Plano de Aula: Banho de Mangueira (Educação Infantil) – Crianças pequenas
Com o plano de aula sobre banho de mangueira, propomos uma atividade lúdica que envolve o contato direto com a água e a natureza, estimulando a exploração sensorial das crianças. Essa atividade proporcionará a elas momentos de alegria e liberdade, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento de importantes habilidades sociais e motoras. O banho de mangueira é uma atividade flexível e adaptável, ideal para as crianças pequenas, que, em sua essência, tem o objetivo de fomentar o prazer por brincadeiras ao ar livre e a conexão com o ambiente natural.
Através desse tema, as crianças terão a oportunidade de interagir com seus colegas, fortalecendo os vínculos e aprendendo sobre coletividade e cooperação. Essa experiência não apenas proporciona diversão, mas também é uma forma de aprendizado significativo, onde o ensinar e aprender ocorrem de maneira natural e espontânea. Vamos explorar as variadas possibilidades de atividades que podem ser desenvolvidas ao longo da semana, utilizando a mangueira como principal ferramenta de aprendizado e diversão.
Tema: Banho de mangueira
Duração: 1 hora e 55 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Estimular a exploração sensorial, a socialização e o desenvolvimento motor das crianças através de uma atividade interativa com a água, promovendo a alegria e a empatia com os colegas.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a empatia ao perceber como as ações de brincar com água afetam o outro.
– Promover a expressão de sentimentos e sensações através do jogo.
– Desenvolver habilidades motoras e de autocuidado durante a atividade.
– Estimular a interação social e a cooperação entre as crianças.
Habilidades BNCC:
Campos de Experiências:
– “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01), (EI03EO02), (EI03EO03), (EI03EO04)
– “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01), (EI03CG02), (EI03CG04)
– “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS01)
– “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01)
– “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET02)
Materiais Necessários:
– Mangueira com bico regulável
– Baldes ou recipientes para água
– Brinquedos de água (copo, baldinhos, esguichos)
– Toalhas para secagem
– Protetor solar (opcional)
– Chapéus e roupas leves
Situações Problema:
– Como podemos brincar com a água de maneiras diferentes?
– O que acontece se direcionarmos a água para diferentes partes do nosso corpo?
– Como cuidar do nosso corpo para aproveitar o banho de mangueira?
Contextualização:
O banho de mangueira é uma prática tradicional nos dias quentes e representa um momento de descontração e diversão entre as crianças. Durante a atividade, elas terão a oportunidade de explorar o elemento água de forma livre, criando contextos de brincadeira que estimulem a imaginação e a criatividade, além de fortalecerem os laços de amizade.
Desenvolvimento:
1. Preparação do espaço: Escolher uma área externa, como um pátio ou jardim. Organizar os materiais e garantir a segurança, como áreas não escorregadias.
2. Orientação inicial: Reunir as crianças e explicar a atividade. Falar sobre a importância de brincar na água, cuidar do corpo e respeitar o espaço dos colegas. Promover um momento de reflexão sobre o respeito às diferenças e às preferências dos outros durante a brincadeira.
3. Divisão das atividades: Formular grupos menores para que as crianças possam interagir de forma mais próxima, permitindo assim uma maior cooperatividade.
4. Início do banho de mangueira: Utilizar a mangueira para molhar as crianças, promovendo a exploração sensorial da água. Incentivar o uso dos brinquedos d’água, assim como ações de molhar uns aos outros, sempre cuidando para evitar excessos e garantindo que todos estejam confortáveis.
5. Momentos de pausa: Proporcionar períodos de descanso e secagem, onde a conversa e a troca de experiências podem ocorrer de forma mais significativa.
6. Reflexão final: Ao final da atividade, reunir as crianças para compartilhar suas experiências e emoções, discutindo como foi brincar com a água e o que aprenderam juntos.
Atividades sugeridas:
1. Brincadeira de esguicho (1º dia):
– Objetivo: Explorar a coordenação motora e a interação.
– Descrição: As crianças formarão filas e usarão esguichos para atingir alvos colocados a uma certa distância.
– Instruções: Contar para as crianças sobre a importância de respeitar a vez do colega e de torcer uns pelos outros.
– Materiais: Esguichos e alvos variados (baldes).
– Adaptação: Para crianças tímidas, podem ser oferecidos alvos próximos na primeira tentativa.
2. Construindo uma cidade de água (2º dia):
– Objetivo: Estimular a criatividade e o uso de diferentes materiais.
– Descrição: Construir “casinhas” ou “ruas” usando caixas e plásticos, e aproveitar a mangueira para criar “chuvas”.
– Instruções: Orientar para que cada grupo crie sua parte da cidade e a mantenha protegida da água apenas se quiserem.
– Materiais: Caixas de papelão, plásticos, mangueiras.
– Adaptação: Para crianças com dificuldades motoras, pode-se disponibilizar modelos pré-montados.
3. Pintura com água (3º dia):
– Objetivo: Estimular a expressão artística.
– Descrição: As crianças utilizarão pincéis grandes para pintar com água em superfícies (pavimentos, paredes).
– Instruções: Incentivar a exploração das cores e formas que aparecem conforme a água vai evaporando.
– Materiais: Pincéis, baldes com água.
– Adaptação: Utilizar tinta atóxica para formarem desenhos que se mantenham por mais tempo.
4. Corrida de barquinhos (4º dia):
– Objetivo: Trabalhar em equipe e desenvolver a lateralidade.
– Descrição: Reciclar materiais para a criação de barquinhos que serão lançados em um pequeno lago formado com a mangueira.
– Instruções: Orientar sobre a construção dos barquinhos e criar uma competição amistosa.
– Materiais: Materiais recicláveis (papel, plástico) e baldes com água.
– Adaptação: Ajudar na construção para crianças que apresentam dificuldades motoras.
5. Histórias aquáticas (5º dia):
– Objetivo: Trabalhar a criatividade e a linguagem oral.
– Descrição: Contar histórias que envolvem água e pedir que as crianças inventem suas próprias narrativas em grupos.
– Instruções: Oferecer direções sobre como iniciar a narrativa e incentivar a criação conjunta.
– Materiais: Cadeiras, cobertores para sentar, hora do conto.
– Adaptação: Para crianças que falam menos, permitir que desenhem suas histórias e as apresentem visualmente.
Discussão em Grupo:
– Como você se sentiu brincando com a água?
– O que mais você gostaria de fazer na próxima vez?
– Você conseguiu ajudar alguém durante a brincadeira? Como foi?
Perguntas:
– O que aconteceu quando você se molhou?
– Você teve uma ideia nova enquanto brincava?
– Como você pode usar a água de maneira divertida e segura?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua, observando como as crianças interagem entre si, expressam emoções e participam das atividades. Será importante registrar a evolução de cada criança em relação à interação social, exploração sensorial e expressão de sentimentos.
Encerramento:
Ao final da semana de atividades, reunir todos os alunos para compartilhar suas experiências e observações sobre a brincadeira com água. Promover uma roda de conversa, onde cada criança pode expressar seu momento preferido e o que aprendeu. Além disso, reforçar a importância de cuidar uns dos outros enquanto brincam.
Dicas:
– Sempre garantir a segurança das crianças durante a brincadeira com água.
– Criar múltiplas áreas de brincadeiras para que as crianças possam escolher diferente tipos de atividades.
– Incentivar o uso de protetor solar e chapéus para proteção contra o sol.
Texto sobre o tema:
A atividade de banho de mangueira traz à tona a verdadeira essência do brincar infantil. Estimula a interação social, permitindo que as crianças se relacionem de maneira afetiva e empática. Elas aprendem a cuidar umas das outras, respeitando as emoções e preferências alheias enquanto compartilham momentos de descontração. Este contato com a água se torna uma metáfora visual para a fluidez das relações humanas, onde cada respingo representa um sorriso, uma risada e uma amizade que se forma.
Na prática, ao permitir que suas crianças tenham liberdade para explorar, inventar e interagir, você está proporcionando um espaço significativo para que cada um se expresse de maneira autêntica. A sensação da água fria, os sons que ela produz e a forma como se movimenta são estímulos que alinhavem um novo universo de aprendizado, intrínseco à longevidade da infância. O prazer da brincadeira, que por si só é um componente essencial do aprendizado infantil, se faz presente nesta atividade que une todos esses elementos.
Concluindo, o banho de mangueira não se resume apenas a diversão. Essa experiência ensina sobre trabalho em equipe, respeito às diferenças e a identificação de emoções. Ao compartilhar essas vivências, as crianças se tornam mais observadoras e empáticas, cultivando laços de amizade e construindo uma compreensão mais ampla sobre o mundo ao seu redor.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas no banho de mangueira podem ter um impacto bastante positivo no desenvolvimento social e emocional das crianças. Ao longo das atividades, elas aprenderão não apenas a se divertir, mas também a valorizar as interações sociais, reconhecendo a importância da empatia e do respeito mútuo. Esse ambiente propício favorece o fortalecimento de laços de amizade, essenciais nessa faixa etária, onde a socialização é um dos principais motores do desenvolvimento.
É importante também observar como essas experiências podem ser desdobradas em outras áreas do currículo. Por exemplo, é possível transformar as atividades aquáticas em uma oportunidade de aprendizado sobre o meio ambiente, promovendo discussões sobre a importância da água, como um recurso vital. Esse tipo de abordagem permite que as crianças relacionem suas experiências lúdicas com conhecimentos teóricos, criando conexões significativas que atendem à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
E não devemos esquecer das formas de expressão artística que podem emergir dessa prática. Afinal, a água, com seu mistério e beleza, é uma fonte infinita de inspiração. As crianças poderão desenhar ou pintar seus momentos favoritos, criando um vínculo mais profundo com a atividade. Dessa maneira, o banho de mangueira se torna um eixo integrador, onde cada atividade realizada ao longo da semana reforça a aprendizagem não apenas em termos de habilidades motoras, mas também em termos de *literacia*, comunicação e criatividade.
Orientações finais sobre o plano:
Para garantir que a experiência do banho de mangueira seja verdadeiramente enriquecedora, é fundamental estar atento ao contexto de cada grupo de crianças. Observar e reconhecer as particularidades de cada aluno permitirá uma abordagem diferenciada, adaptando as atividades conforme as necessidades específicas. Além disso, os educadores devem estar sempre prontos para criar um ambiente seguro e acolhedor que proporcione um espaço livre de julgamentos, onde todos os alunos se sintam à vontade para se expressar e se arriscar.
Ao longo do desenvolvimento das atividades, é essencial promover um clima de apoio e carinho, onde as conquistas, por menores que sejam, sejam celebradas. Incentivar as crianças a reconhecerem suas próprias capacidades e limitações, por meio de atividades que desafiem e estimulem seu potencial individual, é uma estratégia que promove o fortalecimento da autoconfiança.
Por fim, o banho de mangueira é uma experiência que vai além da diversão. A ideia é que esse tema possa ser expandido e aprofundado conforme as necessidades e os interesses das crianças. Para que essa experiência seja completa, é pertinente envolver os familiares, convidando-os a participarem de algumas das atividades, criando uma rede de apoio que se estende para além da sala de aula e promove um forte senso de comunidade e pertencimento.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Atividade “Bailarinos na Chuva”:
– Objetivo: Desenvolver a expressão corporal e a coordenação motora.
– Faixa etária: Crianças de 4 a 5 anos.
– Descrição: Com música alegre, as crianças dançam enquanto a água cai sobre elas. Os movimentos devem ser inspirados pela água (como ondas, gotas, chuva).
– Materiais: Um espaço aberto e a mangueira.
– Instruções: Encorajar os alunos a se moverem livremente, fazendo gestos fluidos que imitem a água.
2. “Exploradores de Sons”:
– Objetivo: Trabalhar a escuta ativa e o reconhecimento de sons da água.
– Faixa etária: Crianças de 4 a 5 anos.
– Descrição: Permitir que as crianças experimentem diferentes formas de produzir sons com a água (batendo com objetos, esguichando).
– Materiais: Copos, garrafas, baldes.
– Instruções: Organizar uma atividade onde eles fazem diferentes sons com a água e depois discutem quais sons lembram.
3. “Criando Animais Aquáticos”:
– Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão artística.
– Faixa etária: Crianças de 4 a 5 anos.
– Descrição: Usar folhas de papel e materiais recicláveis para fazer animais que vivem na água, que serão depois “banhados” com água.
– Materiais: Papéis, tintas, materiais recicláveis.
– Instruções: As crianças podem criar e depois apresentar seus animais para o grupo.
4. “Banda da Água”:
– Objetivo: Estimular a musicalidade e a coordenação.
– Faixa etária: Crianças de 4 a 5 anos.
– Descrição: Criar instrumentos de água usando garrafas com água em