Plano de Aula: Setembro Amarelo (reflexão e expressão sobre emoções e sentimentos)
A proposta deste plano de aula enfoca o tema Setembro Amarelo, uma campanha que visa a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental, tendo em vista a sensibilização e a construção de um ambiente seguro e acolhedor para as crianças. Buscaremos utilizar a expressão artística, o jogo e a comunicação como ferramentas para abordar este tema delicado de uma maneira lúdica e acessível, garantindo que as crianças possam se identificar e expressar seus sentimentos.
Através de diversas atividades, nosso objetivo é desenvolver a empatia e a compreensão entre as crianças, despertando nelas a capacidade de perceber a importância do cuidado e respeito ao próximo. As atividades propostas possibilitarão que os pequenos reconheçam suas próprias emoções e aprendam a valorizar as emoções dos outros, criando um ambiente mais colaborativo e acolhedor dentro da sala de aula.
Tema: Setembro Amarelo
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar um espaço de reflexão e expressão sobre emoções e sentimentos, estimulando a empatia, o cuidado e o respeito ao próximo entre as crianças, promovendo a saúde mental e o diálogo sobre o tema do Setembro Amarelo.
Objetivos Específicos:
1. Incentivar as crianças a expressarem seus sentimentos e emoções de maneira criativa.
2. Fomentar a prática da empatia ao reconhecer e respeitar os sentimentos dos colegas.
3. Criar um ambiente de confiança onde as crianças se sintam à vontade para se comunicar sobre suas emoções.
Habilidades BNCC:
1. (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
2. (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
3. (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura.
4. (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências.
Materiais Necessários:
– Papéis coloridos de diferentes tamanhos e formatos.
– Canetinhas, lápis de cor e giz de cera.
– Pisca-pisca ou fitas de luzes amarelas (para decoração).
– Cola e tesouras sem ponta.
– Almofadas ou tapetes para o momento de roda de conversa.
Situações Problema:
1. Como podemos ajudar um amigo que não está se sentindo bem?
2. Quais são as maneiras que encontramos para expressar nossos sentimentos?
3. Como podemos tratar os sentimentos dos outros com respeito e carinho?
Contextualização:
Iniciaremos a aula apresentando a campanha Setembro Amarelo. É importante tornar o tema acessível e relevante para as crianças. Usaremos uma linguagem simples e histórias sobre sentimentos e emoções que as crianças possam entender. A ideia é que, mesmo em sua singularidade, todas as emoções são válidas e têm um papel na vida cotidiana.
Desenvolvimento:
A aula começará com uma roda de conversa onde as crianças poderão expor seus sentimentos em relação a situações cotidianas. O professor poderá fazer perguntas abertas, como “Como você se sente quando está triste?” ou “O que você faz para se sentir melhor?”. Em seguida, utilizaremos o desenho e a pintura como ferramentas de expressão, estimulando as crianças a representarem o que sentem em relação aos temas discutidos. Durante essa atividade, o professor irá circular entre os grupos, observando e orientando as crianças, oferecendo apoio emocional quando necessário.
Atividades sugeridas:
1. Roda de Conversa (15 minutos)
– Objetivo: Promover a fala e a escuta.
– Descrição: O professor senta no chão com as crianças e inicia uma roda. Perguntas sobre sentimentos são feitas, incentivando os pequenos a falarem sobre como se sentem em determinadas situações.
– Materiais: Nenhum material é necessário, apenas um espaço adequado para que todos possam se ver.
2. Desenho dos Sentimentos (15 minutos)
– Objetivo: Estimular a expressão visual de sentimentos.
– Descrição: As crianças receberão papéis e materiais de arte para desenhar algo que represente como se sentem. O professor pode incentivá-las a escolher uma cor que reflete essa emoção.
– Materiais: Papel, canetinhas, lápis de cor, giz de cera.
3. Construindo o Mural do Amarelo (10 minutos)
– Objetivo: Criar um espaço visual que represente os sentimentos e a empatia.
– Descrição: Os desenhos das crianças serão unidos em um mural que representará a ideia de união e acolhimento. O professor deverá ajudar a colar os desenhos na parede, dialogando sobre o significado de cada um.
– Materiais: Tesouras sem ponta, cola.
4. Dança dos Sentimentos (5 minutos)
– Objetivo: Expressar sentimentos através do movimento.
– Descrição: Utilizando músicas alegres, as crianças irão criar movimentos que simbolizam diferentes emoções, como alegria, tristeza, e conforto. O professor pode incentivar que eles usem o corpo para “dançar” as emoções.
– Materiais: Música de fundo, espaço para dança.
5. Finalizando com Luz (5 minutos)
– Objetivo: Encerrar a aula de forma impactante.
– Descrição: Fitas de luzes amarelas podem ser apagadas e acendidas como um sinal de esperança, enquanto as crianças expressam o que aprenderam. Isso sai como uma forma simbólica de iluminar as emoções dos outros.
– Materiais: Pisca-pisca ou fitas de luzes amarelas.
Discussão em Grupo:
Para finalizar a aula, promover uma breve discussão onde as crianças compartilham o que mais gostaram, o que aprenderam e como se sentiram. O professor deve reforçar a importância de ouvir os outros e respeitar os sentimentos de cada um.
Perguntas:
1. O que você sente quando vê um amigo triste?
2. Como você pode ajudar alguém que não está se sentindo bem?
3. O que você faria para se sentir melhor?
Avaliação:
A avaliação será contínua durante todo o processo da aula, observando como as crianças interagem, compartilham sentimentos e respeitam as opiniões alheias. Por meio das atividades, o professor avaliará a capacidade de expressão de sentimentos e a habilidade de trabalhar em conjunto.
Encerramento:
Finalizar a aula ressaltando a importância de cuidar dos nossos sentimentos e também dos sentimentos dos outros. O professor pode incentivar as crianças a levarem o que aprenderam para casa, falando com suas famílias sobre o que é a empatia e como é importante sempre perguntar e ouvir os amigos.
Dicas:
Incentivar a família a participar da discussão em casa sobre sentimentos. Propor que ao longo do mês, os pais perguntem às crianças sobre suas emoções e experiências. Criar um espaço em casa, como um “quadro de sentimentos”, onde os pequenos possam compartilhar como se sentem em diferentes dias.
Texto sobre o tema:
O Setembro Amarelo é uma campanha voltada para a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental em todo o Brasil. Lançada em 2015, a campanha é um importante movimento que busca alertar a sociedade sobre o tema de maneira sensível e educativa. É essencial que desde muito cedo, as crianças sejam introduzidas a discussões sobre emoções, sentimentos e a importância de cuidar da saúde mental. Isso não apenas as ajuda a refletir sobre suas vivências, mas também as ensina a lidar com situações difíceis, promovendo empatia entre elas.
Através de práticas lúdicas e acessíveis, como jogos, músicas e atividades manuais, é possível abordar sentimentos complexos de uma maneira mais fácil para o entendimento dos pequenos, permitindo que eles expressem o que sentem. É essencial que as crianças aprendam a identificar suas emoções e as dos outros, criando uma rede de apoio mútuo onde o diálogo é valorizado.
Dedicar um tempo para a educação emocional é um passo fundamental na formação de indivíduos mais conscientes e respeitosos. Compreender que cada ser humano possui uma história única, cheia de experiencias, medos e sonhos é uma forma de criar laços mais fortes e etapas de segurança emocional. Nessas interações, a educação infantil desempenha um papel fundamental ao oferecer espaços seguros onde são discutidas as variadas formas de expressão emocional.
Desdobramentos do plano:
Após a aula sobre o Setembro Amarelo, o professor pode criar um projeto anual voltado para a educação emocional, onde o tema de saúde mental é revisitado de maneira contínua. Isso pode incluir um dia da semana em que os alunos são encorajados a compartilhar suas emoções, através de rodas de conversa ou por meio de atividades artísticas. Ao longo do ano, podem ser trabalhados diferentes conteúdos que ajudem a construir um entendimento mais amplo sobre a importância de cuidar de si e do outro.
Além disso, o professor pode envolver as famílias nesse processo, promovendo talleres que discutam formas de abordar as emoções em casa. Criar um ambiente onde o diálogo é bem-vindo e incentivar que os pais também pratiquem essa comunicação com seus filhos, pode ter um impacto significativo na maneira como as crianças lidam com seus sentimentos.
Por fim, ao longo do ciclo letivo, incluir ações comunitárias, como encontros que busquem conscientizar sobre a prevenção do suicídio, será uma maneira de fortalecer o aprendizado dentro e fora da sala de aula. Envolver estudantes e suas famílias em projetos sociais e de conscientização pode contribuir para a formação de cidadãos mais justos e empáticos, sempre prontos a oferecer suporte ao próximo.
Orientações finais sobre o plano:
É crucial iniciar a aula com uma atmosfera de acolhimento, garantindo que as crianças se sintam seguras para compartilhar seus sentimentos. O papel do educador é fundamental nesse processo, visto que ele deve mediar as interações e oferecer apoio emocional sempre que necessário. Além disso, a criação de um ambiente lúdico e criativo poderá facilitar a compreensão do tema abordado.
Reforçar que o Setembro Amarelo não é apenas um assunto a ser discutido uma vez por ano, mas que a prevenção do suicídio e o cuidado com a saúde mental devem ser parte de uma conversa contínua na vida da criança. Isso ajudará a desenvolver crianças mais conscientes e preparadas para lidar com suas emoções e as dos outros.
Por último, é importante que o professor esteja consciente de sua própria saúde mental e busque se cuidar e se apoiar, para que possa, assim, oferecer o melhor suporte emocional para seus alunos. A educação emocional começa pelo próprio educador, que ao se reconhecer em suas emoções e necessidades, poderá conduzir seus alunos nesta jornada de autoconhecimento e empatia.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo das Emoções: Criar cartões com diferentes emoções desenhadas. As crianças sorteiam os cartões e devem mostrar a emoção usando gestos e expressões. O restante da turma tenta adivinhar qual é a emoção.
– Faixa Etária: 4-5 anos.
– Objetivo: Identificar e expressar emoções.
– Materiais: Cartões ilustrativos.
2. Histórias Emocionais: Ler livros que abordem sentimentos e emoções, seguido de uma discussão sobre a história e o que as crianças sentiram enquanto ouviam.
– Faixa Etária: 4-5 anos.
– Objetivo: Compreender e discutir emoções.
– Materiais: Livros infantis que falem sobre sentimentos.
3. Teatro de Sombras: Usar fantoches ou recortes para criar uma representação de histórias onde os personagens enfrentam situações emocionais, permitindo que as crianças ajudem a resolver os conflitos.
– Faixa Etária: 4-5 anos.
– Objetivo: Incentivar a empatia e a resolução de conflitos.
– Materiais: Luz, papel preto para as sombras, recortes de personagens.
4. Música da Empatia: Criar uma música com o tema da empatia e sentimentos, onde as crianças podem colaborar com letras e movimentos.
– Faixa Etária: 4-5 anos.
– Objetivo: Expressar sentimentos por meio da música e dança.
– Materiais: Instrumentos musicais simples (tamblis, pandeiros).
5. Caça aos Sentimentos: Criar um jogo de caça ao tesouro, onde as crianças devem encontrar cartões com imagens de expressões faciais e depois discutir o que aquelas faces estão sentindo.
– Faixa Etária: 4-5 anos.
– Objetivo: Identificar e discutir sentimentos.
– Materiais: Cartões com expressões faciais e pistas.
Essas atividades são projetadas para serem interativas e adaptáveis, garantindo que cada criança tenha a oportunidade de se expressar de maneira única e criativa, fortalecendo a compreensão sobre o importante tema do Setembro Amarelo.