Plano de Aula: Bambolê (Educação Infantil) – Crianças Pequenas
A elaboração deste plano de aula sobre o uso de bambolês nas atividades com crianças pequenas (4 a 5 anos e 11 meses) visa promover o desenvolvimento motor e a socialização dentro do ambiente escolar. Utilizando o bambolê como recurso lúdico, os educadores poderão facilitar o aprendizado de habilidades importantes, ao mesmo tempo em que estimulam a diversão e a criatividade dos pequenos. A prática com o bambolê será uma oportunidade para que os alunos explorem seus limites e possibilidades, bem como para interagirem e aprenderem a conviver em grupo.
Neste contexto, a atividade proposta permitirá um espaço rico para o desenvolvimento de habilidades sociais, além de contribuir para o fortalecimento da coordenação motora. As brincadeiras com bambolê facilitarão a percepção corporal e o autoconhecimento das crianças, promovendo não apenas momentos de alegria, mas também um ambiente propício para o aprendizado significativo.
Tema: Bambolê
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a vivência de atividades lúdicas com o uso de bambolês, estimulando o desenvolvimento motor, a interação social e a comunicação entre os participantes.
Objetivos Específicos:
– Estimular a coordenação motora por meio de brincadeiras com o bambolê.
– Promover a socialização e o respeito às regras do jogo.
– Incentivar a expressão corporal e o reconhecimento das qualidades do próprio corpo.
– Desenvolver a capacidade de cooperar e dividir com os colegas durante as atividades.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
– (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Bambolês (suficientes para cada criança, se possível).
– Espaço amplo, como um pátio ou sala de aula com espaço livre.
– Música animada (opcional, para tornar a atividade mais lúdica).
Situações Problema:
– Como se movimentar dentro do bambolê?
– O que acontece quando duas crianças tentam brincar juntas com o mesmo bambolê?
– Quais formas diferentes podemos fazer com o corpo ao jogar o bambolê?
Contextualização:
Os bambolês são ferramentas versáteis, que podem ser utilizados em uma variedade de atividades lúdicas e educativas. Neste plano, buscamos contextualizar o uso do bambolê para a faixa etária das crianças pequenas, tornando o aprendizado um processo divertido, que explora a imaginação e as habilidades motoras. O enfoque é não apenas no brincar, mas também na construção de significado e na interação social.
Desenvolvimento:
1. Acolhimento: Começar a aula com uma roda de conversa, onde as crianças poderão expressar o que sabem sobre bambolês e compartilhar experiências de brincadeiras anteriores.
2. Apresentação dos Materiais: Mostrar os bambolês e explicar as diferentes formas de utilizá-los, deixando as crianças à vontade para explorar os objetos.
3. Atividade Guiada: Propor brincadeiras como “passar pelo bambolê”, “girar em volta”, e “fazer formas juntos”. Encorajar que as crianças tentem diferentes tipos de movimentos.
4. Musicalidade: Se houver música, realizar uma dinâmica onde crianças dançam e usam o bambolê em ritmos diferentes, alternando entre movimentos lentos e rápidos.
5. Reflexão: Conduzir uma breve conversa ao final da atividade sobre como se sentiram jogando, quais movimentos gostaram mais e se conseguiram ajudar os colegas.
Atividades sugeridas:
1. Bambolê em Movimento
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora.
– Descrição: As crianças irão se movimentar dentro e fora do bambolê, realizando diferentes saltos e giros.
– Instruções Práticas: Demonstre como entrar e sair do bambolê, mostrando a segurança na movimentação.
– Materiais: Bambolês, música animada.
– Adaptação: Para crianças que necessitem de apoio, permitir que um coleguinha ajude na movimentação.
2. Passando pelo Arco
– Objetivo: Desenvolver a agilidade e o trabalho em equipe.
– Descrição: As crianças em duplas devem passar pelo bambolê, um de cada vez, em um tempo determinado.
– Instruções Práticas: Explique a importância de esperar a vez e a colaboração no exercício.
– Materiais: Dois ou mais bambolês.
– Adaptação: Se houver crianças com dificuldades de locomoção, elas podem permanecer no interior do bambolê enquanto os colegas se movimentam ao redor.
3. Desenhando Sentimentos
– Objetivo: Fazer uma conexão entre o movimento e a expressão.
– Descrição: Usando o bambolê, as crianças devem criar diferentes formas simbólicas que representem sentimentos.
– Instruções Práticas: Orientar as crianças a descreverem como se sentem quando fazem cada movimento.
– Materiais: Bambolês e folha de papel para registro dos desenhos que criaram.
– Adaptação: Incentivar a verbalização dos sentimentos durante a atividade.
Discussão em Grupo:
Realizar uma discussão em círculo sobre:
– O que cada criança mais gostou na atividade?
– Como se sentiram ao brincar com os colegas?
– Quais movimentos foram mais desafiadores ou divertidos?
Perguntas:
– O que você fez enquanto estava no bambolê?
– Como você ajudou um amigo a brincar com o bambolê?
– Que outras formas de brincar vocês conhecem com o bambolê?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua e observacional, levando em consideração a participação, cooperação, e evolução motora de cada criança. Avaliar também a habilidade de se expressar e a demonstração de empatia durante as atividades em grupo.
Encerramento:
Finalizar com uma roda de conversa, onde as crianças podem compartilhar seus sentimentos sobre a atividade e o que aprenderam. Pode-ser sugerir uma canção que envolva movimentos, encerrando a aula de forma lúdica.
Dicas:
– Utilize músicas animadas para manter o clima divertido e dinâmico.
– Varie as atividades para manter o interesse e a motivação das crianças.
– Esteja sempre atento à segurança durante as brincadeiras.
Texto sobre o tema:
A utilização do bambolê na educação infantil proporciona um leque amplo de oportunidades para o desenvolvimento motor e social das crianças. O bambolê se transforma em um objeto lúdico que, ao mesmo tempo, motiva o aprendizado e promove a interação. A experiência de brincar com bambolês permite que as crianças explorem seu corpo, desenvolvendo uma consciência corporal mais apurada, essencial para a formação de habilidades motoras. Através dos movimentos que realizam, elas se apresentam uma a outra, conhecendo-se melhor e, assim, formando laços de amizade e cooperação.
Brincar é um aspecto fundamental na vida das crianças, e ao introduzirmos o bambolê nesse contexto, garantimos não apenas momentos de diversão, mas também a oportunidade de incorporar aprendizagens de maneira significativa. A experiência de girar, saltar, passar e compartilhar o bambolê vai além da atividade física; ela toca também o âmbito emocional e social, visto que as crianças aprendem a respeitar seus limites, ao mesmo tempo que colaboram e se ajudam mutuamente. Essa interação é crucial para o desenvolvimento de habilidades como a empatia, a comunicação e o trabalho em equipe.
Ademais, as atividades com o bambolê facilitam reflexões sobre sentimentos e experiências, incentivando as crianças a compartilharem suas vivências e emoções. O professor, como mediador, pode fomentar essas discussões, ajudando os alunos a expressarem seus pensamentos e a reconhecerem as emoções dos colegas. Por meio dessas práticas, a educação infantil se torna um espaço ainda mais acolhedor e estimulante, onde as crianças se sentem seguras para explorar novas possibilidades, para aprender com os outros e para descobrir o prazer que é envelhecer juntos em um ambiente repleto de diversão e aprendizado.
Desdobramentos do plano:
A partir do uso do bambolê, é possível elaborar novas atividades que não só mantenham a diversão, mas que também aprofundem o aprendizado nas mais variadas áreas de desenvolvimento. Pode-se, por exemplo, criar sequências de movimento que envolvam cores e formas, ajudando as crianças a reconhecerem suas diferenças e semelhanças. Além disso, a prática com o bambolê pode ser também adaptada para ensinamentos sobre números e contagem, promovendo atividades onde agrupam-se crianças por tamanhos e quantidades de bambolês disponíveis.
Ademais, é interessante promover uma aproximação com contextos culturais, onde se discuta, por meio de música e dança, como diferentes culturas utilizam elementos similares em suas celebrações e rituais. Essa relação entre o brincar e o aprender permite que as crianças desenvolvam uma visão mais ampla e respeitosa sobre o mundo ao seu redor. Com isso, ao utilizarmos o bambolê, se não apenas exercitamos o corpo, mas também nos tornamos mais conscientes da importância de cada um como parte de um grupo maior.
Por fim, ao realizar estas atividades de forma estruturada e rica em significado, é importante sempre se ter em mente o perfil de cada criança. Isso implica em respeitar as particularidades e necessidades de cada aluno, adequando os exercícios e as expectativas ao seu nível de desenvolvimento. Fazer ajustes nas atividades em sala pode garantir que todas as crianças, independentemente de suas habilidades, sintam-se incluídas e capazes de participar de maneira significativa.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar este plano de aula, é essencial manter um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças se sintam livres para experimentar e explorar. O papel do educador é ser um facilitador, que observa, orienta e inspira as crianças a se expressarem livremente por meio do movimento e do brincar. Incentivar o diálogo e a expressão de sentimentos é fundamental para que as crianças desenvolvam habilidades sociais e emocionais que as acompanharão ao longo da vida.
Além disso, esteja atento às reações e necessidades individuais de cada criança. Ao promover uma variedade de atividades e abordagens durante a aula, você garante que o aprendizado seja inclusivo e acessível a todos. Isso contribui para a criação de um espaço escolar no qual cada aluno se sinta valorizado e parte de uma coletividade. Este é um dos maiores legados que podemos deixar na educação infantil: a importância de saber brincar e aprender juntos.
Por fim, busque também recursos complementares para enriquecer a experiência, como referências literárias e artísticas que vão ao encontro das vivências propostas. Ao integrar diferentes formas de expressão e comunicação ao brincar, as crianças se tornam não apenas aprendizes mais completos, mas também cidadãos mais conscientes e respeitosos, prontos para fazer a diferença no mundo que as cerca.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Corrida do Bambolê:
– Objetivo: Trabalhar a noção de velocidade e espaço.
– Descrição: Organizar uma corrida onde as crianças devem passar pelo bambolê de diferentes formas, (correndo, pulando, rastejando).
– Materiais: Bambolês e um espaço livre.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, criar etapas menores.
2. Explorando Cores com Bambolês:
– Objetivo: Desenvolver o reconhecimento de cores e formas.
– Descrição: Colocar bambolês de diferentes cores no chão e pedir as crianças que pulem de um para o outro, chamando a cor.
– Materiais: Bambolês coloridos.
– Adaptação: Realizar a atividade no ritmo de uma música, estimulando a agilidade.
3. Bambolê como Objeto Musical:
– Objetivo: Integrar sons e ritmos com o movimento.
– Descrição: Olhar para os sons que podem ser produzidos ao fazer o bambolê girar, ou batê-lo no chão enquanto as crianças dançam ao seu redor.
– Materiais: Bambolês e música.
– Adaptação: Convidar crianças para usar instrumentos de percussão junto com os bambolês.
4. Contação de Histórias em Movimento:
– Objetivo: Estimular a criatividade e a imaginação.
– Descrição: Contar uma história onde as crianças devem movimentar-se com os bambolês representando personagens da narrativa.
– Materiais: Um bambolê por criança e um espaço apropriado.
– Adaptação: Auxiliar as crianças que tiverem dificuldade para compreender a história.
5. Construindo Cidades com Bambolês:
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de trabalhar em grupo e a construção de algo em equipe.
– Descrição: Usar os bambolês como base para construir prédio e formar uma cidade imaginária.
– Materiais: Bambolês e outros objetos como blocos ou almofadas.
– Adaptação: Orientar a atividade em etapas, encorajando todos a contribuírem de forma igual para a construção.
Essas sugestões lúdicas visam garantir que as crianças não aprendam apenas por meio do movimento, mas também em um ambiente colaborativo e divertido. Ao final de cada atividade, promover a discussão sobre as experiências vividas é fundamental para o fortalecimento das relações sociais e do aprendizado efetivo.