa.
Por último, as experiências sensoriais podem se tornar uma base para aprendizados futuros nas mais variadas áreas do conhecimento. O professor deve buscar oportunidades de conexão entre as atividades táteis e outras disciplinas, como ciências, arte e linguagem, para enriquecer ainda mais o desenvolvimento dos alunos e encorajar uma aprendizagem multidimensional.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Almofadas de texturas: Criar almofadas com diferentes texturas e formas, e fazer uma roda onde as crianças podem sentar e explorar as almofadas, sentindo cada uma delas. Discussões sobre as sensações podem ser feitas após a atividade.
2. Caça às texturas: Organizar uma atividade em que as crianças podem sair pela sala ou pelo pátio da escola, procurando objetos naturais que tenham diferentes texturas, como folhas, cascas de árvores e pedras. Ao retornarem, elas podem compartilhar suas descobertas.
3. Massinha sensorial: Preparar massinha de modelar caseira com diferentes ingredientes que gerem texturas variadas (areia, farinha, etc.). Após a preparação, as crianças podem explorar as massas e criar formas, discutindo as sensações enquanto brincam.
4. Banho de espuma: Em um espaço seguro, criar uma atividade com espuma (pode ser feito com sabão e água), onde as crianças podem usar as mãos para explorar diferentes consistências, criando formas e texturas.
5. Histórias táteis: Introduzir livros que possuam texturas diferentes em suas páginas. Ao ler as histórias, as crianças poderão tocar e sentir as texturas enquanto ouvirem a narração, tornando a leitura mais lúdica e interativa.
As atividades lúdicas sugeridas vão agregar valor à exploração de texturas, estimulando o aprendizado de maneira intuitiva e divertida, essencial para o desenvolvimento das crianças nesta fase da vida.